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Agira Júlio

Alima Alfredo
Atija Auale
Antónia J. Chipaique
Belta Justino José
Dickson da Gilda Alexandre L. Muzerepa
Eusébio Jacinto Saide
Hanate Mussa
Jaime Herminio Araujo
Jonas Herminio Tauacal
Juventina Talhado
Leonesa Agostinho Leoncio
Tercia Sualehe
Teresa José

Tema
Nematóides

Nampula, Outubro de 2023

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Agira Júlio
Alima Alfredo
Atija Auale
Antónia J. Chipaique
Belta Justino José
Dickson da Gilda Alexandre L. Muzerepa
Eusébio Jacinto Saide
Hanate Mussa
Jaime Herminio Araujo
Jonas Herminio Tauacal
Juventina Talhado
Leonesa Agostinho Leoncio
Tercia Sualehe
Teresa José

Nematóides

Trabalho de carácter avaliativo referente a disciplina de


Microbiologia, a ser entregue no Curso de Técnicos de
Enfermagem Geral, 1o ano, Turma 29, Leccionado por:

Formadora: Henriqueta Bernardo

Instituto de Saúde Avicena


Nampula
2023

1
Índice
Introdução.................................................................................................................................... 3
Nematóides .................................................................................................................................. 4
Morfologia dos nematóides ......................................................................................................... 4
Características nematóides .......................................................................................................... 5
Transmissão dos nematóides ....................................................................................................... 5
Sintomatologia dos nematoides................................................................................................... 5
Diagnósticos dos nematóides ...................................................................................................... 5
Nematóides parasitas do homem ................................................................................................. 5
a) Ascaris lumbricoides ............................................................................................................ 5
Habitat ......................................................................................................................................... 6
Ciclo biológico ............................................................................................................................ 6
Nutrição: ...................................................................................................................................... 7
Transmissão................................................................................................................................. 7
Patologia e Sintomas: .................................................................................................................. 8
Diagnóstico: laboratorial (exame de fezes). Profilaxia ............................................................... 8
Tratamento .................................................................................................................................. 8
b) Wuchereria bancrofti ........................................................................................................... 8
Vector transmissor....................................................................................................................... 9
Ciclo biológico ............................................................................................................................ 9
A filariose .................................................................................................................................. 10
Transmissão............................................................................................................................... 10
Medidas Profilaxia: ................................................................................................................... 10
Diagnóstico e Tratamento ......................................................................................................... 10
c) Ancylostoma duodenale ..................................................................................................... 11
Ciclo de vida: ............................................................................................................................ 11
d) Enterobius vermiculares .................................................................................................... 12
Modos de prevenção.................................................................................................................. 13
Conclusão .................................................................................................................................. 14
Referências bibliográficas ......................................................................................................... 15

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Introdução
O presente trabalho tem como tema Nematóide, o qual debruçara alguns aspectos
etomorfólgicos deste grupo de divíduos, seu modo de vida, caracateristicas e as doenças mais
importantes causadas por estes. O filo Nematóide inclui vermes grosseiramente cilíndricos,
roliços, conhecidos como nematóides, são animais basicamente aquáticos, embora possam ser
encontrados em quase todos os tipos de ambiente, desde que haja pelo menos uma pequena
quantidade de água para mantê-los humedecidos.
Os nematóides intestinal comum do homem são os (Ascaris lumbricoides) mostra os
aspectos gerais de um nematóides, razão pela qual é considerado o representante deste grupo de
vermes. Muitos são de vida livre no solo e na água e muitos outros são parasitas em tecidos ou
líquidos de animais e homens. O trabalho é guiado com seguintes objectivos:

Geral
 Conhecer os organismos que fazem parte dos nematóides.
Objectivos Específicos
 Identificar as principais características deste grupo de organismos;
 Identificar as doenças causadas por este grupo de organismos;
 Demonstrar o ciclo de vida de alguns indivíduos deste grupo.
Uso se o método bibliográfico que consistiu na sustentação do tema em destaque, através de
uma revisão exaustiva de manuais que discerne sobre o tema.
No que concerne a elaboração do trabalho, a que realçar que, nos deparamos com imensas
dificuldades, sabido que um trabalho científico não é acabado na sua totalidade, o grupo esta
aberto a critica e sugestões com vista ao melhoramento do próximo trabalho de natureza
académica.

