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Samuel de Jesus
SIVAM
Os Militares e a Amazônia.
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SIVAM os militares e a Amazônia
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SIVAM os militares e a Amazônia
Prefácio
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MORAES, J. Q.; COSTA, Wilma Peres; OLIVEIRA, Eliezer Rizzo de. A Tutela Militar. São Paulo:
Vértice, Editora/Revista dos Tribunais, 1987.
2
ZAVERUCHA, Jorge. Rumor de Sabres: tutela militar ou controle civil? São Paulo: Editora Ática, (Série
Temas, 37), 1994.
3
COELHO, Edmundo. C. Em Busca de Identidade: Exército e a política na Sociedade Brasileira. Rio de
Janeiro: Editora Record, 2000.
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MARTINS FILHO, João Roberto. A Visão Militar Sobre as Novas Ameaças no Cenário Amazônico.
São Carlos: UFSCar, 2001 (Texto preparado para o Seminário Brasil e Argentina frente as novas ameaças,
realizado em Campinas/ UNICAMP- agosto de 2001).
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Introdução
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5
CRUZ, S. V. MARTINS, C. E. De Castelo a Figueiredo: uma incursão na pré - História da Abertura.
São Paulo: Editora Brasiliense, 1984.
6
ALMEIDA, Maria H. T. SORJ, B. Sociedade e Política no Brasil pós- 64. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1994.
6
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MATHIAS, S. K. Distensão no Brasil: o projeto Militar. São Paulo: Papirus, 1995.
8MORAES, J. Q.; COSTA, Wilma Peres; OLIVEIRA, Eliezer Rizzo de. A Tutela Militar.
São Paulo: Vértice Editora/Revista dos Tribunais, 1987.
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soberania se faz necessária (por meio de uma ação mais enérgica e realmente
efetiva para a Amazônia) impuseram a aprovação e implementação de sistemas de
segurança e desenvolvimento na região como o Projeto Calha Norte de 1985 e o
SIVAM, sancionado em 1993 (que no ano 2002 ao final de sua instalação tinha
como objetivo cobrir toda a região amazônica).
O SIVAM veio como resposta à argumentação de internacionalização da
Amazônia, uma vez que, segundo os organismos internacionais (bancos, governos,
ONGs), o Brasil não possui política governamental efetiva para esta região (no que
se refere ao combate ao desflorestamento pela ação do desmatamento e do garimpo,
narcotráfico).
Segundo Saint Pierre9, com o fim da “Guerra Fria” caiu a tese do inimigo
comunista, assim as forças armadas do ocidente são obrigadas a reorientar a sua
estratégia, escreve: Desde que o conflito leste/oeste se desmantelou, a concepção
estratégica oficial, perdeu a sua premissa principal de formulação estratégica (...)
A necessidade de um conflito plausível para justificar está levando as forças
armadas a ver índios, ecologistas e narcotraficantes, crianças de rua e
antropólogos como possíveis inimigos.
O SIVAM propiciou aos militares a sua manutenção e ao que tudo indica sua
modernização. O espaço amazônico oferece um argumento ideal à crise de
identidade ocasionada pelo fim da “Guerra Fria”. O enfraquecimento da tese do
“inimigo comunista” que movimentava a ação de setores militares próximos à
esfera de influência norte americana. A reorientação da estratégia militar brasileira,
em projetos de defesa e segurança, para a região amazônica é parte de uma série de
mudanças que visam à manutenção da instituição militar.
Nos anos 90 toda opinião internacional discutia as questões ligadas ao meio
ambiente, tais como a escassez de recursos naturais dentre eles; a exploração cada
vez mais intensa da biodiversidade, o corte de árvores para obtenção de madeira, a
extração dos recursos minerais.
9
SAINT- PIERRE, H.L. “Racionalidade e Estratégias” In: “Premissas”, caderno 3- NEE- UNICAMP, 1993.
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BRASIL CONGRESSO SENADO FEDERAL, Tratado de Cooperação Amazônica Brasília: Centro
Gráfico, 1977.
