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ÉTICA NA PSICANÁLISE

AULA 2
PROFESSOR
DR ADILSON
CAMPOS
A ÉTICA DA PSICANÁLISE
É A ÉTICA DO BEM DIZER, OU SEJA, É A
PALAVRA QUE PRODUZ UM EFEITO
OPERATÓRIO NO TRATAMENTO. CADA
INTERPRETAÇÃO RECONDUZ O SUJEITO À
ESCOLHA DE SEU DESEJO E DE SEUS
MODOS DE GOZO, LEVANDO EM CONTA
QUE A ÉTICA DA PSICANÁLISE É MANTER A
ESTRUTURA DE FALTA DO INCONSCIENTE.
A partir de seu estudo, Freud percebeu que os
sentimentos éticos e a consciência moral não
são uma disposição inata do homem – são
construídos a partir de uma necessidade de
O QUE É SER convivência em comunidade para controle das
ÉTICO PARA forças da natureza e da agressividade
FREUD? humana, esta tida por pelo autor como uma
disposição inata.
LACAN NÃO APENAS AFIRMA QUE O
INCONSCIENTE É COMO UMA
LÍNGUA. ELE TAMBÉM PROPÕE QUE,
ANTES DA LÍNGUA, NÃO EXISTE O
INCONSCIENTE PARA O INDIVÍDUO. É
APENAS QUANDO A CRIANÇA
ADQUIRE UMA LÍNGUA É QUE ELA SE
TORNA UM SUJEITO HUMANO, ISTO É,
QUANDO ELA PASSA A FAZER PARTE
DO MUNDO SOCIAL.
LACAN AFIRMA QUE A ORDEM
SIMBÓLICA E A ORDEM DA
LINGUAGEM, ASSIM COMO TODA
A MORAL DO PODER E A ÉTICA,
GIRAM EM TORNO DE UM REAL DA
COISA - DAS DING. É EM TORNO
DESSE "ESTRANHO" QUE ORBITAM
TODO O MOVIMENTO DAS
REPRESENTAÇÕES
(VORSTELLUNGS) E O MUNDO
SIMBÓLICO, NA VÃ TENTATIVA DE
REENCONTRÁ-LO.
Ética e moral são temas
relacionados, mas são diferentes.
Isso porque moral se fundamenta
na obediência a normas, costumes
ou mandamentos culturais,
hierárquicos ou religiosos. Já a
ética, busca fundamentar o modo
de viver pelo pensamento
humano.
O que define a
Ética na
Psicanálise é o fato
de que, nesse caso,
se considera o
inconsciente e toda
sua verdade.
Verdade inaceitável para aqueles que consideram
apenas o campo da consciência. A verdade do sujeito é a
de que há um mal estar inerente à condição humana.
ESSA IDEIA
FREUDIANA
DEVE SER
ENTENDIDA
COMO UM
AUXÍLIO À
COMPREENSÃO
DO PSIQUISMO
HUMANO.
O homem falha, no trabalho
ou no amor, não é rico o
bastante, não é belo o
bastante, e se fosse tudo
isso, ainda assim poderia
dizer que não é feliz o
bastante! Assim, a partir
disso, é possível inferir: as
falhas fazem parte da
constituição psíquica do
homem, fazem parte do
cotidiano do homem.
Sobre a Ética na Psicanálise, Lacan (1997, pp.373-
374), nos ensina que ela “consiste essencialmente
num juízo sobre nossa ação” e mais, “se há uma
ética da psicanálise é na medida em que, de
alguma maneira, por menos que seja, a análise
fornece algo que se coloca como medida de nossa
ação – ou simplesmente pretende isso”. Ele diz
que para medir a eficácia terapêutica é preciso
observar o efeito da análise sobre o gozo obtido
pelo sintoma e a construção de um saber pelo
próprio sujeito a partir da análise.
A Ética na Psicanálise é mediada, de ponta a
ponta, por um saber “insabido”, por um saber
que é da ordem inconsciente e que precisa ter
vazão na análise, através da escuta do sujeito.
Este saber entra em cena quando menos se
espera e bifurca um discurso coerente e lógico.
Como exemplos, temos os lapsos de memória,
os atos falhos e as apraxias.
O sujeito em Psicanálise é o suposto do
que se articula como fala, e o que
depois é mobilizado através desta. É,
também, um sujeito que fala, na
medida em que alguém ouve/escuta.
ASSIM, O SER INSTITUÍDO COMO SUJEITO, CADA VEZ QUE O OUTRO
(O OUVINTE) O BUSCA NA PALAVRA, E NÃO NO COMPORTAMENTO,
POIS ISSO É CAPAZ DE REVELAR O SEU DESEJO, QUE APARECE EM
ANÁLISE, MEDIADO PELO DESEJO DO ANALISTA.
GRATIDÃO!!!
PROFESSOR DOUTOR ADILSON
CAMPOS
GRATIDÃO

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