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Nematóides
Os nematóides ou nemátodos (Nemathelminthes) (também chamados de vermes
cilíndricos) são considerados o grupo de metazoários mais abundante na biosfera, com
estimativa de constituírem até 80% de todos os metazoários com mais de 20.000 espécies já
descritas, de um número estimado em mais de 1 milhão de espécies actuais, que incluem muitas
formas parasitas de plantas e animais. Entre os animais multicelulares, ocupam provavelmente o
segundo lugar, após os insectos, em números de indivíduos. O nome vem da palavra grega nema,
que significa fio (Storer, 2003).
Para Gomes (2013) descreve os Nematóides como sendo animais do Sub-Reino Metazoa
e Filo Nemata. Possuem simetria bilateral e são pseudocelomados, isto é, a cavidade geral do
organismo onde se alojam todos os órgãos não é revestida por um tecido especializado. A
palavra nematóide vem do grego e significa "em forma de fio". Nematóide é o nome utilizado
para o helmintos parasita dos seres vivos.
Deste modo, além das espécies de vida livre, existem muitos representantes parasitas,
exibindo vários graus de parasitismo e que atacam virtualmente os seres humanos.
De acordo Rey, (2002) Nematóides parasita intestinais causam algumas das infecções
mais comuns no mundo, afectando muitos países em Essas infecções resultam em alta morbidade
devido a combinação de seus efeitos na nutrição e resposta imunológica do hospedeiro,
desenvolvimento.

Morfologia dos nematóides


O tamanho e forma dos nematóides são adaptações importantes para se viver nos espaços
intersticiais. Eles possuem corpos delgados e alongados, com ambas as extremidades
gradualmente afiladas, na maioria das espécies. A maioria dos representantes de vida livre tem
menos de 2,5 cm de comprimento, sendo mais comuns indivíduos em torno de 1mm de
comprimento ou microscópicos.
O corpo desses vermes é perfeitamente cilíndrico, daí o nome Nematoda, e é envolvido
por uma cutícula (mais complexa que aquela dos demais asquelmintos) que reveste também a
faringe, o intestino posterior e outras aberturas corporais. A boca localiza-se na extremidade
anterior e é circundada por lábios e órgãos sensoriais de vários tipos.

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A camada muscular da parede corporal é composta completamente de fibras
longitudinais, que se localizam em quatro quadrantes entre cordões longitudinais. Cada fibra
muscular de um nematóides, como as dos gastrótricos, possui um braço delgado que se estende a
partir da fibra para o cordão nervoso dorsal ou ventral longitudinal, onde ocorre a enervação.

Características nematóides
De acordo com Rey (2002) diz que os nematóides são encontrados em vários habitats
diferentes, sejam eles aquáticos, marinhos e dulcícolas, ou terrestres, desde que o solo seja
húmido. A maioria dos nematóides parasitam plantas e animais, mas também existem muitos que
são de vida livre. Estrutura corpórea dos nematóides.
Os nematóides de vida livre são encontrados no mar, água doce, solo. Aparecem desde
regiões polares até os trópicos em todos os tipos de ambientes, incluindo desertos. Os nematóides
não parasitas são animais bentónicos vivendo em sedimentos e solos aquáticos, sendo
encontrados frequentemente em altas densidades.

Transmissão dos nematóides


 A infecção ocorre pela ingestão de água e de alimentos, principalmente verduras
contendo ovos embrionários;
 É transmitida pelo mosquito, que ao picar uma pessoa infectada, espalha as larvas para
outras pessoas.

Sintomatologia dos nematoides


Os sinais de sintomas são prurido nos locais de penetração na pele, pneumonite alérgica
e, principalmente, anemia causada por deficiência de ferro.

Diagnósticos dos nematóides


O exame microscópico das fezes revela os típicos ovos ovais não-corados, com cerca de
40 X 70 µ m, contendo as larvas em desenvolvimento.

Nematóides parasitas do homem


a) Ascaris lumbricoides

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Este parasita é encontrado em quase todos os países do globo, estimando-se que 30% da
população mundial estejam por ele parasitadas (Neves, 91).
Popularmente é conhecido como lombriga e causa a doença denominada ascaridíase ou
ascariose. Em consequência de sua elevada prevalência e acção patogénica, especialmente em
infecções altas e crónicas em crianças, atribui-se a esse helminto uma das causas e consequências
do subdesenvolvimento de grande parte da população dos países do Terceiro Mundo.

Morfologia:
O tamanho desse helminto é dependente do número de formas albergadas pelo hospedeiro e
estado nutricional deste. Assim as dimensões dadas a seguir se referem a helmintos oriundos de
crianças bem nutridas e com poucos vermes: fêmea de 30 a 40 cm e macho de 20 a 30 cm de
comprimento. O dimorfismo sexual é claro não só pelo tamanho distinto, mas também pelo
macho apresentar a extremidade posterior do corpo fortemente encurvada para a face ventral,
além de dois espículos que funcionam como órgãos acessórios da cópula. Ambos (macho e
fêmea) apresentam lábios fortes que podem prendê-los à mucosa.

