Você está na página 1de 10

N-1734 REV.

B AGO / 98

PROJETO DE TROCADOR DE CALOR PARA


ÁGUA SALGADA

Procedimento
Esta Norma substitui e cancela a sua revisão anterior.

Esta Norma é a Revalidação da revisão anterior.

Cabe à CONTEC - Subcomissão Autora, a orientação quanto à interpretação do texto


desta Norma. O Órgão da PETROBRAS usuário desta Norma é o responsável pela
adoção e aplicação dos itens da mesma.
Requisito Mandatório: Prescrição estabelecida como a mais adequada e que deve ser
CONTEC utilizada estritamente em conformidade com esta Norma. Uma eventual resolução de
Comissão de Normas não seguí-la ("não-conformidade" com esta Norma) deve ter fundamentos técnico-
Técnicas gerenciais e deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário desta
Norma. É caracterizada pelos verbos: “dever”, “ser”, “exigir”, “determinar” e outros
verbos de caráter impositivo.

Prática Recomendada (não-mandatória): Prescrição que pode ser utilizada nas


condições previstas por esta Norma, mas que admite (e adverte sobre) a possibilidade
de alternativa (não escrita nesta Norma) mais adequada à aplicação específica. A
alternativa adotada deve ser aprovada e registrada pelo Órgão da PETROBRAS usuário
desta Norma. É caracterizada pelos verbos: “recomendar”, “poder”, “sugerir” e
“aconselhar” (verbos de caráter não-impositivo). É indicada pela expressão: [Prática
SC – 02 Recomendada].
Cópias dos registros das "não-conformidades" com esta Norma, que possam contribuir
Caldeiraria
para o aprimoramento da mesma, devem ser enviadas para a CONTEC - Subcomissão
Autora.
As propostas para revisão desta Norma devem ser enviadas à CONTEC - Subcomissão
Autora, indicando a sua identificação alfanumérica e revisão, o item a ser revisado, a
proposta de redação e a justificativa técnico-econômica. As propostas são apreciadas
durante os trabalhos para alteração desta Norma.
“A presente Norma é titularidade exclusiva da PETRÓLEO BRASILEIRO
S.A. - PETROBRAS, de uso interno na Companhia, e qualquer reprodução
para utilização ou divulgação externa, sem a prévia e expressa autorização
da titular, importa em ato ilícito nos termos da legislação pertinente,
através da qual serão imputadas as responsabilidades cabíveis. A
circulação externa será regulada mediante cláusula própria de Sigilo e
Confidencialidade, nos termos do direito intelectual e propriedade
industrial.”

Apresentação

As normas técnicas PETROBRAS são elaboradas por Grupos de Trabalho


– GTs (formados por especialistas da Companhia e das suas Subsidiárias), são comentadas pelos
Representantes Locais (representantes das Unidades Industriais, Empreendimentos de Engenharia,
Divisões Técnicas e Subsidiárias), são aprovadas pelas Subcomissões Autoras – SCs (formadas por
técnicos de uma mesma especialidade, representando os Órgãos da Companhia e as Subsidiárias) e
aprovadas pelo Plenário da CONTEC (formado pelos representantes das Superintendências dos
Órgãos da Companhia e das suas Subsidiárias, usuários das normas). Uma norma técnica
PETROBRAS está sujeita a revisão em qualquer tempo pela sua Subcomissão Autora e deve ser
reanalisada a cada 5 (cinco) anos para ser revalidada, revisada ou cancelada. As normas técnicas
PETROBRAS são elaboradas em conformidade com a norma PETROBRAS N -1. Para
informações completas sobre as normas técnicas PETROBRAS, ver Catálogo de Normas Técnicas
PETROBRAS.

PROPRIEDADE DA PETROBRAS 10 páginas


N-1734 REV. B AGO / 95

PÁGINA EM BRANCO

2
N-1734 REV. B AGO / 95

PREFÁCIO

Esta Norma PETROBRAS N-1734 REV. B AGO/98 é a Revalidação da Norma


PETROBRAS N-1734 REV. Ø MAI/91, não tendo sido alterado o seu conteúdo.

