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Escola SENAI Mario Amato – Processos de Transformação I

Características das
Máquinas Injetoras

Introdução

Máquina Injetora é o equipamento utilizado para fabricação descontínua de produtos


moldados, pela injeção de material plastificado no molde, que contém uma ou mais
cavidades, em que o produto é formado. Esses produtos podem ser moldados em
termoplásticos ,termoplásticos elastoméricos ou termofixos.

A máquina injetora consiste, essencialmente, da unidade de fechamento, unidade de


injeção, sistemas de acionamento e controle.

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UNIDADE DE FECHAMENTO OU SISTEMA DE FECHAMENTO


DO MOLDE

As máquinas injetoras são providas de sistemas que promovem a abertura e


fechamento do molde , bem como garantir a força de fechamento necessária para
manter o molde fechado durante o processo de injeção do material plástico na
cavidade do molde.

Sistema de fechamento
A unidade de fechamento promove o fechamento do molde com força suficiente para
suportar a pressão do material, no momento da injeção.
A força de fechamento necessária pode ser obtida através dos seguintes sistemas:

Tipos de sistemas de fechamento


• Mecânico.
• Hidráulico de Pistão.
• Hidráulico de braço flipper.
• Sistema Hidráulico - Mecânico.

Mecânico
Esse sistema funciona com alavancas ligadas em dois braços, os quais recebem o
acionamento manual, transmitindo a força para as alavancas, que se deslocam de
acordo com o movimento, abrindo ou fechando o molde. É um sistema antigo, para
pequenas produções no qual, todos os movimentos dependem do operador.

Hidráulico de Pistão
Nesse sistema, a abertura e fechamento do molde são feitos por um pistão hidráulico
de grande área, ligado a um cilindro hidráulico. A Força de Fechamento é dada pela
pressão do óleo, portanto, quanto maior a pressão, maior será a força aplicada no
molde.

Qualquer vazamento interno ou externo, no sistema de fechamento, acarretará na


perda de pressão, ocasionando uma diminuição na força de fechamento, e gerando
rebarbas no produto.

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Hidráulico de Braço Flipper


O braço mecânico com acionamento hidráulico, que é montado em uma das colunas,
deve ser movimentado para dentro ou para fora. Esse braço mecânico junto com a
câmara de alta pressão tem a função de manter o molde fechado durante a injeção. Os
movimentos de abrir e fechar o molde são executados por dois cilindros de baixa
pressão, ligados à placa móvel. Após o fechamento do molde, o braço mecânico
(braço flipper) é posicionado entre a placa e o cilindro de alta pressão que promove a
pressão de fechamento.

Nesse sistema de fechamento, o que mantém o molde fechado é a pressão do óleo.


Sendo assim, se houver qualquer problema de vazamento, ocorrerá perda de força,
gerando rebarbas no produto.

Sistema Hidráulico-Mecânico
A maioria dos fabricantes de máquinas injetoras utiliza esse sistema de fechamento.
Um cilindro e um pistão hidráulico de área bem reduzida, em relação ao sistema com

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pistão, estão ligados a um sistema de articulações (tesouras ou joelhos) que irá


movimentar a placa móvel, fechando ou abrindo o molde. A pressão do óleo (pressão
de fechamento) faz com que as articulações se travem, ocorrendo um “estiramento das
colunas” e gerando a Força de Fechamento.

Na troca de moldes existem mecanismos, que movimentam todo o conjunto de


fechamento, para estabelecer um perfeito ajuste da altura do molde que será utilizado
(travamento).
Unidade de fechamento por alavanca articulada.

Sistema hidráulico-mecânico de fechamento com joelho duplo de 5 pontos

Unidade de fechamento hidráulico.

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Placa fixa − Permite a fixação e a centralização do molde. Suporta a força exercida


no molde, no momento do fechamento.

Placa móvel − Suporta a parte inferior do molde. Promove o movimento de abertura, e


fechamento do molde

Placa de Ancoragem – Seu posicionamento determina a altura do molde, em


máquinas de fechamento hidráulico-mecânico e em máquinas onde a altura de molde
não é feito por esse sistema, tem a função de sustentar o cilindro hidráulico, que
realiza o fechamento do molde.

Colunas guias ou tirantes − Sustenta e guia os movimentos da placa móvel e é


estirada mecanicamente para aplicação da força de fechamento.

Sistema de extração − Localizado na placa móvel é responsável pelo acionamento da


barra extratora da máquina que movimenta o sistema de extração do molde e
conseqüentemente a desmoldagem do produto injetado. O sistema de extração da

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injetora pode ser acionado hidraulicamente , ou extrator de espera (mecânico).


Extrator mecânico: A barra extratora é fixada na estrutura da máquina não possuindo
movimento. Nesta condição a barra extratora é fixa aguardando a abertura da placa
móvel para realizar o acionamento do sistema de extração do molde. Quando a placa
atinge o final do curso de abertura, o furo central do molde permite a passagem desta
barra acionando a placa extratora do molde movimentando os extratores para
desmoldar o produto. De concepção mais antiga, não é empregado em máquinas
construídas atualmente.

Extrator hidráulico: Este sistema possui cilindros hidráulicos que permitem


regulagem independente de pressão e velocidade. As máquinas mais modernas
possuem extratores com acionamento hidráulico que permitem uma maior flexibilidade
na regulagem. O extrator hidráulico pode entrar em funcionamento durante a abertura
do molde, ou seja, do início até o limite de abertura da mesma, quando a placa móvel
já estiver totalmente parada. Sendo necessário a regulagem de micros específicos de
acionamento de extração.

Unidade de injeção ou sistema de injeção

Unidade de Injeção
Recebe o material no estado sólido, em forma de grânulos ou pó, e transporta-os nas
quantidades preestabelecidas, para o interior do molde.

A unidade de injeção pode ser dividida em dois tipos, o que praticamente define o tipo
de máquina injetora:

• Máquina tipo pistão.


• Máquina tipo rosca.

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Funil de alimentação − É o depósito de material granulado, a ser processado. Sua


capacidade depende do tamanho da máquina injetora. Deve ser mantido sempre
tampado para evitar que impurezas contaminem o material granulado.

Cilindro de aquecimento − Recebe o material plástico no seu interior e transmite-lhe


calor, promovendo a plastificação.

Rosca de plastificação − É responsável pela plastificação e homogeneização do


material no interior do cilindro. Injeta o material para dentro do molde, e faz a função
de um pistão.

• Taxa de Compressão (TC) = V1 (V = H. Passo. D.Pi)


V2
• Relação L/D ou C/D = L
D

Razão de Compressão = h1
h2

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Anel de bloqueio − Evita o refluxo de material, no momento da injeção.

Ponta da rosca − Serve como tope para o anel de bloqueio e também facilita a
homogeneização da temperatura da massa.

Bico de injeção − Permite a passagem do material do interior do cilindro para o interior


do molde, sem que haja contato externo ou perda.

Tipos

a) Convencional b) Fluxo Livre c) Canal Reverso

d) Valvulado (Mecânico)

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Ajuste bico\ bucha

A ) Assentamento deficiente entre o bico de injeção e a bucha do molde.


