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Minha missão de salvamento

Lá estava eu, em mais uma noite de trabalho no restaurante "Delícia". Tinha duas pizzas para
entregar e um hambúrguer duplo.

Sim sou entregador. Entrego todo o tipo de comida rápida em qualquer lugar.

Meus familiares dizem que eu não deveria ter um emprego tão miserável.Mas ajuda-me a ganhar
algum dinheiro e eu gosto do emprego. Exceto a parte dos cães. Estes adoram perseguir-me.

O telefone toca:

- Restaurante "Delicia", boa noite.

- Boa noite, fazem entregas hoje?

- Sim, senhora.

- Queria pedir uma pizza.

- Já sei...

- Já sabe? Como?

- Bem, dessa hora as pessoas pedem pizza porque o jantar queimou, ou estragou... Enfim e qual a
sua preferencia?

- Pizza de peixe.

- Só isso?

- Sim.

- Ok (estranho) entrego a sua "pizza de peixe" daqui a dez minutos.

E desligo o telefone. Alguém toca no meu ombro.

- Sinto que não atendes bem os clientes. Se queres continuar no teu emprego terás de encará-lo
com maior entusiasmo.

- Mas eu trato os clientes bem. Entrego o que há para entregar. Sabe, houve uma cliente que pediu
pizza de peixe, mas não disse qual peixe. Então e se eu lhe der uma pizza de baleia ela terá do
aceitar, certo?

- Baleia é um mamífero.

- Credo, o senhor é dono de restaurante ou professor de biologia! Estou atrasado, por isso tenho de
ir fazer entregas.

Ir de moto fazer entregas é emocionante. Já fiz as primeiras três entregas e agora falta o da cliente
estranha.

Bato a porta. Um homem grande e peludo aparece e pergunta:


- Quem és tu, criança?

- Entregador, e não sou criança.

- O homem franziu o cenho.

- Eu não pedi nada. Mas talvez tenha sido a minha mulher. Com certeza ela queimou o jantar. Oh
Samira! Vem atender!

Uma voz fraca surge no fundo da casa:

- Já vou.

- Depressa mulher. Ela não serve pra nada! Nem para cozinhar.

A senhora vem a porta limpando as mãos sujas no avental. Tinha olheiras e parecia cansada.
Impressão minha ou ela tinha hematomas nos braços? O homem saiu esfregando a barriga.

- Posso só fazer-lhe uma pergunta?

- Claro.

- Porquê tantos hematomas no braço? - Ela tapou-me a boca com as mãos e fez sinal de silencio.

- Fala baixo! Ele pode ouvir!

- O seu marido. Ele bate em si?

- Sim. E já estou farta.

- Isso é horrível. O que faço para ajudá-la?

- Não sei! Só queria que ele voltasse a ser o homem que era. Talvez precise de um psicólogo. Mas
receio que ele é perigoso para mim.

- Não. As pessoas não mudam assim. Ele precisa da policia. Tem de ir para a prisão. - Ela baixou a
cabeça. - Não consegue telefoná-los?

- Não posso utilizar o telefone. Só para entregas ao domicilio.

- E não pode ir à esquadra mais próxima?

- Não posso sair de casa.

- Isso não pode continuar assim. Ele não é o seu pai. Porque não se separam? - Desta vez ela não
teve uma resposta imediata. Pensou e disse:

- Porque não sou nada sem ele.

- Não, a senhora é ...

O homem surgiu na porta de repente.

- O que a minha mulher é?

- Uma ... simpática, ... em querer dar-me gorjeta. Aqui tem a sua pizza de peixe, aproveite.
Fui para a minha mota e arranquei. Que sorte! Ainda bem que inventei isso de imediato. Vejo o
homem a empurrar a mulher para dentro e a fechar a porta. Coitada da mulher. Tenho de a ajudar.

Quando cheguei em casa meu pai estava lendo o jornal enquanto que a minha mãe estava
limpando a sala com aquele aspirador vindo da Espanha. Isso me incomodou.