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Idem pp. 63
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MYIAMOTO, S. A Política de Defesa Brasileira e a segurança regional. Campinas, SP, IFCH 07/2001
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BARBOSA J. Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM) Sistema de Vigilância da Amazônia
(SIVAM). Rio de Janeiro: Escola Superior de Guerra: Departamento de Estudos Curso de Altos Estudos de
Política e Estratégia, 1997.
15
Brasil Congresso Senado Federal da Comissão de Assuntos Econômicos, Comissão de Relações Exteriores
e Defesa Nacional, Comissão de fiscalização e Controle, Relatório sobre o Sistema de Vigilância da
Amazônia - “Projeto SIVAM” Presidente Antônio Carlos Magalhães, Relator: Ramez Tebet, Relatores
Adjunto: Leomar Quintanilha, Geraldo Mello - Brasília Senado Federal: Centro Gráfico, 1996.
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Quais são as riquezas que temos? O que existe que possa suscitar a
ganância de outras nações, de outros Estados, de outras
organizações? Temos riquezas minerais, mas a maneira de se
apossar delas é muito simples. Registra-se uma lavra, cria-se uma
companhia, e não há restrição nenhuma para que este ou aquele
País venha aqui estabelecer uma atividade econômica produtiva ...
16
Brasil Congresso Senado Federal da Comissão de Assuntos Econômicos, Comissão de Relações Exteriores
e Defesa Nacional, Comissão de fiscalização e Controle. 0p. Cit.
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ROSSI, I.C. “Introdução”, “Capítulo III”, “Capítulo IV”. In SIVAM: um caso de dependência tecnológica,
1990-1996. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Sociologia – FCL –C/Ar – UNESP,
setembro de 2003. Orientador: Enrique Amayo Zevallos, Ph. D.
21
LEITE, Rogério Cerqueira Leite. O SIVAM: uma oportunidade perdida. In: Revista de Estudos Avançados
USP; N°16 (46). São Paulo: p. 123-140, 2002.
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Idem
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Proteção ambiental;
Controle da ocupação e do solo;
Vigilância e controle de fronteiras;
Prevenção e controle de epidemias;
Atuação da Defesa Civil;
Identificação e combate às atividades ilícitas;
Proteção de terras indígenas;
Vigilância e controle do tráfego aéreo;
Apoio e controle e a circulação fluvial; e
Apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento sustentável da
região.23
23
Ibidem .p. 61.
24
Ibidem. p. 63.
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25
Ibidem. p. 65.
20
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26
Ibidem. p. 64
27
Ibidem. p. 62
28
Ibidem. p. 67
21
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33
Ibidem. p. 69.
34
Ibidem. p. 65-6
22
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35
Câmara dos Deputados, CPI SIVAM. Tomada de Depoimento Brigadeiro Teomar Fonseca Quirico,
Departamento de Taquigrafia, núcleo de redação final em comissões, Brasília: 02.04.02, p. 17
36
Ibidem. p. 16.
23
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SIVAM tal como ele foi apresentado e vem sendo desenvolvido, era
possível pela metade do preço37.
37
Ibidem. p. 17.
38
Ibidem. p. 21
39
Ibidem. p. 22.
24
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Responde Quirico:
40
Ibidem. p. 23.
41
Ibidem. p. 23
25
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42
Ibidem. p. 24.
43
Ibidem. p. 36
26
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44
Ibidem. p. 37
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SILVA, Othon Luiz Pinheiro. “Videogame, Sivambra e “buwana” Raytheon”. FOLHA DE S. PAULO,
São Paulo: 08 dez. 1995.
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53
Brasília, Câmara dos Deputados, Tomada de depoimento do brigadeiro Teomar Fonseca Quirico-
presidente da CCSIVAM- Comissão para Coordenação do Projeto SIVAM. Op. Cit.
54
SAINT-PIERRE, H. L. Racionalidade e Estratégia. In: Revista Premissas No.3, Campinas: NEE-
UNICAMP, 1993. p.32.
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Além das discussões inúmeras sobre o novo papel a ser por elas
exercido, verificou-se que continuaram bastante ativas, seja
reivindicando aumentos salariais diferenciados, seja convencendo
o governo sobre a necessidade de se proteger o território,
particularmente a região amazônica através do SIPAM/SIVAM
(Sistema de Proteção da Amazônia/Sistema de Vigilância da
Amazônia), que consiste na instalação de radares em toda a região
para o controle do tráfego aéreo.55
55
MIYAMOTO Shiguenoli. Geopolítica e Poder no Brasil. Campinas: Papirus, 1995, (Coleção Estado e
Política). p. 137.
