Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar o comportamento de vigas de concreto
armado reforçadas à flexão com o uso da técnica EBR em FRP protendido. São relatados
estudos encontrados na literatura sobre o ensaio destas vigas com diferentes tipos de FRP.
Constatou-se que o tipo, o comprimento colado, a taxa da armadura, o nível de protensão e
o sistema de ancoragem do reforço, e a taxa de armadura interna das vigas são alguns dos
parâmetros mais influentes no comportamento destas vigas.
Palavras-chave: Vigas; concreto armado; reforço à flexão; técnica EBR; FRP protendido
concreto e uma placa metálica, conforme mostra a Wang et al. (2022) ensaiaram sete vigas de concreto
Figura 2. armado com seção transversal em T e vão livre de
5600 mm, cujas características geométricas e
armaduras estão mostradas na Figura 4.
Uma viga foi tomada como referência (viga BU) e não
foi reforçada e seis vigas foram reforçadas à flexão
com a colagem externa de uma lâmina de PRFC na
face inferior.
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
possuíam 50 mm x 1,3 mm de dimensões, 2350 MPa Peng et al. (2014) ensaiaram duas vigas 150 mm x
de resistência à tração e 173 GPa de módulo de 350 mm x 3500 mm de dimensões, sendo uma tomada
elasticidade. O adesivo epóxi possuía resistência à como referência (US) e outra reforçada com lâmina de
tração de 62,4 MPa. PRFC de 1,2 mm x 50 mm de dimensões (PRS-EB).
O sistema de protensão utilizado consistiu nas duas A Figura 15 mostra as características geométricas, as
ancoragens que fixaram o PRFC e um conjunto de armaduras e o esquema estrutural das vigas, enquanto
tensionamento. A ancoragem foi instalada em uma a Figura 16 apresenta a seção transversal da viga
extremidade, enquanto na outra extremidade havia o reforçada.
conjunto de tensionamento. Posteriormente, as
lâminas foram protendidas até o nível desejado e a
ancoragem na extremidade livre foi travada. A Figura
13 apresenta os detalhes da ancoragem e do conjunto
de tensionamento do reforço das vigas.
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
300 mm x 2700 mm de dimensões) e duas em grande protensão efetivas foram de 2,37‰, 5,01‰, 7,41‰ e
escala (400 mm x 600 mm x 6800 mm de dimensões). 8,07‰, respectivamente, enquanto para a viga de
A Figura 21 apresenta os detalhes geométricos, as grande escala com 50% de protensão, 6,65‰.
armaduras e o esquema estrutural das vigas ensaiadas.
As vigas reforçadas por Yang et al. (2022) sofreram obteve o maior aumento de carga de fissuração e de
ruptura progressiva do reforço de PRFC, escoamento (375% e 69%).
proporcionada pela distribuição desigual de tensão na
ancoragem.
Wang et al. (2022) constataram que o maior
incremento nas cargas de fissuração e escoamento
ocorreu na viga com 50% de protensão (B50-140),
apresentando cargas 238% e 51% maiores que as da
viga de referência (16 kN e 193 kN). Em
contrapartida, a viga com reforço sem protensão (viga
B0-140) apresentou os menores incrementos de carga (a) nível de protensão (b) área do reforço
de fissuração e escoamento, 63% e 16%,
respectivamente. Dessa maneira, os autores
concluíram que as cargas de fissuração e escoamento
das vigas, assim como sua rigidez, são proporcionais
ao nível de protensão.
A viga com maior carga última foi a viga B30-200,
61% maior que a da viga de referência (221 kN),
enquanto as vigas com mesmo nível de protensão e (c) tipo do reforço
reforços com 100 mm² e 140 mm² de área
apresentaram incremento de 24% e 55%, nesta ordem. Figura 24. Curvas carga-flecha das vigas reforçadas
por Wang et al. (2022).
Sendo assim, os autores observaram que a área do
reforço é proporcional ao seu desempenho no estado
limite último. A viga que apresentou menor acréscimo
de resistência (12%) foi a viga com reforço sem
protensão.
O reforço com maior deformação última foi o da viga
B50-140 (13,93‰), correspondendo a 81,9% da
deformação última da lâmina de PRFC. A lâmina de
baixa resistência aplicada no reforço da viga Figura 25. Curvas carga-abertura de fissuras das
B30-140L atingiu 11,54‰ de deformação última, isto vigas reforçadas por Wang et al. (2022).
