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RADIOTERAPIA
MANUAL DO USUÁRIO
Introdução
O Sistema CAT3D roda no Windows 98/Me/2000/Xp, embora os sistemas
operacionais recomendados para esta versão sejam o Windows 2000 Professional ou
o Windows Xp (tanto Home como Professional Edition).
O sistema é formado por vários programas. Alguns destes programas possuem
a aparência típica das aplicações Windows, enquanto outros correm no modo de
janela completa (full screen), utilizando DirectX versão 5.0 ou superior.
O usuário não necessita executar cada módulo de forma independente, pois o
sistema possui um “shell” que oferece uma interface onde cada um dos módulos pode
ser ativado como opções de menus ou através de botões de uma barra de
ferramentas.
Componentes do sistema
CATSHELL.EXE Programa que ativa os outros executáveis que integram o
sistema CAT3D. Constitui o ponto de entrada do sistema para o
usuário.
Outros filtros podem ser desenvolvidos a pedido dos usuários de nossos sistemas.
Estrutura de diretórios
O programa de instalação coloca todos os executáveis que integram o Sistema
CAT3D em um diretório denominado
C:\CAT3D
C:\CAT3D\RTPIMG
C:\ CAT3D\ELSCINT
C:\ CAT3D\SOMATOM
C:\ CAT3D\DICOM
.
File
Inclui opções que permitem importar diferentes tipos de imagens, assim como a
opção de sair do programa.
• Import: Apresenta um submenu com todas as opções de importação de imagens
que se encontram disponíveis: Plates (para imagens escaneadas), TIFF->XRay
Pairs (para imagens escaneadas que se destinam ao módulo de localização a
partir de pares de vistas de Raios X) e todos os filtros que se encontrem presentes.
• Exit: Termina a execução do programa.
Edit
About
Introdução
O programa CAT3D é o módulo mais importante do Sistema CAT3D. Oferece
diversas possibilidades de processamento de imagens, tais como ajuste dos níveis de
cinza, zoom, reconstruções, etc. e é o encarregado de realizar a planificação de
Radioterapia.
Load Anatomy
Image Mosaic
Planning
New Path
Save Plan
Grava no disco o trabalho realizado. Para isto não é necessário ter concluído a
planificação. É possível salvar o estudo no estágio em que se encontra e retomá-lo
mais tarde, usando a opção Load Anatomy / Resume a Patient.
Options
X-Ray-Pair
Exit
Iniciando a planificação
O processo descrito até o momento constitui na realidade um conjunto de
passos prévios à planificação do tratamento de Radioterapia.
Uma vez realizadas estas tarefas, para começar a planificação propriamente
dita, é necessário selecionar uma imagem do estudo que ofereça uma adequada
visibilidade das estruturas a serem tratadas. Existem duas formas de selecionar esta
imagem:
• Percorrendo o mosaico na forma já explicada até encontrar uma imagem idônea
para a planificação, e uma vez selecionada a mesma, pressionar ENTER. Isto fará
que se abra a janela de trabalho, com a imagem selecionada.
• Selecionando a opção Planning no Menu Principal. Se abrirá a janela de trabalho
com a primeira imagem do estudo. Usando as teclas Page Up e Page Down é
possível percorrer as imagens uma a uma, até localizar a mais adequada para
realizar a planificação.
Nos capítulos subseqüentes, se detalhará as opções e passos a seguir para a
planificação do tratamento de Radioterapia com o programa CAT3D.
Na lateral direita da imagem consta uma informação referindo a que lado da anatomia
do paciente corresponde esta borda.
A linha que em nosso exemplo é DIACOLF.IMG nos diz que esta imagem está
armazenada em disco e esse é seu nome para o sistema operacional.
A linha que aparece na parte inferior da janela apresenta em primeiro lugar a memória
livre que o CAT3D ainda dispõe. A seguir o tamanho de matriz de imagem que se está
empregando, a quantidade de bits por pixel (neste caso 16) e o valor do pixel de
intensidade mínima (neste caso 174) e máxima (3056).
A primeira opção que se apresenta no menu de ajuda é <Ctrl + F3> e está relacionado
ao manejo das Regiões de Interesse (ROI) e aos serviços de representação
tridimensional (3D rendering).
O <F4> inicia o zoom da janela de Planning. Quando se inicia o zoom aparece sobre a
imagem um quadrado que pode mover-se com as teclas de flechas e que pode
aumentar pressionando-se a tecla <Insert> ou diminuir usando a tecla <Delete>. A
região da imagem que ocupa o interior do quadro se ampliará até ajustar-se a toda a
janela de Planning uma vez que seja pressionado <Enter>. O quadrado de seleção
também pode controlar-se mediante o mouse.
