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TÉC
TÉCNICO DE ENFERMA
ENFERMAGEM
LÍNGUA PORTUGUESA:
1 Compreensão e interpretação de textos de gêneros variados. ...................................................................... 1
2 Reconhecimento de tipos e gêneros textuais. ............................................................................................... 2
3 Domínio da ortografia oficial. .........................................................................................................................14
3.1 Emprego das letras.
3.2 Emprego da acentuação gráfica.
4 Domínio dos mecanismos de coesão textual. ................................................................................................ 7
4.1 Emprego de elementos de referenciação, substituição e repetição, de conectores e outros elementos de
sequenciação textual.
4.2 Emprego/correlação de tempos e modos verbais.
5 Domínio da estrutura morfossintática do período. .......................................................................................17
5.1 Relações de coordenação entre orações e entre termos da oração.
5.2 Relações de subordinação entre orações e entre termos da oração.
5.3 Emprego dos sinais de pontuação.
5.4 Concordância verbal e nominal.
5.5 Emprego do sinal indicativo de crase.
5.6 Colocação dos pronomes átonos.
6 Reescritura de frases e parágrafos do texto. ...............................................................................................42
6.1 Substituição de palavras ou de trechos de texto.
6.2 Retextualização de diferentes gêneros e níveis de formalidade.
7 Redação de correspondência oficial (conforme Manual de Redação da Presidência da República). ......... 45
7.1 Adequação da linguagem ao tipo de documento.
7.2 Adequação do formato do texto ao gênero.
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Sistema Único de Saúde-SUS: princípios, diretrizes; ....................................................................................... 1
História Da Enfermagem ..................................................................................................................................26
Código de Ética do Conselho Federal de Enfermagem; ..................................................................................30
Lei do Exercício Profissional de Enfermagem Nº 7.498/86 ..............................................................................34
Relacionamento Interpessoal em Enfermagem ...............................................................................................38
Humanização; ...................................................................................................................................................39
Central de Material e Esterelização: princípios e métodos de assepsia, antissepssia, desinfecção e esterili-
zação; ...............................................................................................................................................................40
Sinais e sintomas nas afecções: Cárdio-pulmonares, Vasculares, Gastro-intestinais, Neurológicas, Urogeni-
tais, Músculo-esqueléticas, Endocrinológicas, Dermatológicas e Hematológicas; ..........................................44
Necessidades humanas básicas: alimentação, hidratação, eliminação; .........................................................59
Noções de anatomia e fisiologia humana, microbiologia, parasitologia e farmacologia; .................................63
Prontuário do paciente;.....................................................................................................................................85
Registro de Enfermagem; .................................................................................................................................86
Estatuto da criança, do adulto e do adolescente; ............................................................................................86
Segurança do paciente; ..................................................................................................................................121
Prevenção e controle das infecções Hospitalares; ........................................................................................128
Procedimentos técnicos de enfermagem; ......................................................................................................129
Noções de medicamentos, preparo e administração; ....................................................................................144
Cálculos de medicamentos e gotejamento de soro. ......................................................................................154
1 Técnico de Enfermagem
2 Técnico de Enfermagem
APOSTILAS OPÇÃO
Na exposição o narrador situa a história quanto à época, o ambiente, • Discurso Indireto: Consiste em o narrador transmitir, com suas
as personagens e certas circunstâncias. Nem sempre esse estágio ocorre, próprias palavras, o pensamento ou a fala das personagens. E-
na maioria das vezes, principalmente nos textos literários mais recentes, a xemplo:
história começa a ser narrada no meio dos acontecimentos (“in média”), ou “Zé Lins levantou um brinde: lembrou os dias triste e passa
passados, os
seja, no estágio da complicação quando ocorre e conflito, choque de inte- meus primeiros passos em liberdade, a frfraaternidade que nos re
reu-
u-
resses entre as personagens. nia naquele momento, a minha literatura e os m meenos so
som
mbrios por
vir”.
O clímax é o ápice da história, quando ocorre o estágio de maior ten-
são do conflito entre as personagens centrais, desencadeando o desfecho, • Discurso Indireto Livre: Ocorre quando a fala da personagem se
ou seja, a conclusão da história com a resolução dos conflitos. mistura à fala do narrador, ou seja, ao fluxo normal da narração.
• Os fatos: São os acontecimentos de que as personagens partici- Exemplo:
pam. Da natureza dos acontecimentos apresentados decorre o gê- converrsando alto.
“Os trabalhadores passavam para os partidos, conve
nero do texto. Por exemplo o relato de um acontecimento cotidiano Quando me viram, sem chapéu, de pijama, por aqueles lugares,
constitui uma crônica, o relato de um drama social é um romance ram--me bons
deram bons--dias desconfiados. Talvez pensassem que eest
sti-i-
st
social, e assim por diante. Em toda narrativa há um fato central, vesse doido. Como poderia andar um homem àquela hora , sem
que estabelece o caráter do texto, e há os fatos secundários, rela- fazer nada de ccaabeça no tempo, um branco de pés no chão como
cionados ao principal. eles? Só sendo doido mesmo”.
• Espaço: Os acontecimentos narrados acontecem em diversos lu- (José Lins do Re
Rego)
Ele apresenta outros exemplos, mas por questão de espaço não colo- Para concluir, acredito que vale a pena considerar que as discussões
carei todos. É bom notar que os exemplos dados por ele, mesmo os que feitas por Marcuschi, em defesa da abordagem textual a partir dos Gêneros
não foram mostrados aqui, apresentam função social formal, rígida. Ele não Textuais,
Textuais estão diretamente ligadas ao ensino. Ele afirma que o trabalho
apresenta exemplos de gêneros que tenham uma função social menos com o gênero é uma grande oportunidade de se lidar com a língua em seus
rígida, como o bilhete. mais diversos usos autênticos no dia-a-dia. Cita o PCN, dizendo que ele
apresenta a ideia básica de que um maior conhecimento do funcionamento
Uma discussão vista em Travaglia e não encontrada em Marcuschi7 é a dos Gêneros Textuais é importante para a produção e para a compreensão
de Espécie. Para ele, Espécie se define e se caracteriza por aspectos de textos. Travaglia não faz abordagens específicas ligadas à questão do
formais de estrutura e de superfície linguística e/ou aspectos de conteúdo. ensino no seu tratamento à Tipologia Textual.
Textual
Ele exemplifica Espécie dizendo que existem duas pertencentes ao tipo
narrativo: a história e a não-história. Ainda do tipo narrativo, ele apresenta O que Travaglia mostra é uma extrema preferência pelo uso da Tipo
Tipolo-
as Espécies narrativa em prosa e narrativa em verso. No tipo descritivo ele gia Textual,
Textual independente de estar ligada ao ensino. Sua abordagem pare-
Espécies distintas objetiva x subjetiva, estática x dinâmica e
mostra as Espé ce ser mais taxionômica. Ele chega a afirmar que são os tipos que entram
comentadora x narradora. Mudando para gênero, ele apresenta a corres- na composição da grande maioria dos textos. Para ele, a questão dos
pondência com as EspéEspécies carta, telegrama, bilhete, ofício, etc. No gênero elementos tipológicos e suas implicações com o ensino/aprendizagem
romance, ele mostra as Espécies romance histórico, regionalista, fantástico, merece maiores discussões.
de ficção científica, policial, erótico, etc. Não sei até que ponto a Espé
Espécie
daria conta de todos os Gêneros Tex Textuais existentes. Será que é possível Marcuschi diz que não acredita na existência de Gêneros Textuais ide-
Nesse sentido, este trabalho pretende apresentar sugestões de aplica- Mira Mateus considera pertinente a existência de uma diferenciação
ção na prática docente quotidiana das teorias da pragmática linguística no entre coerência textual e coesão textual.
campo da coerência textual, tendo em conta as conclusões avançadas no
referido seminário. Assim, segundo esta autora, coesão textual diz respeito aos processos
linguísticos que permitem revelar a inter-dependência semântica existente
Será, no entanto, necessário reter que esta pequena reflexão aqui a- entre sequências textuais:
presentada encerra em si uma minúscula partícula de conhecimento no Ex.: Entrei na livraria mas não comprei nenhum livro.
vastíssimo universo que é, hoje em dia, a teoria da pragmática linguística e
que, se pelo menos vier a instigar um ponto de partida para novas reflexões Para a mesma autora, coerência textual diz respeito aos processos
no sentido de auxiliar o docente no ensino da língua materna, já terá cum- mentais de apropriação do real que permitem inter-relacionar sequências
prido honestamente o seu papel. textuais:
Ex.: Se esse animal respira por pulmões, não é peixe.
Coesão e Coerência Textual
Qualquer falante sabe que a comunicação verbal não se faz geralmen- Pensamos, no entanto, que esta distinção se faz apenas por razões de
te através de palavras isoladas, desligadas umas das outras e do contexto sistematização e de estruturação de trabalho, já que Mira Mateus não
em que são produzidas. Ou seja, uma qualquer sequência de palavras não hesita em agrupar coesão e coerência como características de uma só
constitui forçosamente uma frase. propriedade indispensável para que qualquer manifestação linguística se
transforme num texto: a conetividade2.
Para que uma sequência de morfemas seja admitida como frase, torna-
se necessário que respeite uma certa ordem combinatória, ou seja, é preci- Para Charolles não é pertinente, do ponto de vista técnico, estabelecer
so que essa sequência seja construÍda tendo em conta o sistema da língua. uma distinção entre coesão e coerência textuais, uma vez que se torna
difícil separar as regras que orientam a formação textual das regras que
Tal como um qualquer conjunto de palavras não forma uma frase, tam- orientam a formação do discurso.
bém um qualquer conjunto de frases não forma, forçosamente, um texto.
Além disso, para este autor, as regras que orientam a micro-coerência
Precisando um pouco mais, um texto, ou discurso, é um objeto materia- são as mesmas que orientam a macro-coerência textual. Efetivamente,
lizado numa dada língua natural, produzido numa situação concreta e quando se elabora um resumo de um texto obedece-se às mesmas regras
pressupondo os participantes locutor e alocutário, fabricado pelo locutor de coerência que foram usadas para a construção do texto original.
através de uma seleção feita sobre tudo o que é dizível por esse locutor,
numa determinada situação, a um determinado alocutário1. Assim, para Charolles, micro-estrutura textual diz respeito às relações
de coerência que se estabelecem entre as frases de uma sequência textual,
Assim, materialidade linguística, isto é, a língua natural em uso, os có- enquanto que macro-estrutura textual diz respeito às relações de coerência
digos simbólicos, os processos cognitivos e as pressuposições do locutor existentes entre as várias sequências textuais. Por exemplo:
sobre o saber que ele e o alocutário partilham acerca do mundo são ingre- • Sequência 1: O António partiu para Lisboa. Ele deixou o escritório
dientes indispensáveis ao objeto texto. mais cedo para apanhar o comboio das quatro horas.
• Sequência 2: Em Lisboa, o António irá encontrar-se com ami-
Podemos assim dizer que existe um sistema de regras interiorizadas gos.Vai trabalhar com eles num projeto de uma nova companhia
por todos os membros de uma comunidade linguística. Este sistema de de teatro.
regras de base constitui a competência textual dos sujeitos, competência
essa que uma gramática do texto se propõe modelizar. Como micro-estruturas temos a sequência 1 ou a sequência 2, enquan-
to que o conjunto das duas sequências forma uma macro-estrutura.
Uma tal gramática fornece, dentro de um quadro formal, determinadas
regras para a boa formação textual. Destas regras podemos fazer derivar Vamos agora abordar os princípios de coerência textual3:
certos julgamentos de coerência textual. 1. Princípio da Recorrência4: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que comporte, no seu desenvolvimento linear, elementos de
Quanto ao julgamento, efetuado pelos professores, sobre a coerência recorrência restrita.
No caso mais raro da catáfora, o pronome antecipa o seu referente. A presença do determinante definido não é suficiente para considerar
Ex.: Deixe-me confessar-lhe isto: este crime impressionou-me. Ou ain- que Picasso e o autor da referida peça sejam a mesma pessoa, uma vez
da: Não me importo de o confessar: este crime impressionou-me. que sabemos que não foi Picasso mas Stravinski que compôs a referida
peça.
Teremos, no entanto, que ter cuidado com a utilização da catáfora, pa-
ra nos precavermos de enunciados como este: Neste caso, mais do que o conhecimento normativo teórico, ou lexico-
Ele sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com o António. enciclopédico, são importantes o conhecimento e as convicções dos parti-
cipantes no ato de comunicação, sendo assim impossível traçar uma fron-
Num enunciado como este, não há qualquer possibilidade de identificar teira entre a semântica e a pragmática.
ele com António. Assim, existe apenas uma possibilidade de interpretação:
ele dirá respeito a um sujeito que não será nem o João nem o António, mas Há também que ter em conta que a substituição lexical se pode efetuar
que fará parte do conhecimento simultâneo do emissor e do receptor. por
- Sinonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
Para que tal aconteça, torna-se necessário reformular esse enunciado: parte dos traços semânticos idêntica: A criança caiu. O miúdo nun-
O António sabe muito bem que o João não vai estar de acordo com ele. ca mais aprende a cair!
- Antonímia-seleção de expressões linguísticas que tenham a maior
As situações de ambiguidade referencial são frequentes nos textos dos parte dos traços semânticos oposta: Disseste a verdade? Isso
alunos. cheira-me a mentira!
Ex.: O Pedro e o meu irmão banhavam-se num rio. - Hiperonímia-a primeira expressão mantém com a segunda uma re-
Um homem estava também a banhar-se. lação classe-elemento: Gosto imenso de marisco. Então lagosta,
Como ele sabia nadar, ensinou-o. adoro!
- Hiponímia- a primeira expressão mantém com a segunda uma re-
Neste enunciado, mesmo sem haver uma ruptura na continuidade se- lação elemento-classe: O gato arranhou-te? O que esperavas de
quencial, existem disfunções que introduzem zonas de incerteza no texto: um felino?
ele sabia nadar(quem?),
ele ensinou-o (quem?; a quem?) d)-Retomas de Inferências: neste caso, a relação é feita com base em
conteúdos semânticos não manifestados, ao contrário do que se passava
b)-Expressões Definidas: tal como as pronominalizações, as expres- com os processos de recorrência anteriormente tratados.
sões definidas permitem relembrar nominalmente ou virtualmente um
elemento de uma frase numa outra frase ou até numa outra sequência Vejamos:
textual. P - A Maria comeu a bolacha?
Ex.: O meu tio tem dois gatos. Todos os dias caminhamos no jardim. R1 - Não, ela deixou-a cair no chão.
Os gatos vão sempre conosco. R2 - Não, ela comeu um morango.
R3 - Não, ela despenteou-se.
Os alunos parecem dominar bem esta regra. No entanto, os problemas
aparecem quando o nome que se repete é imediatamente vizinho daquele As sequências P+R1 e P+R2 parecem, desde logo, mais coerentes do
que o precede. que a sequência P+R3.
Ex.: A Margarida comprou um vestido. O vestido é colorido e muito ele-
gante. No entanto, todas as sequências são asseguradas pela repetição do
pronome na 3ª pessoa.
Neste caso, o problema resolve-se com a aplicação de deíticos contex-
tuais. Podemos afirmar, neste caso, que a repetição do pronome não é sufi-
Ex.: A Margarida comprou um vestido. Ele é colorido e muito elegante. ciente para garantir coerência a uma sequência textual.
Pode também resolver-se a situação virtualmente utilizando a elipse. Assim, a diferença de avaliação que fazemos ao analisar as várias hi-
Ex.: A Margarida comprou um vestido. É colorido e muito elegante. Ou póteses de respostas que vimos anteriormente sustenta-se no fato de R1 e
ainda: R2 retomarem inferências presentes em P:
A Margarida comprou um vestido que é colorido e muito elegante. - aconteceu alguma coisa à bolacha da Maria,
- a Maria comeu qualquer coisa.
c)-Substituições Lexicais: o uso de expressões definidas e de deíticos
contextuais é muitas vezes acompanhado de substituições lexicais. Este Já R3 não retoma nenhuma inferência potencialmente dedutível de P.
processo evita as repetições de lexemas, permitindo uma retoma do ele-
mento linguístico. Conclui-se, então, que a retoma de inferências ou de pressuposições
Por exemplo, quando se apresenta um início de um texto do tipo: Três Vamos, seguidamente, preocupar-nos, sobretudo, com o caso das con-
crianças passeiam num bosque. Elas brincam aos detetives. Que vão eles tradições inferenciais e pressuposicionais6.
fazer?
Existe contradição inferencial quando a partir de uma proposição po-
A interrogação final permite-nos pressupor que as crianças vão real- demos deduzir uma outra que contradiz um conteúdo semântico apresenta-
mente fazer qualquer coisa. do ou dedutível.
Ex.: A minha tia é viúva. O seu marido coleciona relógios de bolso.
Um aluno que ignore isso e que narre que os pássaros cantavam en-
quanto as folhas eram levadas pelo vento, será punido por ter apresentado As inferências que autorizam viúva não só não são retomadas na se-
uma narração incoerente, tendo em conta a questão apresentada. gunda frase, como são perfeitamente contraditas por essa mesma frase.
No entanto, um professor terá que ter em conta que essas inferências O efeito da incoerência resulta de incompatibilidades semânticas pro-
ou essas pressuposições se relacionam mais com o conhecimento do fundas às quais temos de acrescentar algumas considerações temporais,
mundo do que com os elementos linguísticos propriamente ditos. uma vez que, como se pode ver, basta remeter o verbo colecionar para o
pretérito para suprimir as contradições.
Assim, as dificuldades que os alunos apresentam neste tipo de exercí-
cios, estão muitas vezes relacionadas com um conhecimento de um mundo As contradições pressuposicionais são em tudo comparáveis às infe-
ao qual eles não tiveram acesso. Por exemplo, será difícil a um aluno renciais, com a exceção de que no caso das pressuposicionais é um conte-
recriar o quotidiano de um multi-milionário,senhor de um grande império údo pressuposto que se encontra contradito.
industrial, que vive numa luxuosa vila. Ex.: O Júlio ignora que a sua mulher o engana. A sua esposa é-lhe per-
feitamente fiel.
2.Princípio da Progressão: para que um texto seja coerente, torna-se
necessário que o seu desenvolvimento se faça acompanhar de uma infor- Na segunda frase, afirma-se a inegável fidelidade da mulher de Júlio,
mação semântica constantemente renovada. enquanto a primeira pressupõe o inverso.
Este segundo princípio completa o primeiro, uma vez que estipula que É frequente, nestes casos, que o emissor recupere a contradição pre-
um texto, para ser coerente, não se deve contentar com uma repetição sente com a ajuda de conectores do tipo mas, entretanto, contudo, no
constante da própria matéria. entanto, todavia, que assinalam que o emissor se apercebe dessa contradi-
ção, assume-a, anula-a e toma partido dela.
Alguns textos dos alunos contrariam esta regra. Por exemplo: O ferreiro Ex.: O João detesta viajar. No entanto, está entusiasmado com a parti-
estava vestido com umas calças pretas, um chapéu claro e uma vestimenta da para Itália, uma vez que sempre sonhou visitar Florença.
preta. Tinha ao pé de si uma bigorna e batia com força na bigorna. Todos
os gestos que fazia consistiam em bater com o martelo na bigorna. A bigor- 4.Princípio da Relação: para que um texto seja coerente, torna-se ne-
na onde batia com o martelo era achatada em cima e pontiaguda em baixo cessário que denote, no seu mundo de representação, fatos que se apre-
e batia com o martelo na bigorna. sentem diretamente relacionados.
Se tivermos em conta apenas o princípio da recorrência, este texto não Ou seja, este princípio enuncia que para uma sequência ser admitida
será incoerente, será até coerente demais. como coerente7, terá de apresentar ações, estados ou eventos que sejam
congruentes com o tipo de mundo representado nesse texto.
No entanto, segundo o princípio da progressão, a produção de um texto
coerente pressupõe que se realize um equilíbrio cuidado entre continuidade Assim, se tivermos em conta as três frases seguintes
temática e progressão semântica. 1 - A Silvia foi estudar.
2 - A Silvia vai fazer um exame.
Torna-se assim necessário dominar, simultaneamente, estes dois prin- 3 - O circuito de Adelaide agradou aos pilotos de Fórmula 1.
cípios (recorrência e progressão) uma vez que a abordagem da informação
não se pode processar de qualquer maneira. A sequência formada por 1+2 surge-nos, desde logo, como sendo mais
congruente do que as sequências 1+3 ou 2+3.
Assim, um texto será coerente se a ordem linear das sequências a-
companhar a ordenação temporal dos fatos descritos. Nos discursos naturais, as relações de relevância factual são, na maior
Ex.: Cheguei, vi e venci.(e não Vi, venci e cheguei). parte dos casos, manifestadas por conectores que as explicitam semanti-
camente.
O texto será coerente desde que reconheçamos, na ordenação das su- Ex.: A Silvia foi estudar porque vai fazer um exame. Ou também: A Sil-
as sequências, uma ordenação de causa-consequência entre os estados de via vai fazer um exame portanto foi estudar.
coisas descritos. A impossibilidade de ligar duas frases por meio de conectores constitui
Ex.: Houve seca porque não choveu. (e não Houve seca porque cho- um bom teste para descobrir uma incongruência.
veu). Ex.: A Silvia foi estudar logo o circuito de Adelaide agradou aos pilotos
de Fórmula 1.
Teremos ainda que ter em conta que a ordem de percepção dos esta-
dos de coisas descritos pode condicionar a ordem linear das sequências O conhecimento destes princípios de coerência, por parte dos profes-
textuais. sores, permite uma nova apreciação dos textos produzidos pelos alunos,
Ex.: A praça era enorme. No meio, havia uma coluna; à volta, árvores e garantindo uma melhor correção dos seus trabalhos, evitando encontrar
canteiros com flores. incoerências em textos perfeitamente coerentes, bem como permite a
dinamização de estratégias de correção.
Neste caso, notamos que a percepção se dirige do geral para o particu-
lar. Teremos que ter em conta que para um leitor que nada saiba de cen-
3.Princípio da Não- Contradição: para que um texto seja coerente, tor- trais termo-nucleares nada lhe parecerá mais incoerente do que um tratado
na-se necessário que o seu desenvolvimento não introduza nenhum ele- técnico sobre centrais termo-nucleares.
Certeza,
Certeza, ênfase:
ênfase decerto, por certo, certamente, indubitavelmente, in- A informação explícita pode ser questionada pelo ouvinte, que pode ou
questionavelmente, sem dúvida, inegavelmente, com toda a certeza. não concordar com ela. Os pressupostos, no entanto, têm que ser verdadei-
ros ou pelo menos admitidos como verdadeiros, porque é a partir deles que
Surpresa, imprevisto:
imprevisto inesperadamente, inopinadamente, de súbito, se constróem as informações explícitas. Se o pressuposto é falso, a infor-
subitamente, de repente, imprevistamente, surpreendentemente. mação explícita não tem cabimento. No exemplo acima, se Pedro não
fumava antes, não tem cabimento afirmar que ele deixou de fumar.
Ilustração, esclarecimento:
esclarecimento por exemplo, só para ilustrar, só para e-
xemplificar, isto é, quer dizer, em outras palavras, ou por outra, a saber, ou Na leitura e interpretação de um texto, é muito importante detectar os
seja, aliás. pressupostos, pois seu uso é um dos recursos argumentativos utilizados
com vistas a levar o ouvinte ou o leitor a aceitar o que está sendo comuni-
Propósito, intenção, finalidade:
finalidade com o fim de, a fim de, com o propósito cado. Ao introduzir uma ideia sob a forma de pressuposto, o falante trans-
de, com a finalidade de, com o intuito de, para que, a fim de que, para. forma o ou vinte em cúmplice, urna vez que essa ideia não é posta em
discussão e todos os argumentos subsequentes só contribuem para confir-
Lugar, proximidade, distância:
distância perto de, próximo a ou de, junto a ou de, má -la.
dentro, fora, mais adiante, aqui, além, acolá, lá, ali, este, esta, isto, esse, essa,
isso, aquele, aquela, aquilo, ante, a. Por isso pode-se dizer que o pressuposto aprisiona o ouvinte ao siste-
ma de pensamento montado pelo falante.
Resumo, recapitulação, conclusão:
conclusão em suma, em síntese, em conclusão,
enfim, em resumo, portanto, assim, dessa forma, dessa maneira, desse A demonstração disso pode ser encontrada em muitas dessas “verda-
modo, logo, pois (entre vírgulas), dessarte, destarte, assim sendo. des” incontestáveis postas como base de muitas alegações do discurso
político.
Causa e consequência. Explicação:
Explicação por consequência, por conseguinte,
como resultado, por isso, por causa de, em virtude de, assim, de fato, com Tomemos como exemplo a seguinte frase:
efeito, tão (tanto, tamanho) ... que, porque, porquanto, pois, já que, uma vez Ë preciso construir mísseis nucleares para defender o Ocidente de um
que, visto que, como (= porque), portanto, logo, que (= porque), de tal sorte ataque soviético.
que, de tal forma que, haja vista.
O conteúdo explícito afirma:
Contraste, oposição, restrição, ressalva:
ressalva pelo contrário, em contraste — a necessidade da construção de mísseis,
com, salvo, exceto, menos, mas, contudo, todavia, entretanto, no entanto, — com a finalidade de defesa contra o ataque soviético.
embora, apesar de, ainda que, mesmo que, posto que, posto, conquanto, se
bem que, por mais que, por menos que, só que, ao passo que. O pressuposto, isto é, o dado que não se põe em discussão é: os sovi-
éticos pretendem atacar o Ocidente.
Ideias alternativas:
alternativas Ou, ou... ou, quer... quer, ora... ora.
Níveis De Significado Dos Textos: Os argumentos contra o que foi informado explicitamente nessa frase
Significado Implícito E Explícito podem ser:
Observe a seguinte frase: — os mísseis não são eficientes para conter o ataque soviético;
Fiz faculdade, mas aprendi algumas coisas. — uma guerra de mísseis vai destruir o mundo inteiro e não apenas os
soviéticos;
Nela, o falante transmite duas informações de maneira explícita: — a negociação com os soviéticos é o único meio de dissuadi-los de
a) que ele frequentou um curso superior; um ataque ao Ocidente.
b) que ele aprendeu algumas coisas.
Como se pode notar, os argumentos são contrários ao que está dito
Ao ligar essas duas informações com um “mas” comunica também de explicitamente, mas todos eles confirmam o pressuposto, isto é, todos os
modo implícito sua critica ao sistema de ensino superior, pois a frase passa argumentos aceitam que os soviéticos pretendem atacar o Ocidente.
a transmitir a ideia de que nas faculdades não se aprende nada.
A aceitação do pressuposto é o que permite levar à frente o debate. Se
Um dos aspectos mais intrigantes da leitura de um texto é a verificação o ouvinte disser que os soviéticos não têm intenção nenhuma de atacar o
de que ele pode dizer coisas que parece não estar dizendo: além das Ocidente, estará negando o pressuposto lançado pelo falante e então a
informações explicitamente enunciadas, existem outras que ficam suben- possibilidade de diálogo fica comprometida irreparavelmente. Qualquer
tendidas ou pressupostas. Para realizar uma leitura eficiente, o leitor deve argumento entre os citados não teria nenhuma razão de ser. Isso quer dizer
captar tanto os dados explícitos quanto os implícitos. que, com pressupostos distintos, não é possível o diálogo ou não tem ele
sentido algum. Pode-se contornar esse problema tornando os pressupostos
Leitor perspicaz é aquele que consegue ler nas entrelinhas. Caso con- afirmações explícitas, que então podem ser discutidas.
trário, ele pode passar por cima de significados importantes e decisivos ou
— o que é pior — pode concordar com coisas que rejeitaria se as perce- Os pressupostos são marcados, nas frases, por meio de vários indica-
besse. dores linguísticos, como, por exemplo:
Não é preciso dizer que alguns tipos de texto exploram, com malícia e a) certos advérbios
com intenções falaciosas, esses aspectos subentendidos e pressupostos. Os resultados da pesquisa ainda não chegaram até nós.
Pressuposto: Os resultados já deviam ter chegado.
Que são pressupostos? São aquelas ideias não expressas de maneira ou
explícita, mas que o leitor pode perceber a partir de certas palavras ou Os resultados vão chegar mais tarde.
expressões contidas na frase.
b) certos verbos
Assim, quando se diz “O tempo continua chuvoso”, comunica-se de O caso do contrabando tornou-se público.
maneira explícita que no momento da fala o tempo é de chuva, mas, ao Pressuposto: O caso não era público antes.
mesmo tempo, o verbo “continuar” deixa perceber a informação implícita de
que antes o tempo já estava chuvoso. c) as orações adjetivas
Os candidatos a prefeito, que só querem defender seus interesses, não
2. Escrevem-se com G:
DISTINÇÃO ENTRE S, SS, Ç E C
Observe o quadro das correlações:
a) O final dos substantivos AGEM, IGEM, UGEM: coragem, vertigem,
ferrugem, etc.
b) Exceções: pajem, lambujem. Os finais: ÁGIO, ÉGIO, ÓGIO e ÍGIO:
QUANTO À POSIÇÃO DA SÍLABA TÔNICA Porque o “i” tônico de “bainha” vem seguido de NH. O “u” e o “i” tônicos
de “ruim”, “cair” e “Raul” formam sílabas com “m”, “r” e “l” respectivamente.
1. Acentuam-se as oxítonas terminadas em “A”,A”, “E”, “O”, seguidas ou Essas consoantes já soam forte por natureza, tornando naturalmente a
não de “S”
S”,
S” inclusive as formas verbais quando seguidas de “LO(s)” ou sílaba “tônica”, sem precisar de acento que reforce isso.
“LA(s)”.
“LA(s)” Também recebem acento as oxítonas terminadas em ditongos
abertos, como “ÉI”, “ÉU”, “ÓI”,
“ÓI” seguidos ou não de “S” 5. Trema
Não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa. Ele só vai
permanecer em nomes próprios e seus derivados, de origem estrangeira,
Ex. como Bündchen, Müller, mülleriano (neste caso, o “ü” lê-se “i”)
Separam-se as letras dos dígrafos RR, SS, SC, SÇ, XC. PONTO DE EXCLAMAÇÃO
3- correr: cor-rer desçam: des-çam É usado depois das interjeições, locuções ou frases exclamativas.
passar: pas-sar exceto: ex-ce-to Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
fascinar: fas-ci-nar Ó jovens! Lutemos!
