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Anais do IV CoBICET – Trabalho completo

Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa


27 de agosto a 01 de setembro de 2023

COMPORTAMENTO DE VIGAS REFORÇADAS À FLEXÃO COM O


USO DA TÉCNICA EBR EM PRF PROTENDIDO

Mariana Silva Pedrosa1, Luiz Antonio Vieira Carneiro2,


Mayra Soares Pereira Lima Perlingeiro2
1
Programa de Pós-graduação em Engenharia Civil da UFF, Niterói/RJ, Brasil
(mspedrosa@id.uff.br)
2
Departamento de Engenharia Civil da UFF, Niterói/RJ, Brasil

Resumo: Este trabalho tem por objetivo apresentar o comportamento de vigas de concreto
armado reforçadas à flexão com o uso da técnica EBR em FRP protendido. São relatados
estudos encontrados na literatura sobre o ensaio destas vigas com diferentes tipos de FRP.
Constatou-se que o tipo, o comprimento colado, a taxa da armadura, o nível de protensão e
o sistema de ancoragem do reforço, e a taxa de armadura interna das vigas são alguns dos
parâmetros mais influentes no comportamento destas vigas.

Palavras-chave: Vigas; concreto armado; reforço à flexão; técnica EBR; FRP protendido

INTRODUÇÃO comportamento de vigas de concreto armado


reforçadas à flexão com o uso da técnica EBR em FRP
Uma das técnicas de reforço estrutural à flexão de
protendido.
vigas de concreto armado que contempla o uso de
lâminas ou mantas de polímero reforçado com fibras Os parâmetros mais variados nos ensaios dos estudos
(PRF) é a de colar estas lâminas ou mantas no seu reunidos neste trabalho foram o tipo, o comprimento
bordo tracionado, conhecida como técnica EBR colado, a taxa da armadura, o nível de protensão e o
(Externally Bonded Reinforcement). sistema de ancoragem de reforço, e a taxa de armadura
interna das vigas.
Essa técnica de reforço foi a primeira a aparecer e tem-
se mostrado como sendo de execução relativamente MATERIAL E MÉTODOS
simples e rápida, levando ao aumento do desempenho
Yang et al. (2022) ensaiaram à flexão cinco vigas de
estrutural de vigas de concreto armado, seja em
concreto armado com 250 mm x 400 mm x 4200 mm
serviço (controle de fissuração e da deformação) ou na
de dimensões, cujas características geométricas e
ruptura (aumento da capacidade resistente).
armaduras estão ilustradas na Figura 1.
O processo de aplicação de PRF em vigas de concreto
Uma viga foi tomada como referência (viga B0) e
armado, segundo a técnica EBR, consiste na
quatro vigas foram reforçadas com lâminas de PRFC
preparação do substrato de concreto para garantir uma
(polímero reforçado com fibras de carbono)
boa aderência, na colagem do FRP e no controle de
protendido.
qualidade do reforço antes, durante e após a aplicação.
O reforço não foi colado na superfície da viga, mas
Com o objetivo de tornar a técnica EBR mais efetiva
fixado somente por meio de ancoragens nas
na redução de flecha e de abertura de fissuras, as
extremidades.
lâminas ou mantas de PRF passaram a ser tracionadas
(protendidas) antes de sua colagem, tendo suas
extremidades ancoradas.
Diversos estudos experimentais foram desenvolvidos
sobre o reforço à flexão de vigas de concreto armado
com o uso da técnica EBR em lâminas ou mantas de Figura 1. Características geométricas e armaduras das
FRP protendido. Tais estudos buscaram caracterizar o vigas (unidades em mm) ensaiadas por Yang et al.
comportamento destas vigas reforçadas, em termos de (2022).
flecha, abertura de fissuras e capacidade resistente.
Os autores propuseram um novo método de protensão
Neste trabalho, apresentam-se os resultados e as no qual a aplicação da protensão ocorria pelo
principais conclusões de estudos experimentais afastamento do PRFC da face da viga por meio de um
realizados em diferentes países sobre o desviador, que consistia em duas hastes embutidas no
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concreto e uma placa metálica, conforme mostra a Wang et al. (2022) ensaiaram sete vigas de concreto
Figura 2. armado com seção transversal em T e vão livre de
5600 mm, cujas características geométricas e
armaduras estão mostradas na Figura 4.
Uma viga foi tomada como referência (viga BU) e não
foi reforçada e seis vigas foram reforçadas à flexão
com a colagem externa de uma lâmina de PRFC na
face inferior.

Figura 2. Detalhe do desviador no reforço das vigas


ensaiadas por Yang et al. (2022).
Figura 4. Características geométricas e armaduras das
Dois esquemas de reforço foram adotados: no
vigas (unidades em mm) ensaiadas por Wang et al.
primeiro, o desviador foi posicionado no centro do vão
(2022).
(v. Figura 3a) e, no segundo, um desviador foi
colocado sob cada ponto de carregamento do ensaio Os parâmetros variados pelos autores foram o nível de
de flexão (v. Figura 3b). protensão do reforço (0%, 30% ou 50%), a área do
reforço (100 mm², 140 mm² ou 200 mm²) e o tipo de
Além disso, as vigas foram classificadas em intactas,
reforço (de alta ou baixa resistência, HS-CFRP e LS-
(sem carregamento anterior ao reforço) e danificadas
CFRP, respectivamente).
(pré-carregadas em 80 kN antes do reforço).
O nível de protensão foi dado em função da resistência
Cada esquema de protensão do reforço foi aplicado em
à tração da lâmina de PRFC, cujo valor era igual a
uma viga intacta (vigas B1 e B2 para os esquemas 1 e
2400 MPa.
2, respectivamente) e em uma viga danificada (vigas
B1R e B2R para os esquemas 1 e 2, respectivamente). Foram utilizadas lâminas de alta resistência com
1,4 mm e 2,0 mm de espessura e lâmina de baixa
resistência com 1,4 mm de espessura. O comprimento
do reforço em todas as vigas foi de 4000 mm.
Com exceção da viga de referência, a nomenclatura
das vigas se deu da seguinte maneira: o primeiro
(a) Desviador no centro do vão da viga – esquema 1 número após a letra B indicava o nível de protensão
do reforço, o segundo número representava a área do
reforço e o sufixo L que se tratava de uma lâmina de
baixa resistência.
As vigas foram fabricadas com concreto de 26,8 MPa
de resistência à compressão.
(b) Desviadores sob cargas da viga – esquema 2 As lâminas de alta resistência com 1,4 mm de
espessura possuíam resistência à tração e módulo de
Figura 3. Detalhe dos esquemas de reforço das vigas elasticidade iguais a 2625 MPa e 164 GPa,
(unidades em mm) ensaiadas por Yang et al. (2022). respectivamente, enquanto as lâminas com 2 mm de
As vigas foram fabricadas com concreto de 52 MPa de espessura, estes valores passaram para 2516 MPa e
resistência à compressão e as lâminas de PRFC 163 GPa. A lâmina de baixa resistência com 1,4 mm
utilizadas possuíam 50 mm x 1,4 mm x 3400 mm de de espessura utilizada possuía 1838 MPa de
dimensões, resistência à tração de 3064 MPa e módulo resistência à tração e módulo de elasticidade de
de elasticidade de 160 GPa. 160 GPa. O adesivo epóxi empregado na colagem do
reforço apresentou resistência à tração de 49,2 MPa.
Após a fixação das lâminas de PRFC nas extremidades
das vigas, os reforços foram protendidos a uma tensão O sistema de ancoragem empregado consistia em
de protensão de 800 MPa, o que provocou uma cunhas, fixadas por placas metálicas, e chumbadores
deformação inicial de 5‰ (26% da capacidade do químicos (v. Figura 5). Na viga B0-140 também foram
polímero). empregadas folhas de PRFC em U, em três camadas
cada.
Constatou-se uma perda imediata de protensão de
7,3% na viga B1, enquanto nas demais vigas não foi A ancoragem em uma extremidade do reforço foi
observada perda de protensão alguma. fixada, enquanto na outra extremidade foi conectado o