é, 96,2% da sua deformação última. A viga com
reforço sem protensão atingiu apenas 29,7% da Liu et al. (2021) concluíram que, quando se trata de
deformação última do reforço (5,04‰). lâmina de PRF com rigidez semelhante, a lâmina de
PRFB assegurou uma maior capacidade de carga, um
As curvas carga-flecha, separadas de acordo com os melhor efeito de controle de fissuras e ductilidade
parâmetros analisados, e as curvas carga- abertura de superior da viga do que a lâmina de PRFC.
fissuras das vigas estão apresentadas nas Figuras 24 e
25, respectivamente. A lâmina de PRF de menor espessura proporcionou
menores incrementos de resistência na viga, porém,
Segundo Wang et al. (2022), as vigas BU e B30-200 mostrou-se mais dúctil do que o reforço mais espesso.
romperam pelo esmagamento do concreto. As vigas Além disso, a utilização de adesivo possibilitou um
B0-140 e B30-100 romperam por falha na ancoragem, controle satisfatório no desenvolvimento de fissuras,
enquanto as vigas B30-140, B50-140 e B30-140L, melhor ductilidade e maior utilização da resistência da
pela ruptura do PRFC. A viga com maior nível de lâmina na viga reforçada.
protensão (B50-140) também apresentou
descolamento do reforço. Todas as vigas reforçadas exibiram fissuras com
menor abertura, menos espaçadas e mais distribuídas,
Segundo Liu et al. (2021), a viga reforçada com PFRC em relação às da viga de referência. Uma distribuição
protendido (D20-C2-P45-Y) obteve incrementos de de fissuras mais uniforme foi observada para as vigas
300%, 55% e 44% nas cargas de fissuração, reforçadas com lâminas de PRFB protendido com
escoamento e última, nesta ordem, quando comparada maior nível de protensão e maior espessura da lâmina.
às da viga de controle (12 kN, 104,4 kN e 120,9 kN).
A Figura 26 apresenta as curvas carga-flecha das vigas
Nas vigas reforçadas com PRFB, o maior incremento ensaiadas, ao passo que a Figura 27, as curvas carga-
na carga última foi de 61%, ocorrendo na peça com deformação nos reforços.
lâmina de 5 mm, armadura de 20 mm e 55% de
protensão (D20-B5-P45-Y). Esta mesma viga também A viga controle (D20-CON) e a viga com reforço
protendido sem adesivo (D20-B5-P45-N) tiveram
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
ruptura típica de flexão, caracterizada pelo As deformações últimas ao longo do comprimento das
escoamento da armadura seguido do esmagamento do vigas ensaiadas estão apresentadas na Figura 28 e as
concreto. curvas carga-flecha das vigas são mostradas na Figura
29 de acordo com cada parâmetro variado por He et
al. (2020).
Figura 26. Curvas carga-flecha das vigas reforçadas (a) sem protensão
por Liu et al. (2021).
A viga reforçada com PRFC (D20-C2-P45-Y) rompeu Comparadas com as da viga de controle, as fissuras
devido ao deslizamento da lâmina do sistema de das vigas reforçadas por He et al. (2020) foram mais
ancoragem. A peça sem protensão (D20-B5-EBR-Y) difusas e, nas vigas com reforço protendido, algumas
rompeu por descolagem do reforço. fissuras horizontais se formaram na região do
cobrimento do concreto.
As vigas com reforço de PRFB de 5 mm e com
adesivo, nos três níveis de protensão, romperam por A viga de referência (C0), as vigas com reforço sem
ruptura parcial da lâmina, enquanto na viga com protensão e malha de PRFB (B2, B3, B5 e B5-E) e
armadura de 10 mm (D10-B5-P45-Y) houve a total malha de PRFV (G3) e a viga com reforço protendido
ruptura da lâmina, conforme Liu et al. (2021). e duas liberações de protensão (B5-30-2) romperam
por esmagamento do concreto. A viga com reforço
Conforme verificado por He et al. (2020), as vigas sem protensão e malha de PRFC (C3) e a viga com
com reforço sem protensão apresentaram um reforço protendido e três liberações de protensão (B5-
incremento máximo de 63% (viga B5) na carga de 30-3) romperam por ruptura do reforço. Por fim, a viga
fissuração, quando comparada à da viga de referência com reforço protendido e uma liberação de protensão
(19 kN). (B5-30-1) rompeu pelo destacamento do cobrimento
A viga com reforço colado por meio de resina epóxi do concreto, segundo He et al. (2020).
