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Aplicada ao MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Professora: Cristiane Capita
FICHA TÉCNICA DO MATERIAL
grancursosonline.com.br
CÓDIGO:
2672023799
TIPO DE MATERIAL:
E-book
ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO:
8/2023
Sumário
Apresentação............................................................................................................................ 5
Introdução.................................................................................................................................. 9
Definição.................................................................................................................................... 15
Princípios....................................................................................................................................... 17
Princípios Expressos................................................................................................................ 18
Princípio da Unidade................................................................................................................ 18
Princípio da Indivisibilidade..................................................................................................... 18
Princípio da Irresponsabilidade............................................................................................... 20
Garantias e Prerrogativas............................................................................................................. 39
Estrutura........................................................................................................................................ 43
Procurador-Geral da República................................................................................................... 43
Serviços Auxiliares....................................................................................................................... 52
Considerações Finais................................................................................................................... 76
Referências.................................................................................................................................... 77
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Apresentação
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
PROGRAMAÇÃO
AULAS CONTEÚDO
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Introdução
Olá, prezado aluno! Vamos iniciar nosso estudo sobre a Lei Complementar n. 75/1993,
que dispõe sobre a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público da União.
Embora a Lei seja um pouco extensa, ela pode ser compreendida de maneira acessível
se abordada de forma adequada. Para uma melhor compreensão, é importante entender, no
primeiro momento, a estrutura da lei, que se divide em dois grandes blocos: a primeira parte
aborda a estrutura do Ministério Público da União (MPU), os seus ramos, princípios e fun-
ções, enquanto a segunda parte trata das disposições estatutárias dos membros do MP, dos
seus direitos, deveres e vedações.
Ao analisar a primeira parte da lei, é possível compreender a organização do MPU e
de seus ramos específicos. Ele é composto por quatro ramos autônomos e independentes:
o Ministério Público Federal (MPF), que atua em casos federais, regulamentados pela Cons-
tituição e pelas leis federais, sempre que a questão envolver interesse público; o Ministério
Público do Trabalho (MPT), encarregado da proteção aos direitos fundamentais e sociais do
cidadão combatendo ilegalidades no âmbito trabalhista; o Ministério Público Militar (MPM),
com atuação nas esferas militares; e o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios
(MPDFT), responsável por fiscalizar as leis e defender os interesses da sociedade do Distrito
Federal e dos Territórios.
No que diz respeito aos princípios que regem o MPU, destaca-se a independência fun-
cional, que assegura aos membros a liberdade de agir e a imparcialidade na defesa dos
interesses públicos. Além disso, a unidade institucional é um princípio importante, que visa
à harmonia entre os ramos do MPU, evitando conflitos e garantindo a eficácia de sua atua-
ção. A indivisibilidade das atribuições é outro princípio relevante e estabelece que é o próprio
MP quem atua no processo e o faz por intermédio de seus membros. Pode-se compreender
que eles possam, sem prejuízos ao bom andamento do processo, ser substituídos uns pelos
outros nos casos legalmente previstos. Na segunda parte da lei, como dito, são observadas
as disposições relativas aos membros do MPU, no que concerne a seus direitos, deveres e
vedações. Os membros do MPU são promotores e procuradores da República, pertencentes
às carreiras do MPF, MPT, MPM e MPDFT. A lei estabelece os requisitos para ingresso na
carreira, as prerrogativas, a remuneração, as garantias e as vedações aos membros, asse-
gurando-lhes a autonomia necessária para o desempenho de suas funções. Vamos estudar
como funciona cada uma das carreiras.
Dessa forma, entender a estrutura do MPU, as suas atribuições e a posição de seus
membros como órgãos do Ministério Público é essencial para compreender a abrangência e
a importância dessa instituição no ordenamento jurídico brasileiro. O MPU desempenha um
papel fundamental na defesa dos interesses da sociedade, na promoção da justiça e no com-
bate à corrupção e demais ilícitos, garantindo a aplicação das leis e a proteção dos direitos
dos cidadãos.
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Por fim, quando, de forma ampla, fala-se em Ministério Público, podemos estar nos
referindo ao Ministério Público brasileiro, que é composto pelos Ministérios Públicos dos
estados (atuam perante a Justiça estadual) e pelo Ministério Público da União (MPU), que,
por sua vez, possui quatro ramos.
Devemos considerar que nosso objeto de estudo é a Lei n. 75/1993, que regula o Minis-
tério Público da União. A título de curiosidade, cada MP estadual é organizado e mantido
pelos respectivos estados, mediante normas gerais da Constituição Federal, da Constituição
Estadual, da Lei Federal n. 8.625/1993 e da lei complementar estadual. Desse modo, cada
Estado elabora lei complementar estadual para organizar o seu Ministério Público.