Habitat
Intestino delgado do homem, principalmente jejuno e íleo. Podem ficar presos à mucosa
ou migrarem pela luz intestinal.

Ciclo biológico
Monoxênico (um só hospedeiro durante o ciclo vital). A fêmea é capaz de produzir 200
mil ovos/dia. Esses são expulsos para o meio junto com as fezes.
Os ovos férteis na presença de ambiente favorável (temperatura entre 25o C e 30o C, humidade
mínima de 70% e oxigénio), tornar-se-ão embrionados em 15 dias. A primeira larva (rabditóide)
forma-se dentro do ovo, sofre mudas e permanece no ovo até que este seja ingerido pelo
hospedeiro.
Após a ingestão, os ovos contendo as larvas (L3) atravessam todo o trato digestivo e vão
eclodir no intestino delgado.
As larvas liberadas atravessam a parede intestinal na região do ceco, caem nos vasos
linfáticos e veias e invadem o fígado cerca de um dia após a infecção. Dois a três dias depois,

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invadem o coração direito, migram para o pulmão, onde sofrem nova muda. Rompem os
capilares e caem nos alvéolos, sofrendo nova muda. Chegam à faringe pela árvore brônquica e
traqueia, sendo expelidas pela boca ou deglutidas e estas últimas então chegam incólumes ao
estômago. Fixam-se ao intestino delgado transformando-se em adulto (20 a 30 dias após a
infecção). Em 60 dias atingem a maturidade sexual e começam a liberar ovos junto às fezes do
hospedeiro, fechando o ciclo (vide figura 1).

Nutrição:
Alimenta-se do quimo intestinal, com preferência por carboidratos, vitaminas A e C.

Transmissão
A infecção produz-se através da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos.
Ingestão de ovos infectantes junto com alimentos contaminados. Poeira e insectos são capazes de
veicular ovos.

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Patologia e Sintomas:
A intensidade das alterações provocadas é dependente do número de larvas presente no
hospedeiro. Infecções pequenas geralmente são assintomáticas. Em infecções maciças, durante a
migração da larva, pode ocorrer pneumonia, bronquite, vómitos, etc., além de lesões hepáticas.
Os vermes adultos, quando em número superior a 30 indivíduos, podem causar traumatismos na
mucosa intestinal, oclusão intestinal, hipoglicemia, acção tóxica (reacção entre antígenos
parasitários e anticorpos do hospedeiro).

Figura: ilustra Ascaris lumbricoides

Diagnóstico
Laboratorial (exame de fezes).

Profilaxia
Educação sanitária; saneamento básico; cuidado na ingestão de alimentos; tratamento da
população contaminada.

Tratamento
Medicamento específico e cuidados na alimentação (dieta rica e de fácil absorção).
b) Wuchereria bancrofti
Esse helminto apresenta-se com boca sem lábios, com a fêmea medindo em média 7 a 10 cm
e o macho 3,5 cm comprimento. Parasitam o sistema sangüíneo e linfático do homem,
apresentando longevidade de 5 a 10 anos. Macho e fêmea vivem juntos “enovelados” no sistema
linfático humano, prejudicando a circulação. As regiões do corpo que mais frequentemente
abrigam as formas adultas são: abdominal, pélvica, mamas e braços. O ovo embrionado

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(contendo uma larva “embainhada”) é chamado de microfilária e movimenta-se activamente na
corrente sanguínea.

Vector transmissor
Culex quinquefasciatus, Culex fatigans, Aedes (este último na Ásia).

Ciclo biológico
É do tipo heteroxênico (necessitas de mais de um hospedeiro para completar seu ciclo
vital). A fêmea do mosquito vector, ao se alimentar do sangue de pessoas parasitadas, ingere
algumas microfilárias que, no estômago do mosquito, perdem a bainha. Atravessam a parede do
estômago do insecto, caindo em sua cavidade e daí migram para o tórax. Nesta etapa, encistam-
se na musculatura do mosquito para transforma-se, desta vez, numa larva salsichóide. Sofrem
umas várias mudas, crescem e migram pelo insecto até alcançar a probóscide (aparelho bucal
picador). Quando o insecto se alimenta de sangue novamente, as larvas saem do lábio e penetram
activamente pela pele sã ou lesada do homem (note que elas não são inoculadas pelo mosquito!).
Da pele chegam aos vasos linfáticos, tornam-se adultas e um ano depois já estarão produzindo as
primeiras microfilárias

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A filariose
Nas filarioses, é importante distinguir os casos de infecção (presença da microfilária) dos
casos de doença, sendo que 95% dos portadores são assintomáticos, funcionando como fonte de
infecção. O aparecimento da doença pode ser devido a reacção do hospedeiro a um ou mais dos
seguintes factores: presença e permanência das microfilárias mortas, dos vermes adultos e das
formas infectantes e suas respectivas mudas. As lesões podem ser devido à acção mecânica do
parasita (obstrução) e/ou acção irritativa do parasita (inflamações).