O <Ctrl + F6> inicia o processo de geração de um “Beam Eye View” (BEV) na forma
de uma radiografia reconstruída digitalmente (DRR - digitally reconstructed
radiograph). Para gerar um BEV deve existir, ao menos, um campo ativo na
planificação, pois a partir dos ângulos de gantry e a mesa do acelerador é que se gera
a imagem.
<Alt + F7> produz uma reconstrução oblíqua a partir de uma imagem axial ou de uma
imagem sagital. O <Alt + F7> não atua sobre imagens coronais.
<F8> abre uma janela auxiliar na região inferior direita do monitor, que mostra um
perfil de distribuição de doses entre o cursor ancorado (circular) e o cursor principal (o
cursor vermelho). Se se pressionar novamente <F8> fecha-se a janela do perfil.
Observe um perfil ilustrativo no quadro a seguir.
<F11> Abre a janela de edição de campos de irradiação (ver detalhes mais adiante).
<Ctrl + F11> Abre a janela de opções da dosimetria de teleterapia (ver detalhes mais
adiante).
<Ctrl + F12> Muda de imagem na janela principal de Planning. Passa para a imagem
anterior.
<PageUp> Muda de imagem na janela principal de Planning. Passa para uma imagem
paralela à anterior, se é que isto é possível.
<Ctrl + TAB> Alterna a forma do cursor entre cruz, cruz pequena ou retículo.
<End> Permite definir um POI que seja o final de um segmento (por exemplo para
colocar um cateter de braquiterapia).
<Ctrl + G> “Go to POI” é útil para colocar na janela principal de Planning a imagem
axial que contém o POI desejado (ou a imagem axial mais próxima deste POI).
<Alt + G > Vai para o mosaico colocando no canto superior esquerdo do mosaico a
imagem que ocupava a janela principal de Planning.
<Ctrl + D> Reporta a distância entre dois POIs, ainda quando estes não estão contidos
na janela de imagem ativa.
<Ctrl + R> Permite fixar o passo para reconstruções paralelas com <PageUp> e
<PageDown>.
< 3 > - Ativa / Desativa as janelas coronal e sagital da região direita do monitor. Estas
imagens facilitam a orientação tridimensional na anatomia. Em ambas imagens se
mostra a localização do cursor para os planos coronal e sagital. Estas reconstruções
se atualizam em tempo real acompanhando os movimentos do cursor na janela
principal.
<Alt + C> Esta “hot key” não está explicitamente colocada no menu de F1, porém
como já se explicou anteriormente, este recurso sempre está disponível para capturar
e salvar como imagem BMP o conteúdo de qualquer região da tela.
O quadro a seguir mostra as três janelas que se abrem quando se entra na opção
<F11>.
Uma vez que todos os parâmetros em cada campo de um tratamento foram fixados, o
usuário deve pressionar a tecla <F10> para sair da tabela de edição de campos e
fazer que o CAT3D inicie os cálculos da distribuição de doses geradas por esse
esquema de tratamento.
A tabela anterior mostra as opções relacionadas na janela que se ativa com as teclas
<Control + F11>.
• A dose de normalização permite atribuir 100% a determinada curva de isodose que
o usuário deseje.
• Em “Set Isodoses” abre-se uma janela que permite modificar as curvas de isodose
que CAT3D apresenta.
• “Dose Computation Mode” permite forçar o CAT3D a usar algoritmos de busca em
tabelas ou de “Pencil beam”. Os algoritmos de pencil beam são ideais para
campos irregulares ou qualquer outra situação em que os fenômenos de dispersão
no tecido sejam importantes, porém seu tempo de cálculo chega a ser 40 vezes
mais prolongado que os de busca em tabela.
• “Protocol” permite calcular as unidades de monitor para cada campo do
tratamento.
• “Dose-Volume Histogram” gera um histograma dose-volume para uma região de
interesse selecionada pelo usuário.
• “Number of fields in 360 arc” permite ajustar a quantidade de campos estáticos que
se emprega para simular os arcos. Quando maior é o número de campos melhor
será a aproximação entre o modelo matemático e a realidade física, porém isto
prolonga o tempo de cálculo.
• “Normalization Depth” permite selecionar o tipo de normalização que o CAT3D
empregará. As possíveis opções são mostradas na janela a seguir.
A série auxiliar se incorpora para que incorpore alguns dados anatômicos que não
estão presentes ou que são de difícil identificação na série principal. Com o emprego
da série auxiliar podemos desenhar ROIs em torno de alguma estrutura anatômica ou
marcar POIs em algum detalhe que não seria visível na série principal. Geralmente a
série auxiliar é formada por cortes axiais de RM. Qual técnica de RM será empregada,
depende das características da patologia a ser tratada. Em ocasiões pode ser
empregada como série auxiliar um conjunto de cortes de CT com contraste ou um
estudo tomográfico de medicina nuclear.
