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onde a busca de um determinado bem, correspondente aos anseios dos homens que
organizam a estrutura política e social. Neste sentido, qual a definição do filósofo em
relação ao ESTADO e como ele define CIDADANIA?
Platão procura, com a Alegoria da Caverna, narrar a situação dos homens que estão
presos no mundo sensível e de como deveriam dele se libertar para conhecer a verdade.
A teoria do conhecimento de Platão, expressa na Alegoria da Caverna, estabelece que
todo conhecimento verdadeiro se origina nas sensações. Assim, a Alegoria da caverna
nos mostra como a busca do conhecimento é construído paulatinamente. Nisso, a
ascendência para o saber percorre suas etapas à luz do conhecimento para ir de
encontro ao saber, dentro da caverna restam apenas seus resquícios. O homem ao
libertar-se das sombras e de sua ignorância entra em processo de construção do seu
intelecto.
Por isso, ao sair da caverna o homem começa a iniciar uma escalada para o
conhecimento, tendo sido coagido da curiosidade quando criança, ele subentende-se
que a sua falta de experiência com o mundo real só será possível através das suas
descobertas. Portanto, ao sair da caverna necessita de se habituar-se com a luz, que
aqui consiste no saber.
Por fim, é preciso que tenhamos como virtude que o caminho para o saber se inicia
desde criança, pela via da curiosidade e ludicidade – que nesse caso seria o pathos. A
criança que é separada do saber entra na sombra da ignorância, então é preciso que
ela mesma descubra as coisas a partir da curiosidade, descobrir e brincar; assim ela
mesma irá atingir a construção do saber.
A obra “O Príncipe” é, nesse sentido, uma reflexão sobre o poder político que permeia
o Estado. Todo Estado é, fundamentalmente, constituído por uma correlação de forças,
fundada na dicotomia que se estabelece entre o desejo de domínio e opressão, por parte
dos grandes ou poderosos, e do desejo de liberdade, por parte do povo, que, em síntese,
compõe as relações sociais.
O poder exercido pelo príncipe está diretamente relacionado à nova maneira - cética -
com que Maquiavel encara o ser humano. Sua concepção de poder inaugura uma nova
ética: laica, prática, em que o poder político é dissociado. É na verdade efetiva das
coisas que o príncipe deve pautar a sua ação política. A ação do príncipe deve ser
sempre movida pela realidade dos fatos e não pelo “como deveria ser”. É a
necessidade que deve reger a ação política do príncipe. Assim, diz Maquiavel, é preciso
que, para manter-se no poder, um príncipe aprenda a ser mau, e que da maldade se
sirva ou não de acordo com a necessidade. Esta é a verdade efetiva – veritá effetuale -,
e sempre imperiosa, que deve determinar as ações do príncipe.