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Em engenharia de controle, a função de transferência é uma representação matemática que

descreve a relação entre a entrada e a saída de um sistema dinâmico linear invariante no


tempo. Ela é frequentemente usada para analisar e projetar sistemas de controle.A função
de transferência é geralmente denotada por H(s), onde s é uma variável complexa
(chamada de variável de Laplace) e representa a transformada de Laplace do sistema. A
forma geral da função de transferência é:

H(s) = Y(s)/U(s)

onde:

Y(s) é a transformada de Laplace da saída do sistema,


U (s) é a transformada de Laplace da entrada do sistema.

A função de transferência é útil porque permite analisar o comportamento do sistema no


domínio da frequência. Pode ser usada para determinar a resposta em frequência, calcular
a estabilidade do sistema e projetar controladores para atingir determinadas especificações
de desempenho.

Por exemplo, considere um sistema dinâmico representado por uma equação diferencial
linear invariante no tempo. A função de transferência pode ser derivada aplicando a
transformada de Laplace à equação diferencial, resultando em uma expressão na forma da
função de transferência.

onde y é a saída do sistema e x é a entrada. A função de transferência desse sistema é a


relação entre a transformada de Laplace da saída e a transformada de Laplace da entrada,
quando todas as condições iniciais são zero, ou
Utilizando o conceito de função de transferência, é possível representar a dinâmica de um
sistema por meio de uma equação algébrica em s. Se a maior potência de s no
denominador da função de transferência for igual a n, o sistema será denominado sistema
de ordem n.

Em resumo, a função de transferência é uma ferramenta valiosa na análise e projeto de


sistemas de controle, proporcionando uma visão clara da relação entre entrada e saída em
termos de domínio da frequência.

Os diagramas de blocos são uma representação gráfica de sistemas e processos,


frequentemente usados em engenharia e controle. Eles são uma ferramenta visual eficaz
para modelar a relação entre diferentes componentes de um sistema e para descrever o
fluxo de sinais ou informações através desses componentes.

Os elementos principais em um diagrama de blocos incluem:

Blocos: Representam os componentes individuais do sistema. Cada bloco geralmente


representa uma função ou uma operação específica do sistema.

Linhas de Conexão: Indicam a direção do fluxo de sinal ou informação entre os blocos. As


linhas de conexão geralmente têm setas que mostram a direção do fluxo.

Sinais ou Setas de Sinal: Representam as variáveis ou informações que estão sendo


transmitidas entre os blocos. Elas geralmente indicam a entrada e a saída de cada bloco.

Sumidouros e Fontes: Blocos especiais que representam entradas ou saídas do sistema.


Uma fonte é geralmente usada para representar a entrada do sistema, enquanto um
sumidouro representa a saída.

Os diagramas de blocos são amplamente utilizados em controle de sistemas dinâmicos,


onde podem representar equações diferenciais, funções de transferência e sistemas em
malha aberta ou fechada. Eles também são comuns em sistemas de comunicação,
processamento de sinais, processos industriais e em muitas outras áreas da engenharia.

Além disso, os diagramas de blocos podem ser usados para projetar sistemas de controle,
analisar o comportamento dinâmico de sistemas e facilitar a compreensão e a comunicação
entre engenheiros e profissionais técnicos.

representação gráfica das funções desempenhadas por cada componente e do fluxo de


sinais entre eles. Esses diagramas descrevem o inter-relacionamento que existe entre os
vários componentes. Diferindo da representação matemática abstrata pura, um diagrama de
blocos tem a vantagem de indicar mais realisticamente o fluxo de sinais do sistema real. Em
um diagrama de blocos, todas as variáveis do sistema são ligadas umas às outras por meio
de blocos funcionais. O bloco funcional ou simplesmente bloco é um símbolo da operação
matemática que é aplicada ao sinal de entrada do bloco que produz o sinal de saída. A
função de transferência dos componentes normalmente é incluída nos blocos
correspondentes, os quais estão conectados por setas que indicam a direção do fluxo de
sinais. Note que o sinal pode passar somente no sentido indicado pelas setas. Assim, um
diagrama de blocos de um sistema de controle evidencia explicitamente uma propriedade
unilateral.

A Figura 1 mostra um elemento do diagrama de blocos. A seta que aponta para o bloco
indica a entrada e a seta que aponta para fora do bloco representa a saída. Essas setas são
designadas como sinais

Observe que as dimensões do sinal de saída do bloco são as dimensões do sinal de


entrada multiplicadas pelas dimensões da função de transferência do bloco.
As vantagens da representação de um sistema por diagramas de blocos consistem
no fato de que é fácil construir um diagrama de blocos para todo o sistema pela simples
interligação dos blocos componentes, de acordo com o fluxo de sinais, e pela possibilidade
de avaliar a contribuição de cada componente para o desempenho global do sistema.
Em geral, a operação funcional do sistema pode ser visualizada mais facilmente pelo
exame do diagrama de blocos do que pelo exame do próprio sistema físico.
Um diagrama de blocos contém informações relativas ao comportamento dinâmico,
mas não inclui nenhuma informação sobre a construção física do sistema.
Consequentemente, muitos sistemas que não apresentam semelhança e não estão
relacionados podem ser representados pelo mesmo diagrama de blocos.
Deve ser notado que, em um diagrama de blocos, a fonte principal de energia não é
mostrada explicitamente e o diagrama de blocos de dado sistema não é único. Certo
número de diferentes diagramas de bloco pode ser desenhado para determinado sistema,
dependendo do ponto de vista da análise que se quer fazer.