A conotação é a propriedade que possui uma palavra de ampliar-se • justaposição: quando não ocorre a alteração fonética (girassol, sex-
no seu campo semântico, dentro de um contexto, podendo causar várias ta-feira);
interpretações. • aglutinação: quando ocorre a alteração fonética, com perda de e-
lementos (pernalta, de perna + alta).
Observe os exemplos
Denotação Derivação - processo em que a palavra primitiva (1º radical) sofre o a-
As estrelas do céu. Vesti-me de verde. O fogo do isqueiro. créscimo de afixos. São cinco tipos de derivação.
As palavras podem ser empregadas no sentido próprio ou no sentido • regressiva: redução da palavra primitiva. Nesse processo forma-se
figurado: substantivos abstratos por derivação regressiva de formas verbais (ajuda /
Construí um muro de pedra - sentido próprio de ajudar);
Maria tem um coração de pedra – sentido figurado. • imprópria: é a alteração da classe gramatical da palavra primitiva
A água pingava lentamente – sentido próprio. ("o jantar" - de verbo para substantivo, "é um judas" - de substantivo próprio
a comum).
ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS.
Além desses processos, a língua portuguesa também possui outros
As palavras, em Língua Portuguesa, podem ser decompostas em vários processos para formação de palavras, como:
elementos chamados elementos mórficos ou elementos de estrutura das • Hibridismo:
Hibridismo: são palavras compostas, ou derivadas, constituídas por
palavras. elementos originários de línguas diferentes (automóvel e monóculo, grego e
latim / sociologia, bígamo, bicicleta, latim e grego / alcalóide, alcoômetro,
Exs.: árabe e grego / caiporismo: tupi e grego / bananal - africano e latino / sam-
cinzeiro = cinza + eiro bódromo - africano e grego / burocracia - francês e grego);
endoidecer = en + doido + ecer
predizer = pre + dizer • Onomatopéia:
Onomatopéia: reprodução imitativa de sons (pingue-pingue, zun-
zum, miau);
Os principais elementos móficos são :
• Abreviação vocabular:
vocabular: redução da palavra até o limite de sua com-
RADICAL preensão (metrô, moto, pneu, extra, dr., obs.)
É o elemento mórfico em que está a ideia principal da palavra.
• Siglas:
Siglas: a formação de siglas utiliza as letras iniciais de uma se-
Exs.: amarelecer = amarelo + ecer
quência de palavras (Academia Brasileira de Letras - ABL). A partir de
enterrar = en + terra + ar
siglas, formam-se outras palavras também (aidético, petista)
pronome = pro + nome
• Neologismo:
Neologismo: nome dado ao processo de criação de novas palavras,
PREFIXO ou para palavras que adquirem um novo significado. pciconcursos
É o elemento mórfico que vem antes do radical.
Exs.: anti - herói in - feliz
EMPREGO DAS CLASSES DE PALAVRAS: SUBSTANTIVO, AD-AD-
SUFIXO JETIVO, NUMERAL, PRONOME, VERBO, ADVÉRBIO, PRE
PREPOSI-
POSI-
É o elemento mórfico que vem depois do radical. ÇÃO, CONJUNÇÃO (CLASSIFICAÇÃO
(CLASSIFICAÇÃO E SENTIDO QUE IMPRI-
IMPRI-
Exs.: med - onho cear – ense MEM ÀS RELAÇÕES ENTRE AS ORAÇÕES).
As palavras estão em constante processo de evolução, o que torna a Substantivo é a palavra variável em gênero, número e grau, que dá nome
língua um fenômeno vivo que acompanha o homem. Por isso alguns vocá- aos seres em geral.
bulos caem em desuso (arcaísmos), enquanto outros nascem (neologis-
mos) e outros mudam de significado com o passar do tempo. São, portanto, substantivos.
a) os nomes de coisas, pessoas, animais e lugares: livro, cadeira, cachorra,
Na Língua Portuguesa, em função da estruturação e origem das pala- Valéria, Talita, Humberto, Paris, Roma, Descalvado.
vras encontramos a seguinte divisão: b) os nomes de ações, estados ou qualidades, tomados como seres: traba-
lho, corrida, tristeza beleza altura.
• palavras primitivas - não derivam de outras (casa, flor)
Verifique que, neste caso, o emprego das formas retas EU e TU é obri- Nesses casos, a repetição do pronome oblíquo não constitui pleonas-
gatório, na medida em que tais pronomes exercem a função sintática de mo vicioso e sim ênfase.
sujeito.
5. Os pronomes oblíquos SE, SI, CONSIGO devem ser empregados 11. Muitas vezes os pronomes oblíquos equivalem a pronomes possessivo,
somente como reflexivos. Considera-se errada qualquer construção em exercendo função sintática de adjunto adnominal:
que os referidos pronomes não sejam reflexivos: Roubaram-me o livro = Roubaram meu livro.
Querida, gosto muito de SI. (errado) Não escutei-lhe os conselhos = Não escutei os seus conselhos.
Preciso muito falar CONSIGO. (errado)
Querida, gosto muito de você. (certo) 12. As formas plurais NÓS e VÓS podem ser empregadas para representar
Preciso muito falar com você. (certo) uma única pessoa (singular), adquirindo valor cerimonioso ou de mo-
déstia:
Observe que nos exemplos que seguem não há erro algum, pois os Nós - disse o prefeito - procuramos resolver o problema das enchentes.
pronomes SE, SI, CONSIGO, foram empregados como reflexivos: Vós sois minha salvação, meu Deus!
Ele feriu-se
Cada um faça por si mesmo a redação 13. Os pronomes de tratamento devem vir precedidos de VOSSA, quando
O professor trouxe as provas consigo nos dirigimos à pessoa representada pelo pronome, e por SUA, quando
falamos dessa pessoa:
6. Os pronomes oblíquos CONOSCO e CONVOSCO são utilizados Ao encontrar o governador, perguntou-lhe:
normalmente em sua forma sintética. Caso haja palavra de reforço, tais Vossa Excelência já aprovou os projetos?
pronomes devem ser substituídos pela forma analítica: Sua Excelência, o governador, deverá estar presente na inauguração.
Queriam falar conosco = Queriam falar com nós dois
Queriam conversar convosco = Queriam conversar com vós próprios. 14. VOCÊ e os demais pronomes de tratamento (VOSSA MAJESTADE,
VOSSA ALTEZA) embora se refiram à pessoa com quem falamos (2ª
7. Os pronomes oblíquos podem aparecer combinados entre si. As com- pessoa, portanto), do ponto de vista gramatical, comportam-se como
binações possíveis são as seguintes: pronomes de terceira pessoa:
Observações: FLEXÕES
1. O pronome relativo QUEM só se aplica a pessoas, tem antecedente, O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de fle-
vem sempre antecedido de preposição, e equivale a O QUAL. xões na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em
O médico de quem falo é meu conterrâneo. si diversas informações. A forma CANTÁVAMOS, por exemplo, indica:
2. Os pronomes CUJO, CUJA significam do qual, da qual, e precedem • a ação de cantar.
sempre um substantivo sem artigo. • a pessoa gramatical que pratica essa ação (nós).
Qual será o animal cujo nome a autora não quis revelar? • o número gramatical (plural).
3. QUANTO(s) e QUANTA(s) são pronomes relativos quando precedidos • o tempo em que tal ação ocorreu (pretérito).
de um dos pronomes indefinidos tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. • o modo como é encarada a ação: um fato realmente acontecido no
Tenho tudo quanto quero. passado (indicativo).
Leve tantos quantos precisar. • que o sujeito pratica a ação (voz ativa).
Nenhum ovo, de todos quantos levei, se quebrou.
4. ONDE, como pronome relativo, tem sempre antecedente e equivale a Portanto, o verbo flexiona-se em número, pessoa, modo, tempo e voz.
EM QUE. 1. NÚMERO: o verbo admite singular e plural:
A casa onde (= em que) moro foi de meu avô. O menino olhou para o animal com olhos alegres. (singular).
Os meninos olharam para o animal com olhos alegres. (plural).
2. PESSOA: servem de sujeito ao verbo as três pessoas gramaticais:
PRONOMES INDEFINI
INDEFINIDOS 1ª pessoa: aquela que fala. Pode ser
Estes pronomes se referem à 3ª pessoa do discurso, designando-a de a) do singular - corresponde ao pronome pessoal EU. Ex.: Eu adormeço.
modo vago, impreciso, indeterminado. b) do plural - corresponde ao pronome pessoal NÓS. Ex.: Nós adorme-
1. São pronomes indefinidos substantivos: ALGO, ALGUÉM, FULANO, cemos.
SICRANO, BELTRANO, NADA, NINGUÉM, OUTREM, QUEM, TUDO 2ª pessoa: aquela que ouve. Pode ser
Exemplos: a) do singular - corresponde ao pronome pessoal TU. Ex.:Tu adormeces.
Algo o incomoda? b) do plural - corresponde ao pronome pessoal VÓS. Ex.:Vós adormeceis.
Acreditam em tudo o que fulano diz ou sicrano escreve. 3ª pessoa: aquela de quem se fala. Pode ser
Não faças a outrem o que não queres que te façam. a) do singular - corresponde aos pronomes pessoais ELE, ELA. Ex.: Ela
Quem avisa amigo é. adormece.
Encontrei quem me pode ajudar. b) do plural - corresponde aos pronomes pessoas ELES, ELAS. Ex.: Eles
Ele gosta de quem o elogia. adormecem.
2. São pronomes indefinidos adjetivos: CADA, CERTO, CERTOS, CERTA 3. MODO: é a propriedade que tem o verbo de indicar a atitude do falante
CERTAS. em relação ao fato que comunica. Há três modos em português.
Cada povo tem seus costumes. a) indicativo: a atitude do falante é de certeza diante do fato.
Certas pessoas exercem várias profissões. A cachorra Baleia corria na frente.
Certo dia apareceu em casa um repórter famoso. b) subjuntivo: a atitude do falante é de dúvida diante do fato.
Talvez a cachorra Baleia corra na frente .
PRONOMES INTER
INTERROGATIVOS c) imperativo: o fato é enunciado como uma ordem, um conselho, um
Aparecem em frases interrogativas. Como os indefinidos, referem-se de pedido
modo impreciso à 3ª pessoa do discurso. Corra na frente, Baleia.
Exemplos: 4. TEMPO: é a propriedade que tem o verbo de localizar o fato no tempo,
Que há? em relação ao momento em que se fala. Os três tempos básicos são:
Que dia é hoje? a) presente: a ação ocorre no momento em que se fala:
Reagir contra quê? Fecho os olhos, agito a cabeça.
Por que motivo não veio? b) pretérito (passado): a ação transcorreu num momento anterior àquele
Quem foi? em que se fala:
Qual será? Fechei os olhos, agitei a cabeça.
Quantos vêm? c) futuro: a ação poderá ocorrer após o momento em que se fala:
Quantas irmãs tens? Fecharei os olhos, agitarei a cabeça.
O pretérito e o futuro admitem subdivisões, o que não ocorre com o
presente.
VERBO
VERBO
Veja o esquema dos tempos simples em português:
CONCEITO Presente (falo)
“As palavras em destaque no texto abaixo exprimem ações, situando- INDICATIVO Pretérito perfeito ( falei)
as no tempo. Imperfeito (falava)
Queixei-me de baratas. Uma senhora ouviu-me a queixa. Deu-me a re- Mais- que-perfeito (falara)
ceita de como matá-las. Que misturasse em partes iguais açúcar, farinha e Futuro do presente (falarei)
gesso. A farinha e o açúcar as atrairiam, o gesso esturricaria dentro elas. do pretérito (falaria)
Assim fiz. Morreram.” Presente (fale)
(Clarice Lispector) SUBJUNTIVO Pretérito imperfeito (falasse)
Futuro (falar)
Essas palavras são verbos. O verbo também pode exprimir:
a) Estado: Há ainda três formas que não exprimem exatamente o tempo em que
Não sou alegre nem sou triste. se dá o fato expresso. São as formas nominais, que completam o esquema
Sou poeta. dos tempos simples.
b) Mudança de estado: Infinitivo impessoal (falar)
FAZER REAVER
Presente do indicativo faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem Presente do indicativo reavemos, reaveis
Pretérito perfeito fiz, fizeste, fez, fizemos fizestes, fizeram Pretérito perfeito reouve, reouveste, reouve, reouvemos, reouvestes, reouve-
Pretérito mais-que-perfeito fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram ram
Futuro do presente farei, farás, fará, faremos, fareis, farão Pretérito mais-que-perfeito reouvera, reouveras, reouvera, reouvéramos, reouvéreis,
Futuro do pretérito faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam reouveram
Imperativo afirmativo faze, faça, façamos, fazei, façam Pretérito imperf. do subjuntivo reouvesse, reouvesses, reouvesse, reouvéssemos, reou-
Presente do subjuntivo faça, faças, faça, façamos, façais, façam vésseis, reouvessem
Imperfeito do subjuntivo fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, Futuro reouver, reouveres, reouver, reouvermos, reouverdes,
fizessem reouverem
Futuro do subjuntivo fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem O verbo REAVER conjuga-se como haver, mas só nas formas em que esse apresen-
Conjugam-se como fazer, desfazer, refazer satisfazer ta a letra v
PERDER SABER
Presente do indicativo perco, perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem Presente do indicativo sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem
Presente do subjuntivo perca, percas, perca, percamos, percais. percam Pretérito perfeito soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam
Imperativo afirmativo perde, perca, percamos, perdei, percam Pretérito mais-que-perfeito soubera, souberas, soubera, soubéramos,
soubéreis, souberam
PODER Pretérito imperfeito sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam
Presente do Indicativo posso, podes, pode, podemos, podeis, podem Presente do subjuntivo soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis,
Pretérito Imperfeito podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam soubessem
Pretérito perfeito pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam Futuro souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem
Pretérito mais-que-perfeito pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis,
puderam VALER
Presente do subjuntivo possa, possas, possa, possamos, possais, possam Presente do indicativo valho, vales, vale, valemos, valeis, valem
Pretérito imperfeito pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, Presente do subjuntivo valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham
pudessem Imperativo afirmativo vale, valha, valhamos, valei, valham
Futuro puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem
Infinitivo pessoal pode, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem TRAZER
Gerúndio podendo Presente do indicativo trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem
Particípio podido Pretérito imperfeito trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam
O verbo PODER não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no Pretérito perfeito trouxe, trouxeste, trouxe, trouxemos, trouxestes, trouxeram
imperativo negativo Pretérito mais-que-perfeito trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos,
trouxéreis, trouxeram
PROVER Futuro do presente trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão
Presente do indicativo provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem Futuro do pretérito traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam
Pretérito imperfeito provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam Imperativo traze, traga, tragamos, trazei, tragam
Pretérito perfeito provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram Presente do subjuntivo traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam
Pretérito mais-que-perfeito provera, proveras, provera, provêramos, provê- Pretérito imperfeito trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis,
reis, proveram trouxessem
Futuro do presente proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão Futuro trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxe-
Futuro do pretérito proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, prove- rem
riam Infinitivo pessoal trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem
Imperativo provê, proveja, provejamos, provede, provejam Gerúndio trazendo
Presente do subjuntivo proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais. provejam Particípio trazido
Pretérito imperfeito provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis,
provessem VER
Futuro prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem Presente do indicativo vejo, vês, vê, vemos, vedes, vêem
Gerúndio provendo Pretérito perfeito vi, viste, viu, vimos, vistes, viram
Particípio provido Pretérito mais-que-perfeito vira, viras, vira, viramos, vireis, viram
Imperativo afirmativo vê, veja, vejamos, vede vós, vejam vocês
QUERER Presente do subjuntivo veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam
Presente do indicativo quero, queres, quer, queremos, quereis, querem Pretérito imperfeito visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem
Pretérito perfeito quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram Futuro vir, vires, vir, virmos, virdes, virem
Pretérito mais-que-perfeito quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quisé- Particípio visto
reis, quiseram
Presente do subjuntivo queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram ABOLIR
Pretérito imperfeito quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos quisésseis, Presente do indicativo aboles, abole abolimos, abolis, abolem
quisessem Pretérito imperfeito abolia, abolias, abolia, abolíamos, abolíeis, aboliam
Futuro quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem Pretérito perfeito aboli, aboliste, aboliu, abolimos, abolistes, aboliram
Artigo é uma palavra que antepomos aos substantivos para determiná- CONJUNÇÕES COORDENATIVAS
COORDENATIVAS
los. Indica-lhes, ao mesmo tempo, o gênero e o número. As conjunções coordenativas podem ser:
1) Aditivas,
Aditivas que dão ideia de adição, acrescentamento: e, nem, mas
Dividem-se em também, mas ainda, senão também, como também, bem como.
• definidos: O, A, OS, AS O agricultor colheu o trigo e o vendeu.
• indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS. Não aprovo nem permitirei essas coisas.
Os definidos determinam os substantivos de modo preciso, particular. Os livros não só instruem mas também divertem.
Viajei com o médico. (Um médico referido, conhecido, determinado). As abelhas não apenas produzem mel e cera mas ainda polinizam
as flores.
Os indefinidos determinam os substantivos de modo vago, impreciso, 2) Adversativas, que exprimem oposição, contraste, ressalva, com-
geral. pensação: mas, porém, todavia, contudo, entretanto, sendo, ao
Viajei com um médico. (Um médico não referido, desconhecido, inde- passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não obstante, ape-
terminado). sar disso, em todo caso.
Querem ter dinheiro, mas não trabalham.
lsoladamente, os artigos são palavras de todo vazias de sentido. Ela não era bonita, contudo cativava pela simpatia.
Não vemos a planta crescer, no entanto, ela cresce.
A culpa não a atribuo a vós, senão a ele.
CONJUNÇÃO O professor não proíbe, antes estimula as perguntas em aula.
O exército do rei parecia invencível, não obstante, foi derrotado.
Conjunção é a palavra que une duas ou mais orações. Você já sabe bastante, porém deve estudar mais.
Eu sou pobre, ao passo que ele é rico.
Coniunções Coordenativas
Coordenativas Hoje não atendo, em todo caso, entre.
1) ADITIVAS: e, nem, também, mas, também, etc. 3) Alternativas, que exprimem alternativa, alternância ou, ou ... ou,
2) ADVERSATIVAS: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, ora ... ora, já ... já, quer ... quer, etc.
senão, no entanto, etc. Os sequestradores deviam render-se ou seriam mortos.
3) ALTERNATIVAS: ou, ou.., ou, ora... ora, já... já, quer, quer, Ou você estuda ou arruma um emprego.
etc. Ora triste, ora alegre, a vida segue o seu ritmo.
4) CONCLUSIVAS. logo, pois, portanto, por conseguinte, por Quer reagisse, quer se calasse, sempre acabava apanhando.
consequência. "Já chora, já se ri, já se enfurece."
5) EXPLICATIVAS: isto é, por exemplo, a saber, que, porque, (Luís de Camões)
pois, etc. 4) Conclusivas,
Conclusivas, que iniciam uma conclusão: logo, portanto, por con-
seguinte, pois (posposto ao verbo), por isso.
Conjunções Subordinativas As árvores balançam, logo está ventando.
1) CONDICIONAIS: se, caso, salvo se, contanto que, uma vez que, etc. Você é o proprietário do carro, portanto é o responsável.
2) CAUSAIS: porque, já que, visto que, que, pois, porquanto, etc. O mal é irremediável; deves, pois, conformar-te.
3) COMPARATIVAS: como, assim como, tal qual, tal como, mais que, etc. 5) Explicativas,
Explicativas que precedem uma explicação, um motivo: que, por-
4) CONFORMATIVAS: segundo, conforme, consoante, como, etc. que, porquanto, pois (anteposto ao verbo).
5) CONCESSIVAS: embora, ainda que, mesmo que, posto que, se bem que, Não solte balões, que (ou porque, ou pois, ou porquanto) podem
etc. causar incêndios.
6) INTEGRANTES: que, se, etc. Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas.
7) FINAIS: para que, a fim de que, que, etc.
8) CONSECUTIVAS: tal... qual, tão... que, tamanho... que, de sorte que, de Observação:
Observação: A conjunção A pode apresentar-se com sentido adversati-
forma que, de modo que, etc. vo:
9) PROPORCIONAIS: à proporção que, à medida que, quanto... tanto mais, Sofrem duras privações a [= mas] não se queixam.
etc. "Quis dizer mais alguma coisa a não pôde."
10) TEMPORAIS: quando, enquanto, logo que, depois que, etc. (Jorge Amado)
No período simples há apenas uma oração, a qual se diz absoluta. ORAÇÃO INTERCALADA OU INTERFERENTE
Fui ao cinema. É aquela que vem entre os termos de uma outra oração.
O pássaro voou. O réu, DISSERAM OS JORNAIS, foi absolvido.
ORAÇÕES REDUZIDAS
7) AGENTE DA PASSIVA
Oração reduzida é aquela que tem o verbo numa das formas nominais:
O quadro foi comprado POR QUEM O FEZ = (PELO SEU AUTOR)
gerúndio, infinitivo e particípio.
A obra foi apreciada POR QUANTOS A VIRAM.
Exemplos:
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS • Penso ESTAR PREPARADO = Penso QUE ESTOU PREPARADO.
Oração subordinada adjetiva é aquela que tem o valor e a função de • Dizem TER ESTADO LÁ = Dizem QUE ESTIVERAM LÁ.
um adjetivo. • FAZENDO ASSIM, conseguirás = SE FIZERES ASSIM,
Há dois tipos de orações subordinadas adjetivas: conseguirás.
• É bom FICARMOS ATENTOS. = É bom QUE FIQUEMOS
1) EXPLICATIVAS:
EXPLICATIVAS ATENTOS.
Explicam ou esclarecem, à maneira de aposto, o termo antecedente, • AO SABER DISSO, entristeceu-se = QUANDO SOUBE DISSO,
atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é inerente ou acrescentando-lhe uma entristeceu-se.
informação. • É interesse ESTUDARES MAIS.= É interessante QUE ESTUDES
Deus, QUE É NOSSO PAI, nos salvará. MAIS.
Ele, QUE NASCEU RICO, acabou na miséria. • SAINDO DAQUI, procure-me. = QUANDO SAIR DAQUI, procure-
me.
2) RESTRITIVAS:
RESTRITIVAS
Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
indispensáveis ao sentido da frase:
Pedra QUE ROLA não cria limo.
As pessoas A QUE A GENTE SE DIRIGE sorriem. CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
Ele, QUE SEMPRE NOS INCENTIVOU, não está mais aqui. Concordância é o processo sintático no qual uma palavra determinante
se adapta a uma palavra determinada, por meio de suas flexões.
ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
Oração subordinada adverbial é aquela que tem o valor e a função de Principais Casos de Concordância Nomi
Nominal
um advérbio. 1) O artigo, o adjetivo, o pronome relativo e o numeral concordam em
gênero e número com o substantivo.
As orações subordinadas adverbiais classificam-se em: As primeiras alunas da classe foram passear no zoológico.
1) CAUSAIS:
CAUSAIS exprimem causa, motivo, razão: 2) O adjetivo ligado a substantivos do mesmo gênero e número vão
Desprezam-me, POR ISSO QUE SOU POBRE. normalmente para o plural.
O tambor soa PORQUE É OCO. Pai e filho estudiosos ganharam o prêmio.
3) O adjetivo ligado a substantivos de gêneros e número diferentes vai
2) COMPARATIVAS:
COMPARATIVAS representam o segundo termo de uma para o masculino plural.
comparação. Alunos e alunas estudiosos ganharam vários prêmios.
O som é menos veloz QUE A LUZ. 4) O adjetivo posposto concorda em gênero com o substantivo mais
Parou perplexo COMO SE ESPERASSE UM GUIA. próximo:
Trouxe livros e revista especializada.
3) CONCESSIVAS: exprimem um fato que se concede, que se admite: 5) O adjetivo anteposto pode concordar com o substantivo mais próxi-
POR MAIS QUE GRITASSE, não me ouviram. mo.
Os louvores, PEQUENOS QUE SEJAM, são ouvidos com agrado. Dedico esta música à querida tia e sobrinhos.
CHOVESSE OU FIZESSE SOL, o Major não faltava. 6) O adjetivo que funciona como predicativo do sujeito concorda com o
sujeito.
4) CONDICIONAIS: exprimem condição, hipótese: Meus amigos estão atrapalhados.
SE O CONHECESSES, não o condenarias. 7) O pronome de tratamento que funciona como sujeito pede o predica-
Que diria o pai SE SOUBESSE DISSO? tivo no gênero da pessoa a quem se refere.
Sua excelência, o Governador, foi compreensivo.
5) CONFORMATIVAS: exprimem acordo ou conformidade de um fato 8) Os substantivos acompanhados de numerais precedidos de artigo
com outro: vão para o singular ou para o plural.
Fiz tudo COMO ME DISSERAM. Já estudei o primeiro e o segundo livro (livros).
Vim hoje, CONFORME LHE PROMETI. 9) Os substantivos acompanhados de numerais em que o primeiro vier
precedido de artigo e o segundo não vão para o plural.
6) CONSECUTIVAS: exprimem uma consequência, um resultado: Já estudei o primeiro e segundo livros.
A fumaça era tanta QUE EU MAL PODIA ABRIR OS OLHOS. 10) O substantivo anteposto aos numerais vai para o plural.
Bebia QUE ERA UMA LÁSTIMA! Já li os capítulos primeiro e segundo do novo livro.
Tenho medo disso QUE ME PÉLO! 11) As palavras: MESMO, PRÓPRIO e SÓ concordam com o nome a
7) FINAIS: exprimem finalidade, objeto: que se referem.
Fiz-lhe sinal QUE SE CALASSE. Ela mesma veio até aqui.
Aproximei-me A FIM DE QUE ME OUVISSE MELHOR. Eles chegaram sós.
Eles próprios escreveram.
8) PROPORCIONAIS: denotam proporcionalidade: 12) A palavra OBRIGADO concorda com o nome a que se refere.
À MEDIDA QUE SE VIVE, mais se aprende. Muito obrigado. (masculino singular)
QUANTO MAIOR FOR A ALTURA, maior será o tombo. Muito obrigada. (feminino singular).
13) A palavra MEIO concorda com o substantivo quando é adjetivo e fica
9) TEMPORAIS:
TEMPORAIS indicam o tempo em que se realiza o fato expresso na invariável quando é advérbio.
oração principal: Quero meio quilo de café.
ENQUANTO FOI RICO todos o procuravam. Minha mãe está meio exausta.
QUANDO OS TIRANOS CAEM, os povos se levantam. É meio-dia e meia. (hora)
De colocação:
• “Ele era um tremendo mané!”
mané
• “Tô ferrado!”
ferrado
• “Me empresta um lápis, por favor.” (Empresta-me um lápis, por favor.)
• “Tá ligado nas quebradas,
quebradas meu chapa?”
chapa
• “Me parece que ela ficou contente.” (Parece-me que ela ficou conten-
• “Esse bagulho é ‘radicaaaal’!!! Tá ligado mano?”
mano te.)
• ‘Vô piálá’mais
piá tarde ‘ !!! Se ligou maluko ? • “Eu não respondi-lhe nada do que perguntou.” (Eu não lhe respondi
nada do que perguntou.)
Por questões de etiqueta, convém evitar o uso de plebeísmos em contextos
sociais que requeiram maior formalismo no tratamento comunicativo. Eco
Prolixidade O Eco vem a ser a própria rima que ocorre quando há na frase terminações
É a exposição fastidiosa e inútil de palavras ou argumentos e à sua supera- iguais ou semelhantes, provocando dissonância.
bundância. É o excesso de palavras para exprimir poucas idéias. Ao texto
prolixo falta objetividade, o qual quase sempre compromete a clareza e
cansa o leitor. • “Falar em desenvolvimento
mento é pensar em alimento
mento,
mento saúde e educação.”
A prevenção à prolixidade requer que se tenha atenção à concisão e preci- • “O aluno repetente
ente mente
ente alegremente
ente.”
ente
são da mensagem. Concisão é a qualidade de dizer o máximo possível com • O presidente
ente tinha dor de dente
ente constantemente
ente.
ente
o mínimo de palavras. Precisão é a qualidade de utilizar a palavra certa
para dizer exatamente o que se quer.
É pela correta observação dessas características que se redige com Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o gênero gramati-
clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável releitura de todo texto redigido. cal deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere, e não com o
A ocorrência, em textos oficiais, de trechos obscuros e de erros gramaticais substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso interlocutor for homem,
provém principalmente da falta da releitura que torna possível sua correção. o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar
satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa Senho-
Na revisão de um expediente, deve-se avaliar, ainda, se ele será de fá- ria deve estar satisfeita”.
cil compreensão por seu destinatário. O que nos parece óbvio pode ser
desconhecido por terceiros. O domínio que adquirimos sobre certos assun- 2.1.3. Emprego dos Pronomes de Tratamento
tos em decorrência de nossa experiência profissional muitas vezes faz com Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular
que os tomemos como de conhecimento geral, o que nem sempre é verda- tradição. São de uso consagrado:
de. Explicite, desenvolva, esclareça, precise os termos técnicos, o significa- Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
do das siglas e abreviações e os conceitos específicos que não possam ser
dispensados. a) do Poder Executivo;
Executivo;
Presidente da República;
A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A pressa com que são Vice-Presidente da República;
A exposição de motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas Tais exames materializam-se em pareceres dos diversos órgãos inte-
formas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha caráter exclusiva- ressados no assunto das proposições, entre eles o da Advocacia-Geral da
mente informativo e outra para a que proponha alguma medida ou submeta União. Mas, na origem das propostas, as análises necessárias constam da
projeto de ato normativo. exposição de motivos do órgão onde se geraram (v. 3.1. Exposição de
Motivos) – exposição que acompanhará, por cópia, a mensagem de enca-
No primeiro caso, o da exposição de motivos que simplesmente leva minhamento ao Congresso.
algum assunto ao conhecimento do Presidente da República, sua estrutura
segue o modelo antes referido para o padrão ofício. b) encaminhamento de medida provisória.