Uma planificação pode contar com uma série principal e com uma ou várias séries
auxiliares. A única limitação acontece porque de cada vez se pode fundir somente com
uma série auxiliar. A série auxiliar deve ser pré-processada com o programa CAT3D,
pois ela não inclui referenciais estereotáxicos, que são necessários para o MNPS.
Com o CAT3D se marca tantos POIs quantos se podem identificar na série principal.
Depois se salva o estudo e o exporta para fusão, ao nível do menu inicial do CAT3D.
C:\CAT3D\FUSION
No caso de o usuário destas imagens ser o próprio CAT3D. No caso de sistemas para
neurocirurgia estereotáxica os possíveis diretórios seriam:
ou
C:\MNPS\FUSION
A utilização destes diretórios está definida pela cláusula “FUSION =“, presente nos
arquivos de configuração: CAT3D.INI e MSPS.INI
Dentro do programa que processa a série principal (seja CAT3D ou MNPS), o usuário
deverá marcar os mesmos POIs que se fixaram no CAT3D tomando cuidado de
empregar a mesma ortografia. POIs que não tenham idêntica ortografia não serão
empregados como elementos de reparo durante a otimização das matrizes de
transformação. O algoritmo necessita como mínimo 4 POIs de reparo para realizar a
fusão, porém a precisão do método aumenta com o número de pontos considerados.
O módulo de fusão ativa-se com <F5>, ou via menu de ajuda após pressionar-se
<F1>. Imediatamente abre-se um menu de seleção que busca no diretório de FUSION
os pacientes disponíveis exportados pelo CAT3D. Selecione seu paciente e pressione
<CR> (ENTER). Se o programa tem êxito em sua busca das matrizes de
transformação responderá com uma janela como a que segue:
fig. 1
Neste ponto o sistema aguarda por qualquer tecla para continuar e mostrar uma tabela
com os erros por POIs de reparo. Estes erros se interpretam como a distância em mm
que separa um mesmo POI de reparo nas séries principal e auxiliar depois de aplicada
a transformação, empregando os valores constantes na tabela da figura 1.
fig. 2
Estando no modo de fusão, o uso do controle de janela de cinzas (<F10>) atua sobre
a janela de ressonância (auxiliar). Não altera os cinzas das imagens da série principal.
Na janela de fusão pode-se fixar POIs, desenhar ROIs, sobrepor curvas de isodose.
Nesta janela não é possível iniciar uma reconstrução de imagens.
As figuras que seguem mostram alguns dos pontos antes mencionados, tanto em
imagem de ressonância magnética (RM) quanto em tomografia computadorizada (CT).
O ponto fastigial aparece abreviado como “FAST” e o ponto mencionado da cisterna
quadrigeminal figura como “CIST”. As figuras A e C mostram cortes sagitais de RM e
CT respectivamente (ambos são reconstruídos). A figura C apresenta em destaque o
ponto fastigial sobre uma vista axial de RM. A figura D apresenta o ponto CIST em
uma vista coronal reconstruída de CT.
C D
Observe que o Iridium está expresso em exposição enquanto que o Iodo e o Césio
estão como kerma em ar.
Outro dado que o CAT3D necessita para incorporar a geometria das vistas de RX são
as posições dos localizadores radio-opacos. Necessita-se 2 vistas, uma frontal e outra
lateral. Em cada uma das vistas tem-se que identificar 8 localizadores radio-opacos
sendo 4 próximos ao porta-filme (chasis) e 4 próximos ao tubo de RX.
Lembre-se que sempre necessitará 2 vistas. Elas não têm que ser exatamente
ortogonais, porém os 8 localizadores devem estar definidos em cada uma.
Geralmente, este processo se realiza duas vezes, primeiro com uma vista frontal e
depois com uma lateral. O nome do paciente não deve alterar-se, porém o do arquivo
IMG sim. Por exemplo, usando o número do paciente na clínica (ID, RG, etc), seja o
paciente: 123456. Sugerimos utilizar esta convenção:
A primeira vez deve-se calibrar as vistas entrando a posição dos localizadores. Para
isso deve-se selecionar a entrada “Init X-Ray Pair” que se mostra no seguinte menu.
A partir desta entrada o CAT3D abre um menu de seleção de imagens. Primeiro pede
que se indique qual é a vista frontal
Quando este processo termina, o CAT3D tem os dados necessários para calcular a
matriz de transformação que gera cada uma das projeções. Desta forma quando o
usuário modifica as coordenadas do cursor, o CAT3D projeta o cursor em cada vista e
o mesmo pode fazer com POIs que indiquem isótopos, ROIs ou qualquer outra
construção.