- Ei pai, chegaste cedo hoje.

- Sim, filho, meu turno terminou mais cedo.

- Então podes ajudar a mãe, ela parece cansada.

- Oh não é preciso. Eu dou conta.

- Oh eu sei mãe, eu sei que consegues, mas o pai poderia ajudar-te não? (Olho com ar desafiador
para ele)

Ele retribuiu o olhar. - Ela disse que não é preciso!

- Pai!...

- Filho!...

Ah, desisto. Não posso lutar contra meu pai. Afinal de contas, ele é policia. Policia! É isso!

Depois de jantar (o jantar estava delicioso) enviei algumas mensagens no celular. Bati no quarto
dos pais e por sorte a mãe não estava por lá.

- Entra, filho.

- Pai, preciso falar contigo. Sabes o que é o machismo.

- Aquela teoria que os homens são superiores às mulheres?

- Exato.

- Não, não sou machista. Gosto da tua mãe e ela gosta de mim. E tratamo-nos bem um ao outro.

- Porque é que tens de descansar enquanto ela trabalha? É ridículo e antiquado.

- Ela não trabalha. Eu trabalho. Então ela limpa a casa, tarefas domésticas. Ajudamo-nos um ao
outro.

- Pai, esquece, não vou discutir. Tenho coisas mais importantes para te dizer.

- Diz lá que eu quero descansar.

- Pai, acho que hoje dei de caras com um casal abusivo. O homem bate na mulher. E eu quero ajudá-
la.

- Filho não te metas. Ele pode ser perigoso. Deixa isso para a policia.

- Então se eu disser o endereço a policia vai e prende o homem?

- Não, esta situação precisa de ter provas e investigação.


- E eu vou arranjar as provas.

- Não vais, não te deixo.

- Mas eu preciso.

- Não. Não quero problemas. A vida não é assim.

Fecho a porta dirijo-me ao meu quarto. Não vou desistir. Pego no meu bloco de notas novo. Vou
usá-lo para a minha investigação.

No dia seguinte acordei cedo. Estou pronto para a investigação. Pego na minha moto e vou para a
casa dos alvos.

O dia está calmo. Gosto sempre de dirigir por aquele caminho porque a estrada é limpa e os
passeios possuem canteiros de flores e árvores que dão sombra. O ar é fresco, e consigo ouvir
pássaros cantarem. Tudo isto transforma este subúrbio num paraíso.

Bato a porta.

- Quem é?

- O entregador.

A porta abre. Entro rápido. A casa está escura. Janelas fechadas e televisor desligado.

- Ele está cá?

- Não, saiu para comprar. E agora o que vais fazer?

- Não se preocupe, tenho um plano. Vou arranjar câmeras de segurança. Vai colocá-los pela casa.

- Depois entrego as provas que incriminem o seu marido. (Ela ficou triste quando chamei "marido" a
quem outrora seria um "bom marido".)

Em breve estará livre desse agressor. Mas tem de ser forte.

- Pareces cansado. Tens sede, fome?

- Talvez um copo de água. Por favor.

- Está bem.

Ela dirige-se para a cozinha. A sala de estar é pequena. Com os típicos sofás de um, dois e três
assentos. Muitos objetos de adorno. Quando digo "muitos" é porque são muitos mesmo.

Ouço o barulho de água a correr.

De seguida, Samira trouxe um copo de água a transbordar. Como estava com sede, bebi tudo.

- Obrigado. Agora estou a ir.

- Depressa! Ele pode chegar a qualquer...

A porta estava a ser aberta. Estou morto. O que faço?


Fujo para a cozinha.

- Samira... o que fazes aqui?

- Nada... estava a limpar.

O homem sentou-se no sofá cansado e pousou as bolsas.

- Sabes estou cansado. E ainda eu encontro o animal na porta e quase tropeço nele...

- Eu sei, precisas de descansar meu amor. Senta aqui no sofá. Vou preparar o jantar.