Transmissão
Pela deposição das larvas no hospedeiro através do vector. Nos casos sintomáticos,
determina patologias menos graves ou pode evoluir para elefantíase. Essa é caracterizada por um
processo de inflamação e fibrose crónica do órgão atingido, com hipertrofia do tecido
conjuntivo, dilatação dos vasos linfáticos e edema linfático. Há um aumento exagerado do
volume do órgão com queratinização e rugosidade da pele, dando a aparência típica da
elefantíase.
As manifestações clínicas da infecção crónica dependem do local onde se produz a
dilatação. São típicas a elefantíase de membros inferiores e o hidrocele (acumulação de líquido
na pele do escroto).

Medidas Profilaxia:
O antiparasítico usado é Dietilcarbamazina (DEC) que elimina as microfilárias e o verme
adulto. Pode-se recorrer a cirurgia reparadora em caso de elefantíase (fase crónica da doença). É
importante tratar as infecções secundárias.
Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados
como prevenção e insecticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele,
repelentes de insectos e dormir protegido com redes.

Diagnóstico e Tratamento
O diagnóstico é pela observação microscópica de microfilárias em amostras de sangue.
Caso a espécie apresente periodicidade nocturna é necessário recolher sangue de noite, de outro
modo não serão encontradas. A ecografia permite detectar as formas adultas. A serologia por
ELISA também é útil.

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São usados antiparasiticos como Mebendazole. É importante tratar as infecções secundárias.

Prevenção
Há um programa da OMS que procura eliminar a doença com fármacos administrados como
prevenção e insecticidas. É útil usar roupas que cubram o máximo possível da pele, repelentes de
insectos e dormir protegido com redes.
c) Ancylostoma duodenale
Esses helmintos são responsáveis pela ancilostomose, o popular amarelão. Há cerca de 900
milhões de pessoas infectadas no mundo. Esses helmintos são parasitas do intestino delgado do
homem e, como muitos nematóides parasitas, apresentam um ciclo biológico directo, não
necessitando de hospedeiros intermediários. Há duas fases bem definidas: a 1a de vida livre e a
2a, que se desenvolve no hospedeiro definitivo.

Ciclo de vida:
As fêmeas, após a cópula, depositam os ovos no intestino delgado do hospedeiro,
permitindo que sejam liberados juntamente com as fezes. No meio externo, se os ovos
encontrarem condições adequadas (temperatura e humidade altas, boa oxigenação), haverá o
desenvolvimento de uma larva que se libertará do ovo. Essa larva, que se alimenta de matéria
orgânica e microrganismos, sofre várias mudas até que se torne uma larva infectante.
A infecção por essa larva se dá por penetração ativa através da pele ou por ingestão da
larva. Se ocorrer a penetração através da pele, após cerca de 30 minutos as larvas atingem a
circulação sangüínea e/ou linfática migrando para o coração e pulmão. A partir dos brônquios
pulmonares atingem a traquéia, faringe, laringe, sendo ingeridas (deglutidas) para alcançarem o
intestino delgado, seu habitat final. Quando adultos, os vermes fixam-se na mucosa intestinal por
meio de “dentes” (placas cortantes), causando pequenas hemorragias, e aí se reproduzem. Se a
ingestão é a forma de contágio, o ciclo se reduz à migração das larvas do estômago para células
da mucosa intestinal, onde sofrem as mudas necessárias e, então, retornam a luz do intestino para
fixação, término do desenvolvimento e posterior reprodução.
Há muitos casos assintomáticos, sendo a patogenia da enfermidade directamente
proporcional ao número de parasitas presentes no intestino. A ancilostomose pode causar:
perturbações gastrointestinais; depressão física (fraqueza, emagrecimento); hemorragias; úlceras

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e, às vezes, pneumonia resultante da passagem das larvas (Necator americanus). A confirmação
do diagnóstico se dá pelo exame de fezes, pela presença de ovos. O tratamento utiliza anti-
helmínticos (vermífugos) de amplo espectro, capazes de matar diferentes espécies de helmintos,
que são então liberados nas fezes. O uso dos referidos medicamentos deve ser praticado sob
recomendação e orientação médica, pois os produtos apresentam efeitos colaterais.