1 OBJETIVO

1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para o projeto e a fabricação de trocador de calor
para serviço com água salgada, utilizado nas instalações industriais da PETROBRAS.

l.2 Esta Norma é uma complementação das normas PETROBRAS N-253 e N-466.

1.3 Esta Norma se aplica a projetos iniciados a partir da data de sua edição.

1.4 Esta Norma contém somente Requisitos Mandatórios.

2 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados a seguir são citados no texto e contêm prescrições válidas para a
presente Norma.

PETROBRAS N-253 - Projeto de Vaso de Pressão;


PETROBRAS N-466 - Projeto de Trocador de Calor Casco e Tubo;
TEMA - Standards of Tubular Exchanger Manufacturers
Association.

3 DEFINIÇÃO

Trocador de Calor para Serviço com Água Salgada

Trocador de calor do tipo casco e tubo no qual circula salmoura, água salgada do mar, água
salobra, ou águas de processo com características corrosivas semelhantes à água do mar.

Nota: Se a água salgada for desaerada, o trocador de calor não é considerado como para
serviço com água salgada.

4 PROJETO

4.1 Disposição dos Fluidos no Trocador

Nos trocadores para serviço com água salgada, esta deve obrigatoriamente circular por dentro
dos tubos do feixe tubular.

3
N-1734 REV. B AGO / 95

4.2 Tipos de Trocadores

4.2.1 Os trocadores devem ter a extremidade anterior (front end) do tipo “A” da norma
“TEMA”. A extremidade posterior (rear end) deve ser do tipo “S”, dessa mesma norma.
Excepcionalmente, pode ser admitido o tipo com ambos os espelhos fixos.

4.2.2 Outros tipos de trocador só podem ser aceitos com aprovação prévia da PETROBRAS
em cada caso.

5 MATERIAIS

Devem ser especificados os materiais citados neste capítulo para as partes do trocador de calor
em contato com água salgada.

5.1 Tubos

5.1.1 Usar latão, de especificação ASTM B 111 UNS C68700. A velocidade de circulação da
água salgada nos tubos deve ser compreendida entre 0,9 m/s (inclusive) e 1,5 m/s (inclusive).
Quando não for possível atender a esse limite de velocidade devem ser adotados os materiais
citados em 5.1.2 até 5.1.3. Os materiais citados em 5.1.2 até 5.1.3 também devem ser adotados
quando o latão for incompatível com o fluido circulante pelo casco.

5.1.2 Para velocidade até 3,0 m/s usar cupro-níquel 90-10, conforme especificação
ASTM B 111 UNS C70600.

5.1.3 Para velocidade até 4,0 m/s usar cupro-níquel 70-30, conforme especificação
ASTM B 111 UNS C71500.

5.1.4 Para velocidade superior a 4,0 m/s: titânio, conforme especificação ASTM B 338
Grau 2.

5.2 Espelhos

Bronze maciço, de acordo com, a especificação ASTM B 171 UNS C61400. Como
alternativa, os espelhos podem ser de chapa de aço-carbono com revestimento de bronze de
acordo com a especificação acima. O revestimento deve ter uma espessura mínima de 9 mm,
para conter integralmente uma ranhura de mandrilagem dos tubos.

4
N-1734 REV. B AGO / 95

5.3 Carretel e Tampo do Cabeçote Flutuante

Aço-Carbono com revestimento de chumbo, conforme especificação ASTM B 29, com


espessura mínima de 3 mm.

5.4 Bocais do Carretel

5.4.1 Diâmetro Nominal de 2” ou Maior

Pescoço de aço-carbono com camisa de bronze-alumínio (ASTM B 171 UNS C61400). Flange
de aço-carbono com revestimento de bronze-alumínio. Como alternativa para o pescoço e para
o flange deve ser empregado revestimento de chumbo conforme especificação ASTM B 29,
exceto na face de assentamento das juntas.

5.4.2 Diâmetro Nominal Menor que 2”

Luva ou flange tipo pescoço longo de Monel, conforme especificação ASTM B 164 UNS
NO 4400, ou de bronze-alumínio, conforme especificação ASTM B 150 UNS C61400.

5.5 Chapas Divisoras do Carretel ou do Cabeçote Flutuante

5.5.1 Devem ser de aço-carbono com revestimento de chumbo pelos dois lados, ou bronze-
alumínio maciço, conforme especificação ASTM B 169 UNS C61400.

