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EXPERIÊNCIA 06: DIAGRAMAS DE

BLOCOS COM MATLAB

6.1 - Introdução Teórica

6.1.1 – Diagramas de Blocos

Os Sistemas Lineares e Invariantes no Tempo, modelados por Equações Diferenciais


Ordinárias, podem ser descritos através de sua Função de Transferência, ou seja, a relação
entre a Transformada de Laplace da Saída e a Transformada de Laplace da entrada em
condições iniciais nulas:

𝑌 (𝑠 )
𝐹 (𝑠 ) = (1)
𝑋 (𝑠 )

Figura 1 – Função de Transferência. Fonte: o autor.

A Função de Transferência dá informações apenas sobre a relação de causa-efeito entre as


variáveis de entrada e de saída.

Verificando os modelos para sistemas complexos, pode-se notar que eles são resultantes de
subsistemas ou elementos, cada qual com sua função de transferência.

Os diagramas em blocos podem ser usados para representar cada um destes subsistemas,
e o arranjo agrupado e conectado, num sistema como um todo.

O diagrama em blocos contém vários itens na sua representação. São estes:

• Seta: É usada para representar o sentido do fluxo de sinal;


• Bloco: É um símbolo de operação matemática sobre o sinal de entrada do bloco
que produz a saída. É representado normalmente por função de transferência;
• Ponto de soma: O círculo com uma cruz é o símbolo que indica uma operação de
soma. O sinal mais ou menos determina se o sinal deve ser adicionado ou
subtraído;
• Ponto de junção: É um ponto a partir do qual o sinal proveniente de um bloco vai
para outros blocos ou pontos de soma.
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Figura 2 – Componentes de um diagrama de Blocos. Fonte: o autor.

Os diagramas de blocos podem ser reduzidos, utilizando-se algumas regras simples,


conforme as figuras abaixo:

1. Trocar a posição de somadores diretamente conectados

Figura 3 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 1. Fonte: o autor.

2. Trocar a posição de blocos de função diretamente conectados:

Figura 4 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 2. Fonte: o autor.

3. Agrupar blocos de função diretamente conectados:

Figura 5 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 3. Fonte: o autor.

4. Agrupar blocos de função em paralelo:

Figura 6 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 4. Fonte: o autor.

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5. Avançar um bloco de função através de um somador:

Figura 7 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 5. Fonte: o autor.

6. Atrasar um bloco de função através de um somador:

Figura 8 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 6. Fonte: o autor.

7. Avançar um bloco de função através de uma junção:

Figura 9 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 7. Fonte: o autor.

8. Atrasar um bloco de função através de uma junção

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Figura 10 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 7. Fonte: o autor.

9. Simplificação de Malha com Realimentação NEGATIVA:

Figura 11 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 7. Fonte: o autor.

10. Simplificação de Malha com Realimentação POSITIVA:

Figura 12 – Redução de Diagrama de Blocos. Caso 7. Fonte: o autor.

6.1.2 – Comandos para redução de diagramas de Blocos

• series: o comando series faz a redução de 2 funções de Transferência (G1, G2) em


Série. A chamada do comando é: series (G1, G2). Para armazenar o resultado em
uma variável faça GR = series (G1, G2), onde GR é a variável onde o resultado será
armazenado.
• parallel: o comando parallel faz a redução de 2 funções de Transferência (G1, G2)
em Paralelo. A chamada do comando é: parallel (G1, G2). Para armazenar o
resultado em uma variável faça GR = parallel (G1, G2), onde GR é a variável onde
o resultado será armazenado.;
• feedback: o comando feedback faz a redução de 2 funções de Transferência (G1,
G2) em Elo de Realimentação. A chamada do comando é: feedback (G1, G2) para
realimentação negativa e feedback (G1, G2, 1) para realimentação positiva. Para
armazenar o resultado em uma variável faça GR = feedback (G1, G2), onde GR é a
variável onde o resultado será armazenado;

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6.1.3 – Comandos para conexão de blocos

Ao se criar uma função de transferência de forma simbólica, é possível definir entradas e


saídas de cada função e seus respectivos nomes, permitindo que um diagrama de blocos
seja construído e conectado a partir de comandos específicos do MatLab:

sumblk(‘expr’)

define um bloco somador onde expr é a expressão que relaciona sua saída em função da
combinação algébrica de suas entradas.

connect(sys1, sys2, ...sysN, X, Y)

define a conexão entre as funções de transferência sys1, sys2, ..., sysN. Os parâmetros X e
Y contém os nomes das entradas e saídas do sistema (Diagrama de Blocos).