57
BRASÍLIA, Presidência da Republica, Política de Defesa Nacional, Centro Gráfico, 1996.
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64
MIYAMOTO, Shiguenoli. Op. Cit. p 257.
66
Ibidem. p. 251.
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67
Brasília. Presidência da Republica. Política de Defesa Nacional. Centro Gráfico, 1996.
31
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68
Ibidem. item 5.0 Sub-ítem; 5.3. j, l, m, o, p, q.
69
MIYAMOTO, Shiguenoli.. Op. Cit. p. 135.
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Idem. A Política de Defesa Brasileira e a segurança regional. Campinas, SP, IFCH 07/2001 COL. Primeira
Versão.
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Geopolítica Ambiental
71
MARTINS FILHO, João Roberto. Op. Cit.
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NOVAES, Washington. Eco 92: avanços e interrogações In: Revista de Estudos Avançados USP n°15.
vol. 06, São Paulo: 1992, p.79.
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20% de toda água doce do planeta, 60% das internações hospitalares decorrem de
doenças vinculadas a água.
Em se falando de recursos naturais, outro ponto a ser destacado é a energia
natural altamente limpa e renovável que, brevemente, substituirá os recursos
energéticos extraídos de fósseis como o petróleo, óleo diesel, Ainda a floresta
possibilitaria a construção de usinas a gás natural na região de Urucum, situada na
calha do rio Juruá, tendo esta sua potencialidade estimada pela Petrobrás em 55
bilhões de m³. A região possui uma grande quantidade de gás natural, alternativa
limpa. O Brasil possui um potencial de 65% de fontes renováveis de energia,
enquanto os Estados Unidos dependem 75% dos combustíveis fósseis.
A Amazônia possui 18 espécies oleaginosas nativas; seu potencial energético
comprovadamente substitui o óleo diesel com eficácia maior e sem danos ao meio
ambiente, sobretudo com a vantagem de ser renovável. A França há tempos,
investe recursos na oleaginosa de dendê (Elaeis guineensis) visando à substituição
do óleo diesel.
Partindo dos recursos naturais, para a variedade do eco-sistema amazônico -
a região esta mundialmente conhecida pela variedade do seu ecossistema –
percebemos que esta correspondendo a 1/3 das reservas tropicais do mundo,
estendendo-se por 7.300.000 Km², dos quais 68,2% estão concentrados em
território brasileiro. Ali também se encontra o maior número de espécies de plantas
por hectare de floresta, se compararmos ao continente norte americano; nas
florestas temperadas da França são encontrados apenas 50 tipos de árvores
enquanto que na Amazônia brasileira podemos encontrar mais de 2.500 espécies.
Assim:
Pela sua riqueza diversificada, a região amazônica torna-se um
campo percorrido por legiões de homens da ciência, mas também
por industriais e governantes nacionais e internacionais. A
intensidade mineradora, agropecuária, madeireira e da prática da
biopirataria genética revela um dado perverso dos interessados na
Amazônia que caminha de braço dado com a simpatia da causa
ecológica protecionista73 .
73
Ibdem.
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74
ROCHA, Geroncio Albuquerque. Ai de ti Amazônia. In: Revista de Estudos Avançados USP; N°15. São
Paulo: p.69.
75
REGO, Patrícia de Amorim. Biodiversidade e justiça In: Revista do Centro de Estudos Judiciários - CEJ.
Brasília, n.8, mai/ago. p.23-39, 1999.
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Geopolítica do Narcotráfico.
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MARTINS FILHO, João Roberto. Op. Cit.
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A Cúpula de San Antônio foi realizada na cidade de San Antônio (EUA), nos
dias 26 e 27 de fevereiro de 1992, com a presença dos presidentes Bush (EUA),
Cézar Gavíria (Colômbia), Alberto Fujimori (Peru), Paz Zamora (Bolívia), Rodrigo
Borja (Equador), Carlos Salinas (México), Carlos Andrés Peres (Venezuela). A
Declaração de San Antonio estabeleceu que o combate ao NARCOTRÁFICO deve
respeitar em qualquer hipótese a soberania dos países envolvidos (...). O combate
ao narcotráfico deve ser feito de forma compartilhada e que para uma ação mais
efetiva é necessário oferecer estímulos aos países que geram empregos e divisas.