B) Assentamento correto do bico e bucha porem o furo do bico de injeção está irregular
apresentando diâmetro maior do que a bucha.
C) Assentamento correto do bico e bucha ; e diâmetro do bico de injeção está
corretamente menor do que o furo da bucha.

A unidade de injeção pode ser dividida em dois tipos, o que praticamente define o tipo
de máquina injetora.

• Máquinas tipo pistão;


• máquinas tipo rosca.

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Máquinas tipo rosca

Nesta unidade, o plástico é fundido, homogeneizado, transportado, dosado e injetado


no molde. A unidade de injeção tem duas funções:

• Plastificação do material plástico;


• injeção do material no molde.

Atualmente é comum o uso de máquinas com rosca. Essas injetoras trabalham com
uma rosca, que serve também de êmbolo de injeção.

A rosca gira em um cilindro aquecido, dotado de um funil superior, por onde se introduz
o material. A unidade de injeção move-se, geralmente, sobre a base da máquina.

Algumas vezes podem ser substituídos o cilindro, o parafuso e o bico de injeção, de


forma a se ajustarem ao material a ser processado ou ao volume de injeção.

Moldagem por injeção


Na moldagem de termoplásticos é necessário aquecer o material a um certo estado de
fluidez, conformá-lo na cavidade de um molde, para só então, resfriá-lo dentro da
cavidade do molde e extrair o produto moldado.

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Partes da Máquina

Estrutura de apoio
A estrutura montada para suportar as Unidades de Injeção e Fechamento é também
chamada de Base da Máquina. Nela está o tanque de óleo hidráulico, o motor elétrico,
a bomba hidráulica, as válvulas hidráulicas e o sistema elétrico.

Esta estrutura é de forma retangular, fundida ou de cantoneiras soldadas, apoiada no


piso da fábrica.

Sistema hidráulico
A função do sistema hidráulico é a de transformar energia hidráulica em energia
mecânica e conduzi-la através do sistema, oferecendo-nos condições de aplicá-la em
pontos e tempos diferentes, para efetuar movimentos.

Principais Componentes do Sistema Hidráulico:

a) Válvula direcional;
b) válvula de controladora de pressão;
c) motor elétrico;
d) reservatório de óleo hidráulico (Tanque);
e) bomba hidráulica;
f) instrumentos de medição;
g) válvula direcional;
h) cilindro de fechamento;
i) acumulador de pressão;
j) válvula controladora de vazão;
k) filtro na linha de sucção (Bomba Hidráulica);
l) válvula de segurança;
m) válvula de retenção.

Sistema elétrico
Recebe a energia elétrica e, através dos condutores, a distribui para aparelhos,
oferecendo condições de, através de comandos, enviar mensagens para acionar os
elementos.

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Sistema de aquecimento
Transforma energia elétrica em energia térmica, oferecendo condições de controle do
cilindro de plastificação.

• Pirômetro
Permite a leitura e o ajuste de temperatura pré-estabelecida.
Também capta a mensagem e, imediatamente, responde em função do ajuste de
temperatura do mostrador, permitindo que haja o mínimo de variações nas
temperaturas do cilindro, durante o processo.
Além disso, comanda o acionamento das chaves contactoras.

• Chaves Contactoras
Recebem ordem do pirômetro para alimentar as resistências com energia, a fim de
elevar o calor ou cortar a energia, para não excedê-lo.

• Amperímetro
Mede a amperagem consumida pelos elementos.

• Cabos Termoelementos
Emitem para os pirômetros, constantes mensagens das temperaturas dos locais onde
se encontra.

• Resistências Elétricas
Transforma energia elétrica em térmica, elevando a temperatura do cilindro
estabelecido no pirômetro.

Temporizador
Estabelece o tempo de determinadas funções do equipamento, promovendo um ciclo
constante no transcorrer do processo.

Chaves fim de curso


Energizam ou cortam a energia do sistema hidráulico, interrompendo ou acionando
novo movimento.

Painel de controle
Nas máquinas modernas é possível introduzir os parâmetros através de um teclado,

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por meio de menus, o que possibilita o armazenamento de regulagens.

No painel da máquina também pode-se optar entre os ciclos manual, semi-automático


e automático. O ciclo manual é pouco usado e tem utilidade para o controle individual
de cada etapa da moldagem; já o semi-automático exige que, a cada ciclo realizado, o
operador acione o início de um novo ciclo; e o automático é utilizado nas altas
produções e resulta em grande rendimento de produção.

Sistema de refrigeração
Recebe água industrial da rede de alimentação e proporciona a refrigeração
necessária para o sistema hidráulico, para a unidade de injeção e para o molde.

• Refrigeração da unidade de injeção


Evita que o material se plastifique na entrada da alimentação, não interrompendo a
caída do material na rosca.

• Resfriamento do óleo.
Mantém baixa a temperatura do óleo, evitando que perca sua viscosidade e danifique
os componentes do sistema.

FORMAS DE CONSERVAÇÃO DA MÁQUINA INJETORA

Bico do Cilindro de plastificação


A pressão hidráulica do encosto da Unidade de injeção é a causadora das
deformações no Bico do Cilindro de plastificação, se o mesmo encontrar-se fora de
alinhamento.

A forma mais eficiente de evitar problemas nessa peça é observar, no momento da


troca do Molde, se o Anel de centragem do Molde tem o mesmo diâmetro do furo da
Placa fixa da Máquina (considerando-se que o Anel de centragem do Molde encontra-
se devidamente montado na Placa superior do molde).

Obs (1). Na falta do anel de centragem, o molde só deve ser fixado quando for
observada a total concordância entre a Bucha de injeção, e o Bico do cilindro de
plastificação da Máquina injetora.

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Obs (2). O tipo (forma) do Bico do Cilindro de injeção deve ser o mesmo da Bucha do
molde, quanto ao raio e ao ângulo. (sugestão)

Obs (3). O diâmetro do furo do Bico do Cilindro de plastificação deve ser igual ou
menor que o diâmetro do furo da Bucha de injeção do molde.

Cilindro de plastificação e Rosca


Para garantir a conservação do Cilindro de plastificação e da Rosca, deve-se:

• utilizar a temperatura de processo dentro da faixa especificada pelo


fornecedor da matéria prima;
• remover o resíduo da matéria prima utilizada no processo, utilizando
materiais que tenham larga faixa de temperatura (como o Polietileno e o
Polipropileno).

Para os materiais com cargas (fibra de vidro e cargas minerais) e os clorados é


necessário que o Cilindro de plastificação e Rosca tenham tratamento superficial de
modo a aumentar sua resistência (dureza), pois as cargas são muito abrasivas e o
cloro contido na composição dos plásticos é extremamente corrosivo.

Colunas, Barramentos e Articulação (partes mecânicas).


As partes mecânicas da Máquina injetora devem estar sempre limpas e lubrificadas
com óleo ou graxa.

O tipo de óleo ou graxa, a freqüência e a quantidade são pré-determinados pelo


fabricante da Máquina injetora.