→ decrementar X
↑ incrementar Y
→ incrementar X
↓ decrementar Y
<Page Up> incrementar Z
<Page Down decrementar Z
<TAB> muda o valor de incremento de cursor.
Para situar uma semente de I-125 só se necessita um POI cujo prefixo seja I02- ou
I11-, em dependência de que seja uma semente modelo 6702 ou 6711. O POI antes
referido será tratado como centro da semente, e tem que ser um POI de destino. Para
as sementes de I-125 tudo o que se necessita é a posição de seu centro e sua
orientação - a orientação é necessária para poder considerar os fatores de anisotropia
-, a longitude ativa está prefixada pelo desenho do modelo.
Para o caso dos tubos de césio o prefixo reservado é “CSJ0-“. Para os demais o modo
de definir um tubo de césio é igual ao de uma semente de Iodo.
Para fixar um POI que define a origem de um trajeto usamos <HOME> e para fixar um
POI que é final da trajetória usamos <END>. Quando se pressiona <END>, devemos
selecionar um POI origem e logo dar o nome ao POI destino.
A entrada “Source Info” gera tabelas com os isótopos empregados, sua atividade,
localização, etc.
1 Bq = 1 s-1 (1)
A = A0 . e- ln 2 t / T½ (5)
A dose que o tecido absorve é um parâmetro muito vinculado ao efeito biológico que a radiação
produz, e como conseqüência é o término da dosimetria mais usado em radio-oncologia.
Define-se como dose a quantidade de energia que deposita um feixe de radiação ionizante na
unidade de massa. A transferência de energia de um fóton no meio (tecido) tem lugar em duas
etapas; (a) começa quando o fóton interatua com um átomo e põe em movimento um ou vários
elétrons de alta energia, (b) a segunda etapa se produz com a desaceleração dos elétrons de
alta energia, em forma de excitação e ionização. A energia que transfere o fóton primário na
etapa (a) se conhece como kerma (kinetic energy released in the medium), enquanto que a
dose é a energia que depositam no meio dos elétrons da etapa (b) em forma de excitação e
ionização. Em geral, o kerma em um ponto do meio é maior que a dose nesse mesmo sítio
porque a etapa (b) tem lugar a distância de (a) e porque parte da energia adquirida pelos
elétrons em (a) pode reemitir-se em forma de fótons de desaceleração quando o elétron choca
com um núcleo (bremsstrahlung). A unidade do SI para a dose é o Gray, cujo símbolo é Gy.
1 Gy = 1 J / kg (8)
Na radioterapia é de uso muito comum o cGy, que é igual ao rad. Este último se bem não é
parte do SI é de grande difusão por razões de tradição. O símbolo que se emprega nas
expressões para a dose é D.
O algoritmo de cálculo da dose associada a uma fonte pontual insertada no
tecido ou incluso em água tem evoluído notavelmente, e ainda se trabalha para
ter em conta todos os efeitos perturbadores presentes. Nos primeiros tempos
só se consideravam a diminuição da dose com o quadrado da distância, a
constante específica de exposição do isótopo e a relação de conversão de
exposição a dose. Logo vieram os modelo de doses que consideravam a
atenuação da radiação primária no tecido e, a partir daí, se introduziram
correções por radiação dispersa. Para todas as aplicações clínicas o cálculo é
mais complicado, pois se trata de fontes extensas que estão afetadas por
fenômenos de auto-absorção e blindagem. Por outra parte a maioria das fontes
produzem distribuições de doses não isotrópicas, porém afortunadamente
existem numerosos trabalhos publicados que reportam as distribuições de
doses medidas ou simuladas por métodos de Monte Carlo para as fontes mais
difundidas[1,2,3,4].
O formalismo mais aceito na atualidade para o cálculo de doses foi publicado por ICWG [5]. A
potência de doses (doses por unidade de tempo) no ponto de coordenadas (r, θ) medidas a
partir do centro da fonte (usando a notação da figura 1 na referência 5) pode expressar-se
como:
G(r,θ
D = ∧ SK ) F(r,θ) g(r) (9)
G(1, π)
Note-se ademais que a expressão (9) nos permite calcular a potência de doses em um ponto
do tecido (doses por unidade de tempo), não a dose acumulada nesse ponto. Para fazer esse
cálculo devemos tomar em consideração que a atividade da fonte diminui em forma de
exponencial decrescente, tal como expressa a equação (5). Para calcular a dose depositada no
ponto do tecido ao cabo de um tempo t, e tendo como potência de dose inicial (dD/dt) i, usamos
a seguinte expressão:
T½
D = (dD/dt)i. . (1 - e- ln 2. t / T½) (11)
ln 2
Outro aspecto discutido no cálculo das distribuições de doses ao redor das fontes de
braquiterapia é o tratamento matemático das inhomogeneidades do tecido. A perturbação
devida à heterogeneidades no campo de dose da fonte é mais pronunciada para os isótopos
emissores de radiação de baixa energia, como o 125I, nesses casos o efeito predominante é a
interação fotoelétrica, por isso que a absorção é muito dependente do número atômico dos
elementos presentes no meio. Para isótopos como o 192Ir já a perturbação por composição do
tecido se torna muito débil frente à dependência com o quadrado da distância [6,7]. É justo
aclarar que a inclusão de métodos para corrigir “inhomogeneidades” em um programa para
cálculo de doses em braquiterapia conduziria a um incremento considerável do tempo de
execução.