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macaco hidráulico responsável pela protensão do PRFB), T é a espessura da lâmina (2 mm ou 5 mm), J


PRFC. A protensão ocorreu após a aplicação do é o tipo de reforço (E para EBR simples e P para EBR
adesivo e ocorreu de maneira gradual, sendo dividida protendido, seguido do nível de protensão) e K indica
em cinco fases intercaladas por uma pausa de cinco a aplicação de adesivo (Y para sim e N para não).
minutos, para que a tensão estabilizasse. A fim de
O concreto utilizado possuía resistência à compressão
minimizar as perdas de protensão, a protensão
de 23,3 MPa.
exercida foi de 1,05 vezes o nível de protensão
idealizado. Após 48h da liberação da protensão, as A lâmina de PRFC (espessura de 2 mm) tinha
perdas foram menores que 5%, indicando a eficiência resistência à tração de 3212 MPa e módulo de
da ancoragem. elasticidade de 168 GPa, enquanto a lâmina de PRFB
(espessura de 2 mm), 1339 MPa e 53 GPa. A lâmina
de PRFB com 5 mm de espessura possuía resistência
à tração e módulo de elasticidade iguais a 1367 MPa e
56 GPa.
Para a ligação do reforço com o substrato foi utilizado
(a) viga B0-140 adesivo epóxi, sistema de ancoragem mecânico no
reforço protendido e ancoragem com folhas de PRFB
em U no reforço sem protensão.
Nas vigas com reforço protendido, o conjunto lâmina-
ancoragem foi preparado e chumbadores foram
inseridos nas vigas. Após o posicionamento do
conjunto lâmina-ancoragem, o adesivo epóxi foi
(b) demais vigas
aplicado e a protensão foi feita por meio de um macaco
Figura 5. Representação esquemática do reforço das hidráulico manual. Para compensar as perdas de
vigas (unidades em mm) ensaiadas por Wang et al. protensão, os reforços foram protendidos a um tensão
(2022). 5% superior ao da tensão de controle.
Liu et al. (2021) ensaiaram nove vigas de concreto He et al. (2020) ensaiaram dez vigas de concreto
armado e seção T à flexão a quatro pontos, das quais armado à flexão, com 150 mm x 300 mm x 2240 mm
uma foi usada como referência (D20-CON), a segunda de dimensões, das quais uma viga foi tomada como
foi reforçada com lâmina de PRFC protendido, a referência, seis vigas foram reforçadas com malha de
terceira foi reforçada com lâmina de PRFB (polímero PRF sem protensão e três vigas foram reforçadas com
reforçado com fibras de basalto) sem protensão e as malhas de PRF protendido.
seis últimas foram reforçadas com lâmina de PRFB
A Figura 7 apresenta as características geométricas e
protendido. As características geométricas e
armaduras das vigas, assim como o esquema estrutural
armaduras das vigas estão apresentados na Figura 6.
do ensaio e o posicionamento dos extensômetros
elétricos de resistência e dos transdutores de
deslocamento (LVDT) utilizados.

Figura 6. Características geométricas e armaduras das


vigas (unidades em mm) ensaiadas por Liu et al.
(2021).
Os parâmetros variados pelos autores foram o
diâmetro da armadura longitudinal da viga, o tipo de
polímero utilizado no reforço (PRFC ou PFRB), a
espessura da lâmina de reforço, o tipo de reforço (com Figura 7. Características geométricas, armaduras e
ou sem protensão) e a aplicação ou não de adesivo esquema estrutural das vigas (unidades em mm)
epóxi. Os níveis de protensão abordados (35%, 45% e ensaiadas por He et al. (2020).
55%) dizem respeito à tensão última do conjunto Os parâmetros variados por He et al. (2020) foram o
lâmina-ancoragem, equivalente a 1150 MPa, para tipo de malha de PRF (PRFB, PRFV – polímero
PRFB, e 2400 MPa, para PRFC. reforçado com fibras de vidro – ou PRFC), a espessura
Com exceção da viga de controle, a nomenclatura das da malha (2 mm, 3 mm ou 5 mm), o tipo de cola
vigas seguiu a seguinte lógica: DX-ZT-J-K, em que X (argamassa de cimento polimérico, chamada PCM, ou
é o diâmetro da armadura de tração (10 mm ou resina epóxi), a presença de protensão (30% da tensão
20 mm), Z é o tipo de lâmina (C para PRFC e B para de ruprura do material) e número de liberações de
protensão (1, 2 ou 3).
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Na nomenclatura das vigas, com exceção da viga de