O Ministério Público da União (MPU) possui base constitucional assegurada pela Cons-
tituição Federal de 1988. Ele é classificado como uma das funções essenciais à Justiça,
juntamente com outras instituições como a Advocacia, a Advocacia Pública e a Defensoria
Pública. Essas funções estão dispostas no Capítulo IV da Constituição, que trata da Organi-
zação dos Poderes e estabelece a importância dessas instituições para a garantia dos direi-
tos e a busca pela justiça.
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Visão Panorâmica do MP
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LC n. 75/1993 – Parte I
Organização
MPU: Organizado e mantido pela União, regido pela própria Constituição Federal e pela
Lei Complementar n. 75/1993.
MP Estados: Organizado e mantido pelos respectivos estados, mediante normas gerais
da Constituição Federal, da Constituição Estadual, da lei complementar estadual e da Lei
Federal n. 8.625/1993.
Chefe
MPU: Tem como chefe o Procurador-Geral da República (PGR), nomeado pelo presi-
dente da República.
MP Estados: Tem como chefe o Procurador-Geral de Justiça do Estado (PGJ), nome-
ado pelo governador do estado.
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Área de atuação
MPU: A área de atuação pode ser observada na leitura dos arts. 109, 114 e 124 da
Constituição Federal, que dispõem sobre as competências da justiça federal, do trabalho,
militar e eleitoral, bem como as competências dos Tribunais Superiores do Supremo Tribu-
nal Federal.
MP Estados: Os demais interesses sociais e individuais indisponíveis, não abrangi-
dos pelo Ministério Público da União, são atribuições do Ministério Público do Estado. Têm
atuação, em regra, na justiça comum dos estados (juízes de 1º grau e Tribunal de Justiça
dos Estados).
Não existe MP Eleitoral com estrutura própria, ele é composto por membros do Ministé-
rio Público Federal e do Ministério Público Estadual.
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ATENÇÃO
Inexiste Ministério Público Eleitoral enquanto instituição, o que há são funções eleitorais
que devem ser atribuídas pela lei ao MP Federal ou dos Estados.
E o MP nos municípios?
Os municípios não possuem autonomia para estabelecer, organizar e manter seu pró-
prio Ministério Público. Isso significa que não existe um Ministério Público específico para os
municípios, uma vez que esses entes da Federação não têm a competência de criar e prover
um órgão ministerial próprio.
ATENÇÃO
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas
aplicam-se as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e for-
ma de investidura.
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Definição
Na Constituição, o conceito de Ministério Público está disposto no capítulo IV, “Das fun-
ções essenciais à justiça”, do artigo 127, que traz:
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Esses são os principais pontos estabelecidos pelo artigo 3º da Lei n. 75/1993. O con-
trole externo da atividade policial pelo Ministério Público objetiva garantir o respeito aos direi-
tos, a legalidade e a integridade na atuação policial, buscando a promoção de uma sociedade
segura e justa.
Princípios
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Princípios Expressos
Princípio da Unidade
Segundo esse princípio, os membros não devem ser identificados na sua individuali-
dade, pois são integrantes de um mesmo organismo, atuam, assim, em nome da instituição,
retratando-a como um todo. Dessa maneira, tal princípio repousa na premissa de que os
membros do Ministério Público integram um só órgão, sob a direção de um só chefe.
Isso significa que divisões internas não afetam o caráter uno da instituição: o MPU é um
só, ainda que seja dividido internamente em quatro ramos. Essas divisões internas, portanto,
não o desnaturam como instituição.
Contudo, não significa que os membros possam atuar sem regras de competência, pelo
contrário, eles as têm muito bem definidas pelas leis que os regem.
Há, por exemplo, divisões por matérias (criminal, patrimônio público etc.), cujas atribui-
ções não podem ser invadidas uns pelos outros, observando-se os princípios da legalidade
e da especialização de funções.
Um detalhe que precisa ser dito no que diz respeito ao Princípio da Unidade é em rela-
ção às carreiras no MP: a carreira dos servidores (serviços auxiliares), por exemplo, é uma
só. Nós, servidores, não fazemos concursos para o MPT ou para o MPDFT, fazemos para o
MPU. O concurso é para servidor do MPU (você, portanto, poderá ser lotado em qualquer um
dos quatro ramos). A carreira de membros, por outro lado, é separada e independente, com
concursos diferentes e provimento autônomo. Sobre o assunto, o artigo 32 da nossa lei em
estudo diz o seguinte:
Art. 32. As carreiras dos diferentes ramos do Ministério Público da União são in-
dependentes entre si, tendo cada uma delas organização própria, na forma desta
lei complementar.
Por fim, embora cada membro seja o próprio MP e o represente, o MP é apenas um.
Dessa maneira, o pronunciamento de um membro no processo representa a vontade do próprio
Ministério Público, visto que aquele age em nome deste. Quem pede, por exemplo, a conde-
nação de um réu em um determinado processo não é o membro, mas a própria instituição MP.