5.5.2 No caso de chapa divisora revestida, as extremidades em contato com as juntas devem
ter revestimento por deposição de solda conforme 5.7, ou ter uma parte em bronze-alumínio,
conforme as FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A. As barras de bronze-alumínio devem ser
conforme especificação ASTM B 150 UNS C 61400, e as chapas e tiras conforme
ASTM B 169 UNS C 61400.

5.6 Tampo do Carretel

Usar aço-carbono com chapa de sacrifício de aço-carbono.

5.7 Faces de Assentamento de Juntas ou de Chapas Defletoras

Revestimento por deposição com bronze-alumínio conforme especificação AWS A 5.6 sendo
aceitável somente a classificação ECuAl-A2.

5
N-1734 REV. B AGO / 95

5.8 Juntas de Vedação do Carretel

Usar material conforme as normas PETROBRAS N-253 e TEMA.

5.9 Juntas de Vedação do Tampo do Cabeçote Flutuante

Juntas semimetálicas de dupla camisa, de latão, conforme a especificação EB-307, para


utilização em flanges de classe até 300 e temperatura até 200°C.

5.10 Acessórios do Feixe Tubular

Os tirantes, espaçadores, chicanas, defletores, suportes e porcas não precisam ser de latão,
devendo apenas ser de material condizente com o fluido que estiver passando pelo casco.

6 DETALHES CONSTRUTIVOS

6.1 Todas as partes de aço-carbono e aço de baixa liga em contato com a água salgada, devem
ter revestimento, conforme mostrado nas FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A.

6.2 Todas as áreas de assentamento das juntas de vedação nos flanges do carretel, tampo do
carretel, tampo do cabeçote flutuante e chapas defletoras, devem ter depósito de solda de
bronze-alumínio como mostrado nas FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A.

6.3 O tampo do carretel e o tampo do cabeçote flutuante devem ter chapas de sacrifício
removíveis, de aço-carbono, com espessura de 25 mm e de 12,5 mm respectivamente, como
mostram as FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A. A chapa de sacrifício do tampo do carretel
deve ser presa por pinos-guia de latão ou por pontos de solda, fora da área de contato da junta
de vedação. A chapa de sacrifício do tampo flutuante deve ser presa por parafusos de latão,
soldados na chapa de aço-carbono, antes da aplicação do revestimento de chumbo (ver
FIGURA A-2 do ANEXO A). Como alternativa, deve-se instalar anodos de sacrifício em
ambos os lados da chapa divisora.

6.4 Como alternativa às chapas divisoras de passe com revestimento, conforme mostrado nas
FIGURAS A-1 e A-2 do ANEXO A, devem ser usadas chapas maciças com espessura mínima
de 12,5 mm de bronze-alumínio.

6.5 Entre a chapa de sacrifício e o tampo do carretel deve existir uma junta circular, tipo face
plena (full face), de amianto comprimido.

6
N-1734 REV. B AGO / 95

7 FABRICAÇÃO

7.1 O revestimento de chumbo de pescoços de bocais deve ser preferencialmente por


deposição.

7.2 O depósito de solda de bronze-alumínio na face dos flanges deve ser usinado de modo a se
ter face com acabamento liso ou com ranhuras de acordo com a norma MSS SP-6. A
espessura final do revestimento deve ser de 3 mm, no mínimo.

7.3 A chapa de sacrifício do tampo do carretel deve ser ligada eletricamente ao espelho, por
meio de fio de cobre de bitola 12 AWG. Esse fio é conectado em ambas as extremidades a
parafusos de latão de 1/4“, conforme indicado na FIGURA A-1 do ANEXO A.

8 INSPEÇÃO E TESTES

8.1 Teste Hidrostático

O teste hidrostático deve ser executado antes da aplicação de revestimentos.

8.2 Testes para Verificação da Eficiência do Revestimento de Chumbo

Deve ser feito um teste para verificar a eficiência do revestimento, como por exemplo: corante
penetrante fluorescente “spot check”.

___________

/ANEXO A

7
N-1734 REV. B AGO / 95

PÁGINA EM BRANCO

Você também pode gostar