referência (C0), a letra inicial do nome referencia o
tipo de PRF da malha (B = PRFB, G = PRFV e C =
PRFC), seguido do numeral que indica a espessura da
malha (2, 3 ou 5). Somente em uma viga foi utilizada
resina epóxi, sendo representado pelo sufixo E. Nas
vigas protendidas, após o numeral que expressa a
espessura da malha, tem-se o nível de protensão (30)
e o número de liberações de protensão (1, 2 ou 3). (a) viga B5-30-1 (b) viga B5-30-2
As vigas foram produzidas com concreto de 37 MPa
de resistência à compressão.
As malhas de PRFB possuíam 2200 MPa de
resistência à tração e 92 GPa, para a malha de 2 mm,
e 91 GPa, para as malhas de 3 mm e 5 mm, de módulo
de elasticidade.
A malha de PRFV tinha 1700 MPa de resistência à
tração e 76 GPa de módulo de elasticidade, enquanto
para a malha de PRFC, estes valores eram 3000 MPa (c) viga B5-30-3
e 210 GPa, respectivamente.
Figura 9. Liberação de protensão nas vigas
Todas as malhas possuíam 50 mm x 50 mm de reforçadas eensaiadas por He et al. (2020).
dimensões nominais (v. Figura 8), porém o reforço
possuía 150 mm x 20 mm x 1800 mm de dimensões. Tehrani et al. (2019) ensaiaram sete vigas de concreto
armado de 200 mm x 300 mm x 2600 mm de
dimensões, das quais cinco foram reforçadas por meio
da técnica EBROG (Externally Bonded Reinforcement
on Grooves), uma metodologia inovadora que consiste
na confecção de sulcos no concreto e preenchimento
desses com resina epóxi antes da colagem externa do
FRP. Das vigas ensaiadas uma foi tomada como
referência (REF), outra foi reforçada via EBROG com
lâmina de PRFC sem protensão (G-NP), quatro foram
Figura 8. Malhas de PRF para reforço das vigas
reforçadas via EBROG com lâmina de PRFC
ensaiadas por He et al. (2020).
protendido e a última foi reforçada com lâmina de
A tensão de ruptura da argamassa de cimento PRFC protendido pela técnica EBR.
polimérico (PCM) e da resina epóxi eram de 2,8 MPa
e 45,4 MPa, nesta ordem. Os parâmetros variados pelos autores foram o tipo de
reforço (EBROG ou EBR), o nível de deformação de
Para as três vigas protendidas o nível de protensão protensão do reforço (20% ou 30% em relação à
correspondia a 30% da tensão de ruptura da malha de deformação última do material) e a presença ou não de
PRFB e o processo de protensão se iniciou pela ancoragem de extremidade.
fixação da malha em uma estrutura auxiliar, montada
ao redor da viga, por meio de placas metálicas. Uma Na nomenclatura das vigas, G, E, NP, Pn e A
das extremidades da malha foi fixada na ancoragem indicavam a técnica EBROG, a técnica EBR, sem
suporte, enquanto na outra ancoragem foi engatado protensão, presença de protensão com deformação da
lâmina de n% da deformação última do material (20%
um macaco hidráulico que aplicou a protensão. Após
ou 30%) e uso de ancoragem, respectivamente.
o processo de protensão, a argamassa de cimento
polimérico foi aplicada. A lâmina de PRFC possuía 50 mm de largura e
No caso da viga B5-30-1, a liberação da protensão 1,4 mm de espessura. A folha de PRFC empregada em
aconteceu após a cura completa da argamassa, ou seja, forma de U como ancoragem possuía 200 mm x
0,17 mm x 600 mm de dimensões.
quatro semanas após a sua aplicação. Nas vigas
B5-30-2 e B5-30-3, esta liberação da protensão foi A Figura 10 mostra o esquema estrutural do ensaio, as
dividida em duas e três fases (v. Figura 9), em que características geométricas e as armaduras das vigas,
cada parte foi liberada após a cura de uma semana da enquanto a Figura 11 exibe o sistema de ancoragem de
PCM. A perda de protensão nestas vigas foi de extremidade e o detalhe dos sulcos nas vigas
aproximadamente 20% do valor inicial. reforçadas, tanto os longitudinais quanto os da região
de ancoragem.

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(6300 mm) à ensaios de flexão a quatro pontos. As


vigas possuíam seção com 200 mm x 300 mm de
dimensões e foram reforçadas com lâminas de PRFC
acopladas à sua face inferior.
A Figura 12 mostra as características geométricas e
armaduras, o detalhamento do reforço, o esquema
estrutural dos ensaios de flexão e o posicionamento da
instrumentação utilizada nas vigas.

Figura 10. Características geométricas, armaduras e


esquema estrutural das vigas (unidades em mm)
ensaiadas por Tehrani et al. (2019).

Figura 11. Sistema de ancoragem e detalhe dos


sulcos nas vigas reforçadas por Tehrani et al. (2019). Figura 12. Características geométricas, armaduras,
As quatro vigas sem sistema de ancoragem (REF, G- esquema estrutural e instrumentação das vigas
NP, G-P20 e G-P30) foram fabricadas com concreto ensaiadas por Hong e Park (2017).
de 30,1 MPa de resistência à compressão e as vigas Os parâmetros variados nos ensaios foram o
com sistema de ancoragem (G-P20-A, G-P30-A e E- comprimento colado, o nível de protensão e a
P20-A), com concreto de 33,3 MPa de resistência à ancoragem de extremidade do reforço, e o
compressão. comprimento da viga. A ancoragem de extremidade
As lâminas de PRFC possuíam resistência à tração de consistiu em uma placa metálica chumbada no
3200 MPa e módulo de elasticidade de 210 GPa. O concreto da viga.
adesivo epóxi utilizado possuía resistência ao Das vigas de pequena escala, uma foi tomada como
cisalhamento de 20 MPa e a folha de FRP utilizada referência e não foi reforçada (CONT), outra foi
para ancoragem possuía resistência à tração e módulo reforçada com uma lâmina de PRFC sem protensão,
de elasticidade iguais a 3900 MPa e 230 GPa, colada ao concreto por meio de adesivo epóxi e sem
respectivamente. ancoragem (SBB0). As quatro vigas restantes foram
A protensão do reforço baseou-se na utilização de uma reforçadas com lâminas de PRFC protendido com
estrutura externa, na qual uma extremidade da lâmina comprimento totalmente descolado, sendo acopladas
de PRFC foi ancorada, enquanto a outra extremidade ao concreto por meio de ancoragem mecânica. As
foi protendida por um macaco hidráulico. O nível de vigas de pequena escala SBU0, SBU20, SBU40 e
protensão foi controlado por extensômetros e, uma vez SBU60 tiveram o reforço protendido em 0%, 20%,
atingido o nível desejado, a lâmina era travada na 40% e 60% da resistência à tração do PRFC,
extremidade livre e a força de protensão liberada após respectivamente.
a cura do adesivo epóxi. Todas as vigas de média e grande escala foram
As vigas G-P20, G-P30, G-P20-A, G-P30-A e E-P20- reforçadas com lâminas de PRFC sem comprimento
A apresentaram deformações iniciais (após as perdas colado e acopladas ao concreto por meio de
de protensão) de 2,87‰, 4,33‰, 3,07‰, 4,25‰ e ancoragem mecânica. Os níveis de protensão das vigas
2,97‰, respectivamente, e finais de 9,06‰, 10,31‰, de média e grande escala foram 40% e 60% da
7,44‰, 13,01‰ e 9,07‰, nesta ordem. resistência à tração do PRFC (vigas MBU40 e
MBU60, para média escala, e LBU40 e LBU60, para
Hong e Park (2017) submeteram seis vigas de grande escala).
concreto armado de pequena escala (2700 mm) à
ensaios de flexão a três pontos, duas vigas de média As vigas foram fabricadas com concreto de 16,4 MPa
escala (4800 mm) e duas vigas de grande escala de resistência à compressão. As lâminas de PRFC
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possuíam 50 mm x 1,3 mm de dimensões, 2350 MPa Peng et al. (2014) ensaiaram duas vigas 150 mm x
de resistência à tração e 173 GPa de módulo de 350 mm x 3500 mm de dimensões, sendo uma tomada
elasticidade. O adesivo epóxi possuía resistência à como referência (US) e outra reforçada com lâmina de
tração de 62,4 MPa. PRFC de 1,2 mm x 50 mm de dimensões (PRS-EB).
O sistema de protensão utilizado consistiu nas duas A Figura 15 mostra as características geométricas, as
ancoragens que fixaram o PRFC e um conjunto de armaduras e o esquema estrutural das vigas, enquanto
tensionamento. A ancoragem foi instalada em uma a Figura 16 apresenta a seção transversal da viga
extremidade, enquanto na outra extremidade havia o reforçada.
conjunto de tensionamento. Posteriormente, as
lâminas foram protendidas até o nível desejado e a
ancoragem na extremidade livre foi travada. A Figura
13 apresenta os detalhes da ancoragem e do conjunto
de tensionamento do reforço das vigas.

