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Programa de curso

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE


CENTRO DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
DISCIPLINA: ANTROPOLOGIA II CÓDIGO: 0004
PROFESSOR: Roberto Lima
SEMESTRE: CARGA HORÁRIA: 60 CRÉDITOS 4
LOCAL/HORÁRIO:

PROGRAMA DA DISCIPLINA
EMENTA: Apresentação das principais escolas antropológicas. Teorias clássicas: o
evolucionismo e a Escola histórico-cultural (difusionismo). Teorias modernas: Boas e a
Escola americana; a Escola francesa (Durkheim e Mauss) e o funcionalismo de Malinowski
e Radcliffe-Brown.
OBJETIVOS:
a) Geral: Apresentar o período clássico da Antropologia, caracterizando o contexto
histórico de emergência e formação do pensamento antropológico e suas fases
consecutivas até meados do século XX.
b) Específico: Discutir as principais contribuições da chamada antropologia
clássica, inclusive alguns das categorias fundantes da disciplina, tais como cultura,
evolução, função, sincronia, mudança social e estrutura social.

METODOLOGIA: Aulas expositivas, com recurso a suportes audiovisuais (documentários,


filmes, projetor etc.); aulas com discussão de textos indicados no programa. A avaliação
consistirá de duas notas, cada qual valendo 10,0. A primeira delas consistira em prova escrita
sobre tema tratado nas duas primeiras unidades; a segunda sobre assunto referente as 3ª e 4ª
unidade, Atividades extraordinárias como resenhas serão exigidas como forma de
complementação das avaliações. No transcorrer do curso serão solicitadas dos alunos
atividades complementares, tais como, fichamentos de textos e comentários sobre
documentários exibidos, as quais poderão servir como complemento das notas de cada
unidade. Não haverá prova de recuperação. Provas dissertativas que tiverem respostas
comprovadamente plagiadas serão INTEGRALMENTE ZERADOS. Segundo a resolução
21/2009/CONEPE-UFS, Art. 36º, o aluno que não alcançar o mínimo de 75% de frequência
será aprovado apenas se obtiver média igual ou superior a 7,0 (sete). Para quem alcançar a
frequência mínima, a média é 5,0 (cinco)
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

UNIDADE I – Emergência do pensamento antropológico: o evolucionismo do Século XIX

1. A ideia de evolução aplicada à cultura;


2. O método comparativo de Morgan e desdobramentos noutros campos.

UNIDADE II: A consolidação da Antropologia nos Estados Unidos (07 sessões)


1. A crítica ao método comparativo pela Escola Histórico-cultural de Boas.
2. Margareth Mead e Ruth Benedict: a contribuição da Escola de Cultura e
Personalidade
3. Influência de Boas no Brasil.

UNIDADE III: Escola Britânica de Antropologia

1. O funcionalismo inglês de Radcliffe-Brown e a busca por princípios sociológicos


2. A pesquisa de campo e o método etnográfico em Malinowski;

UNIDADE IV: Escola Sociológica Francesa

1. Émile Durkheim e o diálogo com a antropologia


2. Marcel Mauss e a reciprocidade como substância do social.
3.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

UNIDADE I
LEITURAS OBRIGATÓRIAS

1. CASTRO, Celso (org.). Apresentação. In: Evolucionismo cultural. Rio de


Janeiro: Jorge Zahar, 2005. pp. 07-40.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3438847/mod_resource/content/4/CASTR
O-Celso_Evolucionismo-Cultural.pdf
2. MORGAN, Lewis H. A sociedade antiga. CASTRO, Celso (org.) Evolucionismo
cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005[1877]. pp. 41-65.
http://copyfight.me/Acervo/livros/CASTRO,%20C.%20-
%20Evolucionismo%20Cultural.pdf
3. FIRMIN, H. “Hierarquização ficticia das raças humanas”. Em CASTRO, Celso.
Além do Cánone. São Paulo, FGV. 2022

UNIDADE II
LEITURA OBRIGATÓRIA

4. BOAS, Franz. As limitações do método comparativo da antropologia; Os


métodos da etnologia; Alguns problemas de metodologia nas Ciências sociais; Os
objetivos da pesquisa antropológica. In: CASTRO, Celso (org.). Antropologia
Cultural. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2010. pp. 25-66 / 87-109.
https://umapiruetaduaspiruetas.files.wordpress.com/2010/05/franz-boas-
antropologia-cultural.pdf
5. MEAD, Margaret. A adolescência em Samoa. CASTRO, Celso (org.). Cultura e
personalidade. Rio de Janeiro: Zahar, 2015. pp. 17-65
6. BENEDICT, Ruth. “Primeira parte”. Em Padrões de cultura. Lisboa, LBL
7. BOAS, Franz. “O problema racial na sociedade moderna. Em A mente do ser
humano primitivo. Petropolis, Vozes.
8. GAMIO, Manuel Preconceitos sobre a raça indígena e sua história. Em
CASTRO, Celso. Além do Cánone. São Paulo, FGV. 2022
9. LANDES, Ruth. Matriarcado cultual e homossexualidade masculina. A cidade
das mulheres. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002. P. 319-331

UNIDADE III
LEITURA OBRIGATÓRIA

10. MALINOWSKI, Bronislaw. 1984[1922]. Introdução; Capítulos I, II, III e XXII. In:
_ Argonautas do pacífico ocidental. Coleção Os pensadores. São Paulo: Abril
Cultural, pp. 21-90/369-375
http://www.4shared.com/office/5Pp4khsX/malinowski_bronislaw_-_os_argo.html
11. RADCLIFFE-BRAWN, A. R. Estrutura e função nas sociedades primitivas.
Petrópolis: Vozes, 1973. Pp. 220-251.
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4241150/mod_resource/content/1/Radcliffe-
BrowEstrutura-e-Funcao-na-Sociedade-Primitiva.pdf
12. FORTUNE, Reo. Os feiticeiro de Dobu. Amadora, Bertrand. 1977 [1931]. (pp. 7-33 e
267 a 321)
13. VARGA, Lucie . A ascensão do nacional–socialismo. Em Castro, Celso. Alem do
Cânone. São Paulo FGV, 2022

UNIDADE IV
LEITURA OBRIGATÓRIA

14. DURKHEIM, Émile. As Formas Elementares da Vida Religiosa. São Paulo: Paulinas,
1989. Introdução; Livro Primeiro, Capítulo IV; Livro Terceiro, Capítulo V e Conclusão pp.
29-49; 124-169; 463-526.
15. MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a dádiva: forma e razão da troca nas sociedades arcaicas.
Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify, 2003. p. 185-264; 294-314.
16. BATAILLE, Georges. A noção de dispêndio. Em A Parte Maldita. São Paulo.
Autêntica. 2013 [1933]
17. BASTIDE, Roger. “Macunaíma em Paris” e “a propósito da poesia como método
sociológico”. Em Pereira de Qiueiroz, Maria Isaura (org) Roger Bastide. São Paulo, Ática.
1983.

VÍDEOS
1. Strangers Abroad: Franz Boas. Direção: Andre Singer. Inglaterra, 1985, 54 min.
2. Coming of age: Margaret Mead, 54 min.
3. Off the verandah: Malinowski. Domínio público da web, 54 min.
4. Marcel Mauss, segundo suas alunas. Direção: Carmem Rial e Mirian Grossi.
Brasil, 2010, 43 min.

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