Princípio da Indivisibilidade
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ATENÇÃO
Para não confundir o Princípio da Unidade com o Princípio da Indivisibilidade, sempre as-
socie o da Indivisibilidade ao termo substituição.
ATENÇÃO
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Essa situação é incompatível com a configuração atual do Ministério Público como uma
instituição forte, independente e livre. Portanto, a única forma de designação permitida é
aquela prevista em lei, proibindo-se a nomeação de promotores ou procuradores ad hoc, ou
seja, designada para uma situação específica.
É importante ressaltar que esse princípio visa evitar a figura do "acusador de exceção",
que pode ocorrer por meio de designações casuísticas com propósitos que não buscam o
interesse público. Assim, o Princípio do Promotor Natural assegura que o membro do Minis-
tério Público receba o processo e atue nele de forma imparcial, sem interferências externas
ou internas, como aquelas realizadas pela chefia da instituição.
Esse princípio é de extrema importância para o nosso ordenamento jurídico, garantindo
a imparcialidade e a independência do Ministério Público no exercício de suas funções.
Até o ano de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) não aplicava o Princípio do Pro-
motor Natural, pois entendia que não fazia parte do ordenamento jurídico e exigia previsão
legal específica para ser aplicado. No entanto, houve uma mudança de posicionamento por
parte do STF no habeas corpus (HC) n. 103.038.
Nesse julgamento, foi decidido que o Princípio do Promotor Natural tem como objetivo
evitar que as chefias institucionais do Ministério Público deem designações casuísticas e
injustificadas. Com essa decisão, conclui-se que tanto o STF quanto o Superior Tribunal de
Justiça (STJ) tendem a aplicar o Princípio do Promotor Natural atualmente.
Essa mudança de entendimento por parte do STF fortaleceu a importância desse prin-
cípio para garantir a imparcialidade e a independência dos membros do Ministério Público no
exercício de suas funções.
Princípio da Irresponsabilidade
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V – zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos da União e dos serviços de
relevância pública quanto:
a) aos direitos assegurados na Constituição Federal relativos às ações e aos ser-
viços de saúde e à educação;
b) aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e da publicidade;
VI – exercer outras funções previstas na Constituição Federal e na lei.
§ 1º Os órgãos do Ministério Público da União devem zelar pela observância
dos princípios e competências da Instituição, bem como pelo livre exercício de
suas funções.
§ 2º Somente a lei poderá especificar as funções atribuídas pela Constituição Fe-
deral e por esta Lei Complementar ao Ministério Público da União, observados os
princípios e normas nelas estabelecidos.
ATENÇÃO
É fundamental ter em mente que o rol das funções institucionais do Ministério Público é
exemplificativo, ou seja, não se limita apenas ao que está previsto de forma taxativa na
Constituição e na Lei Complementar n. 75/1993. As competências do MP não estão restri-
tas apenas aos textos dessas normas.
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LC n. 75/1993 – Parte I
É possível atribuir outras funções institucionais ao Ministério Público por meio de lei, des-
de que essas atribuições sejam compatíveis com a natureza da instituição. Vale ressaltar
que essa atribuição deve ser feita por meio de lei específica, e não por meio de decreto ou
regulamento.
Portanto, o Ministério Público possui a possibilidade de exercer funções além daquelas
expressamente mencionadas na Constituição e na Lei n. 75/1993, desde que haja uma
lei que as estabeleça e que sejam coerentes com a essência e a finalidade da instituição.
O artigo 5º da nossa Lei n. 75/1993 traz um rol de funções institucionais do MPU. Faça a
leitura de cada uma delas. São muitas, mas isso não é motivo para desespero, não há neces-
sidade de decorar uma a uma, até mesmo porque seria complicado.O importante é entender
a natureza dessas funções.
Vejamos agora como a CF/88 traz as funções institucionais do MP em seu artigo 129:
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LC n. 75/1993 – Parte I
III – promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimô-
nio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
ATENÇÃO
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Sobre a ACP, precisamos saber ainda que ela tem como objeto dois instituto básicos:
Assim, quando o MP entra com uma ACP requerendo uma condenação em dinheiro
significa que quem está no polo passivo praticou algum dano gerador de prejuízo de
alguma ordem que deverá ser compensada por meio de uma indenização.
Dessa forma, se houve algum dano ao patrimônio público, por exemplo, o MP ajuíza
Ação Civil Pública para haver uma indenização em dinheiro ou gerar uma obriga-
ção de fazer.
A Ação Civil Pública não trata de fins criminais. Para isso existe a ação penal, o seu
fim é a condenar ao pagamento de uma indenização ou gerar uma obrigação de
fazer ou não fazer.
Por fim, havendo algum dano ao patrimônio público e social, do meio ambiente, bens e
direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, o MP promove Ação Civil
Pública para essa reparação, para solicitar uma indenização.
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LC n. 75/1993 – Parte I
ATENÇÃO
ATENÇÃO
A legitimação do MP para as ações civis não impede a de terceiros, nas mesmas hipóte-
ses, segundo o disposto na CF e na lei.