- Pequeno almoço...

- Oh pois o pequeno almoço, sim.

- Samira o que há. Estás a esconder-me algo. Não gosto que me mintas!

- Não estou a mentir. Olha vou já ali na cozinha já volto.

Estou a tentar passar na janela da cozinha. Estou quase.

- Sai daqui, ele está desconfiado.( ela disse num sussurro )

- Eu sei, estou a tentar.

Derrubei um frasco na janela. Caio pra fora da casa.

- Samira o que é isso?

- Nada, é o gato que estava na janela, derrubou o frasco dos crisântemos.

Rastejo pela grama das traseiras da casa. Ainda estou vivo e não quebrei nenhum osso.

De repente meu coração para.

A Samira! Ela está a gritar! O que faço. Pego o telemóvel para pôr o gravador. Sem bateria!

Ouço o barulho de socos. Ela pede ajuda. Vidros quebram. Lágrimas saem-me dos olhos. Estou com
medo.

Corro para a minha moto e arranco.

Mas não vou para casa... tenho outro destino.

"Computadores lda", a empresa de computadores da minha prima Suellen. Aberto das 08:00 às
12:00 e das 15:00 às 19:00. (Porque é que eu li isto?)

Dirijo-me à porta e esta abre-se sozinha.


- Marcelo, primo o que fazes aqui, estás bem?

Falei com ela sobre tudo. Ela aceitou ajudar-me. Forneceu-me tres cameras pequenas.

Não tenho tempo a perder. Corro para a casa dos alvos.

Ainda estou transtornado pelo que aconteceu. Só quero ver como a Samira está.

Bati a porta com receio.

O homem abriu a porta.

- Quem é... oh és tu, o entregador de pizza.

- Olá, vim aqui para ... entregar um brinde.

- Mas porquê?

- Ora porque ... vocês foram o nosso milésimo cliente. Estes objetos são de adorno por isso pode
espalha-los pela casa. Não são lindos?

- Não sei, não tenho cabeça para coisas de dona de casa.

- A sua mulher gostaria?

- Ela? - disse com desprezo - É uma péssima dona de casa. Vou chamá-la.

Ele dirigiu-se para a cozinha. Ela veio triste e quando me viu, recuperou um pouco de animo. Depois
o homem abriu a porta.

- Samira, estou saindo!

- Sim, Pedro está bem.

E fechou a porta.

- Nem sabia que ele se chamava Pedro. Enfim. Irá colocar estas cameras espalhadas pela casa. Em
locais onde o "Pedro" nunca desconfiaria.

- Vou colocar duas aqui em baixo. Ajuda-me e coloca a outra no corredor lá em cima. Na estante.

Fiz o que ela ordenou. Coloquei-a na estante. Nas paredes do corredor haviam muitos quadros,
mas um chamou-me atenção. Samira e Pedro juntos e felizes. Algo me fez pensar que talvez ela não
queira abandona-lo. Mas temos de fazer escolhas difíceis na vida.

Desço as escadas. Está na hora de ir.

- Já está. Agora é só esperar para que...

- Que ele me bate de novo, não é?

- Não, não quis dizer isso.


- Estou farta! - disse com desespero - De ser chutada. De ser magoada todos os dias. De preparar a
comida para que a seguir ele a cuspa na minha cara. Eu sofro. Quero morrer. Quero acabar com esse
sofrimento.

- Tem de permanecer forte. Eu a compreendo.

- Não compreendes! Sabes o que é estar sempre em casa a limpar e nunca sair. De ver o mundo pela
janela ou pela televisão.

De não ter amigas para que eu possa desabafar. Ele acha que meus problemas são leviandades.

- Nunca teve amigas?

- Claro que tive. Na escola, no liceu… Eu era a rainha da turma. Tinha amigas a valer.