Figura 15. Características geométricas, armaduras e


esquema estrutural das vigas (unidades em mm)
ensaiadas por Peng et al. (2014).

(a) ancoragem (b) conjunto de


tensionamento
Figura 13. Detalhe da ancoragem e do conjunto de
tensionamento do reforço das vigas ensaiadas por
Hong e Park (2017).
Figura 16. Seção transversal da viga (unidades em
Peng et al. (2016) ensaiaram três vigas de concreto mm) reforçada por Peng et al. (2014).
armado de seção T sob carregamento estático, das
quais uma viga foi tomada como referência (UFS), A resistência à compressão do concreto da viga de
outra viga foi reforçada com lâmina de PRFC sem referência (US) foi de 37,6 MPa, enquanto a da viga
protensão (RFS) e a viga restante foi reforçada com com lâmina de PRFC protendido (PRS-EB),
lâmina de PRFC protendido (PRFS) em 36% da 26,6 MPa.
deformação última do polímero. O parâmetro variado A lâmina de PRFC possuía resistência à tração e
pelos autores nas vigas com carregamento estático foi módulo de elasticidade iguais a 3100 MPa e 165 GPa,
a presença de protensão no reforço. respectivamente.
A Figura 14 apresenta as características geométricas, Hong e Park (2012) submeteram sete vigas de
as armaduras e o esquema estrutural das vigas. concreto armado com 200 mm x 300 mm x 2700 mm
de dimensões a ensaios de flexão a três pontos. Uma
viga foi tomada como referência (viga Control), outra
viga foi reforçada com lâmina de PRFC sem protensão
(viga BNB) e cinco vigas foram reforçadas com
lâminas de PRFC protendidas (vigas BPB).
Figura 14. Características geométricas, armaduras e A Figura 17 apresenta as características geométricas,
esquema estrutural das vigas (dimensões em mm) as armaduras, o esquema estrutural e a instrumentação
ensaiadas por Peng et al. (2016). das vigas.
As vigas foram fabricadas com concreto de 42,3 MPa Os parâmetros variados pelos autores foram a
de resistência à compressão e reforçadas com lâmina presença de ancoragem e de protensão no reforço. A
de PRFC de 100 mm x 1,4 mm de dimensões com viga com reforço sem protensão (viga BNB) não
resistência à tração e módulo de elasticidade iguais a possuía com ancoragem, enquanto todas as vigas com
2800 MPa e 165 GPa, respectivamente. reforço protendido (vigas BPB) contaram com a
ancoragem ilustrada na Figura 18. As vigas da série
Em ambas exterminadas das vigas foram instaladas BPB tiveram reforço protendido em 0%, 20%, 40%,
ancoragens mecânicas, seguidas do posicionamento 60% e 70% da resistência do PRFC.
da lâmina de PRFC e da aplicação de adesivo epóxi
em todo o comprimento do reforço (3600 mm). Na Cada viga foi reforçada com uma lâmina de PRFC
sequência, o reforço foi protendido por uma tensão de colada externamente por meio de adesivo epóxi. As
1000 MPa, gerando uma deformação de pré-tração de lâminas de PRFC possuíam 50 mm x 1,3 mm de
6,13‰. dimensões, resistência à tração de 2350 MPa e módulo

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de elasticidade de 173 GPa. O adesivo epóxi A Figura 19 apresenta as características geométricas,


empregado possuía resistência à tração de 33,5 MPa e as armaduras e o esquema estrutural das vigas
as vigas foram fabricadas com concreto de 16,4 MPa ensaiadas.
de resistência à compressão.
Anteriormente ao processo de protensão, a superfície
inferior da viga foi preparada e nesta foi aplicado o
primer. A resina epóxi foi aplicada e curada por 5
minutos antes da protensão do reforço. A lâmina de
PRFC foi protendida por um macaco hidráulico contra
um suporte externo à viga.
Figura 19. Características geométricas, armaduras e
esquema estrutural das vigas (dimensões em mm)
ensaiadas por Wang et al. (2012).
As vigas foram fabricadas com concreto de 52,8 MPa
de resistência à caompressão e as folhas de PRFC
possuíam 140 mm x 0,167 mm de dimensões,
resistência à tração de 3522 MPa e módulo de
elasticidade de 259 GPa.
Antes do reforço, as vigas foram submetidas a um
carregamento de 30 kN, o que levou à formação de
fissuras de flexão a fim de simular danos existentes à
Figura 17. Características geométricas, armaduras e estrutura. As vigas foram totalmente descarregadas
esquema estrutural e instrumentação das vigas para a aplicação do reforço.
(dimensões em mm) ensaiadas por Hong e Park
(2012). A Figura 20 mostra o posicionamento dos
extensômetros elétricos de resistência no reforço e o
processo de protensão, no qual as folhas foram
impregnadas com resina epóxi e fixadas em uma
extremidade da viga por meio de chapas metálicas
embutidas no concreto. A extremidade livre foi ligada
a um macaco hidráulico que exerceu a protensão.
Após a colagem da folha da viga, a extremidade livre
foi fixada usando um sistema de ancoragem
parcialmente embutido, semelhante ao usado na
extremidade fixa. Com exceção da viga BPC-30-2a, a
Figura 18. Ancoragem utilizada nas vigas com força de protensão foi liberada após três dias de cura
reforço protendido ensaiadas por Hong e Park da resina epóxi.
(2012).
Wang et al. (2012) submeteram oito vigas de concreto
armado com 150 mm x 300 mm x 2000 mm de
dimensões a ensaios de flexão. Uma viga foi tomada
como referência (viga CL), outra foi reforçada com
uma folha de PRFC colada externamente (viga BC) e
as seis restantes foram reforçadas com folhas de PRFC
protendidas coladas externamente (vigas BPC).
Os parâmetros variados pelos autores foram o nível de Figura 20. Sistema de protensão e posicionamento
protensão e o número de camadas do reforço.
dos extensômetros nas vigas (dimensões em mm)
As vigas BPC-30-1, BPC-40-1, BPC-50-1 e BPC-60- reforçadas por Wang et al. (2012).
1 foram reforçadas com uma folha de PRFC e
Foram estudadas as perdas de protensão das vigas
possuíam, respectivamente, 36%, 40%, 50% e 60% de
BPC-30-1, BPC-40-1, BPC-30-2 e BPC-30-2a, cujas
protensão inicial, em relação à resistência à tração da
deformações de protensão no reforço após 2500 horas
folha de PRFC. As vigas BPC-30-2 e BPC-30-2a
foram de 3,96‰, 4,70‰, 3,97‰ e 3,78‰, nessa
foram reforçadas com duas folhas de PRFC e ordem.
possuíam 30% de protensão, diferenciando-se pelo
fato de que a força de protensão foi liberada antes da You et al. (2012) ensaiaram dez vigas de concreto
cura da cola na viga BPC-30-2a. armado, sendo oito em pequena escala (200 mm x

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300 mm x 2700 mm de dimensões) e duas em grande protensão efetivas foram de 2,37‰, 5,01‰, 7,41‰ e
escala (400 mm x 600 mm x 6800 mm de dimensões). 8,07‰, respectivamente, enquanto para a viga de
A Figura 21 apresenta os detalhes geométricos, as grande escala com 50% de protensão, 6,65‰.
armaduras e o esquema estrutural das vigas ensaiadas.

