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Exame Parasitológico de Sangue

→ Pesquisa de Protozoários sanguíneos: sangue circulante (SC) ou


intra-hemáceas (IH);

Identificação de Parasitas → Hemoparasitas do SC: Trypanosoma cruzi e Wuchereria bancrofti.

Sanguíneos → Hemoparasitas IH: Plasmodium vivax, P. falciparum e P. malariae.

→ Principais doenças causadas por hemoparasitos: doença de


Chagas, malária e filariose.
Profa. Dra. Patrícia Ferreira S. Castro
→ A identificação dos parasitas ocorre por esfregaço sanguíneo
delgado e/ou espesso imediatamente após colheita do sangue.

Diagnóstico de protozoários sanguíneos Diagnóstico de protozoários sanguíneos


T. cruzi - tripomastigotas Plasmodium sp

Coleta do sangue

Coleta de sangue venoso.


Esquizonte
→ Sangue total colhido com EDTA
→ Sedimento do sangue total

Punção digital ou lóbulo da orelha.


Merozoítos
→ faz a anti-sepsia com álcool iodado ou álcool
70%.
→ Por compressão, sai uma pequena gota e
coloca-se sobre a lâmina.
Esquizonte - Rosácea

Esfregaço Sanguíneo Esfregaço Delgado

→ Dois tipos: Delgado e Espesso → Mais comum;


→ A combinação do dois métodos leva a → Usado para contagem diferencial de leucócitos,
melhores resultados. morfologia das hemácias;
→ Coloração das lâminas deve ser logo após à → Diagnóstico e diferenciação dos estágio dos
secagem do esfregaço. Plasmódios com alto parasitismo.
→ Limpeza das lâminas:
• Usadas: detergente seguido de álcool 70%;
• Novas: álcool 70%.

Esfregaço Delgado

Colocar em
lâmina de Com outra lâmina
microscopia, em ângulo de
perto de uma das 30-45°, estirar a
extremidades, gota de sangue da
uma gota de direita para a
sangue fresco, esquerda, em
colhido por direção ao lado
punção venosa oposto,
ou da polpa
digital.

Esfregaço Delgado Esfregaço Espesso - Gota Espessa

→ Quantidade de sangue maior do que a delgada.


→ Menor área.
→ Há desemoglobinação.

Esfregaço Espesso - Gota Espessa


• Colocar em lâmina de microscopia três a quatro gotas de
sangue fresco,

• Com a ponta de outra lâmina e com movimentos


circulares, contínuos, reunir as gotas, criando uma área
de aproximadamente 2cm de diâmetro;

• Continuar com os movimentos circulares, do centro para


a periferia, durante 30 segundos, para evitar a formação
de fibrina, a qual poderá obscurecer as preparações
coradas.

• Deixar secar à temperatura ambiente e, após, mergulhar


a preparação em água corrente ou em solução salina a
0,85%, para que se produza hemólise.

• Secar à temperatura ambiente.

Coloração de Giemsa Coloração de Giemsa


Coloração de Esfregaço Delgado
→ Permite diferenciar a morfologia nuclear e/ou a. Fixar os esfregaços com álcool metílico por 5 min.
citoplasmática de plaquetas, eritrócitos, leucócitos e de b. Corar os esfregaços por 45 min com a solução de
parasitos. Giemsa a 5% em tampão fosfato pH 7,2.
→ Pode ser usado para a coloração de esfregaços c. Lavar os esfregaços com água corrente. Deixar secar à
delgados que são fixados com álcool metílico e para temperatura ambiente na posição vertical.
esfregaços espessos, que não requerem fixação.
→ Diluir a solução concentrada de Giemsa em solução Coloração de Esfregaços Espessos
tampão de fosfato, pH 7,2.
a. Não fixar os esfregaços.
→ A solução corante de Giemsa deve ser preparada fresca
b. idem esfregaço delgado.
diariamente.

Coloração de Giemsa Coloração de Giemsa


Análise microscopicamente:
Análise macroscópica: • Os eritrócitos coram-se em rosa-pálido;
• Os esfregaços de sangue apresentam a coloração • As plaquetas coram-se em rosa forte;
purpúrea. • Núcleo dos leucócitos em púrpura-azul, com citoplasma mais claro;
• Quando estão azuis, a água tamponada está muito • Os grânulos eosinofílicos, em brilhante púrpura-vermelho
alcalina; • Os grânulos dos neutrófilos, em púrpura.
• Quando estão rosa ao vermelho, a água tamponada está • As granulações basófilas não infectadas dentro dos eritrócitos coram-
se em azul.
muito ácida;