Depois o Pedro chegou. O rapaz charmoso que toda a garota desmaiava quando passava. Ele
parecia gostar de mim. Gostava dele.... e ainda gosto... Ele elogiava-me e oferecia-me presentes.

- Mas eu não entendo, como sua vida ficou assim?

- Quando ele começou a afastar-me das minhas amigas. Dizia que elas tinham inveja de mim. Que
eram interesseiras. Dava-me conselhos e eu confiava cegamente. Dependia dele.

- Em qualquer aspeto?

- Sim. O que ele dizia era ordem para mim. Era meu soberano e eu o louvava. E quando ele chateava-
se eu tinha de fazer tudo para lhe agradar.

- Na primeira vez que ele a tratou mal, deveria afastar-se dele.

- E eu ia. Mas no dia seguinte ele apareceu na minha casa com um buquê de flores. Meus pais
estavam por lá e eles acharam sua atitude romântica. Pediu-me desculpas e disse que estava
incomodado com algo.

- Eu irei ajudá-la. Vai esquecê-lo e viver de novo.

- É disto que eu temo. Não tenho coragem para sair na rua sem o Pedro me dizer onde vou e porquê
vou. De colocar os pés no chão, sentir o ar fresco e viver por conta própria.

- Ninguém merece ser o objeto de alguém. Juntos colocaremos este homem na prisão.

A mulher sentou no sofá, parecia cansada e muito preocupada. Fechou os olhos.

- Bem, estou a sair. Se precisar de alguma coisa ligue para o Restaurante Delícia.

Andei em direção à porta.

- As cameras funcionam mesmo?

- Sim. Não se preocupe. Ficará livre desse agressor.

Fechei a porta. Apanhei a moto e parti para casa.

Cheguei em casa. Diriji à cozinha e bebi um copo de água.


- Filho está na hora de escolheres uma profissão. Se queres ter um curso precisas saber "qual" o
curso!

- Pai, não sei. Estás a forçar-me a escolher.

- Mas tens de escolher. Quanto mais cedo, melhor. A propósito, acho que davas um bom juiz.

- Juiz? Não, que horror. Para colocar pessoas na cadeia... e quando eles saírem? Vão perseguir-me.

- Filho, que ridículo. Enfim, era só um palpite.

- Ok. Vou subir para o quarto.

Fecho a porta. Está na hora. Ligo o computador. Abro a aplicação que a minha prima transferiu.

Fantástico, consigo ver das três cameras e com som. Samira está a lavar os pratos. Consigo ver
tristeza no seu rosto. Tristeza e medo. Essa camera mostra a cozinha e o quintal. Através do vidro
vejo um cão enorme ( um pitbull talvez )

Da segunda camera vejo a sala de estar vazia e triste. Da terceira vejo o corredor lá de cima.

- Filho esqueci-me de te dizer que a tua prima veio...

Oh não. Fui descoberto. Porque é que ele não bate a porta de vez em quando.

- O que é isto? Uma camera de vigilância? Que casa é aquela?

- Pai, eu...

- Já sei, já sei. O casal que disse para te afastares.

- Pai, aquela senhora precisa de mim.

- Não, não precisa.

- Pai, escuta-me tenho um plano. Vou dar as cenas à policia. O homem é detido e todo o mundo fica
bem.

- Desobedeceste-me, estás de castigo. Não sairás deste quarto.

A porta fechou com um ruído enorme.

Espera, ele trancou-me no quarto? Puxo a maçaneta. Nada! Estou farto dele... Espera... Ouço
gritos... Oh não! A Samira! Ele está a sufocá-la com as mãos à volta do seu pescoço. Tenho de gravar.
Mas não sei como. Talvez minha prima amanhã possa ajudar-me.

O Pedro parou. Pensou. Foi para a sala e de seguida para o corredor. E... está a olhar para mim!
Quebrou as cameras uma por uma. Por um instante meu ecrã estava preto.

É hoje que eu não durmo.