Para dar cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presi-
Já a exposição de motivos que submeta à consideração do Presidente dente da República encaminha mensagem ao Congresso, dirigida a seus
da República a sugestão de alguma medida a ser adotada ou a que lhe membros, com aviso para o Primeiro Secretário do Senado Federal, juntan-
apresente projeto de ato normativo – embora sigam também a estrutura do do cópia da medida provisória, autenticada pela Coordenação de Documen-
padrão ofício –, além de outros comentários julgados pertinentes por seu tação da Presidência da República.
autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
a) na introdução: o problema que está a reclamar a adoção da medi- c) indicação de autoridades.
da ou do ato normativo proposto; As mensagens que submetem ao Senado Federal a indicação de pes-
b) no desenvolvimento: o porquê de ser aquela medida ou aquele ato soas para ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribunais
normativo o ideal para se solucionar o problema, e eventuais alter- Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e Diretores do Banco Central,
nativas existentes para equacioná-lo; Procurador-Geral da República, Chefes de Missão Diplomática, etc.) têm
c) na conclusão, novamente, qual medida deve ser tomada, ou qual em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela
ato normativo deve ser editado para solucionar o problema. Casa do Congresso Nacional competência privativa para aprovar a indica-
ção.
Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à exposição de moti-
vos, devidamente preenchido, de acordo com o seguinte modelo previsto O curriculum vitae do indicado, devidamente assinado, acompanha a
no Anexo II do Decreto no 4.176, de 28 de março de 2002. mensagem.
Anexo à Exposição de Motivos do (indicar nome do Ministério ou órgão d) pedido de autorização para o Presidente ou o Vice-Presidente da
equivalente) no , de de de 200 . República se ausentarem do País por mais de 15 dias.
Trata-se de exigência constitucional (Constituição, art. 49, III, e 83), e a
5. Mensagem autorização é da competência privativa do Congresso Nacional.
5.1. Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes O Presidente da República, tradicionalmente, por cortesia, quando a
Públicos, notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder ausência é por prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa
Executivo ao Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração do Congresso, enviando-lhes mensagens idênticas.
Pública; expor o plano de governo por ocasião da abertura de sessão
legislativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem de e) encaminhamento de atos de concessão e renovação de concessão
deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer e agradecer de emissoras de rádio e TV.
comunicações de tudo quanto seja de interesse dos poderes públicos e da A obrigação de submeter tais atos à apreciação do Congresso Nacional
Nação. consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. Somente produzirão
efeitos legais a outorga ou renovação da concessão após deliberação do
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Ministérios à Presi- Congresso Nacional (Constituição, art. 223, § 3o). Descabe pedir na men-
dência da República, a cujas assessorias caberá a redação final. sagem a urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § 1o do
art. 223 já define o prazo da tramitação.
As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Congresso Nacional
têm as seguintes finalidades: Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a mensagem o cor-
a) encaminhamento de projeto de lei ordinária, complementar ou finan- respondente processo administrativo.
ceira.
Os projetos de lei ordinária ou complementar são enviados em regime f) encaminhamento das contas referentes ao exercício anterior.
normal (Constituição, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1o a O Presidente da República tem o prazo de sessenta dias após a aber-
4o). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime nor- tura da sessão legislativa para enviar ao Congresso Nacional as contas
mal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com solicitação de urgên- referentes ao exercício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e
cia. parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. 166, § 1o), sob
pena de a Câmara dos Deputados realizar a tomada de contas (Constitui-
Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros do Congres- ção, art. 51, II), em procedimento disciplinado no art. 215 do seu Regimento
so Nacional, mas é encaminhada com aviso do Chefe da Casa Civil da Interno.
Presidência da República ao Primeiro Secretário da Câmara dos Deputa-
dos, para que tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput). g) mensagem de abertura da sessão legislativa.
Ela deve conter o plano de governo, exposição sobre a situação do Pa-
Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem plano pluria- ís e solicitação de providências que julgar necessárias (Constituição, art.
nual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais e créditos adicionais), as 84, XI).
h) comunicação de sanção (com restituição de autógrafos). Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos
Esta mensagem é dirigida aos Membros do Congresso Nacional, en- e tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas
caminhada por Aviso ao Primeiro Secretário da Casa onde se originaram os àquelas situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax
autógrafos. Nela se informa o número que tomou a lei e se restituem dois e que a urgência justifique sua utilização e, também em razão de seu custo
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Presidente da elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4.
República terá aposto o despacho de sanção. Concisão e Clareza).
08. Os pesquisadores trataram de avaliar visão público financiamento 15. Desejava o diploma, por isso lutou para obtê-lo.
estatal ciência e tecnologia. Substituindo-se as formas verbais de desejar, lutar e obter pelos
(A) à ... sobre o ... do ... para respectivos substantivos a elas correspondentes, a frase correta é:
(B) a ... ao ... do ... para (A) O desejo do diploma levou-o a lutar por sua obtenção.
(C) à ... do ... sobre o ... a (B) O desejo do diploma levou-o à luta em obtê-lo.
(D) à ... ao ... sobre o ... à (C) O desejo do diploma levou-o à luta pela sua obtenção.
(E) a ... do ... sobre o ... à (D) Desejoso do diploma foi à luta pela sua obtenção.
(E) Desejoso do diploma foi lutar por obtê-lo.
09. Quanto perfil desejado, com vistas qualidade dos candidatos, a
franqueadora procura ser muito mais criteriosa ao contratá-los, pois 16. Ao Senhor Diretor de Relações Públicas da Secretaria de Educação
eles devem estar aptos comercializar seus produtos. do Estado de São Paulo. Face à proximidade da data de inauguração
17. Assinale a alternativa em que, de acordo com a norma culta, se 23. O jardineiro daquele vizinho cuidadoso podou, ontem, os enfraqueci-
respeitam as regras de pontuação. dos galhos da velha árvore.
(A) Por sinal, o próprio Senhor Governador, na última entrevista, revelou, Assinale a alternativa correta para interrogar, respectivamente, sobre
que temos uma arrecadação bem maior que a prevista. o adjunto adnominal de jardineiro e o objeto direto de podar.
(B) Indagamos, sabendo que a resposta é obvia: que se deve a uma (A) Quem podou? e Quando podou?
sociedade inerte diante do desrespeito à sua própria lei? Nada. (B) Qual jardineiro? e Galhos de quê?
(C) O cidadão, foi preso em flagrante e, interrogado pela Autoridade (C) Que jardineiro? e Podou o quê?
Policial, confessou sua participação no referido furto. (D) Que vizinho? e Que galhos?
(D) Quer-nos parecer, todavia, que a melhor solução, no caso deste (E) Quando podou? e Podou o quê?
funcionário, seja aquela sugerida, pela própria chefia.
(E) Impunha-se, pois, a recuperação dos documentos: as certidões 24. O público observava a agitação dos lanterninhas da plateia.
negativas, de débitos e os extratos, bancários solicitados. Sem pontuação e sem entonação, a frase acima tem duas possibili-
dades de leitura. Elimina-se essa ambiguidade pelo estabelecimento
18. O termo oração, entendido como uma construção com sujeito e correto das relações entre seus termos e pela sua adequada pontua-
predicado que formam um período simples, se aplica, adequadamen- ção em:
te, apenas a: (A) O público da plateia, observava a agitação dos lanterninhas.
(A) Amanhã, tempo instável, sujeito a chuvas esparsas no litoral. (B) O público observava a agitação da plateia, dos lanterninhas.
(B) O vigia abandonou a guarita, assim que cumpriu seu período. (C) O público observava a agitação, dos lanterninhas da plateia.
(C) O passeio foi adiado para julho, por não ser época de chuvas. (D) Da plateia o público, observava a agitação dos lanterninhas.
(D) Muito riso, pouco siso – provérbio apropriado à falta de juízo. (E) Da plateia, o público observava a agitação dos lanterninhas.
(E) Os concorrentes à vaga de carteiro submeteram-se a exames.
25. Felizmente, ninguém se machucou.
Leia o período para responder às questões de números 19 e 20. Lentamente, o navio foi se afastando da costa.
Considere:
O livro de registro do processo que você procurava era o que estava I. felizmente completa o sentido do verbo machucar;
sobre o balcão. II. felizmente e lentamente classificam-se como adjuntos adverbiais de
modo;
19. No período, os pronomes o e que, na respectiva sequência, remetem III. felizmente se refere ao modo como o falante se coloca diante do
a fato;
(A) processo e livro. IV. lentamente especifica a forma de o navio se afastar;
(B) livro do processo. V. felizmente e lentamente são caracterizadores de substantivos.
(C) processos e processo. Está correto o contido apenas em
(D) livro de registro. (A) I, II e III.
(E) registro e processo. (B) I, II e IV.
(C) I, III e IV.
20. Analise as proposições de números I a IV com base no período (D) II, III e IV.
acima: (E) III, IV e V.
I. há, no período, duas orações;
II. o livro de registro do processo era o, é a oração principal; 26. O segmento adequado para ampliar a frase – Ele comprou o carro...,
III. os dois quê(s) introduzem orações adverbiais; indicando concessão, é:
IV. de registro é um adjunto adnominal de livro. (A) para poder trabalhar fora.
Está correto o contido apenas em (B) como havia programado.
(A) II e IV. (C) assim que recebeu o prêmio.
(B) III e IV. (D) porque conseguiu um desconto.
(C) I, II e III. (E) apesar do preço muito elevado.
(D) I, II e IV.
(E) I, III e IV. 27. É importante que todos participem da reunião.
O segmento que todos participem da reunião, em relação a
21. O Meretíssimo Juiz da 1.ª Vara Cível devia providenciar a leitura do É importante, é uma oração subordinada
acórdão, e ainda não o fez. Analise os itens relativos a esse trecho: (A) adjetiva com valor restritivo.
I. as palavras Meretíssimo e Cível estão incorretamente grafadas; (B) substantiva com a função de sujeito.
II. ainda é um adjunto adverbial que exclui a possibilidade da leitura (C) substantiva com a função de objeto direto.
pelo Juiz; (D) adverbial com valor condicional.
III. o e foi usado para indicar oposição, com valor adversativo equivalen- (E) substantiva com a função de predicativo.
te ao da palavra mas;
43 ''...olhei para o lado e vi, junto à parede, antes da esquina, ALGO que
me pareceu uma trouxa de roupa...''; o uso do termo destacado se
deve a que:
A) o autor pretende comparar o menino a uma coisa;
Prof. Sérgio Arouca, presidente da 8ª CNS, realizada em março de A integralidade decorre do art. 198, II da Constituição, que confere ao
1986 e um dos líderes e grandes entusiastas da Reforma Sanitária da Estado o dever do “atendimento integral, com prioridade para as atividades
década de 1980. preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais” em relação ao acesso
que todo e qualquer cidadão tem direito. Por isso, o Estado deve
Em 1979, o General João Baptista Figueiredo assumiu a presidência estabelecer um conjunto de ações que vão desde a prevenção à
com a promessa de abertura política e, de fato, a Comissão de Saúde da assistência curativa, nos mais diversos níveis de complexidade, como
Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de forma de efetivar e garantir o postulado da saúde. Percebe-se, porém, que
1979, o I Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com o texto constitucional dá ênfase às atividades preventivas, que,
participação de muitos dos integrantes do movimento e chegou a naturalmente, ao serem realizadas com eficiência, reduzem os gastos com
conclusões altamente favoráveis ao mesmo. as atividades assistenciais posteriores.
Entretanto o grande acontecimento para a consolidação do direito à Equidade
saúde tal como é visto hoje ainda estava por vir. Hésio Cordeiro elucida:
O princípio da equidade está relacionado com o mandamento
Decidiu-se convocar a VIII Conferência Nacional de Saúde, através de constitucional da “saúde é direito de todos”, previsto no já mencionado art.
decreto presidencial, marcando-se sua realização para 17 a 21 de março de 196. Busca-se aqui preservar o postulado da isonomia, visto que o próprio
1986, em Brasília. A conferência seria precedida de pré-conferências e art. 5º da Constituição institui que “todos são iguais perante a lei, sem
reuniões estaduais preparatórias a serem realizadas em todo o país e distinção de qualquer natureza”. Logo, todos os cidadãos, de maneira igual,
seriam elaborados documentos técnicos que serviriam de base para estas devem ter seus direitos à saúde garantidos pelo Estado. Entretanto, as
reuniões prévias e de teses a serem debatidas na VIII CNS. Para a presi- desigualdades regionais e sociais podem levar a inocorrência dessa
dência da VIII CNS foi designado o prof. Antônio Sérgio da Silva Arouca, isonomia, afinal uma área mais carente pode demandar mais gastos em
presidente da Fiocruz, ficando a vice-presidência com o dr. Francisco relações às outras. Por isso, o Estado deve tratar desigualmente os
Xavier Beduschi, superintendente da SUCAM e Guilherme Rodrigues da desiguais, concentrando seus esforços e investimentos em zonas territoriais
Silva, da FMUSP foi designado relator geral. Os temas propostos foram: com piores índices e déficits na prestação do serviço público. O próprio art.
'Saúde como Direito', 'Reformulação do Sistema Nacional de Saúde' e 3º, da Constituição, configura como um dos objetivos da República “reduzir
'Financiamento do Setor'.— Hésio Cordei
Cordeiro as desigualdades sociais e regionais”. Tratar o cidadão como um "todo".
Foram ao todo 1.000 delegados com direito a voto e cerca de 3.000 Descentralização
participantes. A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história
do SUS por vários motivos. Ela foi aberta por José Sarney, o primeiro Está estabelecido no art. 198, I, da Constituição, que revela que “as
presidente civil após o regime militar, e foi a primeira CNS a ser aberta à ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e
sociedade; além disso, foi importante na propagação do movimento da hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as
Reforma Sanitária, muito em função do relatório final da Conferência ter seguintes diretrizes: I - descentralização, com direção única em cada esfera
servido como base para os debates na Assembleia Constituinte, visto que de governo”. Por isso, o Sistema Único de Saúde está presente nos três
representavam demandas do movimento popular. entes federativos - União, Estados, Distrito Federal e Municípios -, de forma
que o que é da alçada de abrangência nacional será de responsabilidade
Além disso, a 8ª CNS resultou na implantação do Sistema Unificado e do governo federal, o que está relacionado à competência de um Estado
Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os deve estar sob responsabilidade do Governo Estadual, e a mesma
governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a definição ocorre com um Município. Dessa forma, busca-se um maior
seção seção "Da Saúde" da Constituição brasileira de 5 de outubro de diálogo com a sociedade civil local, que está mais perto do gestor para
1988. A Constituição de 1988 foi um marco na história da saúde pública cobrá-lo sobre as políticas públicas devidas.
brasileira, ao definir, como já mencionado, a saúde como "direito de todos e
dever do Estado".
IV - as normas de cálculo do montante a ser aplicado pela Uni- II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; (Redação dada
ão.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
II - serviço da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção,
19.12.2003) proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações
assistenciais e das atividades preventivas.
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos
investimentos ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Úni-
42, de 19.12.2003) co de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes, X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento ci-
entre outros, a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio entífico e tecnológico;
ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso XI - a formulação e execução da política de sangue e seus deriva-
aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expres- dos.
sam a organização social e econômica do País.
§ 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações ca-
Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as ações que, por paz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos pro-
força do disposto no artigo anterior, se destinam a garantir às pessoas e à blemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação
coletividade condições de bem-estar físico, mental e social. de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo:
TÍTULO II I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se
DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da
produção ao consumo; e
DISPOSIÇÃO PRELIMINAR
II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou
Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde, prestados por ór- indiretamente com a saúde.
gãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Adminis-
tração direta e indireta e das fundações mantidas pelo Poder Público, § 2º Entende-se por vigilância epidemiológica um conjunto de a-
constitui o Sistema Único de Saúde (SUS). ções que proporcionam o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde
§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições públicas individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas
federais, estaduais e municipais de controle de qualidade, pesquisa e de prevenção e controle das doenças ou agravos.
I - assistência ao trabalhador vítima de acidentes de trabalho ou XIII - organização dos serviços públicos de modo a evitar duplicida-
portador de doença profissional e do trabalho; de de meios para fins idênticos.
§ 1o O Conass e o Conasems receberão recursos do orçamento XX - definir as instâncias e mecanismos de controle e fiscalização
geral da União por meio do Fundo Nacional de Saúde, para auxiliar no inerentes ao poder de polícia sanitária;
custeio de suas despesas institucionais, podendo ainda celebrar convênios XXI - fomentar, coordenar e executar programas e projetos estraté-
com a União. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011). gicos e de atendimento emergencial.
§ 2o Os Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems) Seção II
são reconhecidos como entidades que representam os entes municipais, no
âmbito estadual, para tratar de matérias referentes à saúde, desde que Da Competência
vinculados institucionalmente ao Conasems, na forma que dispuserem seus
Art. 16. A direção nacional do Sistema Único da Saúde (SUS) com-
estatutos. (Incluído pela Lei nº 12.466, de 2011).
pete:
CAPÍTULO IV
I - formular, avaliar e apoiar políticas de alimentação e nutrição;
Da Competência e das Atribuições
II - participar na formulação e na implementação das políticas:
Seção I
a) de controle das agressões ao meio ambiente;
Das Atribuições Comuns
b) de saneamento básico; e
Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e-
c) relativas às condições e aos ambientes de trabalho;
xercerão, em seu âmbito administrativo, as seguintes atribuições:
III - definir e coordenar os sistemas:
I - definição das instâncias e mecanismos de controle, avaliação e
de fiscalização das ações e serviços de saúde; a) de redes integradas de assistência de alta complexidade;
II - administração dos recursos orçamentários e financeiros desti- b) de rede de laboratórios de saúde pública;
nados, em cada ano, à saúde;
c) de vigilância epidemiológica; e
III - acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de saúde da
população e das condições ambientais; d) vigilância sanitária;
IV - organização e coordenação do sistema de informação de saú- IV - participar da definição de normas e mecanismos de controle,
de; com órgão afins, de agravo sobre o meio ambiente ou dele decorrentes,
que tenham repercussão na saúde humana;
V - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões
de qualidade e parâmetros de custos que caracterizam a assistência à V - participar da definição de normas, critérios e padrões para o
saúde; controle das condições e dos ambientes de trabalho e coordenar a política
de saúde do trabalhador;
VI - elaboração de normas técnicas e estabelecimento de padrões
de qualidade para promoção da saúde do trabalhador; VI - coordenar e participar na execução das ações de vigilância e-
pidemiológica;
VII - participação de formulação da política e da execução das a-
ções de saneamento básico e colaboração na proteção e recuperação do VII - estabelecer normas e executar a vigilância sanitária de portos,
meio ambiente; aeroportos e fronteiras, podendo a execução ser complementada pelos
Estados, Distrito Federal e Municípios;
VIII - elaboração e atualização periódica do plano de saúde;
VIII - estabelecer critérios, parâmetros e métodos para o controle da
IX - participação na formulação e na execução da política de forma- qualidade sanitária de produtos, substâncias e serviços de consumo e uso
ção e desenvolvimento de recursos humanos para a saúde; humano;
X - elaboração da proposta orçamentária do Sistema Único de Sa- IX - promover articulação com os órgãos educacionais e de fiscali-
úde (SUS), de conformidade com o plano de saúde; zação do exercício profissional, bem como com entidades representativas
de formação de recursos humanos na área de saúde;
XI - elaboração de normas para regular as atividades de serviços
privados de saúde, tendo em vista a sua relevância pública;
XVI - normatizar e coordenar nacionalmente o Sistema Nacional de II - participar do planejamento, programação e organização da rede
Sangue, Componentes e Derivados; regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde (SUS), em
articulação com sua direção estadual;
XVII - acompanhar, controlar e avaliar as ações e os serviços de
saúde, respeitadas as competências estaduais e municipais; III - participar da execução, controle e avaliação das ações referen-
tes às condições e aos ambientes de trabalho;
XVIII - elaborar o Planejamento Estratégico Nacional no âmbito do
SUS, em cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Fede- IV - executar serviços:
ral; a) de vigilância epidemiológica;
XIX - estabelecer o Sistema Nacional de Auditoria e coordenar a b) vigilância sanitária;
avaliação técnica e financeira do SUS em todo o Território Nacional em
cooperação técnica com os Estados, Municípios e Distrito Federal. (Vide c) de alimentação e nutrição;
Decreto nº 1.651, de 1995) d) de saneamento básico; e
Parágrafo único. A União poderá executar ações de vigilância epi- e) de saúde do trabalhador;
demiológica e sanitária em circunstâncias especiais, como na ocorrência de
agravos inusitados à saúde, que possam escapar do controle da direção V - dar execução, no âmbito municipal, à política de insumos e e-
estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) ou que representem risco de quipamentos para a saúde;
disseminação nacional.
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que
Art. 17. À direção estadual do Sistema Único de Saúde (SUS) com- tenham repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos
pete: municipais, estaduais e federais competentes, para controlá-las;
I - promover a descentralização para os Municípios dos serviços e VII - formar consórcios administrativos intermunicipais;
das ações de saúde;
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros;
II - acompanhar, controlar e avaliar as redes hierarquizadas do Sis-
IX - colaborar com a União e os Estados na execução da vigilância
tema Único de Saúde (SUS);
sanitária de portos, aeroportos e fronteiras;
III - prestar apoio técnico e financeiro aos Municípios e executar su-
X - observado o disposto no art. 26 desta Lei, celebrar contratos e
pletivamente ações e serviços de saúde;
convênios com entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem
IV - coordenar e, em caráter complementar, executar ações e servi- como controlar e avaliar sua execução;
ços:
XI - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de
a) de vigilância epidemiológica; saúde;
b) de vigilância sanitária; XII - normatizar complementarmente as ações e serviços públicos
de saúde no seu âmbito de atuação.
c) de alimentação e nutrição; e
Art. 19. Ao Distrito Federal competem as atribuições reservadas
d) de saúde do trabalhador; aos Estados e aos Municípios.
V - participar, junto com os órgãos afins, do controle dos agravos do CAPÍTULO V
meio ambiente que tenham repercussão na saúde humana;
Do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena
VI - participar da formulação da política e da execução de ações de (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
saneamento básico;
Art. 19-A. As ações e serviços de saúde voltados para o atendimen-
VII - participar das ações de controle e avaliação das condições e to das populações indígenas, em todo o território nacional, coletiva ou
dos ambientes de trabalho; individualmente, obedecerão ao disposto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº
VIII - em caráter suplementar, formular, executar, acompanhar e 9.836, de 1999)
avaliar a política de insumos e equipamentos para a saúde; Art. 19-B. É instituído um Subsistema de Atenção à Saúde Indíge-
IX - identificar estabelecimentos hospitalares de referência e gerir na, componente do Sistema Único de Saúde – SUS, criado e definido por
sistemas públicos de alta complexidade, de referência estadual e regional; esta Lei, e pela Lei no 8.142, de 28 de dezembro de 1990, com o qual
funcionará em perfeita integração. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999)
§ 1o O Subsistema de que trata o caput deste artigo terá como base II - oferta de procedimentos terapêuticos, em regime domiciliar,
os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. (Incluído pela Lei nº 9.836, de ambulatorial e hospitalar, constantes de tabelas elaboradas pelo gestor
1999) federal do Sistema Único de Saúde - SUS, realizados no território nacional
por serviço próprio, conveniado ou contratado.
§ 2o O SUS servirá de retaguarda e referência ao Subsistema de
Atenção à Saúde Indígena, devendo, para isso, ocorrer adaptações na Art. 19-N. Para os efeitos do disposto no art. 19-M, são adotadas
estrutura e organização do SUS nas regiões onde residem as populações as seguintes definições:
indígenas, para propiciar essa integração e o atendimento necessário em I - produtos de interesse para a saúde: órteses, próteses, bolsas
todos os níveis, sem discriminações. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) coletoras e equipamentos médicos;
§ 3o As populações indígenas devem ter acesso garantido ao SUS, II - protocolo clínico e diretriz terapêutica: documento que estabe-
em âmbito local, regional e de centros especializados, de acordo com suas lece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde; o trata-
necessidades, compreendendo a atenção primária, secundária e terciária à mento preconizado, com os medicamentos e demais produtos apropriados,
saúde. (Incluído pela Lei nº 9.836, de 1999) quando couber; as posologias recomendadas; os mecanismos de controle
Art. 19-H. As populações indígenas terão direito a participar dos or- clínico; e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a
ganismos colegiados de formulação, acompanhamento e avaliação das serem seguidos pelos gestores do SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de
políticas de saúde, tais como o Conselho Nacional de Saúde e os Conse- 2011)
lhos Estaduais e Municipais de Saúde, quando for o caso. (Incluído pela Lei Art. 19-O. Os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas deve-
nº 9.836, de 1999) rão estabelecer os medicamentos ou produtos necessários nas diferentes
CAPÍTULO VI fases evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que tratam, bem como
aqueles indicados em casos de perda de eficácia e de surgimento de
DO SUBSISTEMA DE ATENDIMENTO E INTERNAÇÃO DOMICILIAR intolerância ou reação adversa relevante, provocadas pelo medicamento,
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) produto ou procedimento de primeira escolha. (Incluído pela Lei nº 12.401,
Art. 19-I. São estabelecidos, no âmbito do Sistema Único de Saúde, de 2011)
o atendimento domiciliar e a internação domiciliar. (Incluído pela Lei nº Parágrafo único. Em qualquer caso, os medicamentos ou produtos
10.424, de 2002) de que trata o caput deste artigo serão aqueles avaliados quanto à sua
§ 1o Na modalidade de assistência de atendimento e internação eficácia, segurança, efetividade e custo-efetividade para as diferentes fases
domiciliares incluem-se, principalmente, os procedimentos médicos, de evolutivas da doença ou do agravo à saúde de que trata o protocolo. (Inclu-
enfermagem, fisioterapêuticos, psicológicos e de assistência social, entre ído pela Lei nº 12.401, de 2011)
outros necessários ao cuidado integral dos pacientes em seu domicílio. Art. 19-P. Na falta de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, a
(Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) dispensação será realizada: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 2o O atendimento e a internação domiciliares serão realizados por I - com base nas relações de medicamentos instituídas pelo gestor
equipes multidisciplinares que atuarão nos níveis da medicina preventiva, federal do SUS, observadas as competências estabelecidas nesta Lei, e a
terapêutica e reabilitadora. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) responsabilidade pelo fornecimento será pactuada na Comissão Intergesto-
§ 3o O atendimento e a internação domiciliares só poderão ser rea- res Tripartite; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
lizados por indicação médica, com expressa concordância do paciente e de II - no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de forma su-
sua família. (Incluído pela Lei nº 10.424, de 2002) plementar, com base nas relações de medicamentos instituídas pelos
CAPÍTULO VII gestores estaduais do SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será
pactuada na Comissão Intergestores Bipartite; (Incluído pela Lei nº 12.401,
DO SUBSISTEMA DE ACOMPANHAMENTO DURANTE O TRA- de 2011)
BALHO DE PARTO, PARTO E PÓS-PARTO IMEDIATO
(Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) III - no âmbito de cada Município, de forma suplementar, com base
nas relações de medicamentos instituídas pelos gestores municipais do
Art. 19-J. Os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde - SUS, SUS, e a responsabilidade pelo fornecimento será pactuada no Conselho
da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto Municipal de Saúde. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho
de parto, parto e pós-parto imediato. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005) Art. 19-Q. A incorporação, a exclusão ou a alteração pelo SUS de
novos medicamentos, produtos e procedimentos, bem como a constituição
§ 1o O acompanhante de que trata o caput deste artigo será indi- ou a alteração de protocolo clínico ou de diretriz terapêutica, são atribuições
cado pela parturiente. (Incluído pela Lei nº 11.108, de 2005)
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do Ministério da Saúde, assessorado pela Comissão Nacional de Incorpo- Art. 21. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada.
ração de Tecnologias no SUS. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
Art. 22. Na prestação de serviços privados de assistência à saúde,
§ 1o A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no serão observados os princípios éticos e as normas expedidas pelo órgão de
SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento, contará direção do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto às condições para seu
com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacio- funcionamento.
nal de Saúde e de 1 (um) representante, especialista na área, indicado pelo
Conselho Federal de Medicina. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Art. 23. É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou
de capitais estrangeiros na assistência à saúde, salvo através de doações
§ 2o O relatório da Comissão Nacional de Incorporação de Tecno- de organismos internacionais vinculados à Organização das Nações Uni-
logias no SUS levará em consideração, necessariamente: (Incluído pela Lei das, de entidades de cooperação técnica e de financiamento e emprésti-
nº 12.401, de 2011) mos.
I - as evidências científicas sobre a eficácia, a acurácia, a efetivi- § 1° Em qualquer caso é obrigatória a autorização do órgão de di-
dade e a segurança do medicamento, produto ou procedimento objeto do reção nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), submetendo-se a seu
processo, acatadas pelo órgão competente para o registro ou a autorização controle as atividades que forem desenvolvidas e os instrumentos que
de uso; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) forem firmados.
II - a avaliação econômica comparativa dos benefícios e dos custos § 2° Excetuam-se do disposto neste artigo os serviços de saúde
em relação às tecnologias já incorporadas, inclusive no que se refere aos mantidos, sem finalidade lucrativa, por empresas, para atendimento de
atendimentos domiciliar, ambulatorial ou hospitalar, quando cabível. (Incluí- seus empregados e dependentes, sem qualquer ônus para a seguridade
do pela Lei nº 12.401, de 2011) social.
Art. 19-R. A incorporação, a exclusão e a alteração a que se refere CAPÍTULO II
o art. 19-Q serão efetuadas mediante a instauração de processo adminis-
trativo, a ser concluído em prazo não superior a 180 (cento e oitenta) dias, Da Participação Complementar
contado da data em que foi protocolado o pedido, admitida a sua prorroga- Art. 24. Quando as suas disponibilidades forem insuficientes para
ção por 90 (noventa) dias corridos, quando as circunstâncias exigi- garantir a cobertura assistencial à população de uma determinada área, o
rem. (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Sistema Único de Saúde (SUS) poderá recorrer aos serviços ofertados pela
§ 1o O processo de que trata o caput deste artigo observará, no iniciativa privada.
que couber, o disposto na Lei no 9.784, de 29 de janeiro de 1999, e as Parágrafo único. A participação complementar dos serviços priva-
seguintes determinações especiais: (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) dos será formalizada mediante contrato ou convênio, observadas, a respei-
I - apresentação pelo interessado dos documentos e, se cabível, to, as normas de direito público.
das amostras de produtos, na forma do regulamento, com informações Art. 25. Na hipótese do artigo anterior, as entidades filantrópicas e
necessárias para o atendimento do disposto no § 2o do art. 19-Q; (Incluído as sem fins lucrativos terão preferência para participar do Sistema Único de
pela Lei nº 12.401, de 2011) Saúde (SUS).