Figura 22. Perda de protensão das vigas ensaiadas


Figura 21. Características geométricas, armaduras e por You et al. (2012).
esquema estrutural das vigas (dimensões em mm)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
ensaiadas por You et al. (2012).
De acordo com os resultados de Yang et al. (2022), o
Os parâmetros variados pelos autores foram as
incremento máximo na carga de fissuração ocorreu
dimensões das vigas (pequena ou grande escala), a
para a viga B2 (intacta e reforçada de acordo com o
presença ou ausência de ancoragem, o número de
esquema 2), correspondente a 85% sobre a carga de
lâminas de PRFC no reforço e o nível de protensão
fissuração da viga de referência (35 kN), enquanto a
(20%, 40%, 60% e 70% da resistência à tração do
viga B2R apresentou a menor carga de fissuração
material).
(25 kN) e a maior carga de escoamento (150,7 kN).
As vigas de pequena escala foram uma viga de
A viga pré-carregada e reforçada de acordo com
controle (Control-1), duas vigas reforçadas com
esquema 1 (viga B1R) apresentou 43% de acréscimo
lâminas de PRFC sem protensão e sem ancoragem
na carga última em relação à da viga de controle
(NFCB1 com uma lâmina e NFCBW2 com duas
(126,9 kN), sendo o incremento máximo de resistência
lâminas), uma viga reforçada com PRFC sem
obtido.
protensão e ancoragem (PFCB1-0R) e quatro vigas
com lâminas de PRFC protendidas e sistemas de A Figura 23 ilustra as curvas carga-flecha das vigas
ancoragem (PFCB1-2R, PFCB1-4R, PFCB1-6R e ensaiadas, divididas de acordo com o esquema de
PFCB1-7R). protensão do reforço.
O nível de protensão das vigas de pequena escala eram O espaçamento entre as fissuras foi de
20%, 40%, 60% e 70% da resistência à tração das aproximadamente 200 mm para todas as vigas
lâminas de PRFC. ensaiadas e a altura máxima constatada para as
fissuras foi de 325 mm. Para as vigas danificadas, a
As vigas de grande escala consistiam em uma viga de
protensão não levou ao fechamento completo das
controle (Control-2) e uma viga reforçada com tiras de
fissuras, mas reduziu suas alturas de 300 mm para
PRFC protendidas e com sistema de ancoragem
200 mm.
(PFCB2-5R), a qual contava com 50% de protensão.
A resistência do concreto à compressão das vigas
variou entre 16,4 MPa e 20,7 MPa e as lâminas de
PRFC utilizadas possuíam 50 mm x 1,4 mm de
dimensões, resistência à tração de 2161 MPa, módulo
de elasticidade de 165 GPa e foram coladas ao
concreto por meio de um adesivo epóxi.
Inicialmente, instalou-se a ancoragem metálica em
uma extremidade da viga e foi colocada a lâmina. Foi
aplicado adesivo epóxi sobre a superfície e feita a
protensão do reforço. Após atingir o nível alvo de
protensão, foi instalada ancoragem na outra
extremidade da viga. A perda de protensão sofrida
pelas vigas está mostrada na Figura 22 e alcançou
(a) Esquema 1 de reforço (b) Esquema 2 de reforço
aproximadamente 6% da deformação inicial de
protensão. Para as vigas de pequena escala com 20%, Figura 23. Curvas carga-flecha das vigas reforçadas
40%, 60% e 70% de protensão, as deformações de por Yang et al. (2022).
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As vigas reforçadas por Yang et al. (2022) sofreram obteve o maior aumento de carga de fissuração e de
ruptura progressiva do reforço de PRFC, escoamento (375% e 69%).
proporcionada pela distribuição desigual de tensão na
ancoragem.
Wang et al. (2022) constataram que o maior
incremento nas cargas de fissuração e escoamento
ocorreu na viga com 50% de protensão (B50-140),
apresentando cargas 238% e 51% maiores que as da
viga de referência (16 kN e 193 kN). Em
contrapartida, a viga com reforço sem protensão (viga
B0-140) apresentou os menores incrementos de carga (a) nível de protensão (b) área do reforço
de fissuração e escoamento, 63% e 16%,
respectivamente. Dessa maneira, os autores
concluíram que as cargas de fissuração e escoamento
das vigas, assim como sua rigidez, são proporcionais
ao nível de protensão.
A viga com maior carga última foi a viga B30-200,
61% maior que a da viga de referência (221 kN),
enquanto as vigas com mesmo nível de protensão e (c) tipo do reforço
reforços com 100 mm² e 140 mm² de área
apresentaram incremento de 24% e 55%, nesta ordem. Figura 24. Curvas carga-flecha das vigas reforçadas
por Wang et al. (2022).
Sendo assim, os autores observaram que a área do
reforço é proporcional ao seu desempenho no estado
limite último. A viga que apresentou menor acréscimo
de resistência (12%) foi a viga com reforço sem
protensão.
O reforço com maior deformação última foi o da viga
B50-140 (13,93‰), correspondendo a 81,9% da
deformação última da lâmina de PRFC. A lâmina de
baixa resistência aplicada no reforço da viga Figura 25. Curvas carga-abertura de fissuras das
B30-140L atingiu 11,54‰ de deformação última, isto vigas reforçadas por Wang et al. (2022).
é, 96,2% da sua deformação última. A viga com
reforço sem protensão atingiu apenas 29,7% da Liu et al. (2021) concluíram que, quando se trata de
deformação última do reforço (5,04‰). lâmina de PRF com rigidez semelhante, a lâmina de
PRFB assegurou uma maior capacidade de carga, um
As curvas carga-flecha, separadas de acordo com os melhor efeito de controle de fissuras e ductilidade
parâmetros analisados, e as curvas carga- abertura de superior da viga do que a lâmina de PRFC.
fissuras das vigas estão apresentadas nas Figuras 24 e
25, respectivamente. A lâmina de PRF de menor espessura proporcionou
menores incrementos de resistência na viga, porém,
Segundo Wang et al. (2022), as vigas BU e B30-200 mostrou-se mais dúctil do que o reforço mais espesso.
romperam pelo esmagamento do concreto. As vigas Além disso, a utilização de adesivo possibilitou um
B0-140 e B30-100 romperam por falha na ancoragem, controle satisfatório no desenvolvimento de fissuras,
enquanto as vigas B30-140, B50-140 e B30-140L, melhor ductilidade e maior utilização da resistência da
pela ruptura do PRFC. A viga com maior nível de lâmina na viga reforçada.
protensão (B50-140) também apresentou
descolamento do reforço. Todas as vigas reforçadas exibiram fissuras com
menor abertura, menos espaçadas e mais distribuídas,
Segundo Liu et al. (2021), a viga reforçada com PFRC em relação às da viga de referência. Uma distribuição
protendido (D20-C2-P45-Y) obteve incrementos de de fissuras mais uniforme foi observada para as vigas
300%, 55% e 44% nas cargas de fissuração, reforçadas com lâminas de PRFB protendido com
escoamento e última, nesta ordem, quando comparada maior nível de protensão e maior espessura da lâmina.
às da viga de controle (12 kN, 104,4 kN e 120,9 kN).
A Figura 26 apresenta as curvas carga-flecha das vigas
Nas vigas reforçadas com PRFB, o maior incremento ensaiadas, ao passo que a Figura 27, as curvas carga-
na carga última foi de 61%, ocorrendo na peça com deformação nos reforços.
lâmina de 5 mm, armadura de 20 mm e 55% de
protensão (D20-B5-P45-Y). Esta mesma viga também A viga controle (D20-CON) e a viga com reforço
protendido sem adesivo (D20-B5-P45-N) tiveram
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ruptura típica de flexão, caracterizada pelo As deformações últimas ao longo do comprimento das
escoamento da armadura seguido do esmagamento do vigas ensaiadas estão apresentadas na Figura 28 e as
concreto. curvas carga-flecha das vigas são mostradas na Figura
29 de acordo com cada parâmetro variado por He et
al. (2020).