(B5-E) apresentou as maiores cargas de escoamento e De acordo com Tehrani et al. (2019), as cargas de
ruptura entre as vigas sem protensão, 38% e 47% fissuração e escoamento da armadura das vigas
maiores que as da viga de controle (108,2 e 117,7 kN, reforçadas, quando comparadas às da viga de
respectivamente). referência (21,75 kN e 113,21 kN), sofreram aumento
Das vigas com reforço protendido, a viga B5-30-1 teve de até 164% e 53%, nessa ordem. Em ambos os casos
o melhor desempenho, apresentando os valores a viga que proporcionou maior incremento foi a com
máximos de incremento para as cargas de fissuração 30% de protensão e sistema de ancoragem (G-P30-A).
(116%), escoamento (52%) e ruptura (50%), em A viga de referência rompeu com 131,65 kN de carga
relação às da viga de referência. e o incremento máximo da carga de ruptura também
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
foi proporcionado pela viga G-P30-A (66%), enquanto As Figuras 30 e 31 apresentam as aberturas médias das
o incremento mínimo (16%) ocorreu na viga com 30% fissuras de acordo com o carregamento e as curvas
de protensão sem ancoragem (G-P30). carga-flecha, respectivamente.
vigas de grande escala, sua resistência foi aumentada 6,39‰ e 8,21‰ (sem a deformação de pré-tração),
em 56% e 42% para os níveis de protensão de 40% e respectivamente.
60%, respectivamente.
A lâmina de PRFC totalmente colada à superfície da
viga SBB0 atingiu 6,58‰ de deformação total,
enquanto as lâminas de PRFC das vigas SBU0,
SBU20, SBU40 e SBU60, deformações totais de
10,66‰, 11,20‰, 11,46‰ e 11,87‰,
respectivamente. Para as vigas de média escala com
40% e 60% de protensão, as deformações finais do
reforço foram de 9,81‰ e 11,91‰. Para as vigas de
grande escala com 40% e 60% de protensão as Figura 33. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas
deformações finais dos reforços foram de 11,76‰ e por Peng et al. (2016).
10,81‰.
As curvas carga-flecha das vigas de pequena escala
estão apresentadas na Figura 32.
Figura 32. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas Conforme Peng et al. (2014), as cargas de fissuração,
por Hong e Park (2017). de escoamento e de ruptura da viga de referência (US)
foram iguais a 12 kN, 62 kN e 82 kN, nesta ordem.
A viga de controle rompeu pelo esmagamento do Com o reforço, estas cargas para a viga PRS-EB
concreto seguido do escoamento da armadura e a viga aumentaram em 216%, 102,7% e 78,5%,
com reforço colado e sem protensão rompeu por respectivamente.
descolamento da lâmina de PRFC. As demais vigas
ensaiadas romperam por ruptura frágil do reforço, uma A Figura 35 apresenta a curva carga-flecha no meio do
vez que não estavam colados ao concreto. Além disto, vão das vigas ensaiadas por Peng et al. (2014).
a lâmina de PRFC da viga MBU40 escapou da
ancoragem antes de atingir sua carga máxima, devido
ao encaixe defeituoso do parafuso de fixação da
ancoragem, segundo citado por Hong e Park (2017).
Conforme Peng et al. (2016), as cargas de fissuração,
escoamento e ruptura da viga de referência (UFS)
foram de 15 kN, 80 kN e 85 kN, nesta ordem. Com o
reforço, estas cargas aumentaram em 20%, 25% e 76%
para a viga reforçada sem protensão (RFS), enquanto Figura 35. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas
para o reforço com protensão (PRFS), estes valores por Peng et al. (2014).
passaram para 300%, 112% e 155%.
A viga de referência (US) rompeu por esmagamento
As flechas das vigas ensaiadas estão apresentadas na do concreto, enquanto a viga PRS-EB, por
Figura 33. Os valores máximos destas flechas foram descolamento entre a cola e o concreto para uma
29,2 mm, 92 mm e 64,1 mm para as vigas de deformação do reforço de 4,31‰, de acordo com o
referência, com reforço sem protensão e com reforço citado por Peng et al. (2014)
protendido, nessa ordem.
