Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
aproximadamente entre 700- 750°C[11] e com um tempo tensíticos aplicados em condições de desgaste metal-metal,
de tratamento de 4 a 6 horas [9]. depósitos com altas concentrações de cromo ideais para des-
gaste abrasivo com médio impacto e por último os depósitos
com carbonetos de tungstênio para desgaste abrasivo ou
com baixo impacto [13].
D. Ensaio de Desgaste
Trabalhou-se com o ensaio de desgaste abrasivo ASTM
G65-00. Na série de ensaios, optou-se pelo procedimento A,
Figura 6. Ensaio de Desgaste ASTM G65-00, roda de borracha.
6000 rotações e 130 N que é o procedimento para materiais
de elevada dureza e alta resistência ao desgaste.
A. Resultado de Laboratório: Resistência ao Desgaste com É importante resgatar como foi realizada a otimização do
a Otimização do Tratamento Térmico tratamento por isso a continuação se apresenta o comporta-
Como descrito no procedimento experimental teve uma mento da dureza deste material (que posteriormente é refle-
pesquisa preliminar para otimização dos tratamentos térmi- tida no desgaste) tanto em estado inicial bruto de fusão como
cos. Desta parte do trabalho se obtive que os melhores resul- recozido para diferentes tempos e temperaturas de desestabi-
tados de dureza e desgaste se conseguiram quando as amos- lização.
tras foram recozidas a 700°C por 6 horas e depois desestabi- Variando-se a temperatura e o tempo de desestabilização,
lizados a 1050°C por 0,5 hora (Tratamento A). partindo tanto do estado bruto de fusão quanto do estado
Na Tabela I se apresentam os dados de dureza e desgaste, recozido, se obtiveram os seguintes resultados.
para este tratamento térmico.
a a
Figura 8. Durezas após desestabilização da liga II D no estado inicial Figura 9. Durezas após desestabilização da liga II D no estado inicial
bruto de fusão. recozido.
6
desgaste mais homogênea no tempo (não entanto, a perda de [2] S.F. Scieszka, “Modelling Durability of Coal Grinding Systems” Wear,
Vol. 114, p. 29-39,1987.
espessura incrementa em cada inspeção Figura 10) o que
pode garantir uma maior estabilidade no processo de moa- [3] G. Laird, R.Gundlach, K. Rohrig, “Abrasion - Resistant Cast Iron
gem e ao mesmo tempo uma redução das paradas de manu- Handbook,” Edited by AFS, Copyright 2000, p.1-215.
tenção. Isto porque o revestimento apresenta certas restri- [4] V. Chiaverini, “Aços e Ferros Fundidos. Associação Brasileira de Fun-
ções para o uso, como por exemplo; o tempo de uso sem dição,” 5a Ed, SP, 1984.
[5] R.Gundlach, “High-alloy white irons,” Metals Handbook Ninth Edi-
afetar a camada de deposito o que precisaria de um monito- tion, Vol 15, 1988.
ramento. A Figura 12 ilustra a forma do desgaste para os [6] J. ASensio, J.A. Pero-Sanz, J.I. Verdeja, “Microstructure Selection
dois rolos tanto o bruto de fusão como o revestido. Criteria for Cast Irons with more that 10 wt. % Chromium for Wear Appli-
cations,” Materials Characterization, Vol. 49, p.83-93, 2003.
[7] C.G. Schön, A. Sinatora, “Simulation of solidification Paths in High
Chromium White Cast Irons For Wear Applications,” Calphad, Vol. 22,
No. 4, p.437-448, 1998.
[8] J.A. Sanz-Pero; D. Plaza, J.I. Verdaja, J. Asensio, “Metallographic
Characterization of Hypoeutectic Martensitic White Cast Irons: Fe-C-Cr
System,” Elsevier Science Inc, p. 33-39, 1999.
[9] D.J Do Carmo, J.F. Dias, “Aplicação da Dilatometria na Otimização de
Processo de Obtenção de Ferros Fundidos Brancos de Alto Cromo,” Con-
gresso de Fundição, 1997 São Paulo, p.1-22.
[10] C.P,Trabett, I.R. Sare, “Effect of High Temperature and Sub Ambient
Rolo Fundido Treatments on the Matrix Structure and Abrasion Resistance of a High
Chromium White Iron,” Scripta Materialia, Vol. 38, p. 1747-1753, 1998.
[11] J.D. Carmo, J.F. Nasser, A. R. Bellon, “Desenvolvimento de Processo
Metalúrgico para Obtenção de Conexões em Ferro Fundido Branco de Alto
Cromo,” Congresso Anual da ABM, 1996, n° 51, Porto Alegre, RS.
Rolo Revestido [12] X. H. Fax, L. He, Q.D. Zhou, “A Study of High Chromium Cast
irons on Abrasion Resistence and Impact Fatigue Resistence,” Wear, Vol.
138, p. 47-60, 1990.
Figura 12. Aspecto superficial dos desgaste em rolos fundidos e em rolo [13] Friction, Lubrication and Wear Tecnology, ASM HANDBOOK, Vol.
revestido. 18, p. 176-192, 1992.
[14] K.H. Zum Gahr, “Abrasive Wear of White Cast Irons,” Wear, Vol. 64,
p. 175-194, 1980.
[15] J. Fulcher, T.H. Kosel, N.F. Fiore, “The Effect of Carbide Volume
V. CONCLUSÕES
Fraction on the Low Stress Abrasion Resistance of High Cr-Mo White Cast
Irons,” Wear, Vol. 84, p. 313-325, 1983.
A maior resistência ao desgaste na otimização do trata- [16] E. Albertin, A. Sinatora, “Effect of carbide fraction and matrix micro-
structure on the wear of cast iron balls tested in a laboratory ball mill,”
mento térmico em laboratório da liga II D é obtida ao em- Wear, Vol. 250, p. 492-501, 2001.
pregar o recozimento a 700oC por 6 horas seguido de deses- [17] K. Grigoroudis, D.J. Stephenson, “Modelling Low stress Abrasive
tabilização a 1050oC por 0,5 hora de patamar. Wear,” Wear, Vol. 213, p. 103-111, 1997.
VI. AGRADECIMENTOS
Os autores manifestam seus agradecimentos à
TRACTEBEL ENERGIA S.A. por oportunizar a execução
e divulgação do presente trabalho.