162
157
155
105
Y
Y
X Z 0mm
-257,5(box peq)
- 257,5(box peq)
50
50
Z
CABEÇA
50
Left X Righ
0mm
PÉS
Este desenho de caixa localizadora foi enviado gentilmente pelo Dr. Danyel Sobol e reproduz o
dispositivo construído pelo Serviço de Radioterapia (CLINIRAD) do Hosp. Angelina Caron, em
Curitiba, Brasil. As paredes laterais incorporaram dois jogos de marcadores porque
dependendo da localização do implante podem escolher entre os mais altos o os mais baixos.
Bibliografia
1. Schell MC et al. Dose distribution of model 6702 I-125 seeds in water. Int J Radiation
Oncology Biol Phys 1987;13:795-9.
2. Ahmad M et al. Diode dosimetry of models 6711 and 6712 125I seeds in a water phantom.
Med Phys 1992;19:Mar/Apr.
3. Nath R et al. Anisotropy functions for 103Pd, 125I, and 192Ir interstitial brachytherapy sources.
Med Phys 1993;20:Sep/Oct.
4. Nath R, Moillo A. Dosimetric characteristics of double wall 125I source for interstitial
brachytherapy, Med Phys 1993;20:Sep/Oct.
5. Anderson LL, Nath R et al. Instertitial Collaborative Working Group (ICWG), Interstitial
Brachytherapy: Physical, Biological And Clinical Considerations., Raven, New York, 1990.
6. Meigooni AS, Nath R. Tissue inhomogeneity correction for brachytherapy sources in a
heterogeneous phantom with cylindrical semmetry. Med Phys 1992;19:Mar/Apr.
Introdução
O programa WDCALC é uma calculadora de unidades de monitor para o eixo
central de campos simples e paralelos opostos. Permite realizar cálculos de
decaimento para vários isótopos, quadrado equivalente e diâmetro equivalente e
cálculos de PDD para diferentes qualidades de fótons entre 2 e 50 MV a partir do
British Journal of Radiology, suplemento 25. Este é um aplicativo Windows.
Equipment
Compute
About
• Bibliography: Mostra uma lista das referências bibliográficas utilizadas como base
para os cálculos que realiza o programa.
• About DCALC: Informação sobre a versão do programa e como entrar em contato
com os autores.
Introdução
O programa SHIELD permite definir geometrias variáveis para bloqueadores, e
fixar a orientação das figuras em relação aos eixos CROSSPLANE e INPLANE, a
partir de uma imagem em formato TIFF (e da versão 3.0 em diante, também em
formato JPEG), que pode ser obtida escaneando um diagrama do bloqueador
desenhado previamente. Substitui o programa COLFRAME, utilizado em versões
anteriores do sistema.
O programa SHIELD é um aplicativo Windows, e as principais diferenças a
respeito de seu antecessor COLFRAME são:
• Trabalha sobre imagens em formato TIFF o JPEG, enquanto que o COLFRAME
utilizava imagens em formato BMP.
• Interface mais amigável, com várias opções novas que facilitam o trabalho.
• Maior flexibilidade das ferramentas de traçado de polígonos.
• Possibilidade de salvar a tarefa no estado em que esta se encontre, e retomá-la
posteriormente.
Uma diferença importante é que o programa SHIELD gera dois tipos de
arquivos:
• Arquivos de tarefas ou “jobs”, com extensão “.SHL”. Nestes arquivos grava-se o
resultado do trabalho de desenho de polígonos e calibração da imagem, assim
como o nome e o caminho da imagem de partida, os dados do paciente, etc.
• Arquivos em formato PB, gerado pelo programa a partir do desenho realizado
sobre a imagem original, e utilizados pelo programa CAT3D nos cálculos de
tratamentos onde se utilizam bloqueadores.
IMPORTANTE: Este programa utiliza a biblioteca Direct Draw da Microsoft, para tanto,
a referida biblioteca deve estar instalada, pois do contrário, o programa SHIELD não
funcionará.