Figura 26. Curvas carga-flecha das vigas reforçadas (a) sem protensão
por Liu et al. (2021).

(b) com protensão


Figura 28. Deformações últimas ao longo do
Figura 27. Curvas carga-deformação no reforço das comprimento das vigas reforçadas por He et al.
vigas reforçadas por Liu et al. (2021). (2020).

A viga reforçada com PRFC (D20-C2-P45-Y) rompeu Comparadas com as da viga de controle, as fissuras
devido ao deslizamento da lâmina do sistema de das vigas reforçadas por He et al. (2020) foram mais
ancoragem. A peça sem protensão (D20-B5-EBR-Y) difusas e, nas vigas com reforço protendido, algumas
rompeu por descolagem do reforço. fissuras horizontais se formaram na região do
cobrimento do concreto.
As vigas com reforço de PRFB de 5 mm e com
adesivo, nos três níveis de protensão, romperam por A viga de referência (C0), as vigas com reforço sem
ruptura parcial da lâmina, enquanto na viga com protensão e malha de PRFB (B2, B3, B5 e B5-E) e
armadura de 10 mm (D10-B5-P45-Y) houve a total malha de PRFV (G3) e a viga com reforço protendido
ruptura da lâmina, conforme Liu et al. (2021). e duas liberações de protensão (B5-30-2) romperam
por esmagamento do concreto. A viga com reforço
Conforme verificado por He et al. (2020), as vigas sem protensão e malha de PRFC (C3) e a viga com
com reforço sem protensão apresentaram um reforço protendido e três liberações de protensão (B5-
incremento máximo de 63% (viga B5) na carga de 30-3) romperam por ruptura do reforço. Por fim, a viga
fissuração, quando comparada à da viga de referência com reforço protendido e uma liberação de protensão
(19 kN). (B5-30-1) rompeu pelo destacamento do cobrimento
A viga com reforço colado por meio de resina epóxi do concreto, segundo He et al. (2020).
(B5-E) apresentou as maiores cargas de escoamento e De acordo com Tehrani et al. (2019), as cargas de
ruptura entre as vigas sem protensão, 38% e 47% fissuração e escoamento da armadura das vigas
maiores que as da viga de controle (108,2 e 117,7 kN, reforçadas, quando comparadas às da viga de
respectivamente). referência (21,75 kN e 113,21 kN), sofreram aumento
Das vigas com reforço protendido, a viga B5-30-1 teve de até 164% e 53%, nessa ordem. Em ambos os casos
o melhor desempenho, apresentando os valores a viga que proporcionou maior incremento foi a com
máximos de incremento para as cargas de fissuração 30% de protensão e sistema de ancoragem (G-P30-A).
(116%), escoamento (52%) e ruptura (50%), em A viga de referência rompeu com 131,65 kN de carga
relação às da viga de referência. e o incremento máximo da carga de ruptura também
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foi proporcionado pela viga G-P30-A (66%), enquanto As Figuras 30 e 31 apresentam as aberturas médias das
o incremento mínimo (16%) ocorreu na viga com 30% fissuras de acordo com o carregamento e as curvas
de protensão sem ancoragem (G-P30). carga-flecha, respectivamente.

Figura 30. Curvas carga-abertura média das fissuras


das vigas ensaiadas por Tehrani et al. (2019).
(a) espessura da malha

Figura 31. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas


(b) tipo da malha de PRF por Tehrani et al. (2019).
A viga de referência rompeu por esmagamento do
concreto, enquanto a viga reforçada sem protensão
rompeu por descolamento do reforço em uma das
extremidades. As vigas G-P20 e G-P30 romperam por
destacamento do concreto. Na viga reforçada com
30% de protensão sem ancoragem (G-P30), fissuras
devido à liberação da força de protensão se
desenvolveram nas extremidades, levando a viga à
ruptura antes do escoamento da armadura. As vigas
com ancoragem G-P20-A e G-P30-A romperam por
descolamento do reforço induzido por fissuras de
(c) tipo de cola flexão, enquanto a viga E-P20-A rompeu por
descolamento do reforço em uma extremidade, mesmo
com a presença de ancoragem, de acordo com o
relatado por Tehrani et al. (2019).
Hong e Park (2017) constataram que a viga de
pequena escala com 60% de protensão (SBU60)
apresentou a maior carga de fissuração, 197% maior
que a da viga de controle (18,2 kN). A viga de média
escala com reforço 60% protendido (MBU60)
apresentou a maior carga de escoamento, 153% maior
que a da viga de controle (40,4 kN).
(d) presença de protensão O incremento nas cargas últimas das vigas de pequena
escala foram de 40% a 143% em relação à da viga de
Figura 29. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas referência (50,5 kN), sendo que o incremento mínimo
por He et al. (2020). ocorreu na viga com reforço totalmente colado
Todas as vigas ensaiadas exibiram padrões de (SBB0) e o máximo na viga SBU60. Entre as vigas de
fissuração semelhantes, mas a protensão levou à média escala, a com reforço 40% protendido
redução dos comprimentos e das aberturas das fissuras (MBU40) apresentou a maior carga última, 109%
abertura. maior que a da viga de controle. Por sua vez, para as
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vigas de grande escala, sua resistência foi aumentada 6,39‰ e 8,21‰ (sem a deformação de pré-tração),
em 56% e 42% para os níveis de protensão de 40% e respectivamente.
60%, respectivamente.
A lâmina de PRFC totalmente colada à superfície da
viga SBB0 atingiu 6,58‰ de deformação total,
enquanto as lâminas de PRFC das vigas SBU0,
SBU20, SBU40 e SBU60, deformações totais de
10,66‰, 11,20‰, 11,46‰ e 11,87‰,
respectivamente. Para as vigas de média escala com
40% e 60% de protensão, as deformações finais do
reforço foram de 9,81‰ e 11,91‰. Para as vigas de
grande escala com 40% e 60% de protensão as Figura 33. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas
deformações finais dos reforços foram de 11,76‰ e por Peng et al. (2016).
10,81‰.
As curvas carga-flecha das vigas de pequena escala
estão apresentadas na Figura 32.

