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O uso das calçadas: integrando as crianças

Neste trecho do livro a autora Jane Jacobs que foi uma defensora da importância das calçadas
como espaços vitais nas cidades, aborda o contexto do uso das calçadas pelas crianças
trazendo alguns b estudos de casos e exemplos de alguns aspectos da urbanização
principalmente em conjuntos habitacionais que não estavam saindo conforme o planejado
para aqueles espaços.
A autora descreve os conflitos ocorridos em playgrounds que foram criados nestes conjuntos
habitacionais para que as crianças pudessem sair das ruas, mas como esses locais na maioria
das vezes tinham pouca ou nenhuma vigilância de adultos abria espaço para que essas
crianças cometessem delitos e brigassem entre elas, ela destaca a frase de um morador que
cresceu no Brooklin “quando queríamos fazer alguma coisa proibida sempre íamos ao parque
por que lá não havia adultos para nos vigiar.
Ao mesmo tempo ela faz uma correlação de lugares onde as crianças brincam em calcadas
que pelo seu aspecto mais dinâmico traz muito mais atrativos para que as crianças possam se
divertir, a autora destaca que as crianças precisam de locais onde elas podem brincar
apreender, precisam de oportunidades de praticar a maior variedade de esportes, ao mesmo
tempo também precisam de um local perto de casa ao ar livre sem um fim especifico, onde
elas possam brincar se movimentar e adquirir noção do mundo.
Também destaca a importância dos adultos que desde suas janelas ou mesmo que estejam na
rua ou passando por ela tem de incorporar essas crianças a sociedade, ela descreve como cada
cidadão deve assumir um pouco de responsabilidade pública para com o outro, e as crianças
acabam por assimilar esses conceitos também.
A autora ressalta o porque das calçadas cheias de vida como ela descreve serem tão atrativas
para as crianças pois elas são invariavelmente mais interessantes e dinâmicas que os
parquinhos, pois ali elas escrevem com giz, jogam bola de gude, pulam corda andam de
patinete.
Por fim a autora faz uma critica ao planejamento das cidades que muitas vezes prioriza as
ruas em detrimento de calçadas, ela argumenta que as calçadas para ter seu fundamento social
precisam de um espaço considerável para que todos os atores que façam seu uso possam
usufruir de forma segura dela e não enxotar as crianças dela para os parquinhos e
playgrounds.
Trazendo para nosso contexto atual vemos que hoje com o crescimento das cidades e a vida
cada vez mais digital, da violência crescente e com o contexto urbano cada vez com mais
carros e calçadas não tão generosas as crianças acabam que não tendo mais a possibilidade de
ter essa experiência da convivência nas calçadas.

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