File
Edit
Measure
Axis
Draw
Options
About
Calibração da imagem
Antes de continuar avançando, é conveniente realizar a calibração da imagem.
Para isso:
1. No submenu Measure, selecione a opção Calibrate. O modo de calibração será
ativado.
2. Localize na imagem algum elemento de longitude conhecida. Situe o cursor do
mouse sobre um extremo deste elemento e, mantendo pressionado o botão
esquerdo, arraste-o até o outro extremo.
Traçado de regiões
O traçado dos polígonos que delimitaram os diferentes elementos do
bloqueador, se realiza com a ajuda das opções do submenu Draw. Vamos utilizar
como exemplo o traçado de uma região que delimita o contorno do bloqueador,
caracterizada como “full attenuation region”. Outras regiões se desenham de maneira
análoga.
A Figura 1 mostra a imagem de partida, que era o desenho do bloqueador,
escaneado em formato TIFF.
Criação do arquivo PB
Para exportar as coordenadas dos polígonos traçados para um arquivo em
formato PB, que possa ser interpretado pelo programa CAT3D, utiliza-se a opção File /
Export to PB file. Quando esta opção é selecionada, aparece o diálogo mostrado na
Figura 3.
Neste diálogo é necessário escrever os dados do paciente, a distância entre a
fonte e o bloqueador, e o nome com que será gerado o arquivo .PB.
-19 -81
-20 29
9 29
9 -10
50 -10
50 -41
30 -40
30 -81
-19 -81
End
Introdução
O programa CONTOUR permite desenhar os contornos dos órgãos a partir de
uma imagem em formato TIFF (e a partir da versão 3.0, também em JPEG), que pode
ser obtida escaneando uma tomografia ou alguma outra representação de um corte
anatômico do paciente. Substitui o programa COUFRAME, utilizado em versões
anteriores do sistema.
O programa CONTOUR é um aplicativo Windows, e as principais diferenças a
respeito de seu antecessor COUFRAME são:
• Trabalha sobre imagens em formato TIFF ou JPEG, enquanto que o COUFRAME
utilizava imagens em formato BMP.
• Interface mais amigável, com várias opções novas que facilitam o trabalho.
• Maior flexibilidade das ferramentas de traçado de polígonos.
• Possibilidade de salvar a tarefa no estado em que esta se encontre, e retomá-la
posteriormente.
Uma diferença importante é que o programa CONTOUR gera dois tipos de
arquivos:
• Arquivos de tarefas ou “jobs”, com extensão “.COU”. Nestes arquivos se grava o
resultado do trabalho de desenho de polígonos e calibração da imagem, assim
como o nome e o caminho da imagem de partida, os dados do paciente, etc.
• Arquivos de imagem em formato IMG. Esta é a imagem criada pelo programa a
partir do desenho realizado sobre a imagem original, e gravada no formato próprio
do programa CAT3D e outros programas desenvolvidos pela empresa MEVIS.
IMPORTANTE: Este programa utiliza a biblioteca Direct Draw da Microsoft, para tanto,
a referida biblioteca deve estar instalada, pois do contrario, o programa CONTOUR
não funcionará.
File
Edit
Calibrate
Draw
Options
Calibração da imagem
Antes de continuar avançando, é conveniente realizar a calibração da imagem.
Para isso:
6. No submenu Calibrate, selecione a opção Calibrate. O modo de calibração será
ativado.
7. Localize na imagem algum elemento de longitude conhecida. Situe o cursor do
mouse sobre um extremo deste elemento e, mantendo pressionado o botão
esquerdo, arraste-o até o outro extremo.
8. Ao soltar o botão do mouse, aparece uma janela com um campo de edição, onde
se deve entrar o valor em milímetros da distância entre ambos os pontos. Uma vez
escrito o valor, clique no botão OK.
9. A imagem foi calibrada. Para sair do modo de calibração, clique novamente na
opção Calibrate / Calibrate.
10. Utilize a opção File / Save para salvar a calibração realizada.
Traçado de regiões
O traçado dos polígonos que delimitaram os deferentes elementos da
anatomia, se realiza com ajuda das opções do submenu Draw. Vamos utilizar como
exemplo o traçado de uma região que delimita o contorno do paciente, caracterizada
como “tecido”. Outras regiões se desenham de maneira análoga.
É importante assinalar que as regiões desenhadas estão superpostas umas
sobre as outras, em ordem inversa a que foram traçadas. Para isso é necessário
desenhar primeiro as regiões mais externas, em particular aquela que define o
contorno externo do paciente. Do contrário, as regiões internas desenhadas estarão
cobertas pela região externa.
6. Clique em Draw / Draw Tissue Region. O modo de desenho será ativado e a
região traçada a seguir será identificada como “tecido” (tissue).