Segundo Hong e Park (2012), a viga com reforço sem
As curvas carga-deformação do reforço estão protensão (viga BNB) fissurou antes da viga de
mostradas na Figura 34, nas quais não foi somada a referência, enquanto, nas vigas com reforço
deformação de protensão do reforço. A deformação protendido (vigas BPB), a carga de fissuração foi
última nas lâminas com e sem protensão foram de aumentada de acordo com o nível de protensão,
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
chegando a 340% do valor da viga de controle (18,2 (viga BPC-60-1), e 9,61‰, na viga com duas folhas
kN). de PRFC e 30% de protensão (viga BPC-30-2).
A armadura da viga BNB escoou com carregamento
39% maior que o da viga de referência (40,4 kN) e,
nas vigas da série BPB, este incremento chegou a
185%.
Nas vigas com reforço protendido, a presença de
ancoragem garantiu que o descolamento do reforço
não levasse à ruptura da viga, permitindo
carregamentos últimos de 106% até 126% maiores que
o da viga de controle (55,8 kN).
Por sua vez, a falta de ancoragem na viga BNB
acarretou que sua carga última ocorresse no momento Figura 36. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas
do descolamento do reforço (77 kN). por Hong e Park (2012).
esmagamento do concreto e da ruptura do reforço, A viga reforçada de grande escala teve deformação
segundo relatado por Wang et al. (2012). total do reforço em PRFC de 15,29‰, cuja curva
carga-flecha é mostrada na Figura 40.
Figura 38. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas (a) sem protensão e sem ancoragem
por Wang et al. (2012).
De acordo com You et al. (2012), para as vigas de
pequena escala, a carga de fissuração teve um
incremento de até 235% em relação à da viga de
referência (18,2 kN), acréscimo proporcionado pelo
reforço com uma lâmina de PRFC 70% protendida
(PFCB1-7R). Além disto, o reforço com duas lâminas
de PRFC sem protensão levou a um valor bem
próximo a este, aumentando a carga de fissuração da
viga em 233%.
A carga de escoamento também teve seu aumento (b) sem protensão e com ancoragem
máximo (185%) na viga PFCB1-7R, quando
comparada à da viga de referência (40,4 kN).
Os valores de carga de ruptura para as vigas de
pequena escala sem protensão aumentaram em até
140% (viga PFCB1-0R) quando comparada à da viga
de referência (50,5 kN), enquanto para as vigas com
reforço protendido, este incremento chegou a 150%
(viga PFCB-7R).
Quando comparada à sua viga de controle, o reforço
de 50% protendido na viga de grande escala acarretou
no aumento de 105% na carga de fissuração, de 49%
na carga de escoamento e de 52% na carga de ruptura. (c) protendidas
Os valores destas cargas para a viga de controle foram Figura 39. Curvas carga-flecha das vigas de pequena
de 58,3 kN, 262,3 kN e 328,5 kN, respectivamente. escala ensaiadas por You et al. (2012).
As curvas carga-flecha das vigas de pequena escala
reforçadas com tiras de PRFC sem protensão e sem
ancoragem (NFCB1 com uma lâmina e NFCBW2 com
duas lâminas) são mostradas na Figura 39a, cujas
deformações finais do reforço foram de 6,85‰ e
5,19‰.
Na Figura 39b, pode-se ver a curva carga-flecha da
viga com reforço sem protensão e com ancoragens,
que apresentou na ruptura uma deformação total do
reforço de 12,22‰. As vigas de pequena escala com
níveis de protensão no reforço de 20%, 40%, 60% e
70% possuíram deformações finais de 12,68‰,
12,25‰, 13,51‰ e 13,06‰ e suas curvas carga-flecha Figura 40. Curvas carga-flecha das viga de grande
estão apresentadas na Figura 39c. escala ensaiada por You et al. (2012).
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023
Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023
Todas as vigas ensaiadas possuíram padrão de prestressed BFRP grids. Composite Structures, v.
fissuração semelhante, apresentando comportamento 246, n. 112381, pp. 1-12, 2020.
típico de flexão e a presença de PRFC protendido
Hong, S.; Park, S-K. Effect of prestress levels on
ajudou a distribuir as fissuras mais uniformemente
flexural and debonding behavior of reinforced
pela viga, reduzindo a abertura de fissuras.
concrete beams strengthened with prestressed
A viga de referência Control-1 rompeu por carbon fiber reinforced polymer plates. Journal of
esmagamento do concreto e as vigas reforçadas com Composite Materials, v. 47, n. 17, pp.1-15, 2012.