Obs. A falta de limpeza e lubrificação podem causar desgastes, os quais provocam


redução na velocidade dos movimentos programados e danificam as peças, que
podem vir a sofrer manutenção.

Sistema hidráulico
O óleo hidráulico deve ser analisado periodicamente, pois sua análise determina o grau
de viscosidade, ou seja, a necessidade de filtragem ou de troca.

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É muito importante que o óleo hidráulico mantenha-se dentro do nível determinado


pelo fabricante da Máquina injetora.

A temperatura de trabalho do óleo hidráulico deve ser observada, para evitar que o
mesmo trabalhe com temperaturas fora do especificado, pois tendo sua viscosidade
alterada, o óleo não atinge sua total eficiência, o que pode resultar em manutenções.

Para que os componentes do Sistema hidráulico tenham eficiência efetiva e não


sofram desgastes, o reservatório deve ser limpo a cada troca ou filtragem, e os filtros
devem ser trocados quando necessário.

Obs. Os cuidados com o óleo hidráulico evitam o emperramento das válvulas


hidráulicas.

Sistema elétrico
As resistências, os termopares e os sensores, por estarem localizados em partes de
movimentos constantes, devem ter seus pontos de fixação verificados periodicamente,
para evitar que se soltem. Os fios também devem ser observados e identificados com
cuidado .

Os demais componentes devem ser isentos de pó, umidade e temperatura elevada,


para evitar parada indesejada no equipamento. Os fusíveis devem estar devidamente
dimensionados, a fim de evitar queima em demasia e danos irreparáveis às demais
partes elétricas da máquina injetora.

Estrutura
A limpeza e a pintura da estrutura da máquina injetora previnem corrosão (oxidação).
Assim, toda a estrutura, portas e painéis devem ser recobertos com tinta.

Observação geral – A limpeza do local de trabalho também tem influência direta


na conservação da máquina injetora e da integridade física do operador.

TROCA DE MOLDE

Transporte
O transporte do molde deve ser realizado com equipamento adequado, para garantir a
integridade física da pessoa que irá realizar a troca.

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Antes de transportar o molde do seu local de armazenamento, deve-se garantir que o


mesmo esteja devidamente em condições de uso.

Condições de uso
Para garantir a condição de uso, deverá ser elaborada uma ficha “check list” , pois o
molde, antes de ser armazenado, irá passar por uma avaliação. Em caso de
problemas, o mesmo deve ser encaminhado ao setor responsável em efetuar a sua
correção e só assim, o mesmo deverá ser segregado em local devidamente
identificado, para facilitar a localização na próxima vez em que for necessária sua
utilização.

Obs. Para o controle da condição do molde deve ser elaborada uma ficha de
acompanhamento de manutenção, na qual se realize registro referente às correções.
Na mesma deve conter:

• Data de fabricação do molde;


• código do molde;
• descrição da peça;,
• número de cavidades;
• data da última manutenção;
• tipo de manutenção efetuada;
• tempo que se levou para realizar a manutenção;
• peças utilizadas na manutenção.

Ferramentas e acessórios utilizados na troca de molde


As ferramentas e/ou acessórios utilizados na troca de ferramental (molde) devem,
quando possível, ser padronizadas, a fim de facilitar e agilizar a troca do ferramental.

• Chaves – Utilizadas no aperto dos parafusos.


Ex. chave de boca, chave de fenda, chave Allen, etc.

• Presilhas e parafusos – Utilizadas na fixação do molde.


Ex. hidráulica, mecânica ou magnética (no que diz respeito à forma de colocação).

• Engate – Utilizado na mangueira de refrigeração ou aquecimento.


Ex. abraçadeiras ou engates rápidos

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• Anel de centragem do molde – Utilizado para centralizar o molde. Deve ter o


diâmetro compatível com o especificado na placa fixa da máquina injetora.
• Extrator – Observar o tipo de extração utilizada no molde.

Obs. Para melhor conhecimento do equipamento (máquina injetora), deverá ser


elaborada uma tabela contendo as principais informações de cada máquina, como
altura máxima e mínima do molde, distância entre colunas, pressão de travamento,
capacidade de injeção e curso de extração.

Antes da colocação do molde, as especificações da máquina devem ser comparadas


com a do molde a ser colocado, para evitar posterior retirada do mesmo, ou seja, para
evitar perda de tempo.

Cuidados
A troca de molde deve ser realizada por pessoal treinado, utilizando equipamentos de
segurança, como olhal, cintas, correntes ou cabos de aço, talha, etc..

SELECIONANDO A INJETORA

Quando precisamos escolher a máquina injetora ideal para um determinado molde já


existente, ou ao projetar um novo molde, precisamos conhecer algumas características
técnicas da máquina e verificar se o molde existente ou o novo, se adaptam a essas
características.

Para facilitar esse estudo, podemos dividir a injetora em unidades de injeção e sistema
de fechamento.

Iniciando pela unidade de injeção


São características importantes para relacionar com o molde/produto:

Pressão específica de injeção: É a pressão aplicada sobre o material plástico no


momento da injeção (a máquina deve ter no mínimo 1.500 bar de pressão específica).

Capacidade de plastificação horária: É a quantidade de material que a máquina


consegue elevar à temperatura de moldagem, por hora.

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Capacidade de injeção: É a quantidade máxima de material que a máquina injetora


consegue injetar, a cada ciclo.
Para calcular o peso máximo injetável por ciclo, em função do material em uso, é
necessário:
• Verificar o volume máximo de injeção, obtido através do catálogo da injetora.
• Verificar na tabela 1, a densidade do material (no estado fundido), que se
pretende utilizar.
Densidade do Material no estado funcido
Material amorfo Densidade (g/cm3) Material cristalino Densidade (g/cm3)
ABS 0,88 POM 1,15
CA 1,02 PA 0,91
CAB 0,97 PE 0,71
PC 0,97 PP 0,73
PMMA 0,94
PS 0,91
PVC (rígido) 1,12
PVC (flexível) 1,02
SAN 0,88

3 – Usar a formula P = V . K

Onde:

P = peso máximo em gramas


V = volume máximo injetável
K = densidade do material no estado fundido

Exemplo: Volume da máquina = 392 cm3


Material usado POM - K = 1,15

P=V.K
P = 392. 1,15
P = 450,8 g

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Neste exemplo, a máquina injetora tem capacidade de injeção máxima de 450,8 gr de


POM.

Sistema de fechamento
São características importantes da unidade de fechamento, para relacionar com o
molde:

Diâmetro do anel de centragem: elemento da injetora usado para centralizar o molde,


em relação à unidade injetora.

Distância entre colunas: espaço de passagem do molde (a largura do molde deve ser
menor que a distância entre colunas).

Altura máxima e mínima do molde: é a faixa de altura de moldes que a máquina


injetora comporta.

Curso de abertura: é a distância máxima que a placa móvel pode se afastar da placa
injetora.

Curso de extração: é o curso de movimentação do sistema de extração da injetora.