7. Com o botão esquerdo do mouse, clique sucessivamente em cada um dos pontos
que correspondem aos vértices do polígono.
8. Quando faltar somente um segmento para fechar o polígono, clique na opção
Draw / Close region. O polígono se fechará.
9. Para preencher o polígono com a cor que identifica o tipo de região selecionada,
clique na opção Draw / Fill regions. Se esta opção já estava selecionada (aparece
no menu com um check mark), o preenchimento ocorrerá automaticamente
quando o polígono for fechado.
Introdução
O programa PLATES tem como objetivo a importação de imagens obtidas via
escaner e gravadas em formato TIFF ou JPEG, gerando uma série de imagens no
formato privado usado pelos programas MSPS e CAT3D.
O programa PLATES versão 5.00 substitui o PLATES versão 4.00, distribuído
com versões anteriores dos sistemas CAT3D e MSPS. As principais vantagens sobre
a versão 4.00 são:
• PLATES v. 5.00 é um programa Windows, enquanto que PLATES v. 4.00 era
um programa DOS.
• PLATES v. 5.00 é capaz de importar imagens em formato TIFF ou JPEG.
Versões anteriores aceitavam imagens em formato GIF ou TIFF. O formato GIF
foi substituído pelo JPEG, mais compacto e muito difundido atualmente.
• Interface mais interativa e fácil de utilizar.
File
Image
Frames
Inclui opções que permitem selecionar as áreas da imagem ativa que serão
exportadas como quadros do estudo.
• Draw Frame: Quando se inicia um estudo, desenha sobre a imagem um marco
quadrado, cujas dimensões e posição podem ser modificadas pelo usuário,
arrastando-o com o mouse. Este marco será utilizado para delimitar e selecionar
os quadros que serão exportados.
• Select Frame: Ativa ou desativa o modo de seleção de quadros. Neste modo, é
possível selecionar um quadro dos que já foram desenhados, clicando com o
mouse em seu interior.
• Delete Frame: Apaga um quadro previamente selecionado com a opção anterior.
• Lock Frame: Fixa o tamanho da moldura, impedindo sua modificação. Ao ser
selecionada novamente, libera a moldura para permitir a alteração de suas
dimensões. Como todos os quadros devem ser de igual tamanho, se já existiam
outros quadros, estes serão apagados.
• Get Frame: Esta opção seleciona o área delimitada pela moldura, como um
quadro a ser incluído no estudo e posteriormente exportado como arquivo de
imagem IMG. Solicita que o usuário introduza o valor da coordenada Z da futura
imagem.
Window
Options
About
Iniciando um estudo
O estudo radiológico realizado no paciente normalmente está formado por
várias placas que, uma vez escaneadas, são gravadas em vários arquivos de imagem
em formato TIFF ou JPEG. Cada imagem, por sua vez, contém vários quadros, cada
Introdução
Os arquivos com os dados dosimétricos têm a extensão “.RSD”. São arquivos de texto
(ASCII) que contêm a informação geométrica e dosimétrica necessária para alimentar
os módulos de cálculo.
Para editar um arquivo “.RSD” use um editor de ASCII, o mais popular deles é o EDIT,
que acompanha as versões atuais de MS-DOS. Outro editor possível é o NOTEPAD
que forma parte dos sistemas Ms-Windows.
7 W45
-100 -50 -25 0 20 55 100
0.99 0.90 0.85 0.80 0.77 0.70 0.65
A atenuação do ponto zero (0) não deve omitir-se, pois ela define o fator
de atenuação do filtro em seu eixo. As atenuações estão normalizadas
de modo que o valor no eixo seja igual ao fator de filtro.
RSD_OK
As linhas 8,9,10,11,12 se repetem para cada filtro. Deve-se ter tantos jogos de
linhas 8,9,10,11,12 como expressa a linha N+7. Exemplo de um filtro
com 7 pontos de controle que identificamos como “W45” e com 5 fatores
de filtro para 5 tamanhos de campo.
7 W45 WOF 5
-100 -50 -25 0 20 55 100
0.99 0.90 0.85 0.80 0.77 0.70 0.65
50 100 150 200 250
0.710 0.711 0.712 0.713 0.714
Representação do perfil do filtro apanador em ar (in air profile resulting from the
use of flattening filter)
O CAT3D modela o perfil dos campos medidos em ar usando duas funções: uma para
o perfil do filtro aplanador e outra para a penumbra gerada pelo colimador. Um
formalismo próximo ao nosso pode encontrar-se em “Radiotherapy Treatment
Planning: new system approaches” apresentado por Haas[3] e em “Radiation Therapy
Physics” de Hendee e Ibbott. A representação do perfil de filtro apanador em ar se dá
para o maior campo que se consiga com o acelerador que se está calibrando.