Gostaria, de forma breve, de diferenciar a ação civil pública da ação popular. São
basicamente duas as diferenças: o objeto e a legitimidade.
Quanto ao objeto:
Ação popular: defende apenas quatro interesses difusos – patrimônio público, patrimô-
nio histórico e cultural, meio ambiente e moralidade administrativa.
Ação civil pública: possui campo de ação mais amplo, pois pode defender quaisquer
interesses difusos e coletivos.
Quanto à legitimidade:
Ação popular: apenas o cidadão pode ingressar com a ação popular (cidadão: brasi-
leiro em pleno gozo dos direitos políticos).
Ação civil pública: pode ser ajuizada pelo MP, DP, entidades da administração direta
ou indireta ou associações.
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LC n. 75/1993 – Parte I
A atividade de polícia está sujeita um controle interno realizado pelas próprias Corre-
gedorias e a um controle externo realizado pelo MP.
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LC n. 75/1993 – Parte I
Por ora, cabe dizer que a CF permite ao MP exercer o controle externo da atividade
de polícia, e o primeiro aspecto a que se deve atentar é para o fato de não haver subordi-
nação entre as instituições. Não se deve, de nenhuma forma, relacionar o controle exer-
cido pelo MP sobre a polícia com qualquer relação de subordinação desta para com aquele.
O MP não instaura o inquérito policial uma vez que essa é uma atribuição exclusiva
da polícia, na figura do delegado; o que ele faz é determinar que se instaure. A autoridade
policial, portanto, deve acatar.
A partir disso, vamos pontuar algumas questões importantes acerca desse assunto: há
o inquérito policial cuja autoridade é o delegado de polícia e a investigação criminal do
MP dirigido pelo membro do MP.
O MP, titular da ação penal que é, detém o poder de realizar investigações, e esse
poder de investigar do MP decorre, segundo entendimento do STJ, do fato de não se
poder feudalizar o instituto da investigação que foi entregue à polícia, mas nem por isso
é afastada a possibilidade de o MP também realizar quando achar necessário.
Assim, pelo fato de não haver hierarquia funcional ao investigar, o MP está livre de
qualquer represália.
Como o delegado está dentro de uma estrutura com poder hierárquico, pode estar,
eventualmente, submetido a determinada situação que o impeça de agir livremente, havendo
algum tipo de coação.
Cabe lembrar que a investigação do MP se dará nos mesmos moldes que a do IP,
não sendo tolerados abusos ou arbitrariedades, devendo o seu condutor agir dentro dos
estritos ditames da legalidade.
ATENÇÃO
O chefe/presidente do IP não é o membro do MP, é o delegado!
IX – exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com
sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de
entidades públicas.
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Para cumprir com suas funções institucionais e para que elas se efetivem, são utiliza-
dos instrumentos que estão dispostos nos artigos 6º, 7º e 8º da Lei n. 75/1993.
São muitos os mecanismos, e não há a necessidade de se memorizar um a um, mas
entender a lógica de atuação, conforme segue:
Exemplo:
Função: Defender o patrimônio.
Instrumento: Promover a ação civil pública.
Como instrumento que é, a ação civil servirá para defender também outros interesses,
como, por exemplo, defesa do consumidor, meio ambiente, patrimônio público, cultura etc.
O artigo 6º da LC n. 75/1993 traz vários dispositivos que são instrumentos utilizados
pelo MP na sua atuação. Vamos pontuar alguns para que entendam a sistemática. Após isso,
colocarei todos os dispositivos que estão na lei, para que, após o entendimento, seja feita a
leitura. Vejamos:
Com dito anteriormente, isso ocorre quando há uma grave violação à Constituição ou
quando é necessário restabelecer a ordem constitucional. A representação visa preservar
a integridade da Federação e garantir o cumprimento das normas constitucionais em nível
estadual ou distrital. É uma medida excepcional, utilizada quando os mecanismos locais se
mostram insuficientes para solucionar a situação.
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LC n. 75/1993 – Parte I
O objetivo é garantir o respeito aos direitos constitucionais dos povos indígenas e pre-
servar suas terras e modo de vida, propondo as medidas legais cabíveis para assegurar
sua proteção.
Essa atribuição garante que o Ministério Público tenha o poder de investigar e acusar
aqueles que cometem crimes, atuando em defesa da sociedade e buscando a punição ade-
quada para os infratores, de acordo com a legislação vigente.
CAPÍTULO II
Dos Instrumentos de Atuação
Art. 6º Compete ao Ministério Público da União:
I – promover a ação direta de inconstitucionalidade e o respectivo pedido de me-
dida cautelar;
II – promover a ação direta de inconstitucionalidade por omissão;
III – promover a arguição de descumprimento de preceito fundamental decorrente
da Constituição Federal;
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essa função. As autoridades mencionadas podem definir data, hora e local para serem ouvi-
das, se necessário.
