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Doenças respiratórias são mais comuns do que você imagina e fazem parte da vida de muitas
famílias brasileiras.
Todos os dias, suas vias aéreas são expostas a diversas partículas e microrganismos
imperceptíveis aos olhos e que são capazes de desencadear doenças respiratórias. Esses tipos
de agentes contaminantes podem afetar qualquer pessoa.
Por definição, doenças respiratórias são doenças que podem afetar estruturas das vias aéreas,
como nariz, laringe, faringe, traqueia e pulmão. Normalmente, elas provocam irritação ou
inflamação nessas estruturas, podendo também levar à obstrução das vias aéreas e dificultar a
respiração.
Algumas doenças respiratórias começam pelo nariz, por exemplo, e espalham-se para outras
regiões, enquanto outras começam a partir dos pulmões, podendo ou não ficar restritas a esse
órgão.
As doenças respiratórias podem ser classificadas em dois grandes grupos: agudas e crônicas.
O que as diferencia é justamente o período de duração de cada uma e quanto tempo é
necessário para realizar o tratamento.
Infecções respiratórias podem ser causadas por vírus, como na gripe e na Covid-19. Bactérias
também representam potencial nocivo para as vias respiratórias, como no caso da tuberculose,
doença causada pela infecção através da bactéria Mycobacterium tuberculosis (bacilo de
Koch). Outras doenças, como faringite e sinusite, também podem ser causadas por bactérias,
mas também podem possuir origem viral ou fúngica.
Por fim, fungos e outros microrganismos, como ácaros, também são agentes causadores de
doenças respiratórias, especialmente as de origem alérgica, como as rinites.
Em algum momento da sua vida, você já deve ter passado por uma gripe, um resfriado ou,
então, por uma crise alérgica (rinite) depois de ter usado um casaco de inverno que estava
guardado há muito tempo no armário. Mas você sabia que eles são considerados doenças
respiratórias agudas? Conheça, a seguir, um pouco mais sobre essas e outras doenças
respiratórias agudas de grande prevalência em nosso país.
GRIPE
Causada pelo vírus do tipo Influenza, a gripe apresenta sintomas mais intensos que um
resfriado comum e que podem surgir repentinamente, tais como febre, dor de cabeça,
calafrios, tosse seca, dor de garganta, dores no corpo ou nos músculos e cansaço. Também
pode causar nariz entupido, corrimento nasal, espirros e olhos lacrimejantes. A duração dos
sintomas varia de três a seis dias, podendo evoluir para complicações como otites, sinusites e,
menos frequentemente, broncopneumonias.
RESFRIADO
Ao contrário do senso comum, resfriado é diferente de gripe. O resfriado é desencadeado pelo
vírus do tipo Rhinovírus e pelo vírus sincicial respiratório (VSR). Geralmente, os sintomas
mais comuns são nariz congestionado, corrimento nasal e espirros, e são mais leves quando
comparados aos sintomas da gripe. Além disso, a sintomatologia apresenta uma duração de
poucos dias e com uma boa evolução clínica.
FARINGITE
A faringite pode ocorrer devido a uma infecção viral ou bacteriana. É a famosa dor de
garganta, que pode causar também febre, sensação de garganta arranhada e dor ao engolir.
BRONQUITE AGUDA
A bronquite aguda se caracteriza pela inflamação dos brônquios, estruturas presentes nos
pulmões. Normalmente, é causada por vírus, que podem ser os mesmos responsáveis pela
gripe e resfriado. Os sintomas são parecidos com os da gripe, como tosse, coriza e febre, mas
também podem manifestar-se com chiado no peito e falta de ar.
PNEUMONIA
RINITE
A rinite é uma doença de origem quase sempre alérgica, em que há uma inflamação da
mucosa nasal que provoca coriza, entupimento do nariz, espirros constantes e coceira no nariz
e nos olhos. A grande maioria dos casos é provocada por reação alérgica por ácaros e fungos
presentes no ambiente, mas outros alérgenos, como pelos de animais, também podem
provocar a reação. Em geral, tem duração de poucos dias.
ASMA
A asma é, com certeza, uma das principais patologias respiratórias crônicas. É uma doença
que possui origem inflamatória nas vias aéreas, em especial, nos brônquios, causando inchaço
e estreitamento dessas estruturas, e produção exacerbada de muco, o que dificulta a
respiração. Suas causas envolvem fatores genéticos de origem familiar e ambientais (fumo,
alergia, entre outros) e o seu tratamento é realizado com medicamentos broncodilatadores e
fármacos para diminuir a inflamação.