Figura 34. Curvas carga-deformação do reforço das


vigas ensaiadas por Peng et al. (2016).
Todas as vigas reforçadas por Peng et al. (2016)
romperam por descolamento do reforço.

Figura 32. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas Conforme Peng et al. (2014), as cargas de fissuração,
por Hong e Park (2017). de escoamento e de ruptura da viga de referência (US)
foram iguais a 12 kN, 62 kN e 82 kN, nesta ordem.
A viga de controle rompeu pelo esmagamento do Com o reforço, estas cargas para a viga PRS-EB
concreto seguido do escoamento da armadura e a viga aumentaram em 216%, 102,7% e 78,5%,
com reforço colado e sem protensão rompeu por respectivamente.
descolamento da lâmina de PRFC. As demais vigas
ensaiadas romperam por ruptura frágil do reforço, uma A Figura 35 apresenta a curva carga-flecha no meio do
vez que não estavam colados ao concreto. Além disto, vão das vigas ensaiadas por Peng et al. (2014).
a lâmina de PRFC da viga MBU40 escapou da
ancoragem antes de atingir sua carga máxima, devido
ao encaixe defeituoso do parafuso de fixação da
ancoragem, segundo citado por Hong e Park (2017).
Conforme Peng et al. (2016), as cargas de fissuração,
escoamento e ruptura da viga de referência (UFS)
foram de 15 kN, 80 kN e 85 kN, nesta ordem. Com o
reforço, estas cargas aumentaram em 20%, 25% e 76%
para a viga reforçada sem protensão (RFS), enquanto Figura 35. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas
para o reforço com protensão (PRFS), estes valores por Peng et al. (2014).
passaram para 300%, 112% e 155%.
A viga de referência (US) rompeu por esmagamento
As flechas das vigas ensaiadas estão apresentadas na do concreto, enquanto a viga PRS-EB, por
Figura 33. Os valores máximos destas flechas foram descolamento entre a cola e o concreto para uma
29,2 mm, 92 mm e 64,1 mm para as vigas de deformação do reforço de 4,31‰, de acordo com o
referência, com reforço sem protensão e com reforço citado por Peng et al. (2014)
protendido, nessa ordem.
Segundo Hong e Park (2012), a viga com reforço sem
As curvas carga-deformação do reforço estão protensão (viga BNB) fissurou antes da viga de
mostradas na Figura 34, nas quais não foi somada a referência, enquanto, nas vigas com reforço
deformação de protensão do reforço. A deformação protendido (vigas BPB), a carga de fissuração foi
última nas lâminas com e sem protensão foram de aumentada de acordo com o nível de protensão,

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chegando a 340% do valor da viga de controle (18,2 (viga BPC-60-1), e 9,61‰, na viga com duas folhas
kN). de PRFC e 30% de protensão (viga BPC-30-2).
A armadura da viga BNB escoou com carregamento
39% maior que o da viga de referência (40,4 kN) e,
nas vigas da série BPB, este incremento chegou a
185%.
Nas vigas com reforço protendido, a presença de
ancoragem garantiu que o descolamento do reforço
não levasse à ruptura da viga, permitindo
carregamentos últimos de 106% até 126% maiores que
o da viga de controle (55,8 kN).
Por sua vez, a falta de ancoragem na viga BNB
acarretou que sua carga última ocorresse no momento Figura 36. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas
do descolamento do reforço (77 kN). por Hong e Park (2012).

A viga com reforço 70% protendido não apresentou


descolamento do PRFC e obteve o melhor
desempenho, atingindo resistência 126% maior que a
da viga de referência.
O descolamento do reforço nas vigas com ancoragem
ocorreu em duas fases, do centro do vão para as
extremidades. Após os estágios do descolamento, a
capacidade de carga das vigas foi reduzida e o sistema
de reforço deixou de ser colado à superfície do
concreto. Esse fenômeno ocorreu nas vigas com
lâminas protendidas em 0%, 20%, 40% e 60%.
(a) Viga BPB40
A Figura 36 apresenta as curvas carga-flecha das vigas
ensaiadas e na Figura 37 estão ilustrados os perfis
longitudinais de deformação das vigas BPB40 e
BPB70.
A viga sem reforço rompeu devido ao esmagamento
do concreto e a viga com reforço sem protensão, pelo
descolamento do PRFC. Por sua vez, as vigas com
reforço protendido em até 60% tiveram seu
comportamento comprometido pelo descolamento do
reforço, mas romperam pela ruptura da lâmina de
PRFC. A viga BPB70 rompeu apenas pela ruptura do
reforço, conforme encontrado por Hong e Park (2012).
De acordo com Wang et al. (2012), a viga com reforço (b) Viga BPB70
sem protensão (viga BC) teve carga de fissuração 31% Figura 37. Curvas carga-deformação do reforço das
maior que a da viga de referência (17,6 kN), ao passo vigas reforçadas e ensaiadas por Hong e Park (2012).
que, para as vigas com reforço protendido, o
incremento foi de 92% a 164%. Na viga cuja protensão foi liberada antes das demais
(viga BPC-30-2a) e na viga com reforço sem
O carregamento que proporcionou o escoamento da protensão (viga BC), as deformações finais foram de
armadura na viga BC foi 3% menor que o da viga 9,16‰ e 10,56‰, respectivamente. As curvas carga-
controle (45,5 kN), enquanto, nas vigas com reforço flecha das vigas ensaiadas estão mostradas na Figura
protendido, a carga de escoamento sofreu um aumento 38.
de 28% a 64%.
A viga de referência rompeu devido ao esmagamento
O acréscimo de resistência proporcionado pelo reforço do concreto, assim como a viga com reforço sem
sem protensão foi 65% e, pelos reforços protendidos, protensão. Porém, na viga BC também ocorreu o
71% a 145%, em relação à da viga de referência descolamento parcial do reforço. As vigas reforçadas
(47,3 kN). com somente uma folha de PRFC romperam devido à
As deformações finais das vigas chegaram a 10,95‰, ruptura do reforço, enquanto nas vigas com duas
na viga com uma folha de PRFC e 60% de protensão folhas de PRFC ocorreu uma combinação do
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esmagamento do concreto e da ruptura do reforço, A viga reforçada de grande escala teve deformação
segundo relatado por Wang et al. (2012). total do reforço em PRFC de 15,29‰, cuja curva
carga-flecha é mostrada na Figura 40.

