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PARA DISCURSIVA
– SEGURANÇA E
POLÍTICA
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Vale ressaltar que, até a sua edificação, não havia um projeto que sistematizava e unificava a
segurança pública nacional. Uma das principais questões da criação do Susp e da PNSPDS é a ideia
de médio a longo prazo, sendo que a política em questão tem duração prevista de dez anos. Ou
seja, não é uma política imediatista, que buscaria ser aplicada rapidamente e muitas vezes poderia
acabar, por isso, falhando.
Atenção: a ideia do Susp demanda planejamento, período de implementação e um certo tempo para que resul-
tados efetivos comecem a aparecer e sejam sentidos pela população.
Dessa forma, quando uma nova visão política nasce com um planejamento que ultrapassa
quatro anos, ela atravessa diferentes gestões governamentais e ganha força como política de
Estado. As políticas ditas de Estado envolvem um corpo especializado na sua construção, que estuda
contextos nacionais para formular estratégias que atendam a demandas específicas de sua área
de atuação. Além disso, é interessante que elas não se associem diretamente a um Governo e/ou
gestão específicos, instaurando ações que atinjam problemas complexos, assim como é a segurança
pública. As políticas de Governo, por outro lado, podem ficar restritas ao período de um mandato,
e, talvez, não atinjam o seu objetivo de forma completa.
ESTRUTURA DO SUSP
Ao estruturar as instituições que compõem o Susp, o Ministério Extraordinário de Segurança
Pública, criado em 11 de julho de 2018 e chefiado por Raul Jungmann, é o órgão responsável pelo
funcionamento do SUSP. As instituições nacionais de segurança pública que compõem o sistema são:
ͫ Polícia Federal.
ͫ Polícia Rodoviária Federal.
ͫ Polícia Civil.
ͫ Polícia Militar.
ͫ Corpo de Bombeiros Militares.
ͫ Agentes Penitenciários.
ͫ Guardas Municipais.
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Dentro dessa perspectiva, a função/objetivo principal do Susp é a integração das ações dos
órgãos de segurança de todo o País, realizando operações combinadas. Segundo o Planalto, essas
ações podem ser “ostensivas, investigativas, de inteligência ou mistas e contar com a participação
de outros órgãos, não necessariamente vinculados diretamente aos órgãos de segurança pública
e defesa social – especialmente quando se tratar de enfrentamento a organizações criminosas”. O
registro de ocorrências policiais em uma única unidade e o uso de um sistema integrado de infor-
mações e dados são algumas medidas previstas para a integração.
Com isso, um plano nacional está sendo desenvolvido pela União, definindo, efetivamente, as
ações e as metas do novo sistema. Com a divulgação desse plano, as instituições responsáveis pela
segurança pública nos estados, municípios e no Distrito Federal terão até dois anos para realizar
sua implementação, sob a pena de diminuição no repasse de verbas para o setor. Ou seja, essas
entidades federativas (estados e municípios) continuam responsáveis pela segurança, mas as dire-
trizes de atuação serão fornecidas para todo o País pela União, visando à diminuição de homicídios.
Portanto, para estruturar a implementação da política, a efetividade de suas ações, seus resul-
tados e o cumprimento de metas, o governo federal fará avaliações anuais por meio do Sistema
Nacional de Acompanhamento e Avaliação das Políticas de Segurança Pública e Defesa Social
(Sinaped). Além do objetivo principal de reduzir a incidência de homicídios no Brasil, o Susp visa
também ao aperfeiçoamento técnico dos profissionais de segurança, desenvolvendo cursos de
especialização e estudos estratégicos.
Atenção: o MJSP, juntamente ao Susp, lançou em fevereiro de 2021 o Plano de Forças-Tarefas Susp de Com-
bate ao Crime Organizado, com o objetivo de reduzir os indicadores de crimes praticados por organizações
criminosas. Desse modo, os primeiros estados a aderirem ao plano foram o Ceará e o Rio Grande do Norte.
POLARIZAÇÃO POLÍTICA
O processo de polarização política brasileira vem gerando grandes problemas entre a população
e a gestão de crise do País. Faz-se necessário refletir sobre a necessidade de uma maior aproxima-
ção entre grupos distintos, para que, por vias de diálogo, o País adentre um eixo de crescimento.