II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) Art. 26. Os critérios e valores para a remuneração de serviços e os
III - realização de consulta pública que inclua a divulgação do pa- parâmetros de cobertura assistencial serão estabelecidos pela direção
recer emitido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), aprovados no Conselho Na-
SUS; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) cional de Saúde.
IV - realização de audiência pública, antes da tomada de decisão, § 1° Na fixação dos critérios, valores, formas de reajuste e de pa-
se a relevância da matéria justificar o evento. (Incluído pela Lei nº 12.401, gamento da remuneração aludida neste artigo, a direção nacional do Sis-
de 2011) tema Único de Saúde (SUS) deverá fundamentar seu ato em demonstrativo
econômico-financeiro que garanta a efetiva qualidade de execução dos
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) serviços contratados.
Art. 19-S. (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) § 2° Os serviços contratados submeter-se-ão às normas técnicas e
administrativas e aos princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde
Art. 19-T. São vedados, em todas as esferas de gestão do SUS: (SUS), mantido o equilíbrio econômico e financeiro do contrato.
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011)
§ 3° (Vetado).
I - o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso de medicamento,
produto e procedimento clínico ou cirúrgico experimental, ou de uso não § 4° Aos proprietários, administradores e dirigentes de entidades ou
autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVI- serviços contratados é vedado exercer cargo de chefia ou função de confi-
SA; (Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) ança no Sistema Único de Saúde (SUS).
II - a dispensação, o pagamento, o ressarcimento ou o reembolso TÍTULO IV
de medicamento e produto, nacional ou importado, sem registro na Anvi-
sa.” DOS RECURSOS HUMANOS
Art. 19-U. A responsabilidade financeira pelo fornecimento de me- Art. 27. A política de recursos humanos na área da saúde será for-
dicamentos, produtos de interesse para a saúde ou procedimentos de que malizada e executada, articuladamente, pelas diferentes esferas de gover-
trata este Capítulo será pactuada na Comissão Intergestores Tripartite. no, em cumprimento dos seguintes objetivos:
(Incluído pela Lei nº 12.401, de 2011) I - organização de um sistema de formação de recursos humanos
TÍTULO III em todos os níveis de ensino, inclusive de pós-graduação, além da elabo-
ração de programas de permanente aperfeiçoamento de pessoal;
DOS SERVIÇOS PRIVADOS DE ASSISTÊNCIA À SAÙDE
II - (Vetado)
CAPÍTULO I
III - (Vetado)
Do Funcionamento
IV - valorização da dedicação exclusiva aos serviços do Sistema
Art. 20. Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam- Único de Saúde (SUS).
se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente
habilitados, e de pessoas jurídicas de direito privado na promoção, proteção Parágrafo único. Os serviços públicos que integram o Sistema Úni-
e recuperação da saúde. co de Saúde (SUS) constituem campo de prática para ensino e pesquisa,
Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordina- § 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde terão sua
das ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos organização e normas de funcionamento definidas em regimento próprio,
competentes e por entidades representativas da sociedade civil. Essas aprovadas pelo respectivo conselho.
comissões articulam as seguintes políticas e programas: alimentação e Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS) serão aloca-
nutrição; saneamento e meio ambiente; vigilância sanitária e farmacoepi- dos como:
demiologia; recursos humanos; ciência e tecnologia; e saúde do trabalha-
dor. I - despesas de custeio e de capital do Ministério da Saúde, seus
órgãos e entidades, da administração direta e indireta;
São necessárias comissões permanentes de integração entre os servi-
ços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior, cuja finali- II - investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder
dade é propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e educa- Legislativo e aprovados pelo Congresso Nacional;
ção continuada dos recursos humanos do SUS. III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do Ministério da
Coube a União, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Saúde;
Foram estabelecidos o atendimento domiciliar e a internação domiciliar, que IV - cobertura das ações e serviços de saúde a serem implementados
são componentes do SUS, bem como o cumprimento obrigatório da pre- pelos Municípios, Estados e Distrito Federal.
sença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período
de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato. Parágrafo único. Os recursos referidos no inciso IV deste artigo desti-
nar-se-ão a investimentos na rede de serviços, à cobertura assistencial
Os profissionais liberais legalmente habilitados e pessoas jurídicas de ambulatorial e hospitalar e às demais ações de saúde.
direito privado podem prestar assistência na promoção, proteção e recupe-
ração da saúde. Para as empresas estrangeiras a participação direta ou Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta lei serão
indireta na assistência à saúde é vinculada à obtenção de autorização junto repassados de forma regular e automática para os Municípios, Estados e
ao órgão e direção nacional do SUS. Distrito Federal, de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei n°
8.080, de 19 de setembro de 1990.
Os registros e acessos aos serviços de informática e bases de dados,
mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da § 1° Enquanto não for regulamentada a aplicação dos critérios previs-
Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais tos no art. 35 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, será utilizado,
de Saúde ou órgãos congêneres. para o repasse de recursos, exclusivamente o critério estabelecido no § 1°
do mesmo artigo.
Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde
das Forças Armadas poderão integrar-se ao SUS. § 2° Os recursos referidos neste artigo serão destinados, pelo menos
setenta por cento, aos Municípios, afetando-se o restante aos Estados.
Para citações
§ 3° Os Municípios poderão estabelecer consórcio para execução de
Tetzlaff AAS (Hi Technologies). Resumo da Lei Nº8080. [online] 2010 ações e serviços de saúde, remanejando, entre si, parcelas de recursos
Jul. [acessado em dia, mês ano]. Disponível em: previstos no inciso IV do art. 2° desta lei.
http://hitechnologies.com.br/humanizacao/o-que-e-o-programa-
humanizasus/resumo-da-lei-n8080/ Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art. 3° desta lei, os
Municípios, os Estados e o Distrito Federal deverão contar com:
I - Fundo de Saúde;
LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990.
II - Conselho de Saúde, com composição paritária de acordo com o
Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de 1990;
Saúde (SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde e dá outras providências. III - plano de saúde;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
REPÚBLICA, faço saber que o Congresso Na- IV - relatórios de gestão que permitam o controle de que trata o § 4°
cional decreta e eu sanciono a seguinte lei: do art. 33 da Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990;
Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a Lei n° 8.080, V - contrapartida de recursos para a saúde no respectivo orçamento;
de 19 de setembro de 1990, contará, em cada esfera de governo, sem
VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira, Cargos e Salários
prejuízo das funções do Poder Legislativo, com as seguintes instâncias
(PCCS), previsto o prazo de dois anos para sua implantação.
colegiadas:
Parágrafo único. O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Esta-
I - a Conferência de Saúde; e
dos, ou pelo Distrito Federal, dos requisitos estabelecidos neste artigo,
II - o Conselho de Saúde. implicará em que os recursos concernentes sejam administrados, respecti-
vamente, pelos Estados ou pela União.
§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com a
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação de Art. 5° É o Ministério da Saúde, mediante portaria do Ministro de
saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos Estado, autorizado a estabelecer condições para aplicação desta lei.
níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinari-
Art. 6° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
amente, por esta ou pelo Conselho de Saúde.
Art. 7° Revogam-se as disposições em contrário.
§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e deliberativo,
órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de
serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estraté-
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Brasília, 28 de dezembro de 1990; 169° da Independência e 102° da IV - desenvolvimento científico e tecnológico e controle de qualida-
República. de promovidos por instituições do SUS;
LEI COMPLEMENTAR Nº 141, DE 13 DE JANEIRO DE 2012 V - produção, aquisição e distribuição de insumos específicos dos
serviços de saúde do SUS, tais como: imunobiológicos, sangue e hemode-
3o
Regulamenta o § do art. 198 da Constituição Federal para dispor sobre rivados, medicamentos e equipamentos médico-odontológicos;
os valores mínimos a serem aplicados anualmente pela União, Estados,
Distrito Federal e Municípios em ações e serviços públicos de saúde; VI - saneamento básico de domicílios ou de pequenas comunida-
estabelece os critérios de rateio dos recursos de transferências para a des, desde que seja aprovado pelo Conselho de Saúde do ente da Federa-
saúde e as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas com ção financiador da ação e esteja de acordo com as diretrizes das demais
saúde nas 3 (três) esferas de governo; revoga dispositivos das Leis nos determinações previstas nesta Lei Complementar;
8.080, de 19 de setembro de 1990, e 8.689, de 27 de julho de 1993; e dá
outras providências. VII - saneamento básico dos distritos sanitários especiais indíge-
nas e de comunidades remanescentes de quilombos;
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso
Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar: VIII - manejo ambiental vinculado diretamente ao controle de veto-
res de doenças;
CAPÍTULO I
IX - investimento na rede física do SUS, incluindo a execução de
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES obras de recuperação, reforma, ampliação e construção de estabelecimen-
tos públicos de saúde;
Art. 1o Esta Lei Complementar institui, nos termos do § 3o do art.
198 da Constituição Federal: X - remuneração do pessoal ativo da área de saúde em atividade
nas ações de que trata este artigo, incluindo os encargos sociais;
I - o valor mínimo e normas de cálculo do montante mínimo a ser
aplicado, anualmente, pela União em ações e serviços públicos de saúde; XI - ações de apoio administrativo realizadas pelas instituições pú-
blicas do SUS e imprescindíveis à execução das ações e serviços públicos
II - percentuais mínimos do produto da arrecadação de impostos a de saúde; e
serem aplicados anualmente pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos
Municípios em ações e serviços públicos de saúde; XII - gestão do sistema público de saúde e operação de unidades
prestadoras de serviços públicos de saúde.
III - critérios de rateio dos recursos da União vinculados à saúde
destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, e dos Esta- Art. 4o Não constituirão despesas com ações e serviços públicos
dos destinados aos seus respectivos Municípios, visando à progressiva de saúde, para fins de apuração dos percentuais mínimos de que trata esta
redução das disparidades regionais; Lei Complementar, aquelas decorrentes de:
IV - normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas I - pagamento de aposentadorias e pensões, inclusive dos servido-
com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal. res da saúde;
CAPÍTULO II II - pessoal ativo da área de saúde quando em atividade alheia à
referida área;
DAS AÇÕES E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE SAÚDE
III - assistência à saúde que não atenda ao princípio de acesso u-
Art. 2o Para fins de apuração da aplicação dos recursos mínimos niversal;
estabelecidos nesta Lei Complementar, considerar-se-ão como despesas
com ações e serviços públicos de saúde aquelas voltadas para a promo- IV - merenda escolar e outros programas de alimentação, ainda
ção, proteção e recuperação da saúde que atendam, simultaneamente, aos que executados em unidades do SUS, ressalvando-se o disposto no inciso
princípios estatuídos no art. 7o da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, II do art. 3o;
e às seguintes diretrizes:
V - saneamento básico, inclusive quanto às ações financiadas e
I - sejam destinadas às ações e serviços públicos de saúde de a- mantidas com recursos provenientes de taxas, tarifas ou preços públicos
cesso universal, igualitário e gratuito; instituídos para essa finalidade;
II - estejam em conformidade com objetivos e metas explicitados VI - limpeza urbana e remoção de resíduos;
nos Planos de Saúde de cada ente da Federação; e
VII - preservação e correção do meio ambiente, realizadas pelos
III - sejam de responsabilidade específica do setor da saúde, não órgãos de meio ambiente dos entes da Federação ou por entidades não
se aplicando a despesas relacionadas a outras políticas públicas que atuam governamentais;
sobre determinantes sociais e econômicos, ainda que incidentes sobre as
condições de saúde da população. VIII - ações de assistência social;
Parágrafo único. Além de atender aos critérios estabelecidos no IX - obras de infraestrutura, ainda que realizadas para beneficiar
caput, as despesas com ações e serviços públicos de saúde realizadas direta ou indiretamente a rede de saúde; e
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios deverão X - ações e serviços públicos de saúde custeados com recursos
ser financiadas com recursos movimentados por meio dos respectivos distintos dos especificados na base de cálculo definida nesta Lei Comple-
fundos de saúde. mentar ou vinculados a fundos específicos distintos daqueles da saúde.
Art. 3o Observadas as disposições do art. 200 da Constituição Fe- CAPÍTULO III
deral, do art. 6º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e do art. 2o
desta Lei Complementar, para efeito da apuração da aplicação dos recur- DA APLICAÇÃO DE RECURSOS EM AÇÕES E SERVIÇOS PÚBLICOS
sos mínimos aqui estabelecidos, serão consideradas despesas com ações DE SAÚDE
e serviços públicos de saúde as referentes a: Seção I
I - vigilância em saúde, incluindo a epidemiológica e a sanitária; Dos Recursos Mínimos
II - atenção integral e universal à saúde em todos os níveis de Art. 5o A União aplicará, anualmente, em ações e serviços públi-
complexidade, incluindo assistência terapêutica e recuperação de deficiên- cos de saúde, o montante correspondente ao valor empenhado no exercício
cias nutricionais; financeiro anterior, apurado nos termos desta Lei Complementar, acrescido
III - capacitação do pessoal de saúde do Sistema Único de Saúde de, no mínimo, o percentual correspondente à variação nominal do Produto
(SUS); Interno Bruto (PIB) ocorrida no ano anterior ao da lei orçamentária anual.
§ 2o Os planos e metas regionais resultantes das pactuações in- § 1o A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deve-
termunicipais constituirão a base para os planos e metas estaduais, que rão comprovar a observância do disposto neste artigo mediante o envio de
promoverão a equidade interregional. Relatório de Gestão ao respectivo Conselho de Saúde, até o dia 30 de
março do ano seguinte ao da execução financeira, cabendo ao Conselho
§ 3o Os planos e metas estaduais constituirão a base para o plano emitir parecer conclusivo sobre o cumprimento ou não das normas estatuí-
e metas nacionais, que promoverão a equidade interestadual. das nesta Lei Complementar, ao qual será dada ampla divulgação, inclusive
em meios eletrônicos de acesso público, sem prejuízo do disposto nos arts.
§ 4o Caberá aos Conselhos de Saúde deliberar sobre as diretrizes
56 e 57 da Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000.
para o estabelecimento de prioridades.
§ 2o Os entes da Federação deverão encaminhar a programação
CAPÍTULO IV
anual do Plano de Saúde ao respectivo Conselho de Saúde, para aprova-
DA TRANSPARÊNCIA, VISIBILIDADE, FISCALIZAÇÃO, AVALIAÇÃO
AVALIAÇÃO E ção antes da data de encaminhamento da lei de diretrizes orçamentárias do
CONTROLE exercício correspondente, à qual será dada ampla divulgação, inclusive em
meios eletrônicos de acesso público.
Seção I
§ 3o Anualmente, os entes da Federação atualizarão o cadastro
Da Transparência e Visibilidade da Gestão da Saúde no Sistema de que trata o art. 39 desta Lei Complementar, com menção às
Art. 31. Os órgãos gestores de saúde da União, dos Estados, do exigências deste artigo, além de indicar a data de aprovação do Relatório
Distrito Federal e dos Municípios darão ampla divulgação, inclusive em de Gestão pelo respectivo Conselho de Saúde.
meios eletrônicos de acesso público, das prestações de contas periódicas
Art. 38. O Poder Legislativo, diretamente ou com o auxílio dos Tri- § 5o O Ministério da Saúde, sempre que verificar o descumprimen-
bunais de Contas, do sistema de auditoria do SUS, do órgão de controle to das disposições previstas nesta Lei Complementar, dará ciência à dire-
interno e do Conselho de Saúde de cada ente da Federação, sem prejuízo ção local do SUS e ao respectivo Conselho de Saúde, bem como aos
do que dispõe esta Lei Complementar, fiscalizará o cumprimento das órgãos de auditoria do SUS, ao Ministério Público e aos órgãos de controle
normas desta Lei Complementar, com ênfase no que diz respeito: interno e externo do respectivo ente da Federação, observada a origem do
recurso para a adoção das medidas cabíveis.
I - à elaboração e execução do Plano de Saúde Plurianual;
§ 6o O descumprimento do disposto neste artigo implicará a sus-
II - ao cumprimento das metas para a saúde estabelecidas na lei pensão das transferências voluntárias entre os entes da Federação, obser-
de diretrizes orçamentárias; vadas as normas estatuídas no art. 25 da Lei Complementar nº 101, de 4
III - à aplicação dos recursos mínimos em ações e serviços públi- de maio de 2000.
cos de saúde, observadas as regras previstas nesta Lei Complementar; Art. 40. Os Poderes Executivos da União, dos Estados, do Distrito
IV - às transferências dos recursos aos Fundos de Saúde; Federal e dos Municípios disponibilizarão, aos respectivos Tribunais de
Contas, informações sobre o cumprimento desta Lei Complementar, com a
V - à aplicação dos recursos vinculados ao SUS; finalidade de subsidiar as ações de controle e fiscalização.
VI - à destinação dos recursos obtidos com a alienação de ativos Parágrafo único. Constatadas divergências entre os dados dispo-
adquiridos com recursos vinculados à saúde. nibilizados pelo Poder Executivo e os obtidos pelos Tribunais de Contas em
seus procedimentos de fiscalização, será dado ciência ao Poder Executivo
Art. 39. Sem prejuízo das atribuições próprias do Poder Legislativo
e à direção local do SUS, para que sejam adotadas as medidas cabíveis,
e do Tribunal de Contas de cada ente da Federação, o Ministério da Saúde
sem prejuízo das sanções previstas em lei.
manterá sistema de registro eletrônico centralizado das informações de
saúde referentes aos orçamentos públicos da União, dos Estados, do Art. 41. Os Conselhos de Saúde, no âmbito de suas atribuições,
Distrito Federal e dos Municípios, incluída sua execução, garantido o aces- avaliarão a cada quadrimestre o relatório consolidado do resultado da
so público às informações. execução orçamentária e financeira no âmbito da saúde e o relatório do
gestor da saúde sobre a repercussão da execução desta Lei Complementar
§ 1o O Sistema de Informação sobre Orçamento Público em Saú-
nas condições de saúde e na qualidade dos serviços de saúde das popula-
de (Siops), ou outro sistema que venha a substituí-lo, será desenvolvido
ções respectivas e encaminhará ao Chefe do Poder Executivo do respecti-
com observância dos seguintes requisitos mínimos, além de outros estabe-
vo ente da Federação as indicações para que sejam adotadas as medidas
lecidos pelo Ministério da Saúde mediante regulamento:
corretivas necessárias.
I - obrigatoriedade de registro e atualização permanente dos dados
Art. 42. Os órgãos do sistema de auditoria, controle e avaliação do
pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal e pelos Municípios;
SUS, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-
II - processos informatizados de declaração, armazenamento e ex- pios, deverão verificar, pelo sistema de amostragem, o cumprimento do
portação dos dados; disposto nesta Lei Complementar, além de verificar a veracidade das
informações constantes do Relatório de Gestão, com ênfase na verificação
III - disponibilização do programa de declaração aos gestores do presencial dos resultados alcançados no relatório de saúde, sem prejuízo
SUS no âmbito de cada ente da Federação, preferencialmente em meio do acompanhamento pelos órgãos de controle externo e pelo Ministério
eletrônico de acesso público; Público com jurisdição no território do ente da Federação.
IV - realização de cálculo automático dos recursos mínimos aplica- CAPÍTULO V
dos em ações e serviços públicos de saúde previstos nesta Lei Comple-
mentar, que deve constituir fonte de informação para elaboração dos de- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
monstrativos contábeis e extracontábeis;
Art. 43. A União prestará cooperação técnica e financeira aos Es-
V - previsão de módulo específico de controle externo, para regis- tados, ao Distrito Federal e aos Municípios para a implementação do dis-
tro, por parte do Tribunal de Contas com jurisdição no território de cada posto no art. 20 e para a modernização dos respectivos Fundos de Saúde,
ente da Federação, das informações sobre a aplicação dos recursos em com vistas ao cumprimento das normas desta Lei Complementar.
ações e serviços públicos de saúde consideradas para fins de emissão do
§ 1o A cooperação técnica consiste na implementação de proces-
parecer prévio divulgado nos termos dos arts. 48 e 56 da Lei Complementar
sos de educação na saúde e na transferência de tecnologia visando à
no 101, de 4 de maio de 2000, sem prejuízo das informações declaradas e
operacionalização do sistema eletrônico de que trata o art. 39, bem como
homologadas pelos gestores do SUS;
na formulação e disponibilização de indicadores para a avaliação da quali-
VI - integração, mediante processamento automático, das informa- dade das ações e serviços públicos de saúde, que deverão ser submetidos
ções do Siops ao sistema eletrônico centralizado de controle das transfe- à apreciação dos respectivos Conselhos de Saúde.
rências da União aos demais entes da Federação mantido pelo Ministério
§ 2o A cooperação financeira consiste na entrega de bens ou valo-
da Fazenda, para fins de controle das disposições do inciso II do parágrafo
res e no financiamento por intermédio de instituições financeiras federais.
único do art. 160 da Constituição Federal e do art. 25 da Lei Complementar
nº 101, de 4 de maio de 2000. Art. 44. No âmbito de cada ente da Federação, o gestor do SUS
disponibilizará ao Conselho de Saúde, com prioridade para os representan-
Art. 12. Ao usuário será assegurada a continuidade do cuidado Art. 22. O Ministério da Saúde disporá sobre a RENASES em
em saúde, em todas as suas modalidades, nos serviços, hospitais e em ou- âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela CIT.
tras unidades integrantes da rede de atenção da respectiva região. Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consoli-
Parágrafo único. As Comissões Intergestores pactuarão as regras dará e publicará as atualizações da RENASES.
de continuidade do acesso às ações e aos serviços de saúde na respectiva Art. 23. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
área de atuação. pactuarão nas respectivas Comissões Intergestores as suas responsabili-
Art. 13. Para assegurar ao usuário o acesso universal, iguali- dades em relação ao rol de ações e serviços constantes da RENASES.
tário e ordenado às ações e serviços de saúde do SUS, caberá aos en- Art. 24. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
tes federativos, além de outras atribuições que venham a ser pactua- adotar relações específicas e complementares de ações e serviços de
das pelas Comissões Intergestores: saúde, em consonância com a RENASES, respeitadas as responsabilida-
I - garantir a transparência, a integralidade e a equidade no acesso des dos entes pelo seu financiamento, de acordo com o pactuado nas
às ações e aos serviços de saúde; Comissões Intergestores.
III - monitorar o acesso às ações e aos serviços de saúde; e Da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME
IV - ofertar regionalmente as ações e os serviços de saúde. Art. 25. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais -
RENAME compreende a seleção e a padronização de medicamentos
Art. 14. O Ministério da Saúde disporá sobre critérios, diretrizes, indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do
procedimentos e demais medidas que auxiliem os entes federativos no SUS.
cumprimento das atribuições previstas no art. 13.
Parágrafo único. A RENAME será acompanhada do Formulá-
CAPÍTULO III rio Terapêutico Nacional - FTN que subsidiará a prescrição, a dispen-
sação e o uso dos seus medicamentos.
DO PLANEJAMENTO DA SAÚDE
Art. 26. O Ministério da Saúde é o órgão competente para
Art. 15. O processo de planejamento da saúde será ascen- dispor sobre a RENAME e os Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêu-
dente e integrado, do nível local até o federal, ouvidos os respectivos ticas em âmbito nacional, observadas as diretrizes pactuadas pela
Conselhos de Saúde, compatibilizando-se as necessidades das políti- CIT.
cas de saúde com a disponibilidade de recursos financeiros.
Parágrafo único. A cada dois anos, o Ministério da Saúde consoli-
§ 1o O planejamento da saúde é obrigatório para os entes públi- dará e publicará as atualizações da RENAME, do respectivo FTN e dos
cos e será indutor de políticas para a iniciativa privada. Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas.
§ 2o A compatibilização de que trata o caput será efetuada no âm- Art. 27. O Estado, o Distrito Federal e o Município poderão adotar
bito dos planos de saúde, os quais serão resultado do planejamento inte- relações específicas e complementares de medicamentos, em consonância
grado dos entes federativos, e deverão conter metas de saúde. com a RENAME, respeitadas as responsabilidades dos entes pelo financi-
§ 3o O Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as diretrizes a amento de medicamentos, de acordo com o pactuado nas Comissões
serem observadas na elaboração dos planos de saúde, de acordo com as Intergestores.
características epidemiológicas e da organização de serviços nos entes Art. 28. O acesso universal e igualitário à assistência farmacêutica
federativos e nas Regiões de Saúde. pressupõe, cumulativamente:
Art. 16. No planejamento devem ser considerados os serviços e I - estar o usuário assistido por ações e serviços de saúde do SUS;
as ações prestados pela iniciativa privada, de forma complementar ou não
ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da Saúde regional, estadual e II - ter o medicamento sido prescrito por profissional de saúde, no
nacional. exercício regular de suas funções no SUS;
Art. 17. O Mapa da Saúde será utilizado na identificação das ne- III - estar a prescrição em conformidade com a RENAME e os Pro-
cessidades de saúde e orientará o planejamento integrado dos entes fede- tocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas ou com a relação específica
rativos, contribuindo para o estabelecimento de metas de saúde. complementar estadual, distrital ou municipal de medicamentos; e
III - diretrizes de âmbito nacional, estadual, regional e interestadu- VI - critérios de avaliação dos resultados e forma de monitoramen-
al, a respeito da organização das redes de atenção à saúde, principalmente to permanente;
no tocante à gestão institucional e à integração das ações e serviços dos VII - adequação das ações e dos serviços dos entes federativos
entes federativos; em relação às atualizações realizadas na RENASES;
IV - responsabilidades dos entes federativos na Rede de Atenção VIII - investimentos na rede de serviços e as respectivas respon-
à Saúde, de acordo com o seu porte demográfico e seu desenvolvimento sabilidades; e
econômico-financeiro, estabelecendo as responsabilidades individuais e as
solidárias; e IX - recursos financeiros que serão disponibilizados por cada um
dos partícipes para sua execução.
V - referências das regiões intraestaduais e interestaduais de
atenção à saúde para o atendimento da integralidade da assistência. Parágrafo único. O Ministério da Saúde poderá instituir formas de
incentivo ao cumprimento das metas de saúde e à melhoria das ações e
Parágrafo único. Serão de competência exclusiva da CIT a pactu- serviços de saúde.
ação:
Art. 37. O Contrato Organizativo de Ação Pública de Saúde obser-
I - das diretrizes gerais para a composição da RENASES; vará as seguintes diretrizes básicas para fins de garantia da gestão partici-
II - dos critérios para o planejamento integrado das ações e servi- pativa:
ços de saúde da Região de Saúde, em razão do compartilhamento da I - estabelecimento de estratégias que incorporem a avaliação
gestão; e do usuário das ações e dos serviços, como ferramenta de sua melhori-
III - das diretrizes nacionais, do financiamento e das questões ope- a;
racionais das Regiões de Saúde situadas em fronteiras com outros países, II - apuração permanente das necessidades e interesses do usuá-
respeitadas, em todos os casos, as normas que regem as relações interna- rio; e
cionais.
III - publicidade dos direitos e deveres do usuário na saúde em
Seção II todas as unidades de saúde do SUS, inclusive nas unidades privadas
Do Contrato Organizativo da Ação Pública da Saúde que dele participem de forma complementar.
O profissional da área da saúde é uma pessoa que trabalha em uma As principais profissões não médicas ou paramédicas de nível superior,
profissão relacionada às ciências da saúde. Entre os diversos profissionais no Brasil, consideradas profissão de saúde já foram referidas, observe-se
da área da saúde incluem-se os médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, porém que a forma de atuação e leque de serviços prestados por esses
nutricionistas, profissionais de educação física, serviço social, profissionais variam ao longo da história e das definições da política
fonoaudiólogos, dentistas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, nacional de saúde. Em Portugal por exemplo a Odontologia é uma
biomédicos, farmacêuticos, entre outros. especialidade médica. Segundo Starfield desde a antiguidade que junto
com o médico atuam outros profissionais auxiliando ou complementando
Alguns legisladores consideram desnecessário o reconhecimento atual seu trabalho de prestação de serviço de saúde ressaltando que onde a
das profissões de saúde em função do conceito ampliado desta que oferta de médicos era (ou ainda é) pequena profissionais de saúde como
possuímos hoje abrangendo o seu aspecto bio-psico-social onde são enfermeiros e auxiliares os substituíam. A experimentação com os papéis
relevantes as contribuições da Biologia, Economia, Direito, Antropologia, da atenção primária ampliados para estes outros profissionais recebeu
Sociologia, Engenharia, Informática, etc, cuja aplicação na área da saúde é impulso pelo movimento dos médicos de pés descalços na China depois da
descrita com o nome da disciplina associada ao termo "médico(a)", "saúde" revolução de 1949 e pelo treinamento de enfermeiros e assistentes
, sanitário(a), ou hospitalar como por exemplo a engenharia sanitária e a médicos nos Estados Unidos iniciando nos anos de 1960 e 1970.
administração hospitalar aplicações interdisciplinares já reconhecidas e
Segundo Oliveira A questão da formação dos agentes de nível médio e Agente Comunitário de Saúde
elementar no Brasil, após a Constituição de 1937, só veio ser Agente de Zoonose
regulamentada a partir de 1971 através da Reforma do Ensino de 1º e 2º
graus consideradas respectivamente como habilitação plena e parcial. Agente de Vigilância em Saúde
Técnico de Regulação em Saúde (Vigilância Sanitária; Saúde O termo Profissão distingue-se de Ocupação por que para ser
Suplementar; Urgências) considerado Profissão exige-se habilitação em escola regulamentada e
credenciamento a conselho fiscalizador.
São considerados técnicos de 1º grau: A profissão de Acupunturista, ainda está em vias de regulamentação
enquanto especialidade médica, especialidade de profissões de nível
Auxiliar de Enfermagem superior e profissão de nível técnico. A profissão de Terapeuta em
Auxiliar de Administração Hospitalar dependência química ainda está em projeto de Lei (nº 7424/10) na Câmara
de Deputados. A Profissão de Musicoterapeuta, apesar de ser uma
Auxiliar de Documentação Médica graduação, também ainda está em vias de regulamentação.