Por fim, o parágrafo 5º estabelece que as requisições do Ministério Público devem esta-
belecer um prazo razoável de até dez dias úteis para serem atendidos. Esse prazo pode ser
prorrogado mediante solicitação justificada.
CAPÍTULO III
Do Controle Externo da Atividade Policial
Art. 9º O Ministério Público da União exercerá o controle externo da atividade po-
licial por meio de medidas judiciais e extrajudiciais podendo:
I – ter livre ingresso em estabelecimentos policiais ou prisionais;
II – ter acesso a quaisquer documentos relativos à atividade-fim policial;
III – representar à autoridade competente pela adoção de providências para sanar
a omissão indevida, ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder;
IV – requisitar à autoridade competente para instauração de inquérito policial so-
bre a omissão ou fato ilícito ocorrido no exercício da atividade policial;
V – promover a ação penal por abuso de poder.
Art. 10. A prisão de qualquer pessoa, por parte de autoridade federal ou do Distrito
Federal e Territórios, deverá ser comunicada imediatamente ao Ministério Público
competente, com indicação do lugar onde se encontra o preso e cópia dos docu-
mentos comprobatórios da legalidade da prisão.
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Devemos ter em mente que esse controle externo significa que o MP acompanhará
a investigação para se certificar que o titular do IP, que é o delegado, está respeitando
os ditames legais na investigação, como, por exemplo, os direitos humanos.
ATENÇÃO
O controle externo pode ser exercido tanto na fase pré-processual, ou seja, na investiga-
ção, quanto na fase de execução penal.
Função:
• Realizar visitas periódicas em repartições policiais para conhecer a situação dos presos;
• Examinar inquérito policial, autos de prisão em flagrante – pode identificar qualquer situ-
ação, mas cabe ao delegado conduzir;
• Fiscalizar a destinação de armas, veículos e objetos apreendidos;
• Fiscalizar o cumprimento dos mandados de prisão.
A CF, em seu artigo 129, VII, permite ao MP exercer o controle externo da atividade
policial, e o art. 3º da Lei n. 75/1993 traz os fundamentos para que exista esse controle.
Na verdade, o artigo da LC vem disciplinar o que está disposto no artigo 129 da CF/88.
Vamos a ele:
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LC n. 75/1993 – Parte I
CAPÍTULO IV
Da Defesa dos Direitos Constitucionais
Art. 11. A defesa dos direitos constitucionais do cidadão visa à garantia do seu
efetivo respeito pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de serviços de rele-
vância pública.
Art. 12. O Procurador dos Direitos do Cidadão agirá de ofício ou mediante repre-
sentação, notificando a autoridade questionada para que preste informação, no
prazo que assinar.
Art. 13. Recebidas ou não as informações e instruído o caso, se o Procurador
dos Direitos do Cidadão concluir que direitos constitucionais foram ou estão sen-
do desrespeitados, deverá notificar o responsável para que tome as providências
necessárias a prevenir a repetição ou que determine a cessação do desrespeito
verificado.
Art. 14. Não atendida, no prazo devido, a notificação prevista no artigo anterior, a
Procuradoria dos Direitos do Cidadão representará ao poder ou autoridade com-
petente para promover a responsabilidade pela ação ou omissão inconstitucionais.
Art. 15. É vedado aos órgãos de defesa dos direitos constitucionais do cidadão
promover em juízo a defesa de direitos individuais lesados.
§ 1º Quando a legitimidade para a ação decorrente da inobservância da Consti-
tuição Federal, verificada pela Procuradoria, couber a outro órgão do Ministério
Público, os elementos de informação ser-lhe-ão remetidos.
§ 2º Sempre que o titular do direito lesado não puder constituir advogado e a ação
cabível não incumbir ao Ministério Público, o caso, com os elementos colhidos,
será encaminhado à Defensoria Pública competente.
Art. 16. A lei regulará os procedimentos da atuação do Ministério Público na defe-
sa dos direitos constitucionais do cidadão.
O MP atua na defesa dos direitos constitucionais do cidadão, que visa garantir seu
efetivo respeito pelos Poderes Públicos e pelos prestadores de serviços de relevân-
cia pública.
O MPU não atua em defesa de direitos individuais disponíveis. Caso seja esse o
pleito, a pessoa deve ser encaminhada às defensorias públicas de cada esfera, a depen-
der do caso.
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ATENÇÃO
É vedado aos órgãos de defesa dos direitos constitucionais do cidadão promover em juízo
a defesa de direitos individuais lesados.
Garantias e Prerrogativas
Art. 17. Os membros do Ministério Público da União gozam das seguintes garantias:
I – vitaliciedade, após dois anos de efetivo exercício, não podendo perder o cargo
senão por sentença judicial transitada em julgado;
II – inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do
Conselho Superior, por voto de dois terços de seus membros, assegurada am-
pla defesa;
III – (Vetado).