Força de fechamento: é a força aplicada pela Unidade de fechamento, no sentido de


manter unidas ambas as partes do molde durante a injeção. Deve ser expressa em
toneladas.

Para se determinar a força de fechamento necessária para o molde, é preciso


conhecer dois dados:

1 – A área projetada da figura da peça, na linha de fechamento do molde.


2 – A Pressão média exercida na cavidade do molde, durante a fase de injeção do
material na cavidade. Este valor depende diretamente de uma série de variáveis,
tais como:

• Tipo de material usado;


• temperatura de plastificação do material;
• temperatura do molde;
• características da peça a ser moldada;
• espessura de parede (variável de ponto a ponto);
• comprimento e tortuosidade do percurso de fluxo;
• grau de acabamento das paredes da cavidade;

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• resistência ao fluxo (do material que se pretende utilizar).

Para se obter o valor da pressão média, devemos utilizar o diagrama da figura 1 e o


procedimento a seguir:
P.
1000

900

800

700

600

500

400

300
LF/S
300
250
200
200
150
100
100
75

0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5

Pressão média no Espessura média da


molde parede

Fig. 1 – diagrama para o cálculo da pressão média no molde

Verificar o percurso de fluxo (LF), que é a distância entre o ponto de injeção e o ponto
da peça mais afastada deste.

Calcular a relação de fluxo, que é a relação entre o comprimento do percurso de fluxo


(LF) e a espessura média (S) das paredes da peça a injetar.

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Através do valor encontrado e utilizando o diagrama (Fig. 1), sabe-se a pressão média
na cavidade do molde.

Exemplo: Uma peça com LF = 150 mm e espessura de 1,5 mm (Fig 2), resultará na
seguinte relação:

LF = 150 = 100
S 1,5
Projeção da área sobre a placa
móvel (plano de injeção)
Espessura (s)

Ponto de
injeção

Comprimento do percurso do fluxo

Fig. 2 – perfil do fluxo, espessura e área de projeção da peça.

No diagrama da Fig. 1, localizar o ponto de interseção entre a curva relativa à relação


do fluxo (em nosso caso 100) e a linha relativa à espessura da parede 1,5).
Transportando este ponto ao eixo das ordenadas, será encontrado o valor da pressão
(nesse caso = 200).

A força de fechamento resultará da fórmula:

TF = A x PM x KM

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Onde:

TF = Tonelagem de fechamento
A = Área projetada
PM = Pressão média
KM = Constante relativa à resistência ao fluxo do material que se pretende utilizar
KM = 1 para materiais de fácil fluxo (PA, PEAD, PEBD, PS, etc).
KM = 1,5 para materiais de médio fluxo (SAN, ABS, CA, POM, SB, etc).
KM = 2 para materiais de difícil fluxo (PC, PMMA, PVC rígido, etc).

Nota: Aumentar em 10 a 15% o valor da força de fechamento calculada, a fim de se


obter uma suficiente margem de segurança.

Molde de injeção
O molde de injeção é um conjunto de placas de aço, montadas em determinada ordem,
capaz de reduzir, através de suas cavidades, o produto desejado.

01 – Placa de fixação superior;

02 – pino de retorno da Placa extratora;

03 – contra placa extratora;

04 – placa extratora;

05 – pino de encosto;

06 – placa de fixação inferior;

07 – anel de centragem;

08 – placa cavidade superior;

09 – placa cavidade inferior;

10 – placa suporte;

11 – parafuso de fixação;

12 – bucha de injeção;

13 – pino extrator;

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14 – parafuso de fixação;

15 – coluna guia;

16 – bucha guia;

17 – espaçador.

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Formas de conservação de moldes


Ao fim da utilização do molde, ou seja, no início do Set-up, com o molde ainda na
máquina, aberto, o mesmo deve ser lubrificado.

• Se o molde não estiver com suas partes externas protegidas com tinta, o mesmo
deve ser lubrificado em sua totalidade.
• Se o molde estiver com suas partes externas protegidas com tinta, a lubrificação
deve ser feita nas placas matrizes e colunas.

Ainda com o molde em máquina, observar se existem danos aos pinos de extração,
colunas e buchas do molde, para posteriores reparos.

Ao fim da remoção do molde, o mesmo deverá ter seus canais de refrigeração limpos,
pelo seguinte processo:

• Utilizar ar comprimido para a remoção do líquido utilizado para a refrigeração do


molde, durante o processo.
• Observar a total remoção do líquido dos canais de refrigeração.

• Aplicar um produto antioxidante (óleo).

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Antes de segregar o molde ou acondicioná-lo no seu local de armazenamento, deve-se


observar se os parafusos de união (fixação) das placas que compõem o molde estão
fixos, para evitar que, na próxima utilização, ocorram problemas que possam
acarretar danos ao mesmo.

Sugestão:

Se possível, tenha como hábito guardar, juntamente com o molde, a última injetada
(peças e canais de injeção), para melhor visualização das condições do molde.

Fundamentos da injeção

I - Uma peça injetada só pode ser conseguida com a combinação correta de


máquina, molde e material:
Mesmo utilizando a melhor matéria plástica, não se conseguirá uma produção rentável,
se:
• Essa matéria plástica for difícil de ser processada;
• a máquina não puder ser ajustada corretamente, por deficiência de comando e
regulagem;
• a máquina não for regulada corretamente;
• não se levar em consideração, na fabricação do molde, o tipo de matéria plástica
a ser injetada.

II - Também a máquina, mesmo tendo o melhor projeto e técnica de


processamento, várias possibilidades de comando e regulagens e alta produção,
não será a ideal, se:
a) O molde for projetado erradamente ou se sua execução for muito flácida. Isso pode
ocorrer caso:

• A temperatura não seja for controlada corretamente;


• O rendimento e a velocidade do molde não se harmonizarem com a máquina.
• o material for difícil de processar;
• o material não seja preparado corretamente (Ex: Pré-secagem).

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b) O bom molde necessita, além de sua adaptação à matéria plástica, de observação


da contração (longitudinal e transversal ao sentido do fluxo). Assim, é necessário
observar:

• O sistema de temperatura correta (ciclo de temperatura, sistema térmico, etc.);


• a combinação correta dos canais de entrada e de distribuição;
• a adaptação à máquina, tal como distâncias entre colunas e dimensões das
placas, altura máxima e mínima do molde, curso de abertura do molde e sistema
de fixação rápido e seguro;
• As possibilidades de entrada de sinais à máquina, por exemplo, a comunicação
da pressão de recalque, dependendo do preenchimento das cavidades.

III - Antes de cada regulagem da máquina, deve-se levar em consideração as


variáveis do material e da peça, ao invés de considerar valores de referência
fixos.
A injeção é um processo influenciado por vários fatores. A combinação de material,
molde e máquina, por exemplo, resulta em um grande número de variáveis, que se
deve levar em consideração a cada produção. Isto significa que não se deve efetuar
uma regulagem apenas a partir de tabelas. Deve-se refletir, de forma lógica e
racional,sobre todas as variáveis do processo, analisando os valores separadamente e
os fatores que possam vir a alterá-los.

