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O texto “Meu morro”, que você lerá a seguir, foi escrito por uma estudante que está entre os
vencedores da 6ª edição da OLP. Nele, a aluna e autora, Maria Eduarda de Moraes Silva, de Guarujá (SP),
nos apresenta o seu lugar, o Morro do Macaco. Leia-o com atenção e, depois, realize a atividade de hoje.
1) Pensando na relação entre tema e título de um texto, responda às questões abaixo sobre o texto que você leu.
c) Reflita e responda: Por que a autora deu esse título ao seu texto?
Porque o morro, lugar que chamam de favela, é o lugar, sobre o qual ela resolveu escrever.
2) A crônica é um gênero textual que quase sempre é curto, tem poucas personagens e se inicia quando os fatos
principais da narrativa estão por acontecer. Por essa razão, nele o tempo e o espaço são limitados. Em “Meu
morro”:
b) Onde aconteceram os fatos narrados? De modo geral, como esse lugar é descrito?
Aconteceram no Morro do Macaco, é dito como um lugar bastante agitado.
c) Quanto tempo (minutos, horas, dias, meses...) duram os fatos narrados por Maria Eduarda em seu texto?
Provavelmente em torno de 24h, uma vez que inicia-se quando o dia amanhece e se estende até o amanhecer do
outro dia.
3- Numa crônica, os fatos podem ser narrados por um narrador-observador (que é aquele que relata os fatos, mas
não participa deles) ou por um narrador-personagem (que narra a história e participa dela). Qual é o tipo de
narrador na crônica “Meu morro”? Marque a opção correta e, em seguida, justifique-a.
( ) Narrador-observador.
(X)Narrador-personagem.
Como você identificou essa resposta?
Porque se fez o uso de verbos e pronomes na primeira pessoa do discurso.
4- O cronista tem o olhar atento nas notícias veiculadas em jornais falados e escritos e nos fatos do dia a dia. E
escreve sobre eles com sensibilidade, ora criando humor, ora provocando uma reflexão crítica acerca da realidade.
a) Pense um pouco: A história relatada na crônica “Meu morro” é apenas ficcional, ou seja, inventada pela autora?
A história é baseada na realidade do Morro do Macaco, podendo conter traços de ficção, mas não em tudo.
b) Conclua: Na crônica, Maria Eduarda apenas narra os fatos ou busca apresentar um novo olhar sobre eles?
A autora buscou apresentar um novo olhar sobre eles, sendo a forma como ela enxerga o morro.
c) Que objetivos a autora da crônica “Meu morro” tem em vista: tratar cientificamente de um assunto, divertir o
leitor ou levar o leitor a refletir criticamente sobre a vida na comunidade periférica? Explique sua resposta.
Levar o leitor a refletir criticamente sobre a vida na comunidade, lugar em que, em meio à agitação, muitas vidas
inocentes se perdem em confrontos entre membros da comunidade e policiais.
ATENÇÃO: Um cronista narra fatos, mas não tem compromisso com a verdade, ou seja, não precisa se prender
ao que é real. A partir da realidade, ele fica à vontade para escrever sobre o cotidiano, inclusive podendo
5- Observe a linguagem empregada na crônica “Meu morro”.
a) Os fatos são narrados de forma pessoal/subjetiva, ou seja, de acordo com a visão da autora, ou são narrados de
forma impessoal/objetiva, como na linguagem jornalística?
Os fatos são narrados de forma pessoal/subjetiva, em conformidade com a visão da autora.
b) Em relação à linguagem, a crônica é mais parecida com as notícias de um jornal ou com os textos literários (como
o conto, o mito, o poema)?
A linguagem da crônica se aproxima mais da linguagem dos textos literários.
c) Que tipo de variedade linguística é adotado na crônica: uma variedade de acordo com a norma-padrão formal ou
com uma norma-padrão informal? Justifique sua resposta.
De acordo com um padrão informal da língua. Isso se vê em trechos como “Os ‘cara’ tão subindo!”, que traz traços de
informalidade, não prejudicando a
construção do texto.
– “O
a) morrocada
Observe acorda
um sempre apressado,
dos seres agitado.”
destacados. Eles são seres animados (com vida) ou inanimados (sem vida)?
3- – “[...]
Seres inanimados. portas e janelas se escancaram [...]”
4- – “[...] melodias, risadas saltam soltas daqui e
b)acolá.” IV – “As
Que ações luzes tomam são
e características seu atribuídas
lugar [...]” a cada um desses seres em cada trecho retirado do texto?
V – “Portas
O morro: acordae janelas agora fechadas, amedrontadas pelo caos
apressado/agitado;
armado.” VI – “Enquanto a noite ficou
Portas e janelas: se escancaram/estão ali… Estendida no chão.”
amedrontadas;
Melodias, risadas: saltam soltas;
As luzes: tomam seu lugar;
A noite: ficou estendida no chão.
c) Diante do que você respondeu, reflita e escreva: Essas ações/características são comuns para esses seres? O que
será que a autora pretende ao fazer isso, escrevendo, por exemplo, que “a noite ficou ali... Estendida no chão”?
Não. Com isso, a autora pretende mostrar seu olhar poético e de cronista sobre esses seres.
Note que a forma que autora utiliza para escrever sobre tudo o que vê a sua volta, sobre o seu cotidiano,
sobre o lugar em que ela vive, é uma forma totalmente individual e particular. Ela dá vida a seres não vivos, algo
que caracteriza uma linguagem poética e singular. Dizer que “o corpo do menino morto ficou ali... Estendido no
chão” não tem o mesmo efeito de sentido que se alcança com “a noite ficou ali... Estendida no chão”. Esta
linguagem é característica do gênero crônica e de tantos outros textos de caráter literário. O cronista tem a
liberdade de escrever seus textos fazendo uso da linguagem de maneira criativa. Muito bacana, não acha?!