Para que os membros do MP possam desenvolver suas atividades com base no prin-
cípio da independência funcional, necessitam de garantias e prerrogativas para exercerem
suas funções com total isenção.
• Vitaliciedade;
• Inamovibilidade;
• Irredutibilidade de subsídios.
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
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I – as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo se-
não por sentença judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do
órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta
de seus membros, assegurada ampla defesa;
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o
disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I.
Prerrogativas
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LC n. 75/1993 – Parte I
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LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU
LC n. 75/1993 – Parte I
Dispõe a LC n. 75/1993:
CAPÍTULO VI
Da Autonomia do Ministério Público
Art. 22. Ao Ministério Público da União é assegurada autonomia funcional, admi-
nistrativa e financeira, cabendo-lhe:
I – propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, bem como a fixação dos vencimentos de seus membros e servidores;
II – prover os cargos de suas carreiras e dos serviços auxiliares;
III – organizar os serviços auxiliares;
IV – praticar atos próprios de gestão.
Art. 23. O Ministério Público da União elaborará sua proposta orçamentária dentro
dos limites da lei de diretrizes orçamentárias.
§ 1º Os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, compreen-
didos os créditos suplementares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte
de cada mês.
§ 2º A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
do Ministério Público da União será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, com o auxílio do Tribunal de Contas da União, segundo o dispos-
to no Título IV, Capítulo I, Seção IX, da Constituição Federal, e por sistema próprio
de controle interno.
§ 3º As contas referentes ao exercício anterior serão prestadas, anualmente, den-
tro de sessenta dias da abertura da sessão legislativa do Congresso Nacional.
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LC n. 75/1993 – Parte I
Estrutura
Procurador-Geral da República
CAPÍTULO VIII
Do Procurador-Geral da República
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LC n. 75/1993 – Parte I
Cabe destacar que o MPU não possui uma sede física, o MPU é uma abstração.
Quem possui sede são os quatro ramos.
O PGR, como dito, é chefe do MPU e chefe do MPF. Ele acumula as seguintes funções:
• Chefe do MPU;
• Chefe do MPF;
• Presidente do CNMP (art. 130-A).
Nomeação do PGR
O procurador-geral da República é o chefe do Ministério Público da União, nomeado
pelo presidente da República dentre integrantes da carreira.
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LC n. 75/1993 – Parte I
ATENÇÃO
Mandato do PGR
Prazo:
• O mandato do PGR será de 2 (dois) anos, e a função de PGR não é um cargo vitalício,
mas político.
O que se quer dizer com isso? Embora o ocupante, membro do MP, detenha vitalicie-
dade, o cargo de PGR que ocupa não é vitalício, ou seja, é um cargo político com um man-
dato de duração de dois anos.
Recondução:
• A recondução é possível (mas não automática). Pode acontecer desde que seja obser-
vado o mesmo trâmite da nomeação (nomeação pelo presidente da República e apro-
vação pela maioria absoluta do Senado Federal);
• Na Constituição, o dispositivo afirma que é possível a recondução. Assim, infere-se que
pode ocorrer mais de uma vez a recondução para o PGR.
Destituição do PGR
• Requisitos para destituição: Art. 25, parágrafo único, da LC n. 75/1993. São eles:
– Iniciativa única do presidente da República. Somente o PR pode propor a des-
tituição do PGR;
– Autorização da maioria absoluta do Senado.
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LC n. 75/1993 – Parte I
O vice-PGR é escolhido pelo PGR, dentre integrantes da carreira com mais de 35 anos.
Para ser vice-PGR, então, devem ser atendidos alguns requisitos:
Competências do PGR
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LC n. 75/1993 – Parte I
• Vice-PGR;
• PGT;
• PGJM.
ATENÇÃO
Ele não nomeia o PGJ do MPDFT, ele apenas dá posse! Quem escolhe e nomeia o PGJ
do MPDFT é o presidente da República mediante uma listra tríplice.
O PGR apenas dá posse ao PGJ do MPDFT!
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Se o conflito for de órgãos dentro mesmo ramo, a competência é das CCRs (Câmara de
Coordenação e de Revisão), com recurso para o respectivo chefe.
Segundo decisão do STF, quando houver conflito de atribuição entre o MPU e o MPE,
a resolução ficará com o CNMP.
CAPÍTULO IX
Do Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União
Art. 28. O Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União,
sob a presidência do Procurador-Geral da República será integrado pelo Vice-Pro-
curador-Geral da República, pelo Procurador-Geral do Trabalho, pelo Procurador-
-Geral da Justiça Militar e pelo Procurador-Geral de Justiça do Distrito Federal e
Territórios.