Exemplos: Se para um material foram estabelecidas temperaturas no cilindro, os


tempos e a permanência da massa no cilindro podem variar consideravelmente no
valor indicado. Se aproveitarmos o volume máximo de injeção em uma reduzida parte,
com um longo período de parada, então a temperatura deverá manter-se baixa, para
não degradar o material.

Em contrapartida, se a carga de material é alta e o tempo de permanência no cilindro é


menor, deve-se procurar a faixa superior de temperatura.
Igualmente, tem um papel importante na regulagem da temperatura do cilindro, a
regulagem das rotações da rosca, da contrapressão e o dimensionamento da rosca.

Exemplos semelhantes podem ser indicados no ajuste de todos os valores, tais como:
a combinação de rotações de rosca, material, tamanho da rosca, comprimento da
rosca, compressão, temperatura do cilindro, tempo do ciclo, etc.

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OU contrapressão, material, rosca, potência de plastificação;

OU velocidade de injeção, material, temperatura do cilindro, canais de entrada, canais


de distribuição, geometria da peça, superfície da peça, força de fechamento, etc;

OU pressão de injeção, qualidade da peça, resfriamento no molde, constituição da


pressão, etc.

IV – Preenchimento e modelação da peça.


Escolha a velocidade de injeção:

a) Elevada, é usada para:

• alcançar um curto tempo de injeção;


• preencher a peça em todas as suas partes, com uma fusão de igual viscosidade,
mantendo ao mínimo as tensões internas;
• alcançar uma formação cristalina uniforme nos materiais parcialmente cristalinos;
• manter baixa a força de fechamento.

b) Baixa, é usada para:

• conseguir uma boa superfície da peça;


• Evitar o atrito demasiado do material fundido nas bordas agudas da peça, nas
trocas de direção do fluxo e nas alterações de espessura de parede;
• não arrastar partículas já esfriadas;
• não esquentar demais o canal de entrada;
• conseguir um preenchimento suave de peças com grandes espessuras.

Toda cavidade do molde deve ser preenchida em forma de “inchamento”, no sentido do


fluxo do material, evitando-se a formação de “verminoses” e, eliminando juntas frias
(costuras). Assim, escolha a velocidade correta de injeção.
A peça deverá estar comprimida corretamente. Escolha a pressão exercida sobre a
peça, tão alta quanto necessária e tão baixa quanto possível.

Uma pressão de recalque muito elevada e de grande duração, de nada valerá, se o


canal de entrada ou de distribuição já estiver solidificado.

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V - Deve-se ter em conta o controle do molde, já que é nele que nasce a peça.
Para a qualidade das peças, a temperatura correta do molde é tão importante quanto a
regulagem da máquina.

O objetivo é regular a temperatura, de forma que cada zona, de cada peça, esfrie ao
mesmo tempo em que as demais.

Selecione a temperatura do molde para o respectivo material.

Caso seja necessário interromper o ciclo, deve-se interromper a refrigeração, para que
a temperatura do molde não desça demasiadamente.

Caso o molde tenha partes móveis, como por exemplo, gavetas, núcleos puxadores,
núcleos giratórios, postiços, etc, deve-se lubrificar separadamente estas partes, com
algumas gotas de óleo ou com graxa.

Toda peça deve solidificar-se em direção ao canal de entrada, a fim de que a pressão
de recalque possa compensar a contração até sua última fase.

Por isso, injete nas zonas mais espessas, ou aplique a temperatura do molde dirigida
sobre a peça.

VI - Ajuste da máquina, de forma rentável.


Mesmo quando necessário o funcionamento semi-automático da máquina, deve-se
atingir um ciclo uniforme.

Cada interrupção do ciclo leva a alterações na qualidade da peça injetada.


A mesma qualidade só é alcançada alguns ciclos depois.

Na máquina de injeção é muito importante, também, a harmonia de movimentos.

Freadas bruscas das unidades de fechamento ou de injeção, fechamentos bruscos das


placas ou da unidade, choques hidráulicos e modificações rápidas de velocidade
devem ser evitadas, para não desgastar desnecessariamente a máquina e o molde.

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No princípio da operação, nunca se deve aplicar o máximo das forças e velocidades,


mas sim, iniciar com as mínimas, até chegar às condições normais de trabalho
contínuo.

VII - Ordem e sistema de trabalho resultam em rentabilidade.


Alguns cuidados de manutenção, sistemas racionais de trabalho e atenção para o que
se está fazendo, representa maior produtividade.

Engraxar, pulverizar e limpar periodicamente o molde e a máquina pode significar a


economia de várias horas de parada da injetora, para reparo.

Coloque o molde corretamente na máquina.


Coloque sempre a tampa sobre o funil, a fim de evitar a entrada de partículas no
cilindro de plastificação, bem como de materiais e peças estranhas ao processo de
plastificação. Abra os sacos de material imediatamente antes de seu uso; ao terminar
de usá-los, feche-os. É preciso pensar seriamente em uma modificação no processo,
caso passe a ter mais material granulado sobre as resistências, em torno do bico ou
embaixo da máquina, do que no próprio funil de material.

VIII - Segurança no trabalho – “As mãos não são tão fortes quanto à força de
fechamento.”
Mantenha a máquina sempre limpa, a fim de evitar escorregões.

Somente retire o material derramado entre o bico injetor e o molde, com uma barra de
cobre e com a máquina parada.
Proteja o rosto e as mãos, na purga do material.

A retirada de elementos de proteção não aumenta a velocidade de produção e sim, os


riscos de acidentes.

Os elementos de proteção também podem falhar. Sempre devemos, por isso, controlar
e testar o seu funcionamento.

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Parâmetros (definições)

I - Unidade de Fechamento

Curso de abertura – É o curso (espaço) a ser percorrido pela placa móvel, suficiente
para que a peça injetada (peça mais canal de injeção) possa ser extraída.

Velocidade de abertura – É a velocidade (vazão) aplicada para movimentação da


placa móvel, tendo seu início com o molde totalmente fechado, até atingir o curso de
amortecimento (desaceleração).

Curso de amortecimento (desaceleração) – É o espaço percorrido pela placa móvel


no fechamento / abertura, com a velocidade reduzida inferior à velocidade aplicada
para movimentar a placa móvel.

Velocidade de amortecimento (desaceleração) – É a velocidade (vazão) inferior à


aplicada no movimento de fechamento / abertura, com o objetivo de reduzir (frear) a
placa móvel, sem que a mesma atinja o fim do movimento, para não ocasionar
choques.

Pressão de abertura – É a pressão hidráulica aplicada para movimentação da placa


móvel, tendo início com o molde fechado, na posição molde travado até o fim do curso
da abertura.

Proteção do molde – É a pressão aplicada na placa móvel, após a pressão de


fechamento e que termina no início do travamento (como o nome já diz, tem o objetivo
de proteger o molde contra possíveis danos causados pelo travamento).

Velocidade de fechamento – É a velocidade (vazão) aplicada na placa móvel, para


que a mesma possa atingir a posição de início de proteção de molde ou
amortecimento, no fechamento.