Secretário de Unidade de Internação HISTÓRIA DA ENFERMAGEM
Auxiliar de Fisioterapia A Evolução da Assistência à Saúde nos Períodos Históricos
Auxiliar de Reabilitação Período Pré-Cristão Neste período as doenças eram tidas como um
Auxiliar de Nutrição e Dietética (Dietista) castigo de Deus ou resultavam do poder do demônio. Por isso os sacerdo-
tes ou feiticeiras acumulavam funções de médicos e enfermeiros. O trata-
Visitador Sanitário mento consistia em aplacar as divindades, afastando os maus espíritos por
Auxiliar de Laboratório meio de sacrifícios. Usavam-se: massagens banho de água fria ou quente,
purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde os sacerdo-
Auxiliar odontológico tes adquiriam conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensi-
nar pessoas, delegando-lhes funções de enfermeiros e farmacêuticos.
Auxiliar de Prótese Odontológica
Alguns papiros, inscrições, monumentos, livros de orientações políticas e
Auxiliar Técnico de Radiologia/ Tomografia religiosas, ruínas de aquedutos e outras descobertas nos permitem formar
uma idéia do tratamento dos doentes.
Auxiliar de Consultório Dentário
EGITO
Auxiliar de Patologia
Os egípcios deixaram alguns documentos sobre a medicina conhecida
Auxiliar de Histologia em sua época. As receitas médicas deviam ser tomadas acompanhadas da
Auxiliar de Farmácia Hospitalar recitação de fórmulas religiosas. Pratica-se o hipnotismo, a interpretação de
sonhos; acreditava-se na influência de algumas pessoas sobre a saúde de
Ainda de acordo com Oliveira, a formação de auxiliar no nível do outras. Havia ambulatórios gratuito, onde era recomendada a hospitalidade
Ensino Médio (antigo Segundo Grau) foi autorizada somente para o Auxiliar e o auxílio aos desamparados.
de Enfermagem (Res. 08/71), hoje Atendente de Enfermagem. A tendência
Nascida a 12 de maio de 1820, em Florença, Itália, era filha de ingle- 2º. Mais ensino metódico, em vez de apenas ocasional.
ses. Possuía inteligência incomum, tenacidade de propósitos, determinação 3º. Seleção de candidatos do ponto de vista físico, moral, intelectual e
e perseverança – o que lhe permitia dialogar com políticos e oficiais do aptidão profissional.
Exército, fazendo prevalecer suas idéias. Dominava com facilidade o inglês,
o francês, o alemão, o italiano, além do grego e latim. No desejo de reali- História da Enfermagem no Brasil
zar-se como enfermeira, passa o inverno de 1844 em Roma, estudando as
A organização da Enfermagem na Sociedade Brasileira começa no pe-
atividades das Irmandades Católicas. Em 1849 faz uma viagem ao Egito e
ríodo colonial e vai até o final do século XIX. A profissão surge como uma
decide-se a servir a Deus, trabalhando em Kaiserswert, Alemanha, entre as
simples prestação de cuidados aos doentes, realizada por um grupo forma-
diaconisas.
do, na sua maioria, por escravos, que nesta época trabalhavam nos domicí-
Decidida a seguir sua vocação, procura completar seus conhecimentos lios. Desde o princípio da colonização foi incluída a abertura das Casas de
que julga ainda insuficientes. Visita o Hospital de Dublin dirigido pela Irmãs Misericórdia, que tiveram origem em Portugal.
de Misericórdia, Ordem Católica de Enfermeiras, fundada 20 anos antes.
A primeira Casa de Misericórdia foi fundada na Vila de Santos, em
Conhece as Irmãs de Caridade de São Vicente de Paulo, na Maison de la
1543. Em seguida, ainda no século XVI, surgiram as do Rio de Janeiro,
Providence em Paris. Aos poucos vai se preparando para a sua grande
Vitória, Olinda e Ilhéus. Mais tarde Porto Alegre e Curitiba, esta inaugurada
missão. Em 1854, a Inglaterra, a França e a Turquia declaram guerra à
em 1880, com a presença de D. Pedro II e Dona Tereza Cristina.
Rússia: é a Guerra da Criméia. Os soldados acham-se no maior abandono.
A mortalidade entre os hospitalizados é de 40%. No que diz respeito à saúde do povo brasileiro, merece destaque o tra-
balho do Padre José de Anchieta. Ele não se limitou ao ensino de ciências
Florence partiu para Scutari com 38 voluntárias entre religiosas e leigas
e catequeses. Foi além. Atendia aos necessitados, exercendo atividades de
vindas de diferentes hospitais. Algumas enfermeiras foram despedidas por
médico e enfermeiro. Em seus escritos encontramos estudos de valor sobre
incapacidade de adaptação e principalmente por indisciplina. A mortalidade
o Brasil, seus primitivos habitantes, clima e as doenças mais comuns. A
decresce de 40% para 2%. Os soldados fazem dela o seu anjo da guarda e
terapêutica empregada era à base de ervas medicinais minuncioasamente
ela será imortalizada como a “Dama da Lâmpada” porque, de lanterna na
descritas. Supõe-se que os Jesuítas faziam a supervisão do serviço que era
mão, percorre as enfermarias, atendendo os doentes. Durante a guerra
prestado por pessoas treinadas por eles. Não há registro a respeito.
contrai tifo e ao retornar da Criméia, em 1856, leva uma vida de inválida.
Dedica-se, porém com ardor, a trabalhos intelectuais. Pelos trabalhos na Outra figura de destaque é Frei Fabiano Cristo, que durante 40 anos
Criméia, recebe um prêmio do Governo Inglês e, graças a este prêmio, exerceu atividades de enfermeiro no Convento de Santo Antônio do Rio de
consegue iniciar o que para ela é a única maneira de mudar os destinos da Janeiro (Séc. XVIII). Os escravos tiveram papel relevante, pois auxiliavam
Enfermagem – uma Escola de Enfermagem em 1959. Após a guerra, os religiosos no cuidado aos doentes. Em 1738, Romão de Matos Duarte
Florence fundou uma escola de Enfermagem no Hospital Saint Thomas, consegue fundar no Rio de Janeiro a Casa dos Expostos. Somente em
que passou a servir de modelo para as demais escolas que foram fundadas 1822, o Brasil tomou as primeiras medidas de proteção à maternidade que
posteriormente. A disciplina rigorosa, do tipo militar, era uma das caracterís- se conhecem na legislação mundial, graças a atuação de José Bonifácio
ticas da escola nightingaleana, bem como a exigência de qualidades morais Andrada e Silva. A primeira sala de partos funcionava na Casa dos Expos-
das candidatas. O curso, de um ano de duração, consistia em aulas diárias tos em 1822. Em 1832 organizou-se o ensino médico e foi criada a Facul-
ministradas por médicos. dade de Medicina do Rio de Janeiro. A escola de parteiras da Faculdade de
Destacam-se desta turma as Enfermeiras Lais Netto dos Reys, Olga O controle social,
social como também é chamado esse princípio, foi melhor
Salinas Lacôrte, Maria de Castro Pamphiro e Zulema Castro, que obtiveram regulado pela Lei nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS
bolsa de estudos nos Estados Unidos. A primeira diretora brasileira da através dasConferências
Conferências de Saúde,
Saúde que ocorrem a cada quatro anos em
Art. 1º - Exercer a Enfermagem com liberdade, autonomia e ser tratado Art. 21 - Proteger a pessoa, família e coletividade contra danos decor-
segundo os pressupostos e princípios legais, éticos e dos direitos huma- rentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer
nos. membro da Equipe de Saúde.
Art. 2º – Aprimorar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais Art. 22 - Disponibilizar seus serviços profissionais à comunidade em ca-
que dão sustentação a sua prática profissional. sos de emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pesso-
ais.
Art. 3º - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional e
à defesa dos direitos e interesses da categoria e da sociedade. Art. 23 - Encaminhar a pessoa, família e coletividade aos serviços de
defesa do cidadão, nos termos da lei.
Art. 4º - Obter desagravo público por ofensa que atinja a profissão, por
meio do Conselho Regional de Enfermagem. Art. 24 – Respeitar, no exercício da profissão, as normas relativas à
preservação do meio ambiente e denunciar aos órgãos competentes as
RESPONSABILIDADES E DEVERES formas de poluição e deteriorização que comprometam a saúde e a vida.
Art. 5º - Exercer a profissão com justiça, compromisso, equidade, reso- Art. 25 – Registrar no Prontuário do Paciente as informações inerentes e
lutividade, dignidade, competência, responsabilidade, honestidade e leal- indispensáveis ao processo de cuidar.
dade.
PROIBIÇÕES
Art. 6º – Fundamentar suas relações no direito, na prudência, no respei-
to, na solidariedade e na diversidade de opinião e posição ideológica. Art. 26 - Negar Assistência de Enfermagem em qualquer situação que
se caracterize como urgência ou emergência.
Art. 7º Comunicar ao COREN e aos órgãos competentes, fatos que in-
frinjam dispositivos legais e que possam prejudicar o exercício profissional. Art. 27 – Executar ou participar da assistência à saúde sem o consenti-
mento da pessoa ou de seu representante legal, exceto em iminente risco
PROIBIÇÕES de morte.
Art. 8º - Promover e ser conivente com a injúria calúnia e difamação de Art. 28 - Provocar aborto, ou cooperar em prática destinada a interrom-
membro da Equipe de Enfermagem Equipe de Saúde e de trabalhadores per a gestação.
de outras áreas, de organizações da categoria ou instituições.
Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá de-
Art. 9 – Praticar e/ou ser conivente com crime, contravenção penal ou cidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no
qualquer outro ato, que infrinja postulados éticos e legais. ato abortivo.
SEÇÃO I Art. 29 - Promover a eutanásia ou participar em prática destinada a an-
tecipar a morte do cliente.
DAS RELAÇÕES COM A PESSOA, FAMILIA E COLETIVIDADE.
Art. 30 - Administrar medicamentos sem conhecer a ação da droga e
DIREITOS sem certificar-se da possibilidade dos riscos.
DAS RELAÇÕES COM AS ORGANIZAÇÕES DA CATEGORIA Art. 63 - Desenvolver suas atividades profissionais em condições de tra-
balho que promovam a própria segurança e a da pessoa, família e coletivi-
DIREITOS dade sob seus cuidados, e dispor de material e equipamentos de proteção
individual e coletiva, segundo as normas vigentes.
Art. 44 - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, quando impe-
dido de cumprir o presente Código, a legislação do Exercício Profissional e Art. 64 - Recusar-se a desenvolver atividades profissionais na falta de
as Resoluções e Decisões emanadas pelo Sistema COFEN/COREN. material ou equipamentos de proteção individual e coletiva definidos na
legislação específica.
Art. 45 - Associar-se, exercer cargos e participar de Entidades de Clas-
se e Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional. Art. 65- Formar e participar da comissão de ética da instituição pública
ou privada onde trabalha, bem como de comissões interdisciplinares.
Art. 46 – Requerer em tempo hábil, informações acerca de normas e
convocações. Art. 66 - Exercer cargos de direção, gestão e coordenação na área de
seu exercício profissional e do setor saúde.
Art. 47 – Requerer, ao Conselho Regional de Enfermagem, mediadas
cabíveis para obtenção de desagravo público em decorrência de ofensa Art. 67 - Ser informado sobre as políticas da instituição e do Serviço de
sofrida no exercício profissional. Enfermagem, bem como participar de sua elaboração.
RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. 68 – Registrar no prontuário e em outros documentos próprios da
Enfermagem informações referentes ao processo de cuidar da pessoa.
Art. 48 - Cumprir e fazer os preceitos éticos e legais da profissão.
RESPONSABILIDADES E DEVERES
Art. 49 – Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem, fatos que
firam preceitos do presente Código e da legislação do exercício profissio-
nal.
Art. 72 – Registrar as informações inerentes e indispensáveis ao pro- DO ENSINO, DA PESQUISA E DA PRODUÇÃO TÉCNICO-CIENTÍFICA
cesso de cuidar de forma clara, objetiva e completa. DIREITOS
PROIBIÇÕES Art. 86 - Realizar e participar de atividades de ensino e pesquisa, respei-
Art. 73 – Trabalhar, colaborar ou acumpliciar-se com pessoas ou jurídi- tadas as normas ético-legais.
cas que desrespeitem princípios e normas que regulam o exercício profis- Art. 87 – Ter conhecimento acerca do ensino e da pesquisa a serem
sional de Enfermagem. desenvolvidos com as pessoas sob sua responsabilidade profissional ou
Art. 74 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utili- em seu local de trabalho.
zando-se de concorrência desleal. Art. 88 – Ter reconhecida sua autoria ou participação em produção téc-
Art. 75 – Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospi- nico-científica.
tal, casa de saúde, unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, RESPONSABILIDADES E DEVERES
empresa ou estabelecimento congênere sem nele exercer as funções de
Enfermagem pressupostas. Art. 89 – Atender as normas vigentes para a pesquisa envolvendo seres
humanos, segundo a especificidade da investigação.
Art. 76 - Receber vantagens de instituição, empresa, pessoa, família e
coletividade, além do que lhe é devido, como forma de garantir Assistência Art. 90 - Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo à vida
de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou e à integridade da pessoa.
para outrem. Art. 91 - Respeitar os princípios da honestidade e fidedignidade, bem
Art. 77 - Usar de qualquer mecanismo de pressão ou suborno com pes- como os direitos autorais no processo de pesquisa, especialmente na
soas físicas ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem. divulgação dos seus resultados.
Art. 78 – Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição Art. 92 - Disponibilizar os resultados de pesquisa à comunidade científi-
ou cargo, para impor ordens, opiniões, atentar contra o puder, assediar ca e sociedade em geral.
sexual ou moralmente, inferiorizar pessoas ou dificultar o exercício profis- Art. 93 - Promover a defesa e o respeito aos princípios éticos e legais da
sional. profissão no ensino, na pesquisa e produções técnico-científicas.
Art. 79 – Apropriar-se de dinheiro, valor, bem móvel ou imóvel, público PROIBIÇÕES
ou particular de que tenha posse em razão do cargo, ou desviá-lo em
proveito próprio ou de outrem. Art. 94 - Realizar ou participar de atividades de ensino e pesquisa, em
que o direito inalienável da pessoa, família ou coletividade seja desrespei-
Art. 80 - Delegar suas atividades privativas a outro membro da equipe tado ou ofereça qualquer tipo de risco ou dano aos envolvidos.
de Enfermagem ou de saúde, que não seja Enfermeiro.
Art. 95 - Eximir-se da responsabilidade por atividades executadas por
CAPÍTULO II alunos ou estagiários, na condição de docente, Enfermeiro responsável ou
DO SIGILO PROFISSIONAL supervisor.
RESPONSABILIDADES E DEVERES Art. 98 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o sujeito par-
ticipante do estudo sem sua autorização.
Art. 82 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento
em razão de sua atividade profissional, exceto casos previstos em lei, Art. 99 – Divulgar ou publicar, em seu nome, produção técnico-científica
ordem judicial, ou com o consentimento escrito da pessoa envolvida ou de ou instrumento de organização formal do qual não tenha participado ou
seu representante legal. omitir nomes de co-autores e colaboradores.
§ 1º Permanece o dever mesmo quando o fato seja de conhecimento Art. 100 - Utilizar sem referência ao autor ou sem a sua autorização ex-
público e em caso de falecimento da pessoa envolvida. pressa, dados, informações, ou opiniões ainda não publicados.
§ 2º Em atividade multiprofissional, o fato sigiloso poderá ser revelado Art. 101 – Apropriar-se ou utilizar produções técnico-científicas, das
quando necessário à prestação da assistência. quais tenha participado como autor ou não, implantadas em serviços ou
instituições sob concordância ou concessão do autor.
§ 3º O profissional de Enfermagem intimado como testemunha deverá
comparecer perante a autoridade e, se for o caso, declarar seu impedimen- Art. 102 – Aproveitar-se de posição hierárquica para fazer constar seu
to de revelar o segredo. nome como autor ou co-autor em obra técnico-científica.
Art. 111 – Anunciar a prestação de serviços gratuitos ou propor honorá- IV - Os antecedentes do infrator.
rios que caracterizem concorrência desleal. Art.121 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas,
CAPÍTULO V segundo a natureza do ato e a circunstância de cada caso.
DAS INFRAÇÕES E PENALIDADES § 1º - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade
física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou
Art. 112 - A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a apli- aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou instituições.
cação das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuí-
zo das sanções previstas em outros dispositivos legais. § 2º - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de
vida, debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer
Art. 113- Considera-se Infração Ética a ação, omissão ou conivência pessoa ou as que causem danos patrimoniais ou financeiros.
que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do
Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem. § 3º - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem mor-
te, deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido,
Art. 114 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa.
dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem.
Art. 122 - São consideradas circunstâncias atenuantes:
Art. 115 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a
sua prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem. I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea
vontade e com eficiência, evitar ou minorar as consequências do seu ato;
Art. 116 - A gravidade da infração é caracterizada por meio da análise
dos fatos do dano e de suas consequências. II - Ter bons antecedentes profissionais;
Art. 117 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação;
termos do Código de Processo ético das Autarquias dos Profissionais de IV - Realizar ato sob emprego real de força física;
Enfermagem.
V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração.
Art. 118 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e
Regional de Enfermagem, conforme o que determina o art. 18, da Lei n° Art. 123 - São consideradas circunstâncias agravantes:
5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes: I - Ser reincidente;
I - Advertência verbal; II - Causar danos irreparáveis;
II - Multa; III - Cometer infração dolosamente;
III - Censura; IV - Cometer a infração por motivo fútil ou torpe;
IV - Suspensão do Exercício Profissional; V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a
V - Cassação do direito ao Exercício Profissional. vantagem de outra infração;
§ 1º - A advertência verbal consiste na admoestação ao infrator, de for- VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima;
ma reservada, que será registrada no Prontuário do mesmo, na presença VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever
de duas testemunhas. inerente ao cargo ou função;
§ 2º - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a VIII - Ter maus antecedentes profissionais.
10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional à qual perten-
ce o infrator, em vigor no ato do pagamento. CAPÍTULO VI
§3º - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publi- DA APLICAÇÃO DAS PENALIDAES
cações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de Enfermagem e em
jornais de grande circulação. Art. 124 - As penalidades previstas neste Código somente poderão ser
aplicadas, cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.
§ 4º - A suspensão consiste na proibição do exercício profissional da
Enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e serão Art. 125 - A pena de Advertência verbal é aplicável nos casos de infra-
divulgados nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regional de ções ao que está estabelecido nos artigos: 5º a 7º; 12 a 14;16 a 24; 27; 30;
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacio- I - a titular do certificado previsto no art. 1º do Decreto-lei nº 8.778, de
nal decreta e eu sanciono a seguinte lei: 22 de janeiro de 1946, observado o disposto na Lei nº 3.640, de 10 de
outubro de 1959;
Art. 1º É livre o exercício da enfermagem em todo o território nacional,
observadas as disposições desta lei. II - a titular do diploma ou certificado de Parteira, ou equivalente, confe-
rido por escola ou curso estrangeiro, segundo as leis do país, registrado
Art. 2º A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser em virtude de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil, até 2 (dois) anos
exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho após a publicação desta lei, como certificado de Parteira.
Regional de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício.
Art. 10. (VETADO).
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfer-
meiro, pelo Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Art. 11. O Enfermeiro exerce todas as atividades de enfermagem, ca-
Parteira, respeitados os respectivos graus de habilitação. bendo-lhe:
III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diplo- h) consultoria, auditoria e emissão de parecer sobre matéria de enfer-
ma ou certificado de Enfermeira Obstétrica ou de Obstetriz, ou equivalente, magem;
conferido por escola estrangeira segundo as leis do país, registrado em i) consulta de enfermagem;
Molhar e lavar as mãos sempre com as pontas dos dedos direcionadas Os procedimentps de enfermagem são (fig. 81.):
para baixo.
Lavar bem entre os dedos e as unhas. Abrir o pacote de luva, posicioná-la com a palma da mão virada para cima,
Antes de qualquer procedi. mento de enfermagem, deve-se lavar as mãos e entalear as mãos com a gaze que acompanha o pacote, fora da área do
ou passar uma solução de álcool (1 litro) com glicerina (20 ml). campo esterilizado.
Se necessário, repetir o procedimento após enxaguar as mãos. Com a mão direita, levantar a parte de cima do campo à direita, e com a
mão esquerda retirar a luva pela parte interna do punho.
Manuseio de material esterilizado Calçar a luva na mão direita, atentando para não contaminar a sua parte
externa.
Ão manusear o material esterilizado com técnica asséptica, deve-se obe- Com a mão esquerda, levantar a parte de cima do campo a esquerda e
decer a algumas normas a fim de mantê-lo estéril: eoiocar a mão direita enluvada dentro da dobra da luva.
Calçar a luva na mão esquerda, atentando para não contaminar a mão
• É fundamental lavar as mãos com água e sabão antes de manusear enluvada.
o material esterilizado, Ajeitar as luvas externamente com as mãos enluvadas.
Utilizar material com embalagem integra, seca, sem manchas, com identifi- Após o uso, retirar a luva de uma das mãos puxando-a externamente
cação (tipo de material e data da esterilização). sobre a mão, virando-a pelo avesso. Quanto à outra mão enluvada, segu-
Trabalhar de frente para o material. rá-la pela parte interna, puxando-a e virando-a pelo avesso.
Manipular o material ao nível da cintura para cima.
Evitar tossir, espirrar, falar sobre o material exposto. Observações:
Não fazer movimentos sobre a área esterilizada. a técnica de calçar a luva poderá iniciar-se pela mão esquerda.
Certificar-se da validade e adequação da embalagem. dependendo da técnica de empacotamento de luvas, dispensa-se entalcar
Trabalhar em ambiente limpo, calmo, seco e sem corrente de ar. as mãos.
Manter certa distância entre o corpo e o material a ser manipulado.
Obedecer os demais princípios de assepsia. • Procedimentos terapêuticos
Atua também desnaturando e coagulando as proteínas Desvantagens: Requer equipamento específico e controle rigoroso.
das células microbianas, mas a água vai influenciar a destruição Ácido peracético:
peracético Líquido que esteriliza materiais por imersão.
das membranas e enzimas pois pode induzir a destruição das ligações de
hidrogénio, o que vai tornar estes processos mais eficazes e diminuir o Vantagens: rapidez: em 20 minutos sob imersão apresenta
tempo de exposição. esterilização
Autoclavagem:
Autoclavagem é a exposição do material a vapor de água sob Desvantagens: Tóxico, o material deve ser submergido,
pressão, a 122 °C durante 15min. É o processo mais usado e os materiais impossibilitando seu uso para pós e líquidos.
devem ser embalados de forma a permitirem o contacto total do material Plasma de Peróxido de Hidrogênio:
Hidrogênio Sistema à gás que utiliza
com o vapor de água. Deve ser realizado no vácuo para permitir que a equipamento complexo composto de alto vácuo e gerador elétrico de
temperatura não seja inferior à desejada, permitir a penetração do vapor plasma. Processo químico eficiente e de baixa temperatura (35~40 °C).
nos poros dos corpos porosos e impedir a formação de uma camada
inferior mais fria. Podem ser usados autoclaves de parede simples (que Vantagens: Rapidez, eficiência, baixa temperatura.
são mais rudimentares) ou de parede dupla, que permitem melhor extração
do ar e melhor secagem. É muito usado para o vidro seco e materiais que Desvantagens: Custo alto do equipamento e processo,
não oxidem com água (os materiais termolábeis não podem ser incompatibilidade de embalagens.
esterilizados por esta técnica). É utilizada ainda para esterilizar tecidos. A Filtração
sua eficácia é valiada por dois métodos. Indicadores químicos: mudam de
cor consoante a temperatura (ex. tubos de Brown a fita adesiva Bowie- Usa-se habitualmente em soluções e gases termolábeis. As
Dick). Indicadores biológicos: tubo com suspensão de esporos de bactérias substâncias atravessam superfícies filtrantes, e a técnica é considerada
muito resistente (Bacillus stearothermophylus) que morrem quando esterilizante conforme o diâmetro dos poros. Se os poros tiverem um
expostos por 12 min ou mais a uma temperatura de 122 °C. Após um diâmetro igual ou inferior a 0.2 μm, embora não retenham vírus.
repouso de 14h, faz-se uma sementeira dos esporos, que deve dar Os filtros podem ser de vários tipos – velas porosas, discos de amianto,
negativa. Ver autoclave. filtros de vidro poroso, de celulose, e fiutros “millipore” (membranas de
acetato de celulose ou de policarbonato).
Vantagens: fácil uso, custo acessível para grandes hospitais.
Desvantagens: Não serve para esterilizar pós e líquidos. IDENTIFICAÇÃO DE SINAIS E SINTOMAS NAS AFECÇÕES:
CÁRDIO--PULMONARES, VASCULARES, GASTRO-
CÁRDIO GASTRO-INTESTINAIS,
Nota:Hoje já existem modelos de autoclaves que esterilizam NEU
NEUROLÓGICAS, UROGENITAIS, MÚSCULO-
MÚSCULO-ESQUELÉTICAS,
cargas líquidas. ENDOCRINOLÓGICAS, DERMATOLÓGICAS E HEMATOLÓGI-
HEMATOLÓGI-
Ebulição:
Ebulição Não é um verdadeiro método, pois não elimina formas CAS;
resistentes. A sua condição mínima é a fervura a 100 °C durante 15
min.
Doença
Tindalização:
Tindalização o material é submetido a 3 sessões de exposição a
vapor de água a 100 °C, durante 20-45min, 45min e 20-45min, com Os agentes capazes de alterar o estado normal de um organismo são
um tempo de repouso entre elas de 24h. Consegue-se a de origens muito diversas. É por esse motivo que a nosologia, capítulo da
esterilização, visto que permite a germinação dos esporos entre duas patologia geral que estuda as características de cada enfermidade, obede-
sessões e sua posterior destruição. É usada para soluções ce a diferentes critérios, que podem ser anatômicos, fisiológicos, socioeco-
açucaradas ou que contenham gelatina. nômicos, geográficos etc.
Raios Gama/Cobalto Doença é o estado de alteração da saúde física ou mental sob efeito
de agentes perniciosos originados dentro ou fora do organismo. De uma
Os raios-gama têm comprimentos de onda ainda menores do que o dor de dente a um estado de coma, a doença pode assumir os mais diver-
tamanho dos átomos. Os fótons de raio-gama levam muita energia e são sos graus de intensidade e apresentar-se em qualquer época da vida.
mortais.
Além de crônicas ou agudas, as doenças também podem ser, segun-
Vantagens: Esteriliza uma variedade de materiais do sua causa ou etiologia: (1) carenciais, quando resultantes da falta de
condições normais para o desenvolvimento orgânico (subnutrição, avitami-
Desvantagens: caro e perigoso, requer equipe altamente nose e correlatas); (2) traumáticas, se provocadas por impacto físico ou
especializada.
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emocional, inclusive do calor, do frio etc.; (3) tóxicas, se provindas da Sintomas. Denomina-se sintoma toda manifestação anormal do orga-
agressão de agentes químicos; (4) parasitárias, se suscitadas por vermes, nismo, como dor, fraqueza, febre, diarréia, emagrecimento e hemorragia.
fungos etc.; (5) infecciosas, quando desencadeadas por vírus, bacilos, Constitui, assim, a expressão fundamental da alteração da saúde e, por-
bactérias; e (6) degenerativas, quando decorrem de processo inerente ao tanto, o sinal de alarme da doença. As moléstias se configuram pela identi-
organismo, como a tendência ao envelhecimento dos tecidos (arterioscle- ficação de um conjunto de sintomas, alguns mais importantes, outros
rose, por exemplo) ou sua auto-agressão destruidora (cânceres em geral). menos, mas todos relacionados à mesma causa.
Nomenclatura das doenças. Na linguagem médica, a doença é fre- O estudo dos sintomas pertence ao ramo da patologia denominado
quentemente designada pelo sufixo "patia" acrescentado ao nome, em sintomatologia. Os sintomas podem ser objetivos e subjetivos. Os primei-
grego, do órgão afetado, como gastropatia (doença do estômago), pneu- ros são verificados pelo médico pela palpação, percussão e ausculta e os
mopatia (doença dos pulmões) ou cardiopatia (doença do coração) e assim demais, como dores, tontura e fraqueza, são referidos pelo doente. Em
por diante. Apesar das tentativas de certos autores, não existe regra para a geral, o doente procura o médico por causa de um ou mais sintomas
designação das doenças, de tal modo que não é possível estabelecer uma subjetivos, que constituem o ponto de partida para a consulta e o exame,
sistematização, como se faz em outros ramos da biologia. A falta de uni- pelos quais se verifica o conjunto de sintomas, se emite um diagnóstico e
formidade na designação das doenças deve-se ao fato de que a maioria foi se determina uma terapia. Ao conjunto de sintomas chama-se síndrome.
descrita quando a patologia ainda não estava sistematizada, de modo que
um sintoma ou aspecto morfológico era tomado como se fosse a própria Sinais. Denomina-se sinal o fenômeno aparente por meio do qual se
moléstia e dava-lhe nome, depois consagrado pelo uso. chega à identificação da doença. Quando o médico percute o tendão de
inserção do músculo quádriceps situado logo abaixo da rótula, por exem-
Verifica-se um grau maior de sistematização nas doenças baseadas plo, a perna realizará um brusco movimento de extensão, chamado reflexo
em processo inflamatório, designadas pelo nome do órgão ou tecido a que patelar. A falha dessa resposta denomina-se sinal de Westphal. Na semio-
se segue o sufixo "ite", em português -- como meningite, inflamação das logia clínica, assim como na semiologia das diversas especialidades
meninges -- ou em latim ou grego, como hepatite, inflamação do fígado. médicas, estudam-se os sinais próprios de cada doença.