Exame Esfregaço Delgado


• Vantagens
→ Quando os parasitas não forem encontrados na • Por fixar as hemácias, permite melhor estudo da morfologia do
parasito.
primeira amostra, deve-se:
• Por ser fixado e não submetido à desemoglobinização, a
perda de parasitos é bem menor que na gota espessa.
• Não considerar o resultado negativo; • Permite a determinação percentual da parasitemia, mediante a
• Colher novo material no intervalo de 6-12 h até a contagem de eritrócitos parasitados em 100 hemácias.
positividade ou negatividade (3 a 5 dias).
• Desvantagens
• Por ser espalhado, ocupa maior área da lâmina – dificuldades
para baixa parasitemias.
• Área endêmica – demora da leitura

Esfregaço Espesso - Gota Espessa Coloração de Field


• Coloração de Esfregaço Espesso para diagnóstico de
• Vantagens: malária.
• Maior quantidade de sangue, maior probabilidade de encontrar • Sem necessidade de fixação do esfregaço;
parasitos; • Técnica:
• Por ser desemoglobinizada - o processo de coloração é mais rápido.
- Mergulhar os esfregaços por 1-5 segundos na solução de
azul de metileno.
• Desvantagens: - Lavar os esfregaços com água destilada-deionizada, até
• Requer experiência para a identificação de espécies, uma vez que a que o corante cesse de escorrer da lâmina.
morfologia do parasito altera-se durante o processo de
- Mergulhar os esfregaços por 1-5 segundos na solução de
desemoglobinização;
eosina.
• Requer processamento parcial ou total relativamente rápido depois
de colhida a amostra, para evitar a fixação de hemoglobina, a - Lavar os esfregaços com água destilada-deionizada por 2-3
supercoloração e a descoloração. segundos.
-Secar à temperatura ambiente na posição vertical.

Coloração de Leishman Identificação de T. cruzi


• Coloração de Esfregaço Delgado. • Alta parasitemia: Na fase aguda, detecta-se a forma
tripomastigota no sangue.
• Técnica: • Baixa parasitemia: Na doença crônica, usam-se métodos
indiretos como hemocultura e xenodiagnóstico, métodos
- Cobrir os esfregaços durante 30-60 segundos com 0,5ml
sorológicos para identificação de anticorpos e métodos de
da solução de azul de metileno metanólica saturada (Sol.
biologia molecular como PCR.
de Leishman).
- Dissolver o corante com igual volume de tampão de
fosfatos, pH 7,0-7,2 (1ml) e deixar corar por cinco
minutos.
- Lavar os esfregaços com tampão de fosfatos (pH 7,0-7,2)
- Deixar secar à temperatura ambiente na posição vertical.

Morfologia do T. cruzi Métodos Diretos para T. cruzi


1. H. Vertebrado • Exame direto ou a fresco:
Amastigota Tripomastigota. - Adição de gota de sangue em lâmina e avaliação ao
microscópio em objetiva de 40x.
- A forma tripomastigota é muito móvel.
- Pouco sangue usado na exame: necessidade de repetição

2. H. Invertebrado • Método de Strout modificado:


Epimastigota Tripomastigota P. megistus T. infestans - Coleta em capilar, seguido de centrifugação a 1000 rpm.
- Transferir para lâmina e examinar ao microscópio.
- Na fase aguda, tem-se 70% de positividade.

Métodos Diretos para T. cruzi Identificação de Plasmodium ssp.


• Preparações coradas: • Plasmodium falciparum
- Esfregaço delgado e gota espessa. • P. vivax
- Coloração de Giemsa ou Leishman. • P. malariae
- Diferenciação morfológicas. • P. ovale (África).
- Necessidade de alta parasitemia. • Transmissão por Anopheles
• Diagnóstico por técnica
parasitológica: esfregaço
delgado e espesso corado com
Giemsa - identificação do
parasito.
• Diagnóstico por técnica
imunológica: identificação de
antígenos relacionados.

Métodos Diagnósticos Plasmodium Morfologia


• Preparações coradas:
- Esfregaço delgado e gota espessa.
- Coloração de Giemsa.
- Gota espessa é 30x mais eficiente do que esfregaço
delgado.
- Diferenciação morfológicas só é possível no esfregaço
delgado.

Determinação da Densidade
Parasitaria
Filariose
Parasitos Número de Cruzes Parasitos/mm3 • Agentes:
contados campos • Wuchereria bancrofti
40 a 60 100 +/2 200-300 • Brugia malayi
• B. timori
1 1 + 301-500 • Loa loa
• Mansonella ozzardi
2-20 1 ++ 501-1.000
• M. prestas
21-200 1 +++ 1.001-100.000 • M. streptocerca
• Onchocerca volvulus
+ 200 1 ++++ 100.00 ou mais • Doença exclusivamente humana
• Transmissão: fêmea do Culex

Diagnóstico de Filariose
• Presença de microfilárias no sangue periférico, aspirado de
medula, urina, secreção vaginal e biopsia de linfonodos.
• Método de gota espessa de sangue capilar.

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