Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
R.: O longo século XIX e o breve século XX distinguem-se por diferenças nas
dinâmicas das relações internacionais e nos paradigmas políticos correspondentes.
Uma diferença registada entre os períodos históricos é a noção de nacionalismo e
como se propagou e prevaleceu nas relações internacionais.
No breve século XX, a noção de nacionalismo reaparece, alterando, mais uma vez, as
dinâmicas políticas internacionais. Este nacionalismo, contudo, pode ser classificado
sob diferentes aspetos, motivações e origens. Dois tipos de nacionalismo relevantes
deste período histórico são o nacionalismo sentido pela Alemanha, e aquele sentido
pela Itália, sendo estes dois bastante explicativos das origens dos primeiros fascismos
na Europa. Para entendermos estes nacionalismos, há que primeiro definir
características-base de uma ideologia fascista. Esta é anti intelectualista,
conservadora, e sobretudo, anti individual, ou seja, o coletivo é a força que a propaga.
Esta força vem, portanto, de um forte sentimento de nação, de prevalecer o Estado e a
identidade nacional, que, consequentemente, irá expressar-se em ações imperialistas.
Assim, dado que a Itália (Mussolini) e a Alemanha (Hitler) denotam claras intenções
nacionalistas, podemos classificar estes nacionalismos emergentes de duas formas. O
nacionalismo sentido pela Itália é um de insatisfação e gula. Fazendo parte dos
vencedores da Grande Guerra, estes não se sentiram justiçados com os seus prémios.
Assim, partem de uma coletiva de revolta, saciada apenas pelo reconhecimento
externo da sua nação gloriosa. O nacionalismo alemão, por outro lado, é um ferido,
angustiado. A Alemanha, como vencida da Grande Guerra, sente-se inferiorizada pela
restante dinâmica europeia, vendo as suas armas retiradas, poder militar reduzido, e
liberdade censurada. Desta forma, forma-se um sentimento nacionalista que fomenta
de recuperar o orgulho e glória que antes prevalecia.