ARBEX JÚNIOR, José. Narcotráfico: um jogo de poder nas Américas - São Paulo: Moderna,
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TREZZI. Humberto. “EUA já tem 20 guarnições na América do sul” In Jornal “Zero Hora”: Porto Alegre,
25/03/01.
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Center of Internacional Police of Desmilitarization- ONG.
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Pensamos que esses fatores somados mostram porque existe uma questão
amazônica, tema de intensos debates no âmbito da política internacional, e que
essa questão vem sendo utilizada pelas Forças Armadas como argumento-tese para
a ocupação da região por meio de projetos de desenvolvimento, nos quais os
militares são os principais coordenadores, legitimados por terem acompanhado o
desenvolvimento da região, estando treinados para quaisquer problemas, desde os
anos 50.
O exemplo do projeto SIVAM mostra-nos não só a dinamização da
Aeronáutica em buscar financiamento externo para a execução de um projeto de
desenvolvimento da região amazônica, mas também a atividade dos militares que
se dá de uma forma direta nos aspectos referentes à coordenação e, indiretamente,
em sua ação diferenciada ao procurar executar seus objetivos de segurança; ou seja,
tem–se acoplado o monitoramento às ações de desenvolvimento regional na área
de saúde e educação ou aos convênios feitos com universidades, instituições de
pesquisa, saúde e tecnologias.
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Amazônia Legal. Pretende ser os olhos e ouvidos eletrônicos da floresta por meio
de 26 radares, 6 deles móveis.
Godoy (2010) comenta que essa rede é ineficiente com relação a sua
proposta inicial que era detectar a ocorrência de crimes ambientais, implantar
aparelhos telefônicos para populações isoladas, apoiar pesquisas científicas e fazer
o mapeamento dos recursos naturais. Menciona que o sistema é somente efetivo
nas áreas de defesa, pois os setores civis estão derretendo, só no papel o SIPAM
tem recursos, pois o orçamento da União destinou R$ 41,7 Milhões em 2007,
porém desse montante apenas R$ 3,94 Milhões foram repassados até julho, assim,
seis das mais importantes tarefas estão comprometidas; por exemplo, das 665
instalações de telefonia destinadas a órgãos usuários, 624 foram consideradas em
estado “não OK”.
É um equipamento considerado muito simples tecnicamente, consiste
basicamente em um telefone, um computador e uma antena. Este equipamento
deveria estar à disposição de comunidades ribeirinhas e aldeias indígenas, mas
estão mudas. O mesmo ocorre com não menos de 40 estações meteorológicas
isoladas de superfície que estão inoperantes por falta de renovação do contrato
para as linhas de telecomunicações.
Godoy (2010) continua informando que os três Centros Técnicos
Operacionais do SIPAM em Manaus, Belém e Porto Velho estão “praticamente
inoperantes”; o mesmo acontece com o Centro de Coordenação-Geral, em Brasília,
pois nenhum dos planos de atualização tecnológica (previstos no programa original
do consórcio liderado pela Raytheon) foi executado. A mera manutenção da rede e
anexos exige até US$ 75 milhões anuais e a má situação do complexo atinge
programas como o Tele-educação, que deveria interligar os campi de todas as
universidades do norte brasileiro e o tele-saúde, que estabeleceria o contato para
troca de informações, diagnóstico a distância e encaminhamento de pacientes.
Das 19 fontes ligadas ao SIVAM e ao SIPAM ouvidas na apuração da
reportagem, só um, o brigadeiro Antonio Carlos Bermudez, chefe do Centro de
Comunicação Social da Aeronáutica, assumiu declarações por meio de nota oficial.
O Centro Gestor negou as informações. (GODOY, 2010).