Muitas moléstias, todavia, não obedecem à regra e outras são designadas
pelo sufixo "ite" ainda que não sejam de natureza inflamatória. O sufixo Moléstias infecciosas
"ose", que significa "estado de", também é de uso frequente na nomencla- Dá-se o nome de moléstias infecciosas aos processos mórbidos pro-
tura das doenças: tuberculose (condição em que estão presentes tubércu- vocados por microrganismos -- vírus verdadeiros, clamídias (psitacose,
los), esclerose (estado de endurecimento dos tecidos), arteriosclerose linfogranuloma venéreo e tracoma), rickéttsias, bactérias, fungos e proto-
(endurecimento das artérias) e outras. zoários -- ou por helmintos (vermes).
No caso de tumores, emprega-se o nome do tecido que ele imita se- Infecção. Nem toda infecção é, por si mesma, sinônimo de doença in-
guido do sufixo "oma". Assim, fibroma designa tumor de tecido conjuntivo fecciosa, pois a entrada e o desenvolvimento de um agente infeccioso no
fibroso e condroma, do grego chondros, que significa cartilagem, designa o organismo nem sempre determinam o aparecimento de manifestações
tumor cartilaginoso. Quando se trata de tumores malignos, usa-se o termo clínicas. Na patologia infecciosa cada vez mais se estabelece e se confir-
carcinoma, do grego karkinos, que significa caranguejo, para designar os ma, com dados laboratoriais, o conceito de infecção sem doença. Assim,
tumores epiteliais; e sarcoma, do grego sarkós, que significa carne, para na tuberculose, lepra, poliomielite, caxumba, citomegalia, coccidioidomico-
os tumores do tecido conjuntivo. Em outros casos, é o tipo de célula que se, blastomicose sul-americana, criptococose e histoplasmose pode ocor-
dá nome ao tumor, como o linfossarcoma, assim chamado pelo aspecto -- rer infecção sem doença, sob forma inaparente ou assintomática, ou com
semelhante ao de linfócitos -- das células que o constituem. manifestações passageiras. Diagnosticam-se tais quadros por meio de
Moléstia. Chama-se moléstia o complexo de alterações funcionais e provas sorológicas ou reações intradérmicas de leitura tardia, com os
morfológicas, de caráter evolutivo, que se manifestam no organismo sub- antígenos competentes. Quando, em determinada coletividade, um grupo
metido à ação de causas estranhas, contra as quais reage. Como os seres populacional apresenta alta incidência de positividade para determinada
vivos estão sujeitos, no meio em que vivem, a estímulos de toda natureza, reação intradérmica, é quase certa a ocorrência da doença corresponden-
são também hereditariamente aparelhados para reagir a tais estímulos por te.
meio de mecanismos que procuram restabelecer automaticamente a Como se adquire uma infecção. Todos os microrganismos e helmintos
homeóstase, ou seja, o equilíbrio com o meio. A fim de manter o equilíbrio patogênicos para o homem atingem o organismo de quatro formas possí-
funcional, isto é, a saúde, os seres vivos utilizam constantemente o meca- veis: por contágio, mediante um veículo de transmissão (fômite), por
nismo de compensação e adaptação de suas funções às variações do intermédio de um vetor ou pelo ar.
ambiente externo.
O contágio pode ser direto ou indireto. O primeiro se dá quando há
Se os estímulos forem exagerados, ou agirem bruscamente, ou ocor- contato físico com o indivíduo infectado e o contágio indireto ocorre quan-
rerem em fase de enfraquecimento daqueles mecanismos, o organismo do há contato com objetos contaminados, como brinquedos, roupas e
não consegue manter o equilíbrio de suas funções e estruturas orgânicas, instrumentos cirúrgicos, com transferência do material contaminante à
e sobrevém a moléstia. Esta não representa, pois, o desenvolvimento de boca, pelas mãos, ou pela contaminação das mucosas ou da pele, escori-
um mecanismo novo, mas a consequência de um enfraquecimento dos ada ou intacta.
mecanismos normais de compensação e adaptação.
Por implicar a associação relativamente íntima de duas ou mais pes-
Com certa frequência, em exame clínico ou em autópsia, o médico soas, deve ainda ser considerada a forma de infecção por contágio ou
detecta uma doença de que o paciente não se queixava: é que os meca- disseminação de gotículas de muco ou saliva, projetadas na conjuntiva, na
nismos de compensação permitiram ao organismo adaptar-se a esse face, na boca ou no nariz de um indivíduo por outro infectado, no ato de
estado mórbido. Trata-se sempre, porém, de um equilíbrio lábil: bastaria a espirrar, tossir, cantar ou falar. Tais gotículas, chamadas perdigotos,
ação de qualquer agente pouco agressivo, às vezes mesmo não aparente, raramente alcançam mais de um metro de distância do ponto de onde
para desencadear os sintomas que evidenciam a moléstia. Por isso, não emanam. As secreções oronasais compreendem as gotículas de Flugge e
se deve confundir as manifestações clínicas com a doença, que pode estar os núcleos de Wells. A distinção entre ambos é importante, porque apre-
presente desde o nascimento, com manifestações tardias. sentam diferentes modalidades de transmissão e profilaxia diversa.
Enfermidade, afecção e lesão. Enfermidade é a alteração de uma fun- São veículos de transmissão a água, os alimentos, o leite, produtos
ção, como, por exemplo, a cegueira, a miopia, a surdez etc., que pode ser biológicos, inclusive soro e plasma, ou qualquer substância que sirva de
a sequela de uma moléstia. Afecção é a alteração de um órgão e pode meio pelo qual um agente infeccioso possa ser transportado de determina-
provir também de uma moléstia. Por exemplo, a febre reumática, mesmo do receptáculo para o organismo de um hospedeiro suscetível, por inges-
depois da cura, pode deixar alterada permanentemente a válvula mitral. tão, inoculação ou deposição na pele ou nas mucosas.
Essa alteração denomina-se afecção. Lesão é a alteração de uma estrutu-
ra anatômica, que pode ser de pele, músculo, cerebral etc. A transmissão por vetor se dá quando há intervenção de artrópodes
ou outros invertebrados, que inoculam o agente patogênico na pele ou nas
mucosas pela picada ou pela deposição de material infectante na pele, nos
A Neurologia Clínica é a especialidade médica voltada ao estudo, di- Doenças sexualmente transmissíveis
agnóstico e tratamento das doenças que comprometem o sistema nervoso
(cérebro, medula espinhal, raízes nervosas e nervos) e músculos (doenças Doenças sexualmente transmitidas ou DSTs, são doenças infecciosas
musculares - miopatias). que podem ser disseminadas através do contato sexual. Algumas podem
O Neurologista, Neurocirurgião e Neurologista infantil possuem formações também ser transmitidas por vias não sexuais, porém formas não-sexuais
diferentes. O Neurologista estuda as doenças que serão tratadas clinica- de transmissão são menos frequentes. Estima-se que de 10 a 15 milhões
mente, tendo durante a sua formação um grande aporte de conhecimento de americanos tenham doenças sexualmente transmitidas, muitos dos
e experiência a respeito de medicamentos, as interações entre esses casos são epidêmicos, incluindo gonorréia, inflexão da uretra não causada
medicamentos e sua ação sobre a doença e sobre o indivíduo. Tem antes pela gonorréia, herpes genital, candiloma, scabics (mites) e infecções na
de tudo uma formação clínica e não realiza procedimentos cirúrgicos. uretra e na vagina causadas pela bactéria Chlamydia trachomatis, pelo
protozoário Trichomas e pelo fungo monilia. Vários estudos mostram que
O Neuropediatra exerce o mesmo papel do neurologista, mas a sua as doenças sexualmente transmitidas afetam pessoas de ambos os sexos,
formação é voltada especificamente para as doenças neurológicas de de todas as raças e de todos os níveis sociais nos Estados Unidos.
crianças. O Neurocirurgião tem como principal foco o tratamento das
doenças do sistema nervoso através de cirurgia e atua, principalmente, em Um grande número de infecções são transmitidas predominantemente
centros cirúrgicos. O Neurocirurgião não é submetido ao mesmo tipo de ou exclusivamente por contato sexual. Além das doenças epidêmicas que
treinamento do neurologista para a aprendizagem do diagnóstico, trata- foram citadas acima, podemos incluir a sífilis, o chato (pediculosis pubis),
mento clínico e conhecimento sobre o manejo das drogas da extensíssima infecção vaginal causada pela bactéria Hemophilus e muitas outras. DSTs
variedade de doenças neurológicas podem ser causadas por uma grande variedade de organismos, tais como
o protozoário Trichomonas, a levedura causadora de moniliasis, bactérias
Dentre as diversas doenças diagnosticadas e tratadas por neurologis- causadoras da gonorréia e da sífilis e o vírus que causa a herpes genital.
tas, encontram-se com maior frequência:
Transmissão
Doenças Cerebrovasculares (popularmente conhecidas como "Derra-
me"); A transmissão de todas estas doenças só ocorre através do contato
íntimo com a pessoa infectada, porque todos os organismos causadores
Cefaléias e Enxaquecas (Dores de Cabeça); morrem rapidamente se forem removidos do corpo humano. Apesar da
área de contato ser normalmente as genitais, a prática de sexo anal e oral
Epilepsias (Convulsões) pode também causar infecções. Gonorréia, sífilis e infecção clamidial
Transtornos da Memória e do Intelecto (Demências); podem ser transmitidas de um portadora grávida ao filho que está sendo
gerado, tanto através do útero como através do parto.
Doença de Parkinson;
Doença de Alzheimeir Apesar das doenças venéreas se manifestarem na genitália externa,
elas podem atingir a próstata, o útero, os testículos e outros órgãos inter-
Doenças Desmielinizantes (como Esclerose Múltipla) nos. Algumas dessas infecções causam apenas uma irritação local, cocei-
ra e uma leve dor, porém a gonorréia e clamídia podem causar infertilidade
Esclerose Lateral Amiotrófica;
em mulheres.
Doenças dos nervos periféricos (neuropatias periféricas);
Controle
Miopatias (doenças musculares);
Meningites e encefalites; A natureza epidêmica das doenças sexualmente transmitidas as torna
de difícil controle. Algumas autoridades em saúde pública atribuem o
Doenças infecciosas do sistema nervoso; aumento no número de casos destas doenças ao aumento de atividade
sexual. Outro fator que também contribui significativamente é a substitui-
Entre outras.
ção do uso de camisinha (condom) - que oferece alguma proteção - por
Sintomas de doenças neurológicas: pílulas e diafragmas com métodos anticonceptivos. Os padrões das doen-
ças sexualmente transmitidas são bastante variáveis. Enquanto a sífilis e a
Dificuldade de engolir; gonorréia eram ambas epidêmicas, o uso intensivo de penicilina fez com
Fraqueza de braços ou pernas; que a frequência da sífilis caísse para um nível razoavelmente controlado;
a atenção voltou-se então ao controle da gonorréia, foi quando a frequên-
Formigamentos em uma ou várias partes do corpo; cia da sífilis aumentou novamente. Os casos de herpes genital e clamídia
Tonturas e desequilíbrio; também aumentaram durante a década de 70 e durante o início da década
de 80.
Dores de cabeça;
O tratamento de doenças sexualmente transmissíveis é feito basica-
Distúrbios da memória; mente com antibióticos. A penicilina tem sido uma droga eficiente contra a
Anormalidades na visão (visão dupla, perda de campo visu- sífilis e a gonorréia, porém muitos dos organismos causadores da gonor-
al); réia são hoje resistentes à penicilina; usa-se nestes casos o ceftriaxone ou
a spectinomicine. A tetraciclina é usada para tratar o linfogranuloma vené-
Perdas de consciência; reo, o granuloma inguinale e a uterite clamidial. Existem tratamentos
Desmaios; específicos para a maioria das doenças sexualmente transmitidas, com
exceção do molluscum contagiosum. A droga antivirus aciclovir tem se
Dor; mostrado útil no tratamento da herpes.
Sintomas que podem indicar meningite, como dor de cabeça, A única forma de se prevenir a dispersão das doenças sexualmente
febre e rigidez de nuca; transmitidas é através da localização dos indivíduos que tiveram contato
sexual com pessoas infectadas e determinar se estes também necessitam
Acredita-se, a exemplo de outras infecções genitais, que o VHS pene- Muitas uretrites inadequadamente tratadas podem evoluir para compli-
tre no corpo humano por pequenas escoriações (raspados) ou fissuras na cações mais sérias, como uma cervicite e doença inflamatória pélvica na
pele ou mucosas, resultante do ato sexual. Após sua infecção, o VHS é mulher ou orquite, epididimite ou prostatite no homem. Na maior parte das
transportado através dos neurônios (nervos), com isto podendo variar seus vezes o urologista vai preferir tratar o casal, mesmo que o(a) parceiro(a)
locais de recidiva. Na infecção inicial a gravidade das lesões será direta- não apresente sintomas importantes. Como sequelas das complicações
mente proporcional à imunidade da pessoa, disto também dependerá a das uretrites mal conduzidas, podemos citar infertilidade e as estenoses de
frequência e gravidade das recidivas. A pessoa que teve infecção anterior uretra.
pelo VHS oral poderá ter uma infecção pelo VHS genital atenuada (menos
grave) pela presença de anticorpos cruzados. Candidíase
Não existe até o presente momento, cura para qualquer tipo de her- É a infecção causada pela Cândida albicans, e não é obrigatoriamente
pes. Todo o tratamento proposto visa aumentar os períodos de latência em uma DST. No homem, balanopostite ou postite por cândida e na mulher,
meses e até anos. A partir de diagnóstico clínico e laboratorial, medidas vaginite ou cervicite por cândida. É um fungo que habita normalmente
Termo que significa a existência de parasitas na pele (ou derme) e que Salpingite Aguda
podem ser transmitidos pela atividade sexual, embora não obrigatoriamen-
te. Destacamos aqui a infestação por piolhos (Phthirus pubis), pela sarna Etiologia - É causada pela disseminação ascendente, não relacionada
(Sarcoptes scabeis) e pelos carrapatos (ou chatos). Tais ectoparasitas a ciclo gravídico-puerperal ou cirurgias, de microorganismo que, partindo
(parasitas externos) infestam principalmente as regiões cobertas por da vagina, acomete órgãos genitais superiores e/ou estruturas adjacentes
cabelos como a região púbica (pêlos púbicos) de ambos os sexos. Obvia- (OMS,1986). Conforme a localização, usa-se a seguinte terminologia:
mente tais parasitas podem também ser adquiridos de roupa de cama ou salpingite - A mais frequente e preocupante por suas sequelas: endo-
de banho (toalhas), roupas íntimas, animais, etc...Seu principal sintoma metrite, parametrite, salpigoforite, abscesso pélvico (tubo-ovariano);
será o prurido (coceira) e vermelhidão devido aos minúsculos túneis sob a Do ponto de vista etiológico, as Salpingites podem-se dividir em:
derme que podem ser estar infectados por bactérias oportunistas. Se não infecção por germes causadores de DST (gonococo, clamídias, mico-
tratadas, tais infecções secundárias por bactérias, podem, associadas ao plasmas);
ato de coçar o local, disseminar pelo resto do corpo tais infestações e infecções por organismos presentes na flora vaginal (estreptococos,
ainda levar a complicações mais sérias, como abscessos (coleção de pus). estafilococos, hemófilos, E.coli, anaeróbicos);
Resta claro neste parágrafo, que os portadores de infestações devem ser infecções de etiologia desconhecida.
orientados quanto aos seus hábitos de higiene. O tratamento é feito de Patogênese - A manifestação da salpingite aguda está relacionada
acordo com o parasita e medidas profiláticas devem ser adotadas no com a atividade sexual, particularmente com o número de parceiros sexu-
ambiente onde vive o indivíduo. ais;
Sintomatologia - Dor pélvica, frequentemente relacionada com o início
Patogênese - A doença é contraída, exclusivamente, via transmissão do ciclo menstrual, disfunção menstrual, dispareunia, anorexia, náusea e
sexual: sua incidência é baixa, com maior prevalência no grupo etário de vômito, dor à palpação e mobilização do útero;
15 a 30 anos. O período de incubação varia de 1 a 3 semanas; Tratamento - Deve ser eficaz tanto contra os agentes das DSTs, como
Sintomatologia - Manifesta-se com lesão inicial de tipo pustuloso, fre- contra as demais bactérias envolvidas, principalmente as anaeróbicas.
quentemente despercebida. Em seguida, surge adenopatia inguinal, co- http://www.uro.com.br/dsttotal.htm
nhecida como bubão, unilateral, que pode passar à fase supurativa. Nas
mulheres, pode faltar a adenite inguinal, mas é frequente o acometimento
dos gânglios pararretais. Pode haver manifestações sistêmicas tais como Perturbações musculo
musculoesqueléticas
mal-estar, febre, anorexia, dor pélvica, etc.;
As perturbações do sistema musculoesquelético são a principal causa
Diagnóstico laboratorial - Por bacterioscopia direta (coloração de Gi-
das dores crônicas e da incapacidade física. Embora os componentes
emsa), cultura, sorologia, imunofluorescência, intradermo-reação de Frei;
desse sistema se desenvolvam bem com o uso, podem desgastar-se,
Tratamento da adenite - repouso e calor local. Quando a adenite for
lesar-se ou inflamar-se.
maior que 5 cm, aspirar com agulha de grosso calibre; pode ser feita
lavagem com antibiótico. As lesões dos ossos, dos músculos e das articulações são muito fre-
Tratar sempre o parceiro sexual quentes. O grau da lesão pode variar desde um esticão muscular ligeiro a
uma distensão de ligamentos, uma deslocação de articulações ou uma
Donovanose fratura. A maioria destas lesões cura-se por completo, embora sejam
Etiologia - É causada pela Calymmatobacterium granulomatis , pató- geralmente dolorosas e possam dar origem a complicações a longo prazo.
geno Gram-, anaeróbico facultativo;
Patogênese - Transmissão sexual com período de incubação de 8 a A inflamação é uma resposta natural à irritação ou à deterioração dos
30 dias, mais frequente nas regiões tropicais. Sua maior incidência é no tecidos; causa inchaço, rubor, sensação de ardor e limitação do funciona-
sexo masculino, preferencialmente em homossexuais e indivíduos de mento da zona afectada. A inflamação de uma articulação denomina-se
baixas condições sócio-econômicas; artrite e a de um tendão tendinite. Existem duas formas de inflamação:
Sintomatologia - Na maioria dos casos, a lesão inicial se localiza no uma localizada, quer dizer, limitada a uma parte do corpo, como, por
prepúcio, sulco balanoprepucial, vulva ou vagina. Geralmente indolor, exemplo, uma articulação ou um tendão lesionado; outra generalizada,
como acontece no caso de certas doenças inflamatórias como a artrite
As análises laboratoriais podem fornecer uma informação útil acerca São um grande problema da medicina do trabalho.
de algumas perturbações musculoesqueléticas; contudo, esta informação Quais são os factores de ris
risco?
não é suficiente para um diagnóstico.
As radiografias servem para avaliar as zonas de dor nos ossos, dado
que podem, com frequência, detectar fraturas, tumores, feridas, infecções De causa ergonómica Movimentos repetitivos que requerem aplica-
e deformidades. Para determinar a extensão e a localização exata da ção de força;
lesão, podem realizar-se exames como a tomografia axial computadoriza- Choque mecânico;
da (TAC) ou o estudo por imagens de ressonância magnética (RM). Esta Força de preensão e carga pal-
última é especialmente valiosa para examinar os músculos, os ligamentos mar;
Carga externa e muscular estática;
e os tendões. É possível analisar uma amostra de líquido articular para Stress mecânico;
identificar a bactéria que causa uma infecção ou analisar os cristais que Vibrações e temperaturas extre-
confirmam um diagnóstico de gota ou pseudogota. Para isso, o médico mas;
extrai o líquido com uma agulha, em geral um procedimento rápido, fácil e Posições desadequadas que podem decorrer
quase indolor realizado no consultório. do equipamento mal desenhado, das ferra-
mentas ou do posto de trabalho.
O tratamento está dependente do tipo de perturbação músculo esque-
De causa organizacional Horas e ritmo de trabalho excessivos;
lética e as lesões tratam-se frequentemente com repouso, compressas
Trabalho com ritmo externo impos-
mornas ou frias e talvez analgésicos e imobilização com talas ou ligaduras. to – por exemplo, linhas de mon-
Por outro lado, as doenças que afetam simultaneamente várias articula- tagem;
ções tratam-se muitas vezes com medicamentos para reduzir a inflamação Pausas e descanso insuficientes;
e suprimir a resposta imunitária do organismo. Contudo, a maioria das Insegurança ou insatisfação labo-
articulações com deterioração crônica não se pode curar com medicamen- ral;
tos. Algumas articulações gravemente afetadas podem ser substituídas por Monitorização excessiva, por exemplo, com
outras artificiais, requerendo muitas vezes um tratamento combinado entre câmaras de vídeo.
médicos, terapeutas ocupacionais e fisioterapeutas. De risco individual Tabagismo:
Ingestão de bebidas alcoólicas em ex-
cesso;
Obesidade.
Crescimento:
Crescimento Uma criança saudável tem um crescimento normal. O 3 - Alguns medicamentos quando tomados juntos com outros interfe-
crescimento deficiente ou excessivo pode ocorrer em função de alterações rem na sua ação podendo potencializar o seu efeito ou diminuir, por isso
hormonais, nutricionais ou genéticas. só tome aqueles indicados por seu médico, nunca por conta própria.
Diabetes:
Diabetes Se você tem excesso de peso, parentes com diabetes, hi- 4 - Se você esquecer de tomar no horário o medicamento, não deve
pertensão ou alterações de gordura no sangue, procure um endocrinologis- tomar dois no próximo porque a dosagem vai ficar muito forte e você pode
ta. Você pode desenvolver diabetes! Mas se você bebe muita água, urina passar mal.
muito, perde peso pode estar diabético.
7 - Proteja seus medicamentos da luz, calor, umidade, observando os Do ponto de vista medicamentoso, existe uma gama de medicações
demais cuidados escritos na embalagem, e observe regularmente o prazo eficazes no controle da hipertensão, cabendo ao seu médico a escolha de
de validade e o aspecto físico dos medicamentos. uma ou mais drogas, de acordo com a gravidade e com as patologias
associadas. É fundamental que o tratamento medicamentoso seja feito sob
Diagnóstico orientação médica.
O diagnóstico é feito através da medida da pressão arterial, com a a- Alimentos a serem evitados
juda de um esfigmomanômetro. Existem alguns fatores que alteram a
pressão arterial, portanto uma medida isolada da pressão arterial não é Enlatados, presunto, mortadela, salsicha, linguiça, carne de sol, cho-
suficiente para tal diagnóstico, sendo necessário, quando da suspeita de colate, maionese, frituras, alimentos muito salgados e refrigerantes nor-
HA, várias medidas em momentos diferentes do dia. Hoje já existe dispo- mais ou diet.
nível um sistema de monitorização ambulatorial da pressão arterial, o Exercícios físicos
MAPA, que torna mais fácil e certo o diagnóstico da HA, no qual alguns
pacientes são submetidos durante 24 horas à medida sistemática de sua Uma forma agradável de se cuidar. Atividade física fortalece o seu or-
pressão arterial, durante as várias atividades de seu dia, quando houver a ganismo e relaxa, pois faz com que você se distraia. Além disso, ajuda a
necessidade de indicação médica precisa. reduzir o triglicérides, o colesterol, combater o diabetes e a obesidade.
Praticando exercícios regularmente (no mínimo 3 vezes por semana) você
Em termos de valores de pressão arterial, considera-se como normais diminui bastante os riscos de pressão alta. Algumas pessoas até deixam
os valores até 140 para a pressão arterial sistólica (ou "máxima") de até 90 de ser hipertensas apenas com práticas de exercícios.
para a pressão diastólica ("ou mínima"). A partir destes valores até 159/94
classificam-se como hipertensão limítrofe, e como hipertensão definida os Obs: Se você for caminhar... Comece com caminhadas de 15 a 30 mi-
níveis pressóricos superiores ou iguais a 160/95. Apesar destes critérios, nutos diários de uma vez ou dividido em 3 vezes de 10 minutos ao dia.
sabe-se que quanto maior a pressão arterial (sistólica ou diastólica) maior http://www.cmb.med.br/index.php?p=hipertensao
será a mortalidade e as complicações associadas.
Osteoporose
O ideal, atualmente, é que a PA se mantenha igual ou a abaixo de
135x85 mmHg Os ossos com osteoporose perdem resistência porque perdem “quan-
tidade”.
Sintomas
Ter osteoporose quer dizer ter ossos menos resistentes, que partem
O risco de derrame cerebral, problemas renais e insuficiência cardíaca com mais facilidade, com traumatismos mínimos, p. ex. uma queda no
congestiva aumenta, podendo inclusive afetar a irrigação sanguínea dos mesmo plano.
olhos (retina). Se comparadas às pessoas com pressão normal, as pesso-
as com hipertensão não controlada correm o triplo de risco de desenvolver Quem tem osteoporose pode partir qualquer osso, mas as fraturas
ataque cardíaco congestivo e sete vezes de ter um derrame cerebral. mais frequentes são as das vértebras, dos ossos do punho, da anca (colo
do fémur) e do ombro (colo do úmero).
Ter pressão alta, não é igual a ter 'problema de coração', mas pode
ser o primeiro passo. O indivíduo hipertenso tem de três a cinco vezes Os ossos são um tecido vivo em constante remodelação, onde a cada
mais chances de apresentar um acidente vascular cerebral (derrame), momento há osso “antigo” a ser reabsorvido e osso “novo” a ser formado.
duas a três vezes mais chance de desenvolver cardiopatia isquêmica Até aos 30 anos a formação é muito superior à reabsorção. A partir dessa
(doença das artérias coronárias como angina ou infarto), três vezes mais idade a reabsorção de osso começa a ser mais rápida e a formação mais
chance de desenvolver claudicação intermitente (dor em membros inferio- lenta, pelo que o resultado final é uma diminuição da quantidade de osso.
res ao caminhar, secundária a obstrução de alguma artéria), e quatro Este fenómeno é normal e acontece a todos nós, mas se a diminuição for
vezes mais chance de desenvolver insuficiência cardíaca (falha do coração excessiva o resultado é a osteoporose.
como bomba, levando a falta de ar) do que o indivíduo normotenso. Por- Fatores de risco
tanto, com um bom controle da pressão arterial é possível a prevenção de
muitas doenças do sistema cardiovascular. Quem pode sofrer de osteoporose?
A hipertensão arterial ou pressão alta é um fator de risco muito traiço- A osteoporose atinge principalmente as mulheres depois da menopau-
eiro. Ela ataca devagarinho, sem sintomas, você só nota as consequên- sa e os idosos de ambos os sexos.
cias. As hormonas femininas (estrogéneos) são muito importantes para a
O coração fica sobrecarregado, passando a trabalhar mais até perder remodelação óssea. Com a menopausa a produção de estrogéneos dimi-
sua capacidade de contração. A pressão sobre as artérias provoca dificul- nui e o resultado é uma perda mais rápida de osso, nos 5 a 10 anos se-
dades para a circulação do sangue. guintes. Com o envelhecimento a formação óssea começa também a
diminuir tanto nos homens como nas mulheres.
Tratamento
Calcula-se que uma em cada 3 mulheres depois da menopausa e 1
O tratamento pode ser medicamentoso e não- medicamentoso. Qual- em cada 5 homens depois dos 65 anos sofra de osteoporose.
quer que seja a opção, é muito importante obter-se a adesão continuada
do paciente às medidas recomendadas. Algumas doenças (p.ex. doenças da tiróide, doenças com má absor-
ção intestinal, insuficiência renal) e medicamentos (p.ex. corticóides)
Recomendações não farmacológicas úteis no tratamento da hiperten- podem também alterar a remodelação óssea dando origem a uma osteo-
são arterial: porose secundária, que pode surgir em qualquer idade. Embora pouco
Tratar a obesidade como principal objetivo; frequentes são importantes porque o aparecimento da osteoporose pode
ser evitado se corrigida ou tratada a doença de base.
Reduzir a ingestão de sal para no máximo 5 g por dia;
O que são fatores de risco para osteoporose?
Aumentar a ingestão de frutas e verduras, para obter maior ingestão
de potássio; A remodelação óssea é muita complexa e determinada por fatores ge-
néticos, hormonais, ambientais e nutricionais. As situações que contribuem
Limitar a ingestão de álcool a menos de 40mg por dia (i.e. 1 cerveja ou para uma perda acelerada de massa óssea são chamadas de fatores de
1/2 garrafa vinho ou 1 dose de destilado); risco por aumentarem a probabilidade de se vir a sofrer de osteoporose.
A osteoporose pode ser desencadeada por diversos fatores. A pós- A reposição hormonal durante ou depois da menopausa minimiza a
menopáusica aparece em mulheres de 51 a 75 anos e é causada pela falta ocorrência de osteoporose.
osteoporose
de estrogênio, hormônio feminino que auxilia na regulação da incorporação Também é necessário manter uma dieta com quantidades adequadas
do cálcio aos ossos das mulheres. de cálcio, vitamina D e proteínas.
Já, a osteoporose senil provavelmente é decorrente de uma deficiên- Prevenção
cia de cálcio relacionada com a idade e de um desequilíbrio entre a veloci-
dade de degradação do tecido ósseo e a velocidade de formação de osso A prevenção e o tratamento podem envolver o emprego de recursos
novo. Normalmente os indivíduos com mais de 70 anos de idade são os que procuram evitar a perda do tecido ósseo. Para as pessoas que tendem
mais afetados, além de ser duas vezes mais comum em mulheres. a desenvolver a osteoporose ou estão no início da doença, principalmente
as mulheres acima dos 50 anos, os exercícios físicos que envolvem força
A osteoporose secundária,
secundária identificada em menos de 5% dos pacien- são indicados.
tes, é desencadeada por outras enfermidades ou por drogas. Por último, a
mais rara de todas, a osteoporose juvenil idiopática ocorre em crianças e Fonte: AllRefer Health, Manual Merck, Ministério da Saúde e livro “Os-
adultos jovens aparentemente sem qualquer fragilidade hormonal ou teoporose”, dos autores Luis Augusto Tavares Russo, Luis Henrique de
vitamínica e sua causa ainda não foi esclarecida. Gregório, Roberto A. Carneiro, Jaime Samson Danowski e Raimundo
Grossi. Mariana Mesquita
Vários fatores de risco também estão associados tanto ao desen
desenvol-
vol-
vimento da osteoporose quanto às fratu
fraturas: Doenças Dermatológicas
História prévia de fratura Conheça agora um pouco sobre algumas das Doenças Dermato
Dermatológi-
lógi-
cas mais comuns.