No dia seguinte acordei cedo e fui para a empresa com todos os equipamentos. ( Sim, depois o pai
destrancou a porta. )
Felizmente minha prima conseguiu recuperar a cena e a transferiu para uma pendrive. Já tenho
provas agora é só ir à policia. Mas vou primeiro para casa. Por as ideias no lugar.

Toco a campainha.

- Filho vieste cedo. Olha, tens uma visita.

- Hum, quem será?

Não acredito...

- Olá entregador.

- O que está a fazer aqui?

- Ele veio aqui para oferecer-te um emprego, filho.

- Não obrigado. Tenho um emprego.

- O emprego que estás sempre a faltar? Nesses últimos dias telefonei para o teu trabalho para pedir
sanduíches e disseram que entregas não estavam disponíveis. Talvez estivesses demasiado ocupado
com algo.

- Oh sim. Ele está a investigar um homem que parece cometer violência baseada no género! - Pedro
sorriu satisfeito.- E não me perguntes como descobri, filho!

- Mãe não digas nada!

- O senhor gostaria de um cafezinho?

- Sim, por favor!

Ela dirigiu-se para a cozinha.

- O que quer de mim?

- Faço-te a mesma pergunta. Não te metas na minha vida. Senão pagarás caro!

- Não tem vergonha em bater na sua própria mulher?

- Sabes que mais, não! Estou farto dela e penso arranjar outra.

- Que horror! Porque não se separam?

- Porque ela pode ser um perigo se andar por aí à solta. Agora rapaz faça-me um favor, não dê uma
de esperto comigo. Espero que não esteja a gravar o que eu digo.

- Aqui tem o seu café!

- Hum, obrigado! ... Delicioso!

- Então qual é a sua proposta?

- Passear meu cão. Eu sei que soa ridículo, mas pago 5 mil escudos por semana.
- Uau. Mas não quero. Não quero passear um pitbull e correr o risco de ser devorado por ele.

- Como sabes que é um pitbull. - disse-me com olhar desafiador-

- ... Porque parece o tipo de cão para a sua personalidade...

- Parece que tenho de ir. Agradeço o seu café minha senhora. O seu filho não quer o meu emprego.

- Fique mais. Tenho bolinhos no forno.

- Oh sendo assim, não posso recusar.

Ela foi para a cozinha. O homem voltou-se para mim.

- Então, tens algo a me dizer?

- Sim, eu não irei desistir de ajudar a Samira!

- Então não tenho escolha. - ele tirou algo da sua bolsa. Nesse momento eu saltei do sofá e corri para
longe.

- Estou farto de ti, entregador!

- Uma faca! A sério?! Pensei que tu tinhas um plano melhor.

Nesse momento a porta foi aberta. Meu pai surgiu com um revólver nas mãos.

- Não se mexa. Eu atiro!

Minha mãe surgiu. - Filho, estás bem?

Nesse momento, num ato de desespero Pedro dirigiu-se para minha mãe com a faca levantada. Mas
meu pai foi mais rápido e deu um tiro nele.

E agora Pedro estava deitado no chão com um furo no peito. Meu pai foi tirou a faca de suas mãos.

- Obrigado por me salvares, pai! Mas como descobriste?

- Eu contei. – minha mãe disse vitoriosa. - A princípio pensei que ele era um bom homem. Mas
depois eu ouvi tudo da cozinha. Esqueceram-se que a cozinha tem uma abertura para a sala?
Telefonei para o teu pai logo.

- Filho eu fui um covarde. Agora serei um homem melhor.

E assim que tudo terminou. Fomos à casa da Samira, e contamos tudo o que se passou. Ela deu um
grito de felicidade, o que é estranho pois pensei que ela ainda amava o marido. Agora ela sairá pelas
ruas livremente.

Eu e o pai reconciliamo-nos. Fui despedido do trabalho por faltar muitas vezes. Mas estou feliz!
Feliz porque sei qual será o meu curso. Vou ser deputado e lutarei pela igualdade de género no meu
pais.

Bem, é o fim!

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