Curso de proteção de molde – É o espaço onde a placa móvel, no momento do


fechamento, irá iniciar a redução da pressão aplicada no seu movimento até o
travamento, ou seja, o início da alta pressão.

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Travamento (fim da proteção de molde) – Posição que determina o início do


travamento.

Pressão de travamento (alta pressão) – Pressão aplicada para garantir a não


abertura das partes do molde, no momento da injeção.

II - Unidade de Extração

Posição para início da extração – É a posição que determina onde o extrator


hidráulico irá iniciar o movimento, para promover a extração da peça injetada. Posição
que deve estar próxima ao fim da abertura.

Curso de extração ou tempo – É o espaço que irá percorrer o extrator, e que deve
ser suficiente para promover a extração da peças injetadas.

Velocidade de tração – É a velocidade em que o extrator hidráulico irá se movimentar


para promover a extração da peça.

Pressão de extração – É a pressão com que o extrator hidráulico irá promover a


extração da peça injetada.

III - Unidade de Injeção

Pressão de injeção: É a pressão utilizada para transferir o material (no estado


fundido) do interior do cilindro de plastificação para o interior da (s) cavidade (s) no
molde.

Pressão de recalque: É a pressão utilizada para garantir que o material injetado não
retorne do interior da (s) cavidade (s) do molde para o interior do cilindro de
plastificação.

Contrapressão: É a pressão contrária à pressão de dosagem. É a diminuição da


vazão do óleo do cilindro hidráulico no momento do retorno para o tanque.

Descompressão: É o recuo mecânico da rosca, sem dosar.

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Velocidade de injeção: É a velocidade (vazão) utilizada para transferir o material no


estado fundido, do interior do cilindro de plastificação para o interior da (s) cavidade (s)
do molde.

Tempo de injeção: É o tempo utilizado para a aplicação da pressão e da velocidade


de injeção.

Tempo de recalque: É o tempo utilizado para a aplicação da pressão de recalque.

Curso de dosagem: É a quantidade de material a ser transferida para o interior da (s)


cavidade (s) com uma pequena sobra, para garantir a aplicação do
recalque(aproximadamente 10% do volume utilizado para o preenchimento da
cavidade).

Curso de descompressão: É o espaço percorrido pela rosca, ao término da dosagem,


para reduzir a pressão da massa fundida criada pela dosagem. Esse espaço
percorrido sem que a rosca gire.

Tempo de resfriamento: É o tempo que determina o momento da abertura do molde,


ou seja, tempo que a peça injetada leva para se solidificar.

Operação e regulagem

I - Preparação - lista de controle


Qual o tipo de peça, molde, máquina e material?

PEÇA
Antes de confeccionar a peça, pergunte-se:

• Esta peça já foi fabricada por nós?


• Em que máquina?
• Quais são as experiências existentes?
• De quantas peças precisamos?

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• Qual o prazo para a entrega?


• São necessários dispositivos especiais de medição?
• Qual é o peso e quais as dimensões da peça (cilindro de plastificação e força de
fechamento)?

MOLDE
Em relação ao molde, questione-se:

• Onde está armazenado?


• Como podemos transportá-lo?
• Quais os dispositivos de fixação necessários?
• O molde é apropriado às dimensões da máquina, às colunas, à centragem, etc?
• Existem os dispositivos de elevação e transporte?
• O molde e os dispositivos de fixação estão preparados?
• Como controlar as temperaturas e o que é necessário para isso?
• Que aparelho de controle de temperatura será utilizado?

MÁQUINA
A respeito da máquina, pergunte-se:

• A partir de quando a máquina estará livre?


• A máquina está em ordem, sem falhas, com placas de fixação limpas,
lubrificadas, etc?
• Estão previstos equipamentos suplementares (extrator hidráulico, puxador de
machos)?
• Que cilindro de plastificação precisamos para este trabalho?
• Que tipo de bico será utilizado?
• O cilindro está pronto?

MATERIAL
Quanto ao material, questione-se:

• Onde está estocado?


• O material necessita de pré-secagem?

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II - Preparação da máquina
Acompanhe os seguintes passos:

• Fixe o molde;
• ajuste a unidade de fechamento;
• ajuste a altura do molde da máquina ao conjunto de fechamento (nas máquinas
com articulação);
• determine a posição de montagem, a centragem e as possibilidades de fixação;
• cubra as colunas com alumínio, PVC ou borracha;
• fixe bem o molde ao elevador e observe os semimoldes (parte fixa e parte móvel)
para que permaneçam juntos; caso seja necessário, aparafuse-os;
• as normas de prevenção de acidentes condicionam a montagem das partes do
molde, já com as portas de proteção abertas, não devendo as mesmas produzir
nenhum movimento. Por esta razão, as máquinas pequenas têm que trabalhar
com a porta de proteção fechada e o molde precisa estar fixado a um lado da
unidade de fechamento, para que a unidade possa fechar (lado da placa fixa);
• fixe bem o molde. Leve em conta o comprimento correto dos parafusos, a
dimensão das garras e bons calços de suporte;
• abra o molde com cuidado, levando em conta o curso de abertura;
• leve em conta o funcionamento dos elementos móveis (núcleos, gavetas). Se
necessário, aqueça o molde;
• ajuste a força de fechamento do molde (valores aproximados);
• ajuste a segurança do molde (baixa pressão);
• ajuste o curso de abertura do molde, com amortecimento;
• ajuste o extrator;
• bloqueie o molde, apertando fortemente os dispositivos de fixação; se
necessário, aqueça-o previamente;
• ajuste a velocidade do conjunto de fechamento.

Ajuste da unidade de injeção


Siga os passos abaixo:

• Leve a rosca no cilindro à posição recuada;


• verifique o enchimento da rosca. Aqueça o cilindro e ligue a refrigeração do
cilindro de plastificação;

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• ajuste as temperaturas do cilindro (não muito altas), e as rotações da rosca


(rpm). Não gire a rosca antes que o material esteja plastificado;

• depois do aquecimento do cilindro, ajuste a força de encosto do bico;

• leve em conta que o molde está fechado. Controle o raio e a centragem, o


diâmetro do bico e sua profundidade de imersão, na placa fixa;

• regule a dosagem de acordo com o peso de injeção necessário. No começo,


dose um pouco menos. Manualmente e de forma escalonada, plastifique 5, 10,
20 mm, observando a entrada do material. Após uma pausa curta, injete
manualmente e controle a fusão;

• ajuste a velocidade e a pressão de injeção a valores médios.