Figura 38. Curvas carga-flecha das vigas ensaiadas (a) sem protensão e sem ancoragem
por Wang et al. (2012).
De acordo com You et al. (2012), para as vigas de
pequena escala, a carga de fissuração teve um
incremento de até 235% em relação à da viga de
referência (18,2 kN), acréscimo proporcionado pelo
reforço com uma lâmina de PRFC 70% protendida
(PFCB1-7R). Além disto, o reforço com duas lâminas
de PRFC sem protensão levou a um valor bem
próximo a este, aumentando a carga de fissuração da
viga em 233%.
A carga de escoamento também teve seu aumento (b) sem protensão e com ancoragem
máximo (185%) na viga PFCB1-7R, quando
comparada à da viga de referência (40,4 kN).
Os valores de carga de ruptura para as vigas de
pequena escala sem protensão aumentaram em até
140% (viga PFCB1-0R) quando comparada à da viga
de referência (50,5 kN), enquanto para as vigas com
reforço protendido, este incremento chegou a 150%
(viga PFCB-7R).
Quando comparada à sua viga de controle, o reforço
de 50% protendido na viga de grande escala acarretou
no aumento de 105% na carga de fissuração, de 49%
na carga de escoamento e de 52% na carga de ruptura. (c) protendidas
Os valores destas cargas para a viga de controle foram Figura 39. Curvas carga-flecha das vigas de pequena
de 58,3 kN, 262,3 kN e 328,5 kN, respectivamente. escala ensaiadas por You et al. (2012).
As curvas carga-flecha das vigas de pequena escala
reforçadas com tiras de PRFC sem protensão e sem
ancoragem (NFCB1 com uma lâmina e NFCBW2 com
duas lâminas) são mostradas na Figura 39a, cujas
deformações finais do reforço foram de 6,85‰ e
5,19‰.
Na Figura 39b, pode-se ver a curva carga-flecha da
viga com reforço sem protensão e com ancoragens,
que apresentou na ruptura uma deformação total do
reforço de 12,22‰. As vigas de pequena escala com
níveis de protensão no reforço de 20%, 40%, 60% e
70% possuíram deformações finais de 12,68‰,
12,25‰, 13,51‰ e 13,06‰ e suas curvas carga-flecha Figura 40. Curvas carga-flecha das viga de grande
estão apresentadas na Figura 39c. escala ensaiada por You et al. (2012).

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Anais do IV CoBICET – Trabalho completo
Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologiaa
27 de agosto a 01 de setembro de 2023

Todas as vigas ensaiadas possuíram padrão de prestressed BFRP grids. Composite Structures, v.
fissuração semelhante, apresentando comportamento 246, n. 112381, pp. 1-12, 2020.
típico de flexão e a presença de PRFC protendido
Hong, S.; Park, S-K. Effect of prestress levels on
ajudou a distribuir as fissuras mais uniformemente
flexural and debonding behavior of reinforced
pela viga, reduzindo a abertura de fissuras.
concrete beams strengthened with prestressed
A viga de referência Control-1 rompeu por carbon fiber reinforced polymer plates. Journal of
esmagamento do concreto e as vigas reforçadas com Composite Materials, v. 47, n. 17, pp.1-15, 2012.
PRFC sem protensão e sem sistema de ancoragem
Hong, S.; Park, S-K. Concrete Beams Strengthened
(NFCB1 e NFCBW2) romperam pelo descolamento
With Prestressed Unbonded Carbon-Fiber-
abrupto do reforço, iniciado a partir do centro da peça.
Reinforced Polymer Plates: An Experimental
Na viga com reforço sem protensão e com sistema de
Study. Polymer Composites, v. 38, n. 11, pp. 2459-
ancoragem (PFCB1-0R), ocorreu o descolamento do
2471, 2017.
reforço, porém a ruptura da viga se deu pela ruptura da
tira de PRFC no meio do vão. Para as vigas com Liu, C., Wang, X., Shi, J., et al. Experimental study on
reforço protendido em até 60%, a ruptura se deu de the flexural behavior of RC beams strengthened
maneira semelhante à da viga PFCB1-0R, enquanto, with prestressed BFRP laminates. Engineering
para a viga com 70% de protensão, a ruptura ocorreu Structures, v. 233, n. 111801, pp.1-14, 2021.
pela ruptura do PRFC sem descolamento, segundo
Peng, H., Zhang, J., Shang, S., et al. Experimental
descrito por You et al. (2012).
study of flexural fatigue performance of reinforced
CONCLUSÃO concrete beams strengthened with prestressed
CFRP plates. Engineering Structures, v. 127, nov.,
Este trabalho apresentou resultados e conclusões de
pp. 62-72, 2016.
alguns estudos sobre comportamento de vigas de
concreto armado reforçadas à flexão com o uso da Peng, H., Zhang, J., Cai, C. S., et al. An experimental
técnica EBR em FRP protendido, nos quais foram study on reinforced concrete beams strengthened
variados o tipo, o comprimento colado, a taxa da with prestressed near surface mounted CFRP
armadura, o nível de protensão e o sistema de strips. Engineering Structures, v. 79, pp. 222-233,
ancoragem do reforço, e a taxa de armadura interna 2014.
das vigas.
Tehrani, B. N., Mostofinejad, D., Hosseini, S. M.
Com o reforço pela técnica EBR em FRP protendido, Experimental and analytical study on flexural
houve aumento nas cargas de fissuração, de strengthening of RC beams via prestressed
escoamento e de ruptura das vigas em até 375%, 185% EBROG CFRP plates. Engineering Structures, v.
e 155%, nesta ordem, com base nas respectivas cargas 197, n. 109395, pp.1-12, 2019.
das vigas sem reforço.
Wang, W., Dai, G-J., Harries, K., et al. Prestress losses
Verificou-se que com os aumentos da taxa de and flexural behavior of reinforced concrete beams
armadura e do nível de protensão do reforço, houve strengthened with posttensioned CFRP sheets.
aumento no desempenho das vigas reforçadas, Journal of Composites for Construction, v. 16, n.
expresso por maior capacidade resistente e menor 2, pp. 207-216, 2012.
abertura de fissuras.
Wang, H., Liu, S., Zhu, C., et al. Experimental Study
As vigas reforçadas com lâminas de PRFB prontedido on the Flexural Behavior of Large-Scale
foram as que apresentaram maior ductilidade entre as Reinforced Concrete Beams Strengthened with
demais reforçadas. Prestressed CFRP Plates. Journal of Composites
for Construction, v. 26, n. 6, pp. 1-11, 2022.
Pôde-se constatar que o modo de ruptura das vigas
reforçadas foi também por flexão, tal como o das vigas Yang, J., Feng, P., Liu, B., et al. Strengthening RC
de referência, tendo ocorrido descolamento ou ruptura beams with mid-span supporting prestressed
do material de reforço ou destacamento do concreto ao CFRP plates: An experimental investigation.
longo da armadura de reforço, ainda que houvesse Engineering Structures, v. 272, n. 115022, pp. 1-
sistema de ancoragem na extremidade do reforço. 12, 2022.
Concluiu-se que a técnica EBR em FRP protendido é You, Y-C., Choi, K-S., Kim, J. An experimental
uma alternativa eficiente a ser utilizada no reforço de investigation on flexural behavior of RC beams
vigas de concreto armado. strengthened with prestressed CFRP strips using a
durable anchorage system. Composites: Part B, v.
REFERÊNCIAS
43, pp. 3026-3036, 2012.
He, W., Wang, X., Wu, Z. Flexural behavior of RC
beams strengthened with prestressed and non-

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