Exemplo: o sistema abaixo pode ser descrito pelo código

Figura 13 – Sistema com realimentação unitária. Fonte: o autor.

Uma vez que C(s) e G(s) sejam conhecidas e tenham sido definidas, prossegue-se a
definição do diagrama de blocos do sistema. É necessário ressaltar que todas as entradas e
saídes de cada bloco devem ser nomeadas para que seja possível ao MatLab realizar as
conexões entre os blocos de forma correta:

>> C.InputName = ‘E’; %Entrada do Bloco C(s)

>> C.OutputName = ‘U’; %Saída do Bloco C(s)

>> G.InputName = ‘U’; %Entrada do Bloco G(s)

>> G.OutputName = ‘Y’; %Saída do Bloco G(s)

>> Sum = sumblk(‘E=X-Y’); %Bloco de soma com a expressão de


cálculo

>> sistema = connect(C,G,Sum, ‘X’, ‘Y’); %Conecta os blocos e define


os sinais de entrada e saída do sistema.

É importante notar que a expressão de cálculo do somador deve fazer uso dos nomes dos
sinais dos blocos, da forma como foram definidos. O objeto criado pelo comando connect(.)
possui a descrição completa do sistema e pode ser simulado a partir da utilização dos
demais comandos de entradas do MatLab, como step(.), impulse(.) e lsim(.) entre outros.

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REFERÊNCIAS
• EISENCRAFT, .M. Automação e Controle I: Notas de Aula. Universidade
Presbiteriana Mackenzie. SP, 2006.

• VARELLA, C.A.A. – Mini curso de MATLAB– Departamento de Informática


– UFES – 2009. Disponível em: www.inf.ufes.br/~pet. Acesso em Fevereiro de
2012.

• JUNIOR, C.A.V. MatLab Avançado/Simulink – CEFET – MG - Disponível em:


http://www.eq.ufrj.br/docentes/cavazjunior/simcefet001.ppt. Acesso em Fevereiro
de 2012.

• AFONSO, A.P. Introdução aos Sistemas de Controle - Disponível em:


http://www.matematiques.com.br/download.php?tabela=documentos&id=276.
Acesso em Fevereiro de 2015.

• NISE, Norman S.; DA SILVA, Fernando Ribeiro. Engenharia de sistemas de


controle. LTC, 2002.

• OGATA, Katsuhiko; SEVERO, Bernardo. Engenharia de controle moderno.


Prentice Hall do Brasil, 1998.

• Documentação do MatLab. Disponível em:


https://www.mathworks.com/help/simulink/ug/summary-of-mouse-and-keyboard-
actions.html. Acesso em: 28/02/2019

• Cálculo Simbólico com MatLab. Universidade da Beira Interior. Disponível em:


https://moodle.ubi.pt/pluginfile.php/21887/course/section/12025/simbolico_text.pdf.
Acesso em: 05/03/2019

• COSTA, A. O. S. MATLAB: Dicas iniciais de utilização. COPPE/UFRJ –


Janeiro de 2003. Disponível em:
http://www2.peq.coppe.ufrj.br/Pessoal/Professores/Arge/COQ897/Matlab/Apostila_
Matlab_Andrea.pdf. Acesso em 05/03/2019.

• Curso de MATLAB 5.1: Introdução à Solução de Problemas de


Engenharia. Apostila preparada pela Faculdade de Engenharia da UERJ,
Universidade do Estado do Rio de Janeiro, 2000. Disponível em:
https://www.passeidireto.com/arquivo/44499104/curso-de-matlab-5-1-introducao-a-
solucao-de-problemas-de-engenharia Acesso em: 05/03/2019

• TAVARES, M. F. Modelagem de Sistemas Dinâmicos. Editora e Distribuidora


Nacional. Londrina, 2017.

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