Ajuste do comando da máquina

Para efetivar o devido ajuste do comando da máquina:

• Ajuste a chave de modo ao funcionamento: Manual - semi-automático -


automático (ajuste manual);
• faça a comutação da rotação da rosca durante a injeção, ou da pressão de
recalque por curso, ou por tempo, etc;
• ajuste os temporizadores (tempo de injeção, recalque, resfriamento e pausa);
ajuste os tempos, inicialmente longos, otimizando-os após as primeiras injeções.
• Uma vez verificados todos os ajustes, é possível passar à injeção de manual
para semi-automático;
• raramente a primeira injeção é aproveitável, mas, em seguida, deve-se otimizar
os ajustes.
• Se necessário, proceda da seguinte maneira:
• Aumente ou diminua a dosagem;
• reajuste a pressão e o tempo de injeção;
• observe o enchimento de massa residual;
• controle e regule a formação da pressão, durante o processo de injeção;
• verifique o tempo de refrigeração, e se possível, reduza-o;
• harmonize a seqüência da máquina, ou seja, ajuste melhor as velocidades, a
seqüência e o amortecimento;
• se existirem peças oticamente boas, realiza controle de peças mais exatas, ou
mande-as para serem examinadas pela seção de controle de qualidade;
• se necessário, reajuste as diversas funções;

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• anote os dados otimizados da máquina;


• leve em conta o bom controle e o transporte das peças.

Caso seja possível, deve-se procurar um ciclo “totalmente automático” da


máquina, pois somente neste caso, pode-se alcançar uma qualidade uniforme
das peças.

Cuidados para o início de produção


• Ligar a chave geral da Máquina injetora;
• ligar o comando para energizar a Máquina injetora;
• abrir a refrigeração da base do funil e a do trocador de calor da Máquina injetora;
• verificar, na Máquina injetora, o funcionamento dos itens de segurança para o
operador;
• ligar o motor da bomba hidráulica, da Máquina injetora;
• verificar a ficha técnica de injeção, para ajuste dos parâmetros;
• conferir o curso de extração;
• conferir o funcionamento do sistema de segurança de molde;
• lubrificar o sistema de extração do Molde;
• conferir a temperatura real do cilindro, de acordo com a temperatura ajustada;
• abrir a tampa de alimentação do cilindro de plastificação (base do funil);

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• no comando manual, descarregar o Cilindro de plastificação (remover resíduo);


• fechar a Máquina Injetora no manual;
• encostar o Bico do Cilindro de plastificação na Bucha de injeção do molde;
• ano manual, abrir o molde;
• passar para o comando semi-automático e iniciar o processo de injeção;
• descartar as peças produzidas nos primeiros cinco ciclos;
• abrir a água de refrigeração do molde;
• verificar a qualidade do produto;
• passar o comando para o ciclo automático;
• conferir se o tempo do ciclo total está de acordo com a ficha técnica.

Obs. A cada duas horas, conferir com a ficha técnica de injeção, o funcionamento do
equipamento.

Cuidados para o término da produção


• Retirar o funil de alimentação do bocal do cilindro de plastificação;

• trabalhar com o equipamento no comando automático / semi-automático, até


esgotar o material do cilindro de plastificação;

• fechar o registro de refrigeração do molde;

• passar o equipamento para o comando manual e recuar a unidade de injeção;

• com o auxilio de um pano limpo, limpar as faces de fechamento do molde;

• aplicar uma camada de protetivo / anticorrosivo nas faces do molde;

• no comando manual, encostar as faces do molde sem travar a articulação do


sistema de fechamento;

• desligar a bomba hidráulica;

• desligar o comando do painel de controle;

• desligar a chave geral da máquina;

• fechar o registro do trocador de calor e refrigeração da base do funil.

Obs. 1 - Nunca interrompa o trabalho da máquina injetora (deixando o cilindro de


plastificação carregado de material), de moda a evitar problemas no novo início de
produção.

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Obs. 2 – Sempre que houver manutenção do equipamento, desligue a chave geral.

Indicação para o processamento de polietileno (PE)

Características do material:
Material bastante flexível, até macio, de acordo com a densidade. Resistente ao frio até
-40 ºC, resistente a golpes, inquebrável, boas propriedades dielétricas, baixa
higroscopia, sem riscos à saúde, sem cheiro forte, opaco.

Resistente :
A ácidos, a bases, a dissolventes, a álcoois, à gasolina, à água, a óleo e a sumo de
frutas.

Não resistentes :
A aromatizantes, a hidrocarbonetos e a clorados, com risco de ruptura por tensão.

Exemplos de aplicação:
Utilidades domésticas, baldes, brinquedos, recipientes, tubos.

Temperatura do cilindro

Zona de alimentação 140 – 300 ºC


Zona de alimentação 180 – 350 ºC
Zona de compressão 200 – 350 ºC
Zona de homogeneização 220 – 350 ºC
Bico 220 – 350 ºC

Pressão de injeção:
Devido à sua boa fluidez, não é necessário que a pressão seja alta, podendo variar de
600 a 1500 bar.

Recalque:
Devido à contração relativamente alta, é necessário longo tempo de recalque nas
peças técnicas, aproximadamente de 30 a 70 % da pressão de injeção.

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Contrapressão:
De 100 a 250 bar. Se houver baixa pressão, o peso da peça será desigual.
Velocidade de injeção:
Para artigos de embalagem com paredes finas, são necessárias altas velocidades de
injeção. Em outros casos, a velocidade de injeção média é a mais vantajosa.

Rotação da rosca:
A regulagem do número de rotação da rosca é possível. A velocidade deve ser
regulada de tal forma, porém, que o processo de plastificação termine durante o tempo
de resfriamento.

Temperatura do molde:
De 0 a 55ºC.

Pré-secagem:
Não é necessária.

Reaproveitamento:
É possível reaproveitar 100 %, como material moído.

Contração:
De 1,5 a 2 %; quanto maior a contração, maior será a torção.

Velocidade de Injeção:
De 5 a 95% do volume do cilindro podem ser aproveitados.

Parada da máquina:
Não é necessário passar nenhum material. Material térmico muito insensível.

Injeção das peças:


A injeção das peças é feita através do canal de entrada de pontos, canal quente, canal
isolado e câmara prévia de pontos. São suficientes seções relativamente pequenas.
Indicação para o processamento de polipropileno (PP)

Características do material:
Este material é mais duro e resistente à temperatura que o PE (Polietileno), mas

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menos resistente ao frio. É apropriado especialmente para bisnagas. É duro, pesado,


frágil, possui características dielétricas muito boas, é esterilizável a 120ºC, sem risco
para a saúde, sem cheiro.

Resistente :
A ácidos, a bases, a sais, a álcoois, à gasolina, à água, a óleo e a sumo de frutas.

Não resistente :
A hidrocarbonetos clorados ( evite contato com cobre). Apresenta pouca tendência à
formação de ruptura por tensão.

Exemplos de aplicação:
Pára-choque de automóveis, linha doméstica (copo, jarra, prato, etc).

Temperatura do cilindro
Zona de alimentação 150 – 210 ºC
Zona de alimentação 210 – 250 ºC
Zona de compressão 220 – 250 ºC
Zona de homogeneização 220 – 250 ºC
Bico 240 – 260 ºC
Possibilidade de chegar até 300 ºC

Pressão de injeção:
Maior pressão de injeção necessária: de 1200 a 1800 bar.

Recalque:
Para evitar pontos de depressão é necessário um tempo prolongado de recalque
(cerca de 50% do tempo do ciclo).

Valor da pressão: De 40 a 80% da pressão de injeção.

Contrapressão:
De 100 a 200 bar.