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LC n. 75/1993 – Parte I
Cada ramo do Ministério Público da União (MPU) possui seu próprio órgão de asses-
soramento superior. Além disso, o MPU conta com o Conselho de Assessoramento Superior
do Ministério Público da União (CASMPU), que é um colegiado consultivo. O CASMPU tem
como principal função emitir pareceres e oferecer orientações sobre assuntos de interesse
geral da instituição para a tomada de decisões e o aprimoramento das atividades do MPU.
O CASMPU é um órgão colegiado consultivo cuja principal atribuição é opinar sobre
assuntos de interesse geral da instituição.
Composição
Presidido pelo PGR, é composto por cinco integrantes, como dispõe o artigo 28 da LC
n. 75/1993:
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LC n. 75/1993 – Parte I
ATENÇÃO
Atribuições
O Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União deverá
opinar sobre as matérias de interesse geral da Instituição, e em especial sobre:
As atribuições vêm determinadas pelo artigo 30 da Lei n. 75/1993, como descrito a seguir:
Reuniões
O Conselho de Assessoramento Superior do Ministério Público da União (CASMPU) é
convocado pelo procurador-geral da República, mas qualquer membro do MPU pode solicitar
a sua realização.
Não há um local fixo ou datas preestabelecidas para as reuniões do CASMPU, que
ocorrem de acordo com as demandas de interesse geral da instituição. Embora seja comum
que as reuniões aconteçam na Procuradoria-Geral da República, elas podem ocorrer em
diferentes locais, conforme necessário.
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LC n. 75/1993 – Parte I
CAPÍTULO X
Das Carreiras
Art. 32. As carreiras dos diferentes ramos do Ministério Público da União são in-
dependentes entre si, tendo cada uma delas organização própria, na forma desta
lei complementar.
Art. 33. As funções do Ministério Público da União só podem ser exercidas por
integrantes da respectiva carreira, que deverão residir onde estiverem lotados.
Art. 34. A lei estabelecerá o número de cargos das carreiras do Ministério Público
da União e os ofícios em que serão exercidas suas funções.
Serviços Auxiliares
O Ministério Público da União é composto por quatro ramos, conforme dispõem o artigo
128, I, da CF, e o artigo 24 da Lei n. 75/1993:
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LC n. 75/1993 – Parte I
Procurador-Geral Procurador-Geral
Chefe
Procurador-Geral Procurador-
da do
da Justiça Militar Geral de Justiça
República Trabalho
Colégio de
Colégio de Colégio de Colégio de
Procuradores e
Procuradores da Procuradores do Procuradores da
Promotores de
República Trabalho Justiça Militar
Justiça
Conselho
Conselho Conselho Conselho
Superior do
Superior do MPF Superior do MPT Superior do MPM
MPDFT
Câmaras de
Câmaras de Câmara de Câmara de
Coordenação
Coordenação e Coordenação e Coordenação e
e Revisão do
Revisão do MPF Revisão do MPT Revisão do MPM
MPDFT
Órgãos
Procuradores Procuradores
Procuradores da Promotores de
Regionais da Regionais do
Justiça Militar Justiça
República Trabalho
Pode surgir a seguinte dúvida: “Nós estamos estudando a estrutura do MPU, seus
órgãos, e na tabela acima estão incluídos procuradores, promotores etc.” Sim, é isso mesmo,
os membros do MP são considerados órgãos da instituição. Observe como a Lei trata:
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O Ministério Público Federal (MPF) atua na justiça comum federal, ou seja, nas causas
de competência do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais
Regionais Federais, Juízes Federais e Tribunais e Juízes Eleitorais. A atuação nos Tribunais
refere-se ao segundo grau de jurisdição da Justiça Eleitoral, enquanto a atuação nos Juízos
Eleitorais ocorre no primeiro grau de jurisdição da Justiça Eleitoral. Vale destacar que o
Poder Judiciário é composto pela justiça comum (Estadual e Federal) e pela justiça especia-
lizada (Trabalho, Eleitoral e Militar).
A Lei n. 75/1993 dispõe ainda que o Ministério Público Federal será parte legítima para
interpor recurso extraordinário das decisões da Justiça dos Estados nas representações de
inconstitucionalidade.
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Competência do MPF
Funções do MPF
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Art. 39. Cabe ao Ministério Público Federal exercer a defesa dos direitos constitu-
cionais do cidadão, sempre que se cuidar de garantir-lhes o respeito:
I – pelos Poderes Públicos Federais;
II – pelos órgãos da administração pública federal direta ou indireta;
III – pelos concessionários e permissionários de serviço público federal;
IV – por entidades que exerçam outra função delegada da União.
Na atuação para defesa dos direitos constitucionais do cidadão, o MPF tem um Procu-
rador Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que é designado pelo PGR dentre subprocu-
radores-gerais da República.
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ATENÇÃO
O Procurador Federal dos Direitos do Cidadão não defende direito individual, ainda que
seja indisponível! Defende somente direitos sociais, difusos e coletivos.