RINITE CRÔNICA
TUBERCULOSE
Além dessas doenças, existem outras de caráter crônico e hereditário, mas que são mais raras.
É o caso da já citada fibrose cística, doença que afeta as células que produzem muco no
interior das vias aéreas. Nessa doença, o muco é mais viscoso e pegajoso, aderindo no interior
das vias e dificultando a respiração. Além disso, esse muco pode levar ao acúmulo de
bactérias e outros microrganismos, gerando infecções e desenvolvimento de outras doenças,
como a bronquite e a pneumonia. O tratamento é realizado para aliviar os sintomas e reduzir
as complicações.
Antes de tudo, é essencial deixar claro que o apoio médico é fundamental. Na presença de
sintomas respiratórios persistentes, o ideal é procurar ajuda médica para avaliação clínica e, se
necessário, realizar exames complementares.
Inicialmente, é feita uma avaliação clínica, onde o médico pesquisa os históricos familiares do
paciente, os hábitos de vida, antecedentes médicos, históricos vacinais e epidemiológicos
(viagens, contato, etc.), além da sintomatologia e da realização do exame físico.
Existe uma gama de exames específicos que podem ser realizados, a depender da suspeita
diagnóstica do médico, como raio X do tórax, exame microbiológico de secreções, testes de
alergia, teste de função pulmonar e tomografia de tórax. Outros exames inespecíficos também
podem ser solicitados, como o hemograma e os níveis de proteína C reativa.
Com relação a doenças genéticas raras, como a fibrose cística, é possível realizar a triagem
neonatal (teste do pezinho) para sua detecção nos primeiros dias de vida. Esse tipo de exame é
fundamental para a detecção precoce, evitando seu agravamento e complicações que possam
surgir. Mas lembre-se: a realização de exames deve sempre seguir orientação médica e de
profissionais da saúde.
Apesar da Covid-19 não possuir um padrão bem definido de sinais e sintomas, a maioria dos
casos tem evolução mais gradual, se agravando em torno do oitavo dia após o início dos
sintomas, ao contrário da gripe. Outra característica marcante dessa doença é a perda de olfato
e paladar em alguns casos, o que pode facilitar sua diferenciação de outras infecções
respiratórias.
Em alguns casos, a Covid-19 pode evoluir para um alto quadro inflamatório pulmonar,
gerando o surgimento da síndrome respiratória aguda grave (SARS). Nesses casos, é
necessária a internação do paciente e monitoramento das suas funções pulmonares e do
organismo como um todo. É um quadro semelhante a uma pneumonia grave, em que há
comprometimento dos pulmões e dificuldade para respirar. Por isso, se surgirem sintomas
como falta de ar e dor ou pressão no peito, a recomendação é procurar com urgência
assistência médica.
Apesar de serem bastante comuns, é muito importante conhecer estas doenças e identificar
seus sinais e sintomas. Lembre-se que uma doença aguda e de fácil tratamento pode gerar
complicações mais graves, caso não tratada. Além disso, elas podem evoluir com o passar do
tempo para doenças crônicas.
Algumas ações podem ajudar a prevenir o surgimento dessas doenças. Cultivar hábitos de
vida saudáveis, como ter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos, ajudam a
contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico. Assim, o seu corpo estará mais
preparado para combater eventuais microrganismos invasores.
Evite ambientes muito secos e não fume. O cigarro é um dos principais causadores de doenças
respiratórias, inclusive no fumo passivo (ficar próximo de pessoas fumantes). Dê preferência
para ambientes abertos, ventilados e, caso seja necessário, utilize aparelhos umidificadores do
ar.
Tenha atenção especial com crianças e idosos. Esses grupos etários são considerados mais
suscetíveis a doenças respiratórias graves, como a pneumonia.
A vacinação é uma ferramenta muito importante não somente para garantir a proteção contra
doenças circulantes, mas também para prevenir que doenças antigas retornem à circulação na
população. Por isso, mantenha seu esquema vacinal sempre em dia, de acordo com o
calendário de vacinação.
Outros fatores que contribuem para que as pessoas não se vacinem são o desconhecimento e
as dúvidas a respeito do assunto. Pensando nisso, nossa dica é a leitura do conteúdo sobre 15
mitos e verdades sobre vacinas e vacinação. Dessa forma, você não permite que a falta de
informação prejudique sua saúde e a saúde de toda sua família!
REFERÊNCIAS:
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