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SIVAN/SIPAN Peru
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GODOY, 2008
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MEMORANDUM DE ENTENDIMIENTO ENTRE LOS GOBIERNOS DE LA REPUBLICA DEL PERU Y DE LA REPUBLICA
FEDERATIVA DEL BRASIL SOBRE COOPERACION EN MATERIA DE VIGILANCIA Y PROTECCION DE LA AMAZONIA
31
Memorandum de Entendimiento entre los gobiernos de la Republica del Perú y de la Republica Federativa
del Brasil, 2003, Tradução nossa
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Quadro 1
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Memorandum de Entendimiento entre los gobiernos de la Republica del Perú y de la Republica Federativa
del Brasil, 2003, Tradução nossa
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Ministerio del
Ambiente
Ministerio del
Interior
Ministerio de
Salud SIVAN-SIPAN
SIPAM
Ministerio de
Agricultura
Ministerio de
Justicia
Ministerio de
Educación
Ministerio de Centros de Gobiernos Gobiernos
Transporte Investigación Locales Regionales
Quadro 02.
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Sensores
Centro de Clima
Operación
Procesamiento
y Difusión Imágenes
Satelitales
Vigilancia Planeamiento
Vigilancia Vigilancia Vigilancia
Espectro e Información
Ambiental Meteorológica Territorial
Electromagnético General
Quadro 03.
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CINDACTA
CINDACTA
IV
IV MANAUS
M ANAUS
DA/COM
DA/COM
PUERTO
PUERTO
IQUITOS
IQUITOS PUCALLPA
PUCALLPA M ALDONADO
MALDONADO
X-4000
X-4000 CRUZEIRO RIO
SICOC
SICOCPCFAP
PCFAP TABATINGA CRUZEIRO RIO
TABATINGA DO
Brasil
Brasil DOSUL
SUL BRANCO
BRANCO
SALA
SALADE
DE
SERVIDORES
SERVIDORES
Quadro 04.
Diagrama de interconexão.
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CINDACTA
IV M ANAUS
PERU DA/COM
IQUITOS PUERTO
PUCALLPA MALDONADO
CRUZEIRO RIO
TABATINGA DO SUL BRANCO
SICOC DA/COM
PCFAP
Brasil
SALA DE
SERVIDORES
BRASIL
DATA CRUDA DE RADA R PERU
DATA CRUDA DE RADA R BRASIL
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Armadas Brasileiras. A soberania do país não pode ser garantida somente com a
criação de sistemas de vigilância, por mais ampla que seja o seu escopo.
Certamente, a visão militarista não alcança a dimensão total da
problemática amazônica. A instituição Forças Armadas é apenas um dos
tentáculos fundamentais para a garantia da soberania nacional na fronteira
amazônica. A garantia da soberania seja algo muito mais amplo e difuso que a
concepção de segurança e defesa nacional.
A garantia da soberania, nas áreas de fronteira, está mais ligada ao
desenvolvimento humano do povo da Amazônia, principalmente aqueles que
vivem na região de fronteira. Esse desenvolvimento poderia ocorrer de forma a
autonomizar os amazônidas por meio do desenvolvimento sustentável, através de
ações baseadas no aproveitamento não destrutivo dos recursos que a floresta
proporciona. Quanto aos indígenas seu reconhecimento como cidadãos
brasileiros seria algo muito importante, entendendo que a soberania nacional não
é garantida apenas com as armas, talvez mais eficaz que polícia e forças armadas
seriam a presença, na fronteira, de uma população que fale o português e que
viva e sinta-se brasileiro.
51
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Considerações finais.
52
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BIBLIOGRAFIA
ARBEX JÚNIOR, José. Narcotráfico: um jogo de poder nas Américas - São Paulo:
Moderna,
1993 (Coleção polêmica).
54
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CLAUSEWITZ, Carl Von. Da Guerra. São Paulo: Livraria Martins Fontes Editora,
1979.
55
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LEINER, Piero C. Op. cit., in Estudos históricos, vol. 08, n. 15, RJ: 1995, PP.
119-132.
1995.
MORAES, J. Q.; COSTA, Wilma Peres; OLIVEIRA, Eliezer Rizzo de. A Tutela
Militar. São Paulo: Vértice, Editora/Revista dos Tribunais, 1987.
56
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SUN TZU – A arte da guerra – Editora Martim Claret, São Paulo 2003.
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O autor
Samuel de Jesus
E-mail: samueldj36@yahoo.com.br
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