d) Enterobius vermiculares
Segundo Brito, (2005), A enterobiose é uma doença causada pelos nematóides Enterobius
vermiculares. Essa helmintose tem alta prevalência nas crianças e é de transmissão
eminentemente doméstica ou de ambientes colectivos fechados.
Os factores responsáveis por essa situação são que as fêmeas do verme eliminam grande
quantidade de ovos na região perianal. Os ovos em poucas horas se tornam infestantes, podendo
atingir os hospedeiros por vários mecanismos (directo, indirecto, retro infestação). Os ovos são
muito resistentes e conseguem resistir até três semanas em ambientes domésticos. Somente a
espécie humana alberga o Enterobius vermiculares (Brito, 2005).
Quando encontrados nas fezes, o ovo já encerra um embrião, que em poucas horas se
transforma em larva (é infestante). A larva ocupa a cavidade interior e é móvel, podendo adoptar
diversas posições. A transmissão da doença é variada. Pode ser de forma directa, onde a criança
ao coçar a região anal, coloca a mão infectada pelo verme na boca. Também pode acontecer
indirectamente pela contaminação da água ou alimento, ao cumprimentar uma pessoa que esteja
com a mão suja contendo ovos do verme.

Sintomas
A enterobiose pode causar diversos sintomas no indivíduo, tais como diarreias contendo
muco, cólicas abdominais, náuseas, vómitos, prurido anal intenso (sintoma mais marcante),
inflamação da região anal. Devido às proximidades dos órgãos genitais, o prurido pode levar o
indivíduo à masturbação e erotismo, principalmente em meninas. (Ferreira & Ferreira, 2002).
Existem ainda a possibilidade de migrar para a vagina, alcançando o útero e
determinando inflamações. Alteração do humor e perturbação do sono, também são sintomas
comuns.

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Modos de prevenção
Portanto, é extremamente importante o hábito de lavar as mãos após usar o sanitário e
principalmente antes de comer ou preparar alimentos. Manter o corpo asseado, mediante o banho
frequente e o uso de roupas limpas, tanto as do corpo quanto as da cama, são formas de prevenir
a doença. Limpeza do ambiente domiciliar, fervura da roupa, tratamento de doentes e contactos
familiares e higiene pessoal.

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Conclusão
Nematóidesé tratar de vermes não segmentados, de corpo cilíndrico, alongado, cutícula
resistente e estruturas bucais com arranjo trirradial. Entre os animais multicelulares, estes
organismos ocupam provavelmente o segundo lugar, após os insectos, em números de
indivíduos. O nematódeo intestinal comum do homem e de porco (Ascaris lumbricoides) mostra
os aspectos gerais de um nematódeo, razão pela qual é considerado o representante deste grupo
de vermes. Os nematódeos são os primeiros animais a apresentarem sistema digestório completo.
Estes organismos não possuem sistema respiratório nem circulatórios o fazem por difusão.
Estes vermes podemos encontrar em qualquer lugar, talvez nenhum outro grupo
taxonómico seja tão universal quanto ao habitat. E muitos são de vida livre, no solo e na água e
muitos outros são parasitas em tecidos ou líquidos de animais e plantas. Podemos encontrar
ainda em raízes de plantas, sementes de trigo, secreção de feridas das árvores e intestino, sangue
e outros órgãos do corpo dos animais. São geralmente pequenos de comprimento.
A maioria das espécies são dióicas, possuem sexos separados, a fecundação acontece
dentro do corpo da fêmea (realizam fecundação interna). Os machos não possuem poro genital, e
a saída dos espermatozóides ocorre pela cloaca. Também são características exclusivas dos
nematódeos a ausência de células ciliadas e os espermatozóides amebóides, sem flagelo,
deslocando-se por pseudópodos.

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Referências bibliográficas
Gomes, G. (2013). Fitopatologia: conceito e história da fitopatologia. Instituto de formação:
cursos técnicos profissionalizantes.
Rey, L. (2002). Bases da parasitologia Medica (2aed.,) Rio de Janeiro: Editora Guanabara
Koogan.
Brito, G. G. et al. (2005). Xiphinema americanum. Rural vol.35, Santa Maria.
Fernando, G. (2004). Manual de fitopatologia, Sao Paulo, Editora Geres, Ltda,.
Ferreira, C., Ferreira, J.(2002) Doenças infecto-contagiosasdos animais domésticos, 4ᵃ edição.
Rio de Janeiro.
Storer. R. (2003). Zoologia Geral. São Paulo, editora Nacional.

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