Baixo peso
ACNE: é uma doença crônica e multifatorial. Geralmente aparece na
Sexo feminino
adolescência, porém os adultos podem ser acometidos. O tratamento
Raça branca baseia-se no uso de agentes de limpeza adequados ao tipo de pele e
medicamentos tópicos ou orais, prescritos de acordo com a gravidade do
Fatores genéticos (existência de parente de primeiro grau com caso. Atualmente, sessões de Luz Pulsada e a Terapia Fotodinâmica são
história de fratura sem trauma ou com trauma mínimo) usadas com ótimos resultados, na acne tipo inflamatória.
Fatores ambientais (tabagismo, consumo abusivo de bebidas MELASMA: são manchas na pele que ocorrem por um excesso de
alcoólicas e cafeína, inatividade física) pigmentação, acometendo principalmente a face. Predisposição genética,
Baixa ingestão de cálcio alimentar gravidez, o uso de anticoncepcionais e exposição solar são alguns fatores
envolvidos no seu aparecimento. O tratamento deve ser feito com protetor
Alterações hormonais (menopausa precoce, menarca tardia, solar específico e despigmentantes tópicos.
amenorréias)
VITILIGO: doença crônica que afeta 1 a 2% da população e pode ter
Drogas (corticosteróides, alguns anti-epilépticos, hormônios ti- início súbito ou gradual. É caracterizada por manchas brancas que podem
reoideanos, ciclosporina) surgir em qualquer lugar da pele, devido a uma alteração do sistema
Doenças endocrinológicas (hiperparatireoidismo primário, tireo- imunológico. O tratamento é realizado com uso de filtro solar, medicamen-
toxicose, síndrome de Cushing, hipogonadismos e diabete melito) tos tópicos e orais, além de fototerapia, com o objetivo de induzir a re-
pigmentação das áreas acometidas.
Doenças hematológicas (mieloma múltiplo)
PSORÍASE: é uma doença crônica que pode acometer até 2% da po-
Doenças reumatológicas (artrite reumatóide) pulação. Sua causa é desconhecida, porém possui influência genética.
Cursa com placas avermelhadas, coberta por escamas, predominando em
Doenças gastroenterológicas (síndrome de má-absorção do- joelhos e cotovelos. O tratamento deve ser realizado com uso de cremes
ença inflamatória intestinal, doença celíaca) específicos, corticoesteróides tópicos e nos casos mais graves com uso
Doenças neurológicas (demência) de quimioterápicos, agentes biológicos e fototerapia.
O mieloma múltiplo é um tumor originário da medula óssea, a As formas mais complexas de vida, que compreendem os animais su-
partir do crescimento anômalo de uma das células do sistema imunológico, periores e o homem, têm uma alimentação muito peculiar. Necessitam de
o plasmócito. É uma doença observada comumente após os 50 anos. A uma série de compostos orgânicos sem os quais não conseguem sobrevi-
doença provoca geralmente destruição óssea, levando à dor e às vezes ver; devem atender não somente às necessidades de suas células como
fraturas e pequenos traumas. As células tumorais produzem uma proteína às de tecidos de alta complexidade; dependem das plantas e dos micror-
anormal (gamaglobulina monoclonal), que pode ser detectada no sangue e ganismos para compor suas dietas; e precisam de mais calorias, para
na urina. Esta proteína em excesso, aliada a um aumento dos níveis de suprir a energia gasta pela atividade muscular.
ácido úrico e cálcio (pela lesão óssea), provoca um dano aos rins, progres- A célula animal tem necessidade vital de calorias. Sem essa fonte de
sivo e grave. A situação pode ser piorada se há infecções, devido à paula- energia a capacidade de funcionamento celular desaparece, sobrevindo a
tina queda de imunidade do paciente. Com a medula óssea afetada e os morte. De modo geral, essa necessidade é satisfeita com o consumo de
rins danificados, e lembrando que estes têm uma função essencial no alimentos que contêm calorias. Estima-se, por exemplo, que um homem de
estímulo da produção dos glóbulos vermelhos, a grande maioria dos 25 anos de idade, de peso e estatura médios, precisa de 3.200 calorias por
pacientes acaba apresentando anemia. dia, e uma mulher, nas mesmas condições, de 2.300. Essa cota varia
O mieloma nem sempre atinge todo o esqueleto. Quando locali- conforme o trabalho e o clima em que vivem.
zado em um único osso é chamado plasmocitoma solitário. Se localizado De acordo com a composição química, as substâncias alimentícias
em uma área fora do esqueleto (p.ex., intestino, pulmão, seios da face, são classificadas como proteínas (substâncias plásticas, formadoras);
faringe), chamamos plasmocitoma extra-medular. carboidratos e gorduras (substâncias energéticas); vitaminas e sais mine-
O diagnóstico do mieloma é complexo, e exige a confirmação da rais (substâncias protetoras). Um grama (g) de proteína -- o mesmo que
presença dos plasmócitos anômalos, seja por biópsia da área afetada, seja um grama de açúcar ou amido -- fornece quatro calorias, um grama de
por punção da meduçla óssea (mielograma). Deve-se ainda demonstrar a álcool sete, e de gordura, nove.
presença da proteína anormal e/ou as lesões ósseas. Há tabelas com Conservação dos alimentos. Durante muitos séculos a arte de conser-
critérios diagnósticos específicos, e outras para estadiamento da doença, var alimentos desenvolveu-se lentamente, baseada em métodos empíri-
que permitem avaliar sua extensão e seu prognóstico. cos, dos quais os mais empregados eram a salga, a defumação e a seca-
O tratamento do mieloma múltiplo deve ser conduzido por um gem. A partir do século XIX, quando se descobriram as causas biológicas
médico hematologista, e envolve o controle da anemia, das lesões ósseas, da decomposição dos alimentos, as técnicas de preservá-los evoluíram
da insuficiência renal, e o combate direto às células tumorais. Este é com rapidez.
realizado através da quimioterapia (oral ou venosa) e, quando possível, do
A boa alimentação depende da dosagem equilibrada dos diversos e- O progresso da produção industrial revolucionou o regime alimentar de
lementos que a compõem. Todo alimento, seja de origem animal, seja grande parte da humanidade a partir do século XIX. Ainda assim, a influ-
vegetal, encerra uma ou mais dessas substâncias elementares. ência do ambiente natural mantém-se bastante viva, caracterizando áreas
alimentares facilmente reconhecidas: (1) entre os cereais, o trigo é a base
Água. Representando sessenta por cento do corpo humano, a água é da alimentação dos povos do Ocidente, através da farinha, com que se
tão importante que a perda de vinte por cento do conteúdo líquido do preparam o pão, massas diversas, biscoitos etc.; e o arroz é a base da
organismo já acarreta a morte. A água tanto serve para transportar como alimentação dos povos do Oriente, que o consomem em grão, sob a forma
para diluir as substâncias alimentícias, integrando a constituição dos de bolos ou como bebida; (2) entre as bebidas não-alcoólicas, enquanto o
protoplasmas celulares. Age também como reguladora da temperatura do café é largamente difundido na América, na Europa mediterrânea e no
corpo e constitui elemento indispensável às trocas osmóticas entre o Oriente Médio, o chá é preferido nas ilhas britânicas, na Rússia, na Índia,
sangue, a linfa e as células. no Sudeste Asiático e no Extremo Oriente.
Proteína. Embora sejam também fontes fundamentais de calorias, os No entanto, encontram-se diferenças substanciais. Na América, o mi-
alimentos protéicos têm por função dietética principal fornecer aminoácidos lho ocupa lugar de relevo por ter no continente seus maiores produtores. É
à manutenção e síntese das proteínas, base do arcabouço estrutural de consumido em grão, em forma de farinha (de que o fubá é um dos tipos
todas as células. Substâncias nitrogenadas complexas, as proteínas se principais), curau, canjica ou mungunzá, tortilla, maisena, produtos glico-
desdobram no organismo em substâncias químicas mais simples, os 24 sados, óleo comestível etc. Também se consomem amplamente, em
aminoácidos conhecidos, dos quais nove são imprescindíveis à vida. diversos países, a batata e a mandioca.
O valor nutritivo dos alimentos protéicos varia segundo contenham Na Europa, os alimentos predominantes mostram imensas diferenças
maior ou menor quantidade desses aminoácidos imprescindíveis. Em e contrastes: na região norte-ocidental, a aveia e o centeio são tradicio-
geral, ela é mais elevada nos alimentos de origem animal que nos de nalmente utilizados na fabricação de mingaus (porridges), pão e bebida
origem vegetal. São chamadas completas as proteínas que contêm aque- (uísque), embora a batata, depois da descoberta da América, também
les nove aminoácidos em quantidade suficiente. No entanto, as incomple- tenha passado a ocupar lugar de destaque; na região central, povos de
tas podem ser importantes complementos das primeiras em uma mesma diversas origens e as numerosas invasões explicam uma vasta disparidade
refeição. dos padrões alimentares no que toca a cereais, carnes, queijos e bebidas;
na região ocidental, reinam o trigo, a batata, o vinho e a cerveja; na região
Carboidratos ou glicídios. Essenciais a todo tipo de alimentação, os mediterrânea, embora desde tempos imemoráveis se consuma o trigo e a
carboidratos estão presentes em muitos dos alimentos mais difundidos da cevada, dominam a oliveira, a videira e a figueira, que lhe garantem o
maior parte das sociedades humanas, como os cereais, os açúcares, os constante suprimento de azeitonas, azeite, uvas, passas, vinhos e figos.
tubérculos e seus derivados. Formando e mantendo os elementos de
oxigenação e reserva do organismo, são indispensáveis ao funcionamento Na Índia, Sudeste Asiático, China e Extremo Oriente, mais de dois bi-
dos músculos, voluntários e involuntários. O organismo humano sempre lhões de pessoas têm no arroz o alimento por excelência, que também
mantém uma reserva de carboidratos. No sangue, sob a forma de glicose; fornece bebida como o saquê dos japoneses e o chum-chum da Indochina.
no fígado e nos músculos, de glicogênio. Entre os alimentos mais comuns, Na África, devem-se distinguir a chamada África branca, cujos hábitos
são mais ricos em carboidratos o arroz, o pão, a batata, a mandioca, o alimentares assemelham-se aos da Europa mediterrânea, e a África negra,
macarrão e massas congêneres, doces, biscoitos, bolos etc. Entre as que prefere a mandioca, o inhame, a banana e o amendoim, além de
substâncias alimentares energéticas, os carboidratos são utilizados mais milho, sorgo, arroz etc. Nos arquipélagos da Oceania, nada é tão importan-
prontamente na célula do que as gorduras e proteínas. O excesso ou te quanto o pescado.
combinação redundante de carboidratos (como arroz, batata e farofa) é
hábito que leva infalivelmente à obesidade. Alimentação no Brasil
Gorduras ou lipídios. Sendo a mais concentrada forma de energia dos A herança legada pelos colonos portugueses adaptou-se naturalmente
alimentos, as gorduras contêm substâncias essenciais ao funcionamento ao meio físico brasileiro, enriquecendo-se com as contribuições dos povos
normal do organismo e que não são por ele produzidas: os ácidos graxos. indígenas e dos negros africanos. Deve-se ao ameríndio do Brasil o uso da
Cada grama de gordura produz nove calorias, e os alimentos mais ricos farinha de mandioca, do milho, do guaraná e do mate, da mesma forma
em ácidos graxos são o leite integral, os óleos vegetais, a manteiga, a como o beiju, a pipoca, mingaus. Deve-se ao negro o emprego do azeite-
margarina e o toucinho. de-dendê e do leite de coco, de diversas pimentas e longa série de pratos
como o vatapá, caruru, mungunzá, acarajé, cuscuz, angu, pamonha.
Vitaminas. Catalisadoras de reações importantes, as vitaminas são
compostos orgânicos de proteção e regularização, fundamentais para o A partir do século XX a imigração de vários povos propiciou significati-
equilíbrio vital. Intervêm no crescimento, na fixação dos minerais nos vas contribuições à alimentação brasileira, particularmente italianas (piz-
tecidos e nos processos de ossificação e cicatrização. Influem ainda na zas, massas, polenta), mas também alemães (doces folhados, cerveja),
resistência do organismo às infecções e na fisiologia dos sistemas circula- sírio-libanesas (quibe, esfirra) e japonesas. De início limitados às áreas de
tório, nervoso e digestivo. Ao contrário da crença de que as vitaminas são influência dos imigrantes, muitos desses alimentos passaram a fazer parte
necessárias sob a forma de remédio, a ingestão de alimentos que as das preferências da população em geral, especialmente nas grandes
contenham é satisfatória. cidades e nas regiões Sudeste e Sul. A influência do meio físico mostra-se
particularmente sensível na Amazônia, onde os alimentos, assim como
Sais minerais. O organismo precisa de constante suprimento de mine- seus temperos, vêm dos rios e da floresta.
rais para contrabalançar a perda dos que elimina. Os mais necessários são
cálcio, magnésio, ferro, iodo, fósforo, sódio e potássio. As quantidades que Podem-se reconhecer cinco áreas alimentares principais no território
se requerem de cada um desses minerais variam muito. Enquanto um brasileiro: (1) a da Amazônia, cuja população consome numerosos peixes,
adulto deve ingerir diariamente um grama de cálcio, necessita apenas de entre os quais o pirarucu (que, seco, se chama piraém e se assemelha ao
A maioria das residências, em praticamente todos os países, têm u- O conceito de um outro centro, o centro hipotalâmico lateral da fome,
ma cozinha ou uma pequena copa-cozinha (kitchenette) destinadas à também tem sido mudado recentemente. Um grande número de experiên-
preparação de refeições ou alimentos, e muitas casas também têm u- cias tem mostrado que as lesões no hipotálamo lateral fazem com que um
ma sala de jantar ou outra área designada para co- animal pare de comer. A menos que sejam forçados a comer, estes ani-
mer. Pratos, talheres, copos e outros implementos para cozinhar existem mais irão se definhar até morrer, mas poderão ser induzidos a comer
em uma grande variedade de formas e tamanhos. Muitas sociedades através de uma alimentação programada cuidadosamente. Desde que não
atuais também têm restaurantesespecializados em servir e vender comida, exista regeneração do sistema nervoso central destes animais, foi sugerido
a fim de possibilitar às pessoas que estão fora de casa se alimentarem de que outras áreas do cérebro exerceriam eventualmente o papel de centro
forma adequada, seja quando querem economizar o tempo do preparo da da fome. Como nas lesões ventromedianas, um trato de fibras, o feixe
comida, seja quando desejam usar o ato de comer em uma ocasião social. nigroestriado é danificado pelo lesões hipotalâmicas laterais. Este trato de
Ocasionalmente, como no caso dos festivais de comida, comer é de fato a fibras é dopaminérgico e corre das substâncias negras para o núcleo
principal razão do encontro social. caudado. Lesões, quer das fibras nigroestriadas, ou substâncias negra,
produzem perda da ingestão de alimentos como as lesões do hipotálamo
Muitos indivíduos têm padrões diários, regulares e distintos para co- lateral. O sistema dopaminérgico nigroestriado, portanto, é importante no
mer, e comumente muitos tem entre três e quatro refeições diárias, controle do comportamento alimentar. Evidências posteriores contra o
com lanches consistindo como pequenos montantes de comida que con- conceito do hipotálamo lateral como centro da fome vieram do fato de que
sumida entre as refeições. O objetivo de uma alimentação saudável é, há lesões do hipotálamo lateral também danificam fibras sensoriais do siste-
muito tempo, uma importante preocupação de diferentes pessoas e cultu- ma trigeminal. Danos destas fibras, bem como de outras partes da via
ras. Juntamente com outras práticas, o jejum, a dieta e trigeminal ascedente, também levam à inanição.
o vegetarianismo são técnicas empregadas por pessoas (e encorajadas
por sociedades) para aumentar a longevidade e a saúde. Mui- Atualmente, o conceito de um centro da fome e da saciedade no hipo-
tas religiões promovem o vegetarianismo considerando errado o consumo tálamo é duvidoso. As técnicas de lesionamento provavelmente danifi-
de animais. Os nutricionistas concordam que em vez de se deleitar em três cam tratos de fibras dopaminérgicos, noradrenérgicos e trigeminais impor-
refeições diárias, é muito mais saudável e fácil para o metabolismo comer tantes no controle da ingestão de alimentos. Contudo, provavelmente,
5 pequenas refeições a cada dia (um maior número de refeições pequenas ainda é verdade dizer que o hipotálamo exerce um papel no comportamen-
gera uma melhor digestão; facilita para o intestino o depósito das excretas; to da ingestão de alimento, mas uma revisão do nosso conhecimento deste
e visto que refeições maiores são mais resistentes ao trato digestivo e papel é necessário.
podem precisar de laxativos). O ato de comer também pode ser uma Defecação
maneira de ganhar dinheiro, como na ingestão competitiva.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Desordens
Psicologicamente, a ingestão é geralmente causada pela fome, mas
existem numerosas condições físicas e psicológicas que podem afetar
o apetite e desvirtuar padrões normais de ingestão. Estes inclu-
em depressão, alergia a determinados tipos de comida, bulimia, anorexia
nervosa, disfunção da glândula pituitária e outros problemas endócrinos, e
numerosos outras doenças alimentares.
A necessidade crônica de comida nutritiva pode causar várias doen-
ças, e depois, inanição. Quando isto acontece em uma localidade ou em
massiva escala é considerada penúria.
Hidratação
Hidratação essencialmente é a reposição de água no organismo,
mantendo sua composição corporal. A água representa cerca de 60% do
peso corporal de um adulto. A hidratação pode ser realizada por
via oral ou intravenosa.
A maior parte da água no organismo se encontra no compartimento Características anatômicas básicas de seres humanos do sexo
intracelular e proporciona o meio através do qual se realizam as funções masculino e feminino (legendas em inglês).
metabólicas. Portanto, as modificações na quantidade de água intracelular
Certas profissões, especialmente a medicina e a fisioterapia, requerem
afetarão gravemente a saúde do indivíduo. Via de regra o compartimento
um estudo aprofundado da anatomia humana. A anatomia humana pode
intracelular é o último a alterar-se nas enfermidades (ou agravos
ser dividida em duas principais subdisciplinas: anatomia humana regional e
com hemorragias) que se acompanham dos transtornos do volume do
anatomia humana sistemática normal (descritiva).
líquido corporal. A água extracelular que é mais lábil se divide em dois
compartimentos o intersticial e o plasma. Divisão do corpo humano
O balanço ou distribuição dos líquidos nos compartimentos vascular, Classicamente o corpo humano é dividido
intersticial e celular depende e de várias condições orgânicas a exemplo em cabeça, tronco e membros.A cabeça se divide em face e crânio. O
da temperatura, função renal, presença de eletrólitos em níveis adequados tronco em pescoço, tórax e abdome. Os membros em superiores e
e patologias que sobrecarreguem o organismo na produção e eliminação inferiores. Os membros superiores são divididos em ombro, braço,
de fluidos como nas diarréias ouexpectoração entre outras condições. antebraço e mão. Os membros inferiores são divididos em quadril, coxa,
perna e pé.
Segundo Burke (o.c.) na hidratação o fundamental de qualquer perda
líquida, é que seja substituída por um volume adequado antes mesmos de Grupos regionais
se tentar corrigir as alterações eletrolíticas. Um perda de líquidos que
comprometa cerca de 20% do peso corporal pode ser fatal. Associado às Os livros de anatomia humana geralmente dividem o corpo nos
funções da hidratação está a reposição de nutrientes à pacientes que não seguintes grupos regionais:
podem consumir alimentos por via bucal e a manutenção do acesso Cabeça e pescoço — inclui tudo que está acima da abertura torácica
venoso em pacientes que venho necessitar de administração de superior
medicamentos numa condição de internamento hospitalar.
Membro superior — inclui a mão, antebraço, braço, ombro, axila,
8. Noções de anatomia e fisiologia humana, mi
microbiologia, parasi-
parasi- região peitoral e região escapular.
tologia e farmacologia; Tórax — é a região do peito compreendida entre a abertura torácica
Anatomia humana superior e o diafragma torácico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Abdômen — é a parte do tronco entre o tórax e a pelve.
Anatomia humana é um campo especial dentro da anatomia. Ele Costas — a coluna vertebral e seus componentes, as vértebras e
estuda grandes estruturas e sistemas do corpohumano,
corpohumano deixando o estudo os discos intervertebrais
de tecidos para a histologia e das células para a citologia. O corpo Pelve e períneo — sendo aquele a região de transição entre tronco e
humano, como no corpo de todos os animais, consiste de sistemas, que membros inferiores e este a região superficial entre sínfise púbica ecóccix
são formados de órgãos, que são constituídos de tecidos, que por sua vez
são formados de células. Membro inferior — geralmente é tudo que está abaixo do ligamento
inguinal, incluindo a coxa, articulação do quadril, perna e pé.
Os princípios de pesquisa podem ser a anatomia descritiva,
descritiva quando
analisa-se e descreve-se os órgãos baseado nos tecidos biológicos que o Sistemas do corpo humano
compõem ou pode ainda ser adotado o critério da anatomia topográfica , O corpo humano pode ser subdividido, conforme a Terminologia
quando analisa-se e descreve-se os órgãos com base em sua localização Anatômica Internacional (FCAT) em:
no corpo (região corporal).
Patologias do aparelho urogenital. Infecções, doenças sexualmente Esôfago. A porção do trato alimentar chamada esôfago mede cerca de
transmissíveis, tumores e cálculos são as doenças que mais comumente 25cm de comprimento e se estende da extremidade inferior da faringe até
afetam o aparelho urogenital. A invasão do aparelho urinário por agente o estômago. Sua mucosa, semelhante à que recobre a boca e a
infeccioso é denominada infecção urinária. Essa infecção pode ser leve e orofaringe, é constituída de epitélio pavimentoso. A musculatura da porção
assintomática, ou apresentar um quadro grave. A infecção urinária tem superior do esôfago é estriada, enquanto que os dois terços inferiores são
maior incidência em meninas com menos de dois anos e em homens com de musculatura lisa. O esôfago desce verticalmente ao longo da coluna
mais de quarenta anos. No primeiro caso, resulta em geral de vertebral, por trás da traquéia, atravessa o diafragma e chega ao
malformações congênitas e, no segundo, de obstruções provocadas pela estômago. A principal função do esôfago é conduzir os alimentos da boca
próstata. Pode espalhar-se para outros setores das vias urinárias: por esse ao estômago.
mecanismo, a infecção renal (pielonefrite) pode dar infecção na bexiga Estômago. A grande bolsa do tubo digestivo denominada estômago
(cistite). serve como reservatório para o alimento e inicia a fase química da
As doenças sexualmente transmissíveis resultam do contato sexual digestão. Situa-se na parte superior do abdome, do lado esquerdo, logo
com pessoas infectadas. Os cálculos se formam no tecido renal, nos abaixo do diafragma. A forma e posição do estômago se modificam por
cálices ou na pelve renal, de onde podem passar ao ureter e à bexiga. alterações verificadas nele próprio ou nos órgãos vizinhos; variam
Resultam da concreção de elementos cristalinos e amorfos, reunidos por conforme a quantidade de conteúdo gástrico, a fase em que se encontre a
um retículo coloidal. Há cálculos de fosfato de cálcio, fosfato de amônio e digestão e o grau de desenvolvimento e força das paredes musculares e
magnésio, carbonato de cálcio, ácido úrico, oxalatos, xantina e cistina. No do estado dos intestinos que o rodeiam.
ureter, os cálculos provocam obstrução e cólicas. Os cálculos da bexiga Intestinos. A primeira porção dos intestinos é um tubo de sete metros
provêm, na maioria das vezes, dos rins e costumam ser expelidos pela de comprimento (intestino delgado) que se estende do piloro à válvula
uretra. Outras vezes ficam na bexiga e crescem dentro dela. ileocecal e ocupa as partes central e inferior da cavidade abdominal.
Os tumores do aparelho urogenital são classificados em benignos Divide-se, para fins descritivos, em duodeno, jejuno e íleo. O duodeno é a
(cistoadenoma papilar e tumores císticos) e malignos (hipernefromas, parte mais curta e larga do intestino delgado. O jejuno desempenha papel
adenocarcinomas, embrioma renal -- também chamado tumor de Wilms -- preponderante na absorção dos alimentos. O íleo se une ao intestino
e sarcomas). O tratamento é quase sempre cirúrgico, associado ou não à grosso na junção ileocecal, onde um esfíncter atua como válvula,
radioterapia e à quimioterapia. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil impedindo o regresso do material impelido para o intestino grosso.
Publicações Ltda. A digestão e a absorção têm lugar fundamentalmente no intestino
delgado. As pregas circulares retardam a passagem do alimento para que
Aparelho Digestivo os líquidos digestivos possam atuar de maneira mais completa e as
Os fenômenos mecânicos de impulsão e fragmentação de alimentos e vilosidades aumentam a superfície de absorção.
os processos químicos de transformação e absorção dos nutrientes O intestino grosso mede cerca de 1,7m de comprimento e se estende
constituem a digestão, executada por um conjunto de órgãos que, nos da válvula ileocecal ao ânus. Seu calibre, maior que o do intestino delgado,
animais superiores, possui alto nível de organização. chega a seis centímetros ao nível do ceco. Divide-se em quatro partes:
O aparelho digestivo compreende o tubo gastrintestinal e seus órgãos ceco, com o apêndice vermicular, cólon, reto e canal anal.
acessórios: língua, dentes, glândulas salivares, fígado e pâncreas. O tubo Órgãos acessórios. Os principais órgãos acessórios da digestão são o
gastrintestinal ou trato alimentar é um tubo muscular revestido por uma pâncreas, o fígado e a vesícula biliar. O pâncreas é um órgão de
membrana mucosa que se estende dos lábios ao ânus, com sete a oito consistência mole, situado por trás do estômago. Os grupamentos de
metros de comprimento médio no homem adulto. Suas partes denominam- células denominados ilhotas de Langerhans elaboram a secreção interna
se boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso. do órgão, que contém a insulina; esta é absorvida pelo sangue e levada
Cada uma delas tem características próprias e executa funções aos tecidos, onde ajuda a regular o metabolismo da glicose.
particulares.
O fígado é a maior glândula do organismo, pesa de 1,2 a 1,6kg e se
As paredes do tubo gastrintestinal são estruturadas em quatro situa na parte superior direita do abdome. Sua face superior, convexa, se
camadas: a mucosa, a submucosa, a muscular e a serosa. A mucosa é a acomoda sobre a face interior do diafragma; a inferior, côncava, sobre o
camada mais interna do tubo alimentar e consta de três componentes: rim direito, a porção superior do cólon ascendente e o extremo pilórico do
revestimento epitelial, lâmina e músculo. A submucosa constitui-se de estômago.
tecido conjuntivo frouxo, no qual há fibras elásticas e nervosas. A terceira
camada da parede do tubo alimentar compõe-se de feixes de músculos A vesícula biliar, com feitio de pêra, situa-se na face inferior do fígado.
lisos: externamente, de natureza circular; internamente, de natureza Concentra de oito a dez vezes a bile vinda do fígado; regula a pressão
longitudinal. A camada mais externa do tubo gastrintestinal é de natureza dentro das vias biliares graças a sua capacidade de distensão e evacua
seu conteúdo para o duodeno por ação da colecistocinina.
A complexidade anatômica do encéfalo está relacionada com o Os nervos representam a unidade fisiológica fundamental do sistema
enorme número de funções e processos sensitivos por ele regulados. nervoso periférico. Eles se originam nos dois componentes básicos do
Geralmente, observa-se nos peixes um menor desenvolvimento do cérebro sistema nervoso central: o cérebro e a medula espinhal. Os 12 pares de
em benefício dos órgãos olfativos. À medida que se avança na escala nervos cranianos distinguem-se em olfativo, óptico, motor ocular comum,
evolutiva, as dimensões do cérebro aumentam até alcançarem o tamanho patético (ou troclear), trigêmeo, motor ocular externo, facial e intermédio,
Duro e resistente, configurado para suportar o peso dos vertebrados, o Incluídas em tendões ou ligamentos, especialmente na mão e no pé,
osso é uma das mais surpreendentes aquisições evolutivas do reino há ainda peças ósseas denominadas sesamóides. A rótula ou patela,
animal. Seu desenho permite tanto o vôo das aves e a marcha dos situada na espessura do tendão do músculo quadríceps femural, ao nível
bípedes e quadrúpedes em terra firme quanto a conquista dos oceanos do joelho, está nessa categoria. No crânio há ainda peças ósseas
pelos peixes e cetáceos. acessórias, entre as quais as mais conhecidas são os ossos suturais ou
fontanelares, ao longo de articulações ósseas da calota craniana.
Osso é um tecido corporal rígido formado por células imersas num
material intercelular duro e abundante (osseína). Seus dois principais Anatomia comparada. O esqueleto parcial ou totalmente ossificado
componentes -- colágeno e fosfato de cálcio -- distinguem o osso de outros surgiu nos peixes osteíctes (ou teleósteos, a maioria dos peixes
tecidos duros, como a quitina, o esmalte e a cobertura da concha. Os conhecidos). Nos vertebrados inferiores, como os ágnatos (lampreias) e os
ossos têm uma função protetora dos órgãos vitais, vísceras e demais peixes condrictes, o esqueleto é cartilaginoso. À medida que se ascende
partes mais frágeis do corpo, como o cérebro, os pulmões e o coração. na escala evolutiva dos vertebrados observa-se uma complexidade
Atuam também como suporte fundamental para a ação dos músculos -- o crescente no que se refere ao número, estrutura e disposição das peças
que possibilita o movimento dos animais -- e representam uma poderosa ósseas. A fusão dos ossos do crânio ocorre de maneira cada vez mais
reserva de minerais, por meio da qual o sistema endócrino regula o nível perfeita, formando diversas regiões: a etmóide, em torno dos órgãos
de cálcio e fósforo no organismo. olfativos; a orbitária, em que se alojam os globos oculares; a região
auditiva, em torno das cápsulas auditivas; e a occipital.