F1

Somador. Referindo-se à Figura 2, um círculo com uma cruz é o símbolo que indica a
operação de soma. O sinal de mais ou menos na extremidade de cada seta indica se o sinal
deve ser somado ou subtraído. É importante que as quantidades a serem somadas ou
subtraídas tenham as mesmas dimensões e as mesmas unidades.

F2
Ponto de ramificação. Um ponto de ramificação é um ponto do qual o sinal que vem de um
bloco avança simultaneamente em direção a outros blocos ou somadores. Diagrama de
blocos de um sistema de malha fechada. A Figura 3 traz o exemplo de um diagrama de
blocos de um sistema de malha fechada. A saída C(s) é realimentada ao somador, em que
é comparada à referência de entrada R(s). A natureza de malha fechada do sistema é
claramente indicada pela figura. A saída do bloco, C(s) nesse caso, é obtida pela
multiplicação da função de transferência G(s) pela entrada do bloco, E(s). Todo sistema de
controle linear pode ser representado por diagramas de bloco constituídos por blocos,
somadores e pontos de ramificação.
Quando a saída é realimentada ao somador para comparação com a entrada, é
necessário converter a forma do sinal de saída à do sinal de entrada. Por exemplo, em um
sistema de controle de temperatura, o sinal de saída normalmente é a temperatura
controlada. O sinal de saída, o qual tem a dimensão da temperatura, deve ser convertido
para uma força ou posição ou tensão, antes de ser comparado ao sinal de entrada. Essa
conversão é realizada por meio do elemento de realimentação cuja função de transferência
é H(s), como mostra a Figura 4. O papel do elemento de realimentação é modificar a saída
antes de ser comparada com a entrada. (Na maioria dos casos, o elemento de
realimentação é um sensor que mede a saída da planta. A saída do sensor é comparada
com a entrada do sistema e é gerado um sinal de erro atuante.) Nesse exemplo, o sinal de
realimentação que é enviado ao somador para comparação com o sinal de entrada é
B(s) = H(s)C(s).

F3

F4

Função de transferência de malha aberta e função de transferência do ramo direto.


Referindo-se à Figura 4, a relação entre o sinal de realimentação B(s) e o sinal de erro
atuante E(s) é chamada função de transferência de malha aberta. Ou seja,
A relação entre o sinal de saída C(s) e o sinal de erro atuante E(s) é denominada
função de transferência do ramo direto, então

Se a função de transferência de realimentação H(s) for unitária, então a função de


transferência de malha aberta e a função de transferência do ramo direto serão as mesmas.

Função de transferência de malha fechada. Para o sistema mostrado na Figura 2.4,


a saída C(s) e a entrada R(s) estão relacionadas como a seguir, como

C(s) = G(s)E(s)
E(s) = R(s) – B(s) = R(s) – H(s)C(s)

eliminando E(s) dessas equações, resulta em:

C(s) = G(s)[R(s) – H(s)C(s)]

A função de transferência que relaciona C(s) a R(s) é chamada função de


transferência de malha fechada. Essa função de transferência relaciona a dinâmica
dos sistemas de malha fechada à dinâmica dos elementos do ramo direto e dos
elementos de realimentação.

A partir da Equação anterior, C(s) é dada por:

Assim, a saída do sistema de malha fechada depende claramente tanto da função de


transferência de malha fechada como da natureza da entrada.Em resumo assim se dá o
diagrama de blocos em conjunto com função transferência

Agora a função transferência para um sistema elétrico.A função de transferência de


elementos em cascata. Muitos sistemas com realimentação têm componentes com efeito de
carga sobre outros. Considere o sistema mostrado na neste trabalho. Admita que e(i) seja a
entrada e que e(0) seja a saída. As capacitâncias C1 e C2 não estão carregadas
inicialmente. Vamos mostrar que o segundo estágio do circuito (porção R2C2) produz um
efeito de carga sobre o primeiro estágio (porção R1C1). As equações desse sistema são:
Equações do circuito:

A transformada de Laplace para essas três equações(I, II e III), com a condição de 0 inicial
são:

Iremos por partes agora primeiro reorganizarmos a primeira equação e ela pode ser
reescrita da seguinte forma:

-> essa equação(IV) dá o primeiro


diagrama de blocos

Podemos reescrever a equação 2 também resultando na equação(V):


Agora para o diagrama de blocos começaremos pela equação IV, VI e III para montarmos
os diagramas iniciais. Combinando os três diagramas obteremos (IV-A). Por ele poderemos
modificá lo e obter mais dois diagramas V-A e VI-A. Assim por ultimo conseguiremos a
função transferência de Eo(s)/ Ei(s) para o circuito.
Questão 2:

Considera-se que o reservatório seja isolado para eliminar as perdas de calor para o ar em
torno do sistema. Além disso, supõe-se que não haja armazenamento de calor no material
de isolamento e que o líquido do reservatório seja perfeitamente misturado, de modo que a
temperatura seja uniforme. Assim, utiliza-se um único valor para descrever a temperatura
do líquido no reservatório e no fluxo do líquido de saída.
Vamos supor que a entrada de calor seja alterada de H̅ para H̅ + h e a temperatura do
liquido de entrada seja bruscamente alterada de H̅i para H̅i + ii Então, a temperatura do ar
de saída vai variar de H̅o para H̅o + io A equação que descreve o comportamento do
sistema é:

ou

vendo que:

teremos que:

ou

Tomando as transformadas de Laplace de ambos os lados dessa última equação e


substituindo a condição inicial em que , obtemos:

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