PRFC sem protensão e sem sistema de ancoragem
Hong, S.; Park, S-K. Concrete Beams Strengthened
(NFCB1 e NFCBW2) romperam pelo descolamento
With Prestressed Unbonded Carbon-Fiber-
abrupto do reforço, iniciado a partir do centro da peça.
Reinforced Polymer Plates: An Experimental
Na viga com reforço sem protensão e com sistema de
Study. Polymer Composites, v. 38, n. 11, pp. 2459-
ancoragem (PFCB1-0R), ocorreu o descolamento do
2471, 2017.
reforço, porém a ruptura da viga se deu pela ruptura da
tira de PRFC no meio do vão. Para as vigas com Liu, C., Wang, X., Shi, J., et al. Experimental study on
reforço protendido em até 60%, a ruptura se deu de the flexural behavior of RC beams strengthened
maneira semelhante à da viga PFCB1-0R, enquanto, with prestressed BFRP laminates. Engineering
para a viga com 70% de protensão, a ruptura ocorreu Structures, v. 233, n. 111801, pp.1-14, 2021.
pela ruptura do PRFC sem descolamento, segundo
Peng, H., Zhang, J., Shang, S., et al. Experimental
descrito por You et al. (2012).
study of flexural fatigue performance of reinforced
CONCLUSÃO concrete beams strengthened with prestressed
CFRP plates. Engineering Structures, v. 127, nov.,
Este trabalho apresentou resultados e conclusões de
pp. 62-72, 2016.
alguns estudos sobre comportamento de vigas de
concreto armado reforçadas à flexão com o uso da Peng, H., Zhang, J., Cai, C. S., et al. An experimental
técnica EBR em FRP protendido, nos quais foram study on reinforced concrete beams strengthened
variados o tipo, o comprimento colado, a taxa da with prestressed near surface mounted CFRP
armadura, o nível de protensão e o sistema de strips. Engineering Structures, v. 79, pp. 222-233,
ancoragem do reforço, e a taxa de armadura interna 2014.
das vigas.
Tehrani, B. N., Mostofinejad, D., Hosseini, S. M.
Com o reforço pela técnica EBR em FRP protendido, Experimental and analytical study on flexural
houve aumento nas cargas de fissuração, de strengthening of RC beams via prestressed
escoamento e de ruptura das vigas em até 375%, 185% EBROG CFRP plates. Engineering Structures, v.
e 155%, nesta ordem, com base nas respectivas cargas 197, n. 109395, pp.1-12, 2019.
das vigas sem reforço.
Wang, W., Dai, G-J., Harries, K., et al. Prestress losses
Verificou-se que com os aumentos da taxa de and flexural behavior of reinforced concrete beams
armadura e do nível de protensão do reforço, houve strengthened with posttensioned CFRP sheets.
aumento no desempenho das vigas reforçadas, Journal of Composites for Construction, v. 16, n.
expresso por maior capacidade resistente e menor 2, pp. 207-216, 2012.
abertura de fissuras.
Wang, H., Liu, S., Zhu, C., et al. Experimental Study
As vigas reforçadas com lâminas de PRFB prontedido on the Flexural Behavior of Large-Scale
foram as que apresentaram maior ductilidade entre as Reinforced Concrete Beams Strengthened with
demais reforçadas. Prestressed CFRP Plates. Journal of Composites
for Construction, v. 26, n. 6, pp. 1-11, 2022.
Pôde-se constatar que o modo de ruptura das vigas
reforçadas foi também por flexão, tal como o das vigas Yang, J., Feng, P., Liu, B., et al. Strengthening RC
de referência, tendo ocorrido descolamento ou ruptura beams with mid-span supporting prestressed
do material de reforço ou destacamento do concreto ao CFRP plates: An experimental investigation.
longo da armadura de reforço, ainda que houvesse Engineering Structures, v. 272, n. 115022, pp. 1-
sistema de ancoragem na extremidade do reforço. 12, 2022.
Concluiu-se que a técnica EBR em FRP protendido é You, Y-C., Choi, K-S., Kim, J. An experimental
uma alternativa eficiente a ser utilizada no reforço de investigation on flexural behavior of RC beams
vigas de concreto armado. strengthened with prestressed CFRP strips using a
durable anchorage system. Composites: Part B, v.
REFERÊNCIAS
43, pp. 3026-3036, 2012.
He, W., Wang, X., Wu, Z. Flexural behavior of RC
beams strengthened with prestressed and non-
Evento online
www.even3.com.br/cobicet2023