Realizaram-se leituras para distâncias crescentes a partir do eixo central do campo. A
câmara de ionização se moverá sobre um plano perpendicular al eixo central do
campo.
É obrigatório incluir a leitura sobre o eixo (deslocamento zero). Tome cuidado para não
incluir leituras afetadas pela zona de penumbra.
Observe que depois que aparece a cláusula AIR_PROFILE não se deve incluir linhas
em branco até depois da linha que relaciona as leituras de doses.
Os dados providos por AIR_PROFILE são utilizados quando se emprega o algoritmo
de Pencil Beam.
O CAT3D modela o perfil dos campos medidos em água usando duas funções: uma
para o perfil do filtro aplanador e outra para a penumbra gerada pelo colimador. No
caso da medição em água o aporte da radiação dispersa é significativa e varia com a
profundidade.
A representação do perfil de filtro aplanador em água dá-se para o maior campo que
se consiga com o acelerador que se está calibrando. Se realizaram leituras para
distâncias crescentes a partir do eixo central do campo, com profundidade constante.
A câmara de ionização se moverá sobre um plano perpendicular ao eixo central do
campo. Para uma melhor representação da distribuição de doses deve-se medir estes
perfis a várias profundidades, sempre usando o maior tamanho de campo e com a
mesma distância fonte piel (SSD, recomenda-se 1000 mm).
Exemplo de Sintaxe:
WATER_PROFILE
4 (no_of_profiles )
1000 25 10 (ssd depth no_of_points)
0 6.5 13.1 19.8 26.4 32.9 39.5 46.2 52.8 100.0
1.0 1.0034 1.0082 1.017 1.0306 1.0462 1.0557 1.0605 1.0605 1.0606
1000 35 10 (ssd depth no_of_points)
0 6.5 13.1 19.8 26.4 32.9 39.5 46.2 52.8 100.0
.9939 .997 .999 1.008 1.0211 1.0354 1.0455 1.0503 1.0503 1.0504
1000 150 10 (ssd depth no_of_points)
0 6.5 13.1 19.8 26.4 32.9 39.5 46.2 52.8 100.0
.6472 .6474 .6479 .6526 .6587 .6662 .6703 .6703 .6703 .6704
1000 200 7 (ssd depth no_of_points)
0 11.5 23.0 34.6 46.16 57.63 100
.5411 .5438 .5498 .5598 .5618 .5618 .5619
É obrigatório incluir a leitura sobre o eixo (deslocamento zero). Tome cuidado para não
incluir leituras afetadas pela zona de penumbra.
Observe que depois que aparece a cláusula WATER_PROFILE não se deve incluir
linhas em branco até depois da linha que relaciona as leituras de doses.
Definição da penumbra em ar
Quando este parâmetro está presente é usado para gerar os perfis em ar empregados
na convolução do “Pencil Beam”.
Para mais informações em relação a este modelo consulte: Johns and Cunningham,
"The Physics of Radiology", fourth edition, chapter 10, pages 369-371. Uma discussão
mais profunda pode-se encontrar em: "Radiation Therapy Physics", by William R.
Hendee e Geoffrey S. Ibbott, pages 347-350.
DEVICE 1 = mogi.rsd
DEVICE 2 = mv10.rsd
Em cada arquivo .RSD podem definir-se até 32 bandejas. O nome da bandeja não
pode exceder os 26 caracteres. Utilize somente caracteres ASCII.
Bibliografia
1. British Journal of Radiology, supplement 25: “Central Axis Depth Dose Data for
Use in Radiotherapy: 1996” published by The British Institute of Radiology,
London, 1996.
2. Johns HE, Cunningham JR. “The physics of radiology”. Fourth edition,
Springfield, Charles C Thomas Publisher, 1993.
3. Haas OCL. “Radiotherapy Treatment Planning: new system approaches”,
Springer-Verlag, London, 1999.
4. Hendee WR, Ibbott GS. “Radiation Therapy Physics”. second edition, Mosby-
Year Book, Inc., St. Louis, Missouri, 1996.
5. Gibbonsm JP (editor). “Monitor Unit Calculations for External Photon & Electron
Beams”. Advanced Medical Publishing, Inc., 2000.
O arquivo CAT3D_Update_Info.txt
O arquivo CAT3D_Update_Info.pdf reúne a relação de modificações que se
introduzem no sistema CAT3D. As modificações incluem adição de novos recursos e a
correção de erros (bugs) detectados pelos usuários ou pelos autores.
Este arquivo foi criado em janeiro de 2001 e sustitui o History.txt. Este último
guardou as modificações do programa dos anos 1999 e 2000.
Sugere-se aos usuários que leiam este arquivo cada fez que recebam
atualizações, para poder explorar novos recursos que não aparecem no Manual do
Usuário.