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Exercício diagnóstico de Filosofia – 10.º ano


Ano letivo: 2022-23 / Data: setembro de 2022 / Duração: 45 minutos

Nome: ______________________N.º____ Ano: ____ Turma: ____ Apreciação: _________________

A finalidade deste exercício é fornecer informações iniciais sobre a turma, nomeadamente


se os alunos dominam algumas das competências decisivas na disciplina de Filosofia, como
por exemplo:
 a análise e interpretação de exemplos e textos;
 o raciocínio lógico e o pensamento crítico.
Os dados recolhidos permitirão ao professor recorrer a estratégias pedagógicas mais
adequadas e eficazes.

GRUPO I

1. Analisa os exemplos seguintes e responde às questões apresentadas.

Exemplo A
O Ildefonso para convencer o Jaime a sair com ele à noite, em vez de estudar para
o exame nacional de Filosofia, argumentou do seguinte modo:

— “Ou tu és um marrão* ou és uma pessoa que aproveita a vida. Ora, tu não és um


marrão. Logo, deves aproveitar a vida.”
* Alguém que só se interessa por estudar muito.

Exemplo B
A Maria Albertina argumentou que não se deve levar a sério as afirmações de um
cientista que investiga os efeitos benéficos do exercício físico para o sistema
cardiovascular, na medida em que o cientista é obeso e provavelmente não
conseguiria correr mais de cem metros.
“O melhor é mesmo não lhe dar ouvidos quando ele afirma que devemos fazer
exercício físico!” - observou ela.
Nigel Warburton, Pensar de A a Z, Editorial Bizâncio, Lisboa, 2012, p. 49 (adaptado)

© Carlos Pires e Sara Raposo 1/3


1.1 Será correto argumentar como o Ildefonso (no exemplo A)? Justifica, apresentando uma
razão.
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1.2. Será correto argumentar como fez a Maria Albertina (no exemplo B)? Justifica, apresentando
uma razão.
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GRUPO II

1. A partir da análise do cartaz do filme e do texto, responde às questões a seguir apresentadas.

Cartaz do filme “Cinema Paraíso” de Guiseppe Tornatore.

© Carlos Pires e Sara Raposo 2/3


Texto
“(…) Que sera sera. O que tiver de ser será. A vida é como um filme. Somos as
criaturas que aparecem no ecrã. Pensamos que temos vontade própria. Afinal,
estamos apenas a dar forma a acontecimentos predeterminados.”
Martin Gardner, Ah, apanhei-te!, Editora Gradiva, Lisboa, 1993, pág. 239

1.1 Formula, através de uma pergunta, o problema abordado no texto.


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1.2. Identifica a ideia defendida no texto.


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1.3. “O que tiver de ser será”. As coisas serão mesmo assim? Ou, pelo contrário, tu tens vontade
própria e o teu futuro depende de ti?

Na tua resposta deves expressar claramente a tua posição e argumentar a favor das tuas ideias.
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Bom Trabalho! O/A professor/a: _____________________

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Exercício diagnóstico de Filosofia 10.º ano

Cenários de resposta
Grupo I

1.1

Não é correto argumentar como o Ildefonso.

Ildefonso sugere que só há duas possibilidades: ser um marrão (estudar muito e não se divertir) ou aproveitar a
vida (não estudar e divertir-se). Mas na verdade há outras possibilidades e algumas são provavelmente
preferíveis. Por exemplo: ser organizado e conciliar o estudo e a diversão (nomeadamente, estudando antes do
exame e divertindo-se depois).

(Pode-se posteriormente informar os alunos que se trata de uma falácia do falso dilema.)

1.2

Não é correto argumentar como a Maria Albertina.

Ela apresentou como razão justificativa uma característica pessoal do cientista irrelevante para estabelecer a
verdade ou falsidade das afirmações do cientista.

Ou

O facto de o cientista ser obeso e possivelmente não fazer exercício físico não significa que esteja errado ao
defender que o exercício físico é benéfico para a saúde.

(Pode-se posteriormente informar os alunos que se trata de uma falácia ad hominem.)

Grupo II

1.1

Será que existe liberdade? / Seremos livres? / Teremos mesmo vontade própria?

1.2

Não temos liberdade. / Não somos livres. / Não temos vontade própria.

1.3

Se o aluno defender que “o que tiver de ser será”, poderá nomeadamente alegar que as ações das pessoas são
determinadas por fatores que não controlam: os genes, os padrões culturais, a educação recebida, etc.

Se o aluno defender que tem vontade própria e o seu futuro depende de si próprio, poderá nomeadamente
alegar que as suas ações dependem das suas decisões e que age de acordo com as suas crenças e desejos.

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