Velocidade de injeção:
É necessária uma elevada velocidade de injeção.

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Rotação da rosca:
A regulagem do número de rotação da rosca é possível. A velocidade deve ser
regulada de tal forma, que o processo de plastificação termine durante o tempo de
resfriamento.

Temperatura do molde:
De 20 a 60ºC. Quanto mais alta a temperatura do molde, melhor será a superfície das
peças.

Pré-secagem:
Não é necessária.

Reaproveitamento:
É possível reaproveitar 100 %, como material moído.

Contração:
De 1,2 a 2,2 %.

Volume de injeção:
É possível aproveitar de 10 a 90%.

Parada da máquina:
Não é necessário passar nenhum material posteriormente. Material térmico muito
insensível.

Injeção das peças:


A injeção das peças é feita através do canal de entrada de pontos, em série: canal
quente, canal isolado, câmara prévia, canal de entrada nas zonas mais grossas da
peça.

Forma da peça:
Leve em conta que não existem cantos vivos nas peças. Espessura de parede irregular
provoca torção. Para evitar chupagem, os reforços da peça só podem ter de 40 a 60%
da espessura da parede. As inserções são possíveis, não se produzindo formação de
fissuras. Peças rígidas e sem torção são possíveis, através de PP reforçado com talco.

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Indicação para o processamento de poliestireno (PS)

Características do material:
Material duro, rígido, frágil. Possui excelentes propriedades elétricas e dielétricas,
baixa absorção de umidade e elevada estabilidade dimensional. É transparente,
brilhante, facilmente pigmentável, insisto e inodoro.

Resistente :
A ácidos, a bases, a álcoois , a graxas, a óleo e a soluções salinas.

Não resistente :
À gasolina, a benzol e a muitos outros dissolventes, por risco de ruptura por tensão.

Reconhecimento do material:
PS é facilmente inflamável, queima com forte luz, deixa muita fuligem e tem cheiro
típico, adocicado.

Exemplos de aplicação:
Utilidades domésticas, brinquedos e carcaças de aparelhos eletrônicos.

Temperatura do cilindro

Zona de alimentação 150 – 180 ºC


Zona de alimentação 180 – 230 ºC
Zona de compressão 210 – 230 ºC
Zona de homogeneização 210 – 230 ºC
Bico 210 – 230 ºC

Pressão de injeção:
Por sua boa fluidez,não necessita de pressões muito elevadas.

Recalque:
Tempo de recalque relativamente curto. Geralmente é necessário de 30 a 60% da
pressão de injeção.

Contrapressão:

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De 100 a 200 bar (contrapressão muito baixa).sugestão!

Velocidade de injeção:
Depende da geometria da peça. Para peças de parede fina, que a velocidade da
injeção seja tão rápida quanto possível.

Rotação da rosca:
São possíveis altas rotações da rosca, se bem que é preferível plastificar de acordo
com o tempo de resfriamento.

Temperatura do molde:
De 10 a 50 ºC

Pré-secagem:
Não é necessária.

Reaproveitamento:
Pode ser reaproveitado até 100%, como material moído.

Contração:
Aproximadamente 0,45%.

Velocidade de injeção:
De 5 a 95% do volume do cilindro podem ser aproveitados.

Parada de máquina:
Não é necessário passar nenhum material para limpar o cilindro. Material térmico
insensível.

Injeção das peças:


É feita através do canal de entrada em ponto, canal câmara quente, canal isolante e
câmara prévia. São suficientes seções relativamente pequenas.

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Indicação para o processamento de poliestireno de alto impacto (PSAI)

Características do material:
O material é duro, rígido, pouco frágil. Pelo conteúdo em butadieno, é opaco,
pigmentável e tem absorção de umidade maior que o poliestireno.
É processado como o poliestireno normal, eventualmente pré-secado.

Resistente : ácidos, a bases, a álcoois , a graxas, a óleos, a soluções salinas e a


detergentes.

Indicação para o processamento de estireno-acrilonitrila (SAN)

Características do material:
O material é duro, rígido, brilhante, resistente a trocas térmicas e é mais resistente que
o PS. É transparente, de fácil pigmentação, possuimaior absorção de umidade e de
hidratação que o PS. Não oferece riscos para a saúde, écolável e soldável.

Resistente :
A ácidos, a bases, a álcoois , a graxas, a óleos, a soluções salinas e à gasolina. É
processado como o Poliestireno.

Exemplos de aplicação:
Eletrodomésticos.

Indicação para o processamento de acrilonitrila-butadieno-estireno (ABS)

Características do material:
O material é duro, resistente à temperaturas ( ao frio de até –40ºC e ao calor de até
150 º C). É opaco, resistente à intempérie, condicional baixa absorção de umidade,
sem risco para a saúde, metalizável galvanicamente, de fácil pigmentação e é fácil de
ser cortado.

Resistente :
A ácidos, a bases, a hidrocarbonetos, a óleos, à graxa (material especial também
cristalino).

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Não resistente:
À acetona, a éter, a benzoletílico, a cloreto etílico, a cloretoetilênico, à anilina e à
essência de anis.

Exemplos de aplicação:
Botões para rádios e carcaças para eletrodomésticos.

Temperatura do cilindro

Zona de alimentação 150 – 180 ºC


Zona de alimentação 180 – 230 ºC
Zona de compressão 210 – 250 ºC
Zona de homogeneização 210 – 250 ºC
Bico 210 – 250 ºC

Pressão de Injeção:
De 1000 a 1600 bar.

Recalque:
A pressão de recalque deve ser relativamente curta, aproximadamente 30 a 60 % da
pressão de injeção.

Contrapressão:
De 100 a 250 bar.

Velocidade de Injeção:
Escalonamento vantajoso, primeiro lento, depois com rápida injeção.

Rotação da rosca:
O uso da rotação da rosca máxima é possível. É recomendável plastificar com uma
velocidade tal, que esta termine durante o processo de resfriamento.

Temperatura do molde:
De 30 a 80ºC. Quanto mais elevada a temperatura do molde, melhor será a qualidade
da superfície. Ao mesmo tempo, a incidência de junções diminui,de acordo com o
aumento da temperatura do molde.

NTP – Núcleo de Tecnologia do Plástico 89


Escola SENAI Mario Amato – Processos de Transformação I

Pré-secagem:
Em geral, esse material pode ser usado diretamente da embalagem original, sem pré-
secagem. Se necessário, pré-secar por 3 a 4 h, a 80ºC. O material granulado
higroscópico provoca bolhas, marcas de estrias, etc.

Material recuperado:
Caso não afetado termicamente, poderá ser adicionado até 30% a material virgem.

Contração:
De 0,4 a 0,7%.

Velocidade de Injeção:
De 10 a 90% do volume do cilindro é aproveitado.

Desligamento da máquina:
Não é necessário limpar o cilindro com outro material.

Ponto de injeção:
É possível a injeção em ponto, como também no canal de calor e de isolamento. A
espessura mínima de parede não deve ser menor que 0,7 mm.

NTP – Núcleo de Tecnologia do Plástico 90

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