Órgãos do MPF
Carreira do MPF
ATENÇÃO
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ATENÇÃO
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Delegação de Atribuições
O PGR exerce muitas funções, dessa forma, é natural que ele possa delegar algumas
delas como forma de desonerar um pouco as atividades a serem realizadas.
Por consequência, as seguintes atribuições do procurador-geral da República como
chefe do MPF poderão ser delegadas, e serão da seguinte maneira:
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• Aos chefes das Procuradorias Regionais da República e aos chefes das Procura-
dorias da República nos Estados e no DF:
– representar o Ministério Público Federal;
– designar membro do Ministério Público Federal para assegurar a continuidade dos
serviços, em caso de vacância, afastamento temporário, ausência, impedimento ou
suspensão do titular, na inexistência ou falta do substituto designado;
– praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;
– coordenar as atividades do Ministério Público Federal.
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ATENÇÃO
Quando da elaboração das listas sêxtuplas, serão elegíveis os membros do Ministério Pú-
blico Federal com os seguintes requisitos:
STJ: mais de dez anos na carreira, que possuam mais de trinta e cinco e menos de ses-
senta e cinco anos de idade;
TRF: mais de dez anos de carreira, que possuam mais de trinta e menos de sessenta e
cinco anos de idade.
Para a composição do STJ e TRF, somente o voto será secreto,c e não a sessão!
É um sistema de votação que possui vários nomes para listar os eleitos através
desse procedimento, ou seja, é votar em mais de uma pessoa; significa, por exemplo, a
composição de lista tríplice ou sêxtupla.
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Resumo
Composição (artigo 54 da Lei n. 75/1993):
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ATENÇÃO
ATENÇÃO
ATENÇÃO
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ATENÇÃO
Suspeição e impedimento
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ATENÇÃO
ATENÇÃO
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ATENÇÃO
Escolha do Corregedor
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LC n. 75/1993 – Parte I
Destituição: O Corregedor poderá ser destituído antes do término do mandato, por deci-
são do Conselho Superior, desde que por iniciativa do PGR.
ATENÇÃO
O corregedor-geral não é membro do Conselho Superior. Ele poderá participar das reu-
niões, mas sem direito a voto.
É competência do corregedor-geral propor ao Conselho a exoneração de membro que
não cumprir as condições do estágio probatório durante dois anos, ou seja, aquele conside-
rado inapto.
A exoneração não é punição, é o desfazimento do vínculo jurídico sem caráter punitivo;
a demissão, sim, possui caráter punitivo.
Carreiras do MPF
Subprocurador-geral da República
Procurador da República
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LC n. 75/1993 – Parte I
ATENÇÃO
Lembre-se de que o procurador-geral da República não faz parte da carreira do MPF, pois
trata-se de um cargo político.
ATENÇÃO
ATENÇÃO
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ATENÇÃO
• Vice-procurador-geral da República;
• Vice-procurador-geral Eleitoral;
• Corregedor-geral do Ministério Público Federal;
• Procurador federal dos Direitos do Cidadão;
• Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão (apenas a função de coordenador.
Membro de CCR não é privativo de Subproc. Geral da República).
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Não existe Ministério Público Eleitoral como instituição, como um ramo do MPU. O que
há são funções eleitorais exercidas por um ramo do MPU, que é o MPF. Observe como a Lei
n. 75/1993 disciplina:
Assim, o Ministério Público Federal tem legitimação para propor, perante o juízo com-
petente, as ações para declarar ou decretar a nulidade de negócios jurídicos ou atos da
administração pública, infringentes de vedações legais destinadas a proteger a normalidade
e a legitimidade das eleições, contra a influência do poder econômico ou o abuso do poder
político ou administrativo.
ATENÇÃO
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ATENÇÃO
O Procurador Regional Eleitoral, juntamente com o seu substituto, será designado pelo
procurador-geral eleitoral, dentre os procuradores regionais da República no estado e no Dis-
trito Federal, ou, onde não houver, dentre os procuradores da República vitalícios, para um
mandato de dois anos.
Então, o PRE será designado pelo PGE dentre os procuradores regionais da república
nos Estados e DF, mas, onde não houver procuradores da República para tal função, o PGE
poderá convocar os membros do 1º nível da carreira, que são os procuradores da República,
que devem ser vitalícios, ok?
Mandato do PRE
O procurador regional eleitoral exercerá mandato de dois anos e poderá ser recondu-
zido uma vez.
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Destituição do PRE
O procurador regional eleitoral poderá ser destituído, antes do término do mandato, por
iniciativa do procurador-geral eleitoral, após aprovação maioria absoluta do Conselho Supe-
rior do Ministério Público Federal.
ATENÇÃO
Promotor Eleitoral
ATENÇÃO
A filiação a partido político impede o exercício de funções eleitorais por membro do Minis-
tério Público até dois anos do seu cancelamento.
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Considerações Finais
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Referências
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Ed. Revista
dos Tribunais.
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#VEM
SER
GRAN
ASSINATURA
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