Características do tecido ósseo. Os diferentes aspectos que o tecido
ósseo apresenta ao exame macroscópico permitem reconhecer que a Uma reestruturação geral da coluna ocorreu nos anfíbios (rãs,
substância óssea -- osseína -- pode ser compacta ou esponjosa, embora salamandras), com o aparecimento dos membros superiores e inferiores,
histologicamente, suas características básicas sejam as mesmas. A de modo a garantir sua ligação com essas novas partes do corpo. Com a
substância óssea compacta dispõe-se em lamelas, predominantemente evolução, a coluna vertebral se diferenciou em várias regiões, cada uma
concêntricas, que formam cilindros cujos canais longitudinais, centrais com características e funções próprias. A locomoção pôde assim se
(canais de Havers), se comunicam por anastomose e são percorridos por realizar de forma mais eficaz, o que resultou no alto grau evolutivo
vasos sangüíneos, que alimentam as células ósseas, e por nervos. A alcançado pelos vertebrados superiores, que conseguiram dominar os
esses sistemas lamelares, considerados unidades funcionais da ambientes marítimo, aéreo e terrestre, graças à variedade de seus tipos
substância óssea compacta, dá-se o nome de sistemas harvesianos ou biológicos. A perfeição do aparelho locomotor se deve, em grande parte, à
osteônios. A substância óssea esponjosa apresenta cavidades de disposição e morfologia das peças que compõem os membros -- asas,
tamanhos variados, intercomunicantes, e não possui sistemas patas, patelas, pernas, mãos e pés --, adaptáveis aos mais variados
harvesianos. habitats. ©Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado O Nefrón e a unidade funcional do Rim
glomerular flui através do ramo ascendente da alça de Henle, uma grande Cada rim contem cerca de um milhão de nefróns, cada um deles
quantidade de íons sódio é bombeada activamente do interior para o capaz de forma urina.O rim não pode regenerar novos nefróns.Portanto
exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenómeno provoca com a lesão renal, doença ou envelhecimento, há um gradual declinio no
um acumulo de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna numero de nefróns. Cada nefrón contém um grupo de capilares
hiperconcentrado. glomerulares chamados glomérulos, pelo qual grandes quantidades de
Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade liquidos são filtrados do sangue, e um longo túbulo, no qual o liquido
de água constantemente flua do interior para o exterior do ramo filtrado é convertido em urina no trajeto para a pelve renal.Os glomérulos
descendente da alça de Henle (este segmento é permeável à água e ao apresentam uma pressão hidrostática alta e todo o glomérulo esta
NaCl) enquanto que, ao mesmo tempo, NaCl flui em sentido contrário, no envolvido pela cápsula de Bowman.O liquido filtrado dos capilares
mesmo ramo. glomérulares flui para o interior da cápsula de Bowman e dai para o interior
do túbulo proximal. A partir do túbulo proximal, o liquido flui para a alça de
Portanto, o seguinte fluxo de íons e de água se verifica através da Henle, a qual mergulha no interior da medula renal.Cada alça consiste em
parede da alça de Henle: No ramo descendente da alça de Henle flui, por um ramo ascendente e um descendente.No final do segmento espesso do
difusão simples, NaCl do exterior para o interior da alça, enquanto que a ramo ascendente esta um segmento curto, que na realidade é uma placa
água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da na parede do túbulo chamada de mácula densa.A mácula densa tem um
alça). papel importante na função do néfron.Depois da mácula densa o entra no
No ramo ascendente da alça de Henle flui, por transporte ativo, NaCl liquido túbulo distal, que como o túbulo proximal, situa-se no córtex
do interior para o exterior da alça. renal.Este é seguido pelo túbulo conector e o túbulo coletor cortical, que
leva ao ao ductor coletor cortical.Os ductor coletores se unem para forma
Túbulo Contornado Distal ductos progressivamente maiores que se esvaziam na pelve renal atraves
das papilas renais. A principal função do sisitema urinário é produzir e
Neste segmento ocorre um bombeamento constante de íons sódio do eliminar a urina do corpo, o rim tem 12 cm de comprimento, cor vermelho-
interior para o exterior do túbulo. Tal bombeamento se deve a uma bomba escuro, a quantidade de urina eliminada por dia é de 1L a 1,5L Wikipédia
de sódio e potássio que, ao mesmo tempo em que transporta activamente
sódio do interior para o exterior do túbulo, faz o contrário com íons Microbiologia
potássio. Esta bomba de sódio e potássio é mais eficiente ao sódio do que
ao potássio, de maneira que bombeia muito mais sódio do interior para o A vida humana está intimamente relacionada com os microrganismos,
exterior do túbulo do que o faz com relação ao potássio em sentido abundantes no solo, no mar e no ar. Invisíveis a olho nu, esses seres
contrário. O transporte de íons sódio do interior para o exterior do túbulo oferecem fartas evidências de sua existência -- muitas vezes de forma
atrai íons cloreto (por atracão iónica). Sódio com cloreto formam sal que, desfavorável, quando deterioram objetos valorizados pelo homem e
por sua vez, atrai água. Portanto, no túbulo contornado distal do néfron, provocam doenças, ou benéfica, quando fermentam álcool para a
observamos um fluxo de sal e água do Lumen tubular para o interstício fabricação de vinho e cerveja, levedam o pão e produzem os derivados do
circunvizinho. leite. De incalculável valor na natureza, os microrganismos também
decompõem restos vegetais e animais para transformá-los em gases e
A quantidade de sal + água reabsorvidos no túbulo distal depende elementos minerais recicláveis por outros organismos.
bastante do nível plasmático do hormônio aldosterona, secretado pelas
glândulas supra-renais. Quanto maior for o nível de aldosterona, maior Microbiologia é a ciência que estuda os microrganismos, seres vivos
será a reabsorção de NaCl + H2O e maior também será a excreção de de tamanho microscópico que pertencem a classes e reinos diversos e
potássio. entre os quais estão os protozoários, as algas microscópicas, os vírus, as
bactérias e os fungos. Pela dificuldade em classificá-los como plantas ou
O transporte de água, acompanhando o sal, depende também de um animais, os microrganismos são às vezes agrupados separadamente como
outro hormônio: ADH (hormônio antidiurético), secretado pela neuro- protistas, seres de vida primitiva. A microbiologia pode ser dividida em
hipófise. Na presença do ADH a membrana do túbulo distal se torna disciplinas específicas: a bacteriologia, que se ocupa do estudo das
bastante permeável à água, possibilitando sua reabsorção. Já na sua bactérias; a virologia, que pesquisa os vírus e rickéttsias; e a
ausência, uma quantidade muito pequena de água acompanha o sal, protozoologia, que estuda os protozoários, as algas e os fungos. De outro
devido a uma acentuada redução na permeabilidade à mesma neste ponto de vista, pode ser classificada em teórica, ou pura, e prática, ou
segmento. aplicada. A microbiologia aplicada divide-se ainda, de acordo com as
Ducto Colector especialidades, em médica, industrial, agrícola e alimentar.
Neste segmento ocorre também reabsorção de NaCl acompanhado de Interesse biológico. Muitas bactérias e vírus produzem graves doenças
água, como ocorre no túbulo contornado distal. Da mesma forma como no nos animais, em especial nos seres humanos, como cólera, peste, difteria,
segmento anterior, a reabsorção de sal depende muito do nível do tifo, sífilis, tuberculose etc. Os vírus causam poliomielite, herpes e
hormônio aldosterona e a reabsorção de água depende do nível do ADH. hidrofobia (raiva), entre outras doenças. Mas há bactérias que interferem
Responsável por coletar, concentrar e transportar a Urina. O Ductor de forma positiva em sistemas essenciais à sobrevivência humana. Elas
colector não faz parte do Nefron. estão envolvidas, por exemplo, em processos industriais como a
fermentação alcoólica e a do leite, além da produção de antibióticos e
Com um campo tão abrangente, a farmacologia comporta divisões e A maior descoberta da farmacologia, senão da medicina, no século
subdivisões. Seus ramos principais são: (1) farmácia, que trata da XX, foi a dos antibióticos, substâncias elaboradas por organismos vivos e
obtenção, preparação, conservação e padronização dos medicamentos; utilizadas com o fim de destruir ou impedir o desenvolvimento de outros
(2) farmacognosia, identificação dos princípios ativos naturais dos seres vivos de ação patogênica. Coube ao britânico Alexander Fleming,
medicamentos de origem vegetal e animal; (3) toxicologia, que estuda os em 1928, fazer as primeiras observações que levariam à descoberta da
agentes tóxicos e venenos, seus efeitos e mecanismos de ação sobre os penicilina. Atualmente, é grande a quantidade de antibióticos de eficácia
organismos vivos e desempenha papel importante no terreno médico-legal comprovada, mas as pesquisas continuam, em função das situações
e na medicina do trabalho; (4) farmacodinâmica, estudo das ações, dos novas que surgem. Inúmeras outras descobertas e sínteses vêm sendo
efeitos e do destino dos medicamentos no organismo vivo; (5) posologia, feitas nesse campo. Imensamente enriquecida, a farmacologia atual
que estuda as doses dos medicamentos; (6) quimioterapia, utilização de constitui matéria básica e indispensável do currículo médico-científico.
agentes químicos no tratamento de doenças; e (7) terapêutica, que no Preparação de medicamentos. Todo processo de preparação,
sentido mais amplo é o emprego de diferentes técnicas no combate às administração e eliminação de um medicamento deve considerar desde as
doenças. perspectivas nutricionais e funcionais até as de higiene. Há medicamentos
Histórico. O homem sempre procurou, com oferendas, sacrifícios e constituídos de substâncias que não são compostos químicos definidos
invocações, acalmar a ira das divindades e delas obter complacência, (pomadas, loções, tinturas, extratos etc.) e outros com fórmula e estrutura
alívio e cura de seus males. Ao mesmo tempo, porém, tentou encontrar na químicas estabelecidas com precisão.
natureza recursos para afastar as doenças e minorar ou anular seus Os princípios ativos de um medicamento têm diferentes origens.
efeitos maléficos. Receitas para o preparo de medicamentos aparecem Predominam, no entanto, entre as muitas substâncias utilizadas, as
numa placa de argila com cerca de cinco mil anos, encontrada em vegetais (alcalóides, glicosídeos etc.) e as elaboradas por microrganismos
escavações realizadas na Suméria. É o documento farmacológico mais e fungos (antibióticos). Independentemente de sua origem, os diferentes
antigo que se conhece. O papiro de Ebers (de 1500 a.C.) contém uma lista processos de preparação e teste dos medicamentos têm uma série de
de medicamentos, entre os quais alguns com propriedades reconhecidas etapas comuns. Inicialmente, isola-se um princípio ativo ou sintetiza-se
na atualidade, como o ferro, usado para combater anemias. Também entre uma molécula que possa exercer algum tipo de ação terapêutica. Em
babilônios e assírios, chineses, indianos, povos incas e pré-incaicos era seguida, se procede à realização de uma série de testes de segurança
comum a utilização de plantas com fins curativos. para analisar possíveis ações tóxicas e efeitos colaterais nocivos, além de
A medicina européia caracterizou-se, até o século XVI, por grande conseqüências negativas que a administração do medicamento possa
apego às doutrinas dos clássicos gregos, sobretudo as de Galeno, aceitas acarretar ao feto em caso de gravidez. Todos esses exames constam da
como absolutas por mais de um milênio. Galeno acreditava que a cura fase de experimentação em animais de laboratório e, uma vez confirmada
dependia da associação de muitos medicamentos, pois se supunha que as sua inocuidade, segue-se uma segunda fase em pacientes, que constitui a
doenças atingiam sempre mais de um órgão ao mesmo tempo. O primeiro disciplina conhecida como farmacologia clínica.
a combater o galenismo foi Paracelso, que no século XVI adotou novos Uma vez introduzido no organismo, o medicamento atua interligando
medicamentos e preconizou o emprego do medicamento único, de acordo alguns átomos e moléculas que fazem parte de sua composição com
com a norma contraria contrariis curantur (os contrários se curam pelos células do corpo, denominadas receptoras. Como conseqüência da
contrários), contra a causa produtora da doença. Paracelso combateu interligação, desencadeia-se um efeito curativo. O grau dessa ação é,
também veementemente a escola árabe, principalmente representada na então, quantificado com precisão, mediante análises e avaliações. Nesse
O primeiro registro histórico que menciona os fármacos foi o Papiro de Substância tóxica – capaz de causar danos, de tal ordem
Smith egípcio, datado de 1600 a.C. Existe também o Papiro de Ebers de intensos, que a vida pode ser posta em risco – Morte ou sequelas
1550 a.C que relata a forma de preparo e uso cerca de 700 remédios.[2] persistentes. p.ex: cianeto, organofosforados.
Destino dos fármacos no organismo Formas farmacêuticas – preparação farmacêutica, com o princípio
ativo com outras substâncias, excipientes e adjuvantes entre outros.
Qualquer substância que atue no organismo vivo pode ser absorvida p.ex: comprimidos, cápsulas, elixires, óvulos, xaropes, supositórios.
por este, distribuída pelos diferentes órgãos, sistemas ou espaços
corporais, modificada por processos químicos e finalmente eliminada. A Excipiente
Excipiente – farmacologicamente inativo – p.ex: propilenoglicol,
farmacologia estuda estes processos e a interação dos fármacos com o Silicato de magnésio hidratado, sorbitol, vaselina.
homem e com os animais, os quais se denominam: Adjuvante – permite absorção mais fácil ou facilita ação.
Absorção - Para chegar na circulação sanguínea o fármaco deve Especialidade farmacêutica – medicamentos fabricados
passar por alguma barreira dada pela via de administração, que pode ser: industrialmente e introduzidos no mercado com denominações e
cutânea, subcutânea, respiratória, oral, retal, muscular. Ou pode ser acondicionamentos próprios – Autorização de Introdução Mercado
inoculada diretamente na circulação pela via intravenosa, sendo que neste (AIM)
caso não ocorre absorção, pois não transpassa nenhuma barreira, caindo
diretamente na circulação. A absorção (nos casos que existe barreira) do Fórmulas magistrais – preparados na farmácia de manipulação
fármaco, é como já foi citado anteriormente, fundamental para seu efeito no por farmacêutico, destinado a um paciente específico.
organismo. Posologia - Como os medicamentos devem ser dosados.
A maioria dos fármacos é absorvida no intestino, e poucos fármacos no Divisões da farmacologia
estômago, os fármacos são melhor absorvidos quando estiverem em sua
forma não ionizada, então os fármacos que são ácidos fracos serão Farmacologia Geral: estuda os conceitos básicos e comuns a todos os
absorvidos melhor no estômago que tem pH ácido, Exemplo(Àcido Acetil grupos de drogas.
Salicilico), já os fármacos que são bases fracas, serão absorvidos
Farmacologia Especial: estuda as drogas em grupos que apresentam
principlamente no intestino, sendo que esse tem um pH mais básico que o
ações farmacológicas semelhantes. Ex.: farmacologia das drogas
do estômago. Os fármacos na forma de comprimido, passam por diversas
autonômicas (que atuam no SNC).
fases de quebra, até ficarem na forma de pó e assim serem solubilizados e
absorvidos, já os fármacos em soluções, não necessitam sofrer todo esse Farmacognosia: diz respeito à origem, métodos de conservação,
processo, pois já estão na forma solúvel, e podem ser rapidamente identificação e análise química dos fármacos de origem vegetal e animal
absorvidos. A seguir uma ordem de tempo de absorção, para várias formas
farmacêuticas: Comprimido>Cápsula>Suspensão>Solução. Farmácia: trata da preparação dos medicamentos nas suas diferentes
formas farmacêuticas (compridos, cápsulas, supositórios, etc.), da sua
Distribuição - Uma vez na corrente sanguínea o fármaco, por suas conservação e análise
características de tamanho e peso molecular, carga elétrica, pH,
solubilidade, capacidade de união a proteínas se distribui pelos distintos Farmacodinâmica: trata das acções farmacológicas e dos mecanismos
compartimentos corporais. pelos quais os fármacos actuam (em resumo, daquilo que os fármacos
fazem ao organismo)
Metabolismo ou Biotransformação - Muitos fármacos são
transformados no organismo por ação enzimática. Essa Farmacocinética: diz respeito aos processos de absorção, disitribuição,
transformação pode consistir em degradação (oxidação, redução, biotransformação (e interacções) e excreção dos fármacos (em resumo,
hidrólise), ou em síntese de novas substâncias como parte de uma daquilo que o organismo faz aos fármacos)
nova molécula (conjugação). O resultado do metabolismo pode ser a Farmacogenética: área em crescimento explosivo, que trata das
inativação completa ou parcial dos efeitos do fármaco ou pode ativar a questões resultantes da influência da constituição genética nas acções, na
droga como nas "pródrogas" p.ex: sulfas. Ainda mudanças nos efeitos biotransformação e na excreção dos fármacos e, inversamente, das
farmacológicos dependendo da substância metabolizada. Alguns
fatores alteram a velocidade da biotransformação, tais como,
Remédio (re = novamente; medior = curar): substância animal, vegetal, Bioequivalência - é a equivalência farmacêutica entre dois produtos, ou
mineral ou sintética; procedimento (ginástica, massagem, acupuntura, seja, dois produtos são bioequivalentes quando possuem os mesmos
banhos); fé ou crença; influência: usados com intenção benéfica. princípios ativos, dose e via de administração, e apresentam estatistica-
mente a mesma potência.
Placebo (placeo = agradar): tudo o que é feito com intenção benéfica para
aliviar o sofrimento: fármaco/medicamento/droga/remédio (em concentra- Distribuição - é a passagem de um fármaco da corrente sangüínea para os
ção pequena ou mesmo na sua ausência), a figura do médico (feiticeiro). tecidos. A distribuição é afetada por fatores fisiológicos e pelas proprieda-
des físico-químicas da substância. Os fármacos pouco lipossolúveis, por
Nocebo:
Nocebo efeito placebo negativo. O "medicamento" piora a saúde. exemplo, possuem baixa capacidade de permear membranas biológicas,
sofrendo assim restrições em sua distribuição. Já as substâncias muito
Divisões da farmacologia lipossolúveis podem se acumular em regiões de tecido adiposo, prolongan-
do a permanência do fármaco no organismo. Além disso, a ligação às
Farmacodinâmica:
Farmacodinâmica mecanismo de ação. proteínas plasmáticas pode alterar a distribuição do fármaco, pois pode
limitar o acesso a locais de ação intracelular.
Farmacocinética:
Farmacocinética destino do fármaco.
Biotransformação ou metabolismo - é a transformação do fármaco em
Farmacologia
Farmacologia pré-
pré-clínica:
clínica eficácia e RAM do fármaco nos animais (mamífe- outra(s) substância(s), por meio de alterações químicas, geralmente sob
ros). ação de enzimas inespecíficas. A biotransformação ocorre principalmente
no fígado, nos rins, nos pulmões e no tecido nervoso.
Farmacologia clínica:
clínica eficácia e RAM do fármaco no homem (voluntário Entre os fatores que podem influenciar o metabolismo dos fármacos estão
sadio; voluntário doente). as características da espécie animal, a idade, a raça e fatores genéticos,
além da indução e da inibição enzimáticas.
Farmacognosia (gnósis = conhecimento): estudo das substâncias ativas
animais, vegetais e minerais no estado natural e sua fontes. Indução enzimática - é uma elevação dos níveis de enzimas (como o
complexo Citocromo P450) ou da velocidade dos processos enzimáticos,
Farmacoterapia (assistência farmacêutica): orientação do uso racional de resultantes em um metabolismo acelerado do fármaco.
medicamentos. Alguns fármacos têm a capacidade de aumentar a produção de enzimas ou
de aumentar a velocidade de reação das enzimas. Como exemplo, pode-
Fitoterapia:
Fitoterapia uso de fármacos vegetais (plantas medicinais). mos citar o Fenobarbital, um potente indutor que acelera o metabolismo de
outro fármacos quanto estes são administrados concomitantemente.
Farmacotécnica:
Farmacotécnica arte do preparo e conservação do medicamento em for-
mas farmacêuticas. Inibição enzimática - caracteriza-se por uma queda na velocidade de bio-
transformação, resultando em efeitos farmacológicos prolongados e maior
Farmacoepidemiologia:
Farmacoepidemiologia estudo das RAM, do risco/benefício e custo dos incidência de efeitos tóxicos do fármaco. Esta inibição em geral é competiti-
medicamentos numa população. va. Pode ocorrer, por exemplo, entre duas ou mais drogas competindo pelo
sítio ativo de uma mesma enzima.
Farmacovigilância:
Farmacovigilância detecção de RAM, validade, concentração, apresenta-
ção, eficácia farmacológica, industrialização, comercialização, custo, con- Metabólito - é o produto da reação de biotransformação de um fármaco. Os
trole de qualidade de medicamentos já aprovados e licenciados pelo Minis- metabólitos possuem propriedades diferentes das drogas originais. Geral-
tério da Saúde. mente, apresentam atividade farmacológica reduzida e são compostos mais
hidrofílicos, portanto, mais facilmente eliminados. Em alguns casos, podem
Farmacocinética - é o estudo da velocidade com que os fármacos atingem apresentar alta atividade biológica ou propriedades tóxicas.
o sítio de ação e são eliminados do organismo, bem como dos diferentes
fatores que influenciam na quantidade de fármaco a atingir o seu sítio. Excreção ou eliminação - é a retirada do fármaco do organismo, seja na
Basicamente, estuda os processos metabólicos de absorção, distribuição, forma inalterada ou na de metabólitos ativos e/ou inativos. A eliminação
biotransformação e eliminação das drogas. ocorre por diferentes vias e varia conforme as características físico-
químicas da substância a ser excretada.
Absorção - é a passagem do fármaco do local em que foi administrado para
a circulação sistêmica. Constitui-se do transporte da substância através das Meia-
Meia-vida - a meia-vida (T1/2) é o tempo necessário para que a concentra-
membranas biológicas. Tratando-se da via de administração intavenosa,
Conceito de Prontuário - É o conjunto de documentos escritos relati- Para a equipe de saúde: independente de ser objeto permanente de infor-
vos a determinada pessoa ou fato. mações, permite a enfermagem condições de ter o plano de cuidados
atualizados.
§ 5o A assistência referida no § 4o deste artigo deverá ser também VI - participar da vida política, na forma da lei;
prestada a gestantes ou mães que manifestem interesse em entregar seus VII - buscar refúgio, auxílio e orientação.
filhos para adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 17. O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade
Art. 9º O poder público, as instituições e os empregadores propiciarão física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preser-
condições adequadas ao aleitamento materno, inclusive aos filhos de mães vação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e
submetidas a medida privativa de liberdade. crenças, dos espaços e objetos pessoais.
Art. 10. Os hospitais e demais estabelecimentos de atenção à saúde de Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adoles-
gestantes, públicos e particulares, são obrigados a: cente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterro-
I - manter registro das atividades desenvolvidas, através de prontuários rizante, vexatório ou constrangedor.
individuais, pelo prazo de dezoito anos; Capítulo III
II - identificar o recém-nascido mediante o registro de sua impressão Do Direito à Convivência Familiar e Comunitária
plantar e digital e da impressão digital da mãe, sem prejuízo de outras
formas normatizadas pela autoridade administrativa competente; Seção I
V - manter alojamento conjunto, possibilitando ao neonato a perma- § 1o Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de
nência junto à mãe. acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máxi-
mo, a cada 6 (seis) meses, devendo a autoridade judiciária competente,
Art. 11. É assegurado atendimento integral à saúde da criança e do com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisci-
adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, garantido o aces- plinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração
so universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e familiar ou colocação em família substituta, em quaisquer das modalidades
recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 11.185, de 2005) previstas no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigên-
§ 1º A criança e o adolescente portadores de deficiência receberão a- cia
tendimento especializado. § 2o A permanência da criança e do adolescente em programa de aco-
§ 2º Incumbe ao poder público fornecer gratuitamente àqueles que ne- lhimento institucional não se prolongará por mais de 2 (dois) anos, salvo
cessitarem os medicamentos, próteses e outros recursos relativos ao comprovada necessidade que atenda ao seu superior interesse, devida-
tratamento, habilitação ou reabilitação.
Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos Art. 29. Não se deferirá colocação em família substituta a pessoa que
pais ou qualquer deles e seus descendentes. revele, por qualquer modo, incompatibilidade com a natureza da medida ou
não ofereça ambiente familiar adequado.
Parágrafo único. Entende-se por família extensa ou ampliada aquela
que se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, Art. 30. A colocação em família substituta não admitirá transferência da
formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente criança ou adolescente a terceiros ou a entidades governamentais ou não-
convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade. (Incluído pela Lei nº governamentais, sem autorização judicial.
12.010, de 2009) Vigência Art. 31. A colocação em família substituta estrangeira constitui medida
Art. 26. Os filhos havidos fora do casamento poderão ser reconhecidos excepcional, somente admissível na modalidade de adoção.
pelos pais, conjunta ou separadamente, no próprio termo de nascimento, Art. 32. Ao assumir a guarda ou a tutela, o responsável prestará com-
por testamento, mediante escritura ou outro documento público, qualquer promisso de bem e fielmente desempenhar o encargo, mediante termo nos
que seja a origem da filiação. autos.
Parágrafo único. O reconhecimento pode preceder o nascimento do fi- Subseção II
lho ou suceder-lhe ao falecimento, se deixar descendentes.
Da Guarda
Guarda
Art. 27. O reconhecimento do estado de filiação é direito personalíssi-
mo, indisponível e imprescritível, podendo ser exercitado contra os pais ou Art. 33. A guarda obriga a prestação de assistência material, moral e
seus herdeiros, sem qualquer restrição, observado o segredo de Justiça. educacional à criança ou adolescente, conferindo a seu detentor o direito
de opor-se a terceiros, inclusive aos pais. (Vide Lei nº 12.010, de 2009)
Seção III Vigência
Da Família Substituta § 1º A guarda destina-se a regularizar a posse de fato, podendo ser de-
Subseção I ferida, liminar ou incidentalmente, nos procedimentos de tutela e adoção,
exceto no de adoção por estrangeiros.
Disposições Gerais
§ 2º Excepcionalmente, deferir-se-á a guarda, fora dos casos de tutela
Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante guarda, tu- e adoção, para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos
tela ou adoção, independentemente da situação jurídica da criança ou pais ou responsável, podendo ser deferido o direito de representação para
adolescente, nos termos desta Lei. a prática de atos determinados.
§ 1o Sempre que possível, a criança ou o adolescente será previamen- § 3º A guarda confere à criança ou adolescente a condição de depen-
te ouvido por equipe interprofissional, respeitado seu estágio de desenvol- dente, para todos os fins e efeitos de direito, inclusive previdenciários.
vimento e grau de compreensão sobre as implicações da medida, e terá
sua opinião devidamente considerada. (Redação dada pela Lei nº 12.010, § 4o Salvo expressa e fundamentada determinação em contrário, da
de 2009) Vigência autoridade judiciária competente, ou quando a medida for aplicada em
preparação para adoção, o deferimento da guarda de criança ou adolescen-
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te a terceiros não impede o exercício do direito de visitas pelos pais, assim Art. 42. Podem adotar os maiores de 18 (dezoito) anos, independente-
como o dever de prestar alimentos, que serão objeto de regulamentação mente do estado civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
específica, a pedido do interessado ou do Ministério Público. (Incluído pela
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 1º Não podem adotar os ascendentes e os irmãos do adotando.
Art. 34. O poder público estimulará, por meio de assistência jurídica, in- § 2o Para adoção conjunta, é indispensável que os adotantes sejam
centivos fiscais e subsídios, o acolhimento, sob a forma de guarda, de casados civilmente ou mantenham união estável, comprovada a estabilida-
criança ou adolescente afastado do convívio familiar. (Redação dada pela de da família. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 3º O adotante há de ser, pelo menos, dezesseis anos mais velho do
§ 1o A inclusão da criança ou adolescente em programas de acolhi- que o adotando.
mento familiar terá preferência a seu acolhimento institucional, observado, § 4o Os divorciados, os judicialmente separados e os ex-companheiros
em qualquer caso, o caráter temporário e excepcional da medida, nos podem adotar conjuntamente, contanto que acordem sobre a guarda e o
termos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) regime de visitas e desde que o estágio de convivência tenha sido iniciado
§ 2o Na hipótese do § 1o deste artigo a pessoa ou casal cadastrado no na constância do período de convivência e que seja comprovada a existên-
programa de acolhimento familiar poderá receber a criança ou adolescente cia de vínculos de afinidade e afetividade com aquele não detentor da
mediante guarda, observado o disposto nos arts. 28 a 33 desta Lei. (Incluí- guarda, que justifiquem a excepcionalidade da concessão. (Redação dada
do pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 35. A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo, mediante ato § 5o Nos casos do § 4o deste artigo, desde que demonstrado efetivo
judicial fundamentado, ouvido o Ministério Público. benefício ao adotando, será assegurada a guarda compartilhada, conforme
previsto no art. 1.584 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Subseção III Civil. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Da Tutela § 6o A adoção poderá ser deferida ao adotante que, após inequívoca
manifestação de vontade, vier a falecer no curso do procedimento, antes de
Art. 36. A tutela será deferida, nos termos da lei civil, a pessoa de até prolatada a sentença.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
18 (dezoito) anos incompletos. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência Art. 43. A adoção será deferida quando apresentar reais vantagens pa-
ra o adotando e fundar-se em motivos legítimos.
Parágrafo único. O deferimento da tutela pressupõe a prévia decreta-
ção da perda ou suspensão do pátrio poder poder familiar e implica neces- Art. 44. Enquanto não der conta de sua administração e saldar o seu
sariamente o dever de guarda. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, alcance, não pode o tutor ou o curador adotar o pupilo ou o curatelado.
de 2009) Vigência
Art. 45. A adoção depende do consentimento dos pais ou do represen-
Art. 37. O tutor nomeado por testamento ou qualquer documento autên- tante legal do adotando.
tico, conforme previsto no parágrafo único do art. 1.729 da Lei no 10.406,
de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, deverá, no prazo de 30 (trinta) dias § 1º. O consentimento será dispensado em relação à criança ou ado-
após a abertura da sucessão, ingressar com pedido destinado ao controle lescente cujos pais sejam desconhecidos ou tenham sido destituídos do
judicial do ato, observando o procedimento previsto nos arts. 165 a 170 pátrio poder poder familiar. (Expressão substituída pela Lei nº 12.010, de
desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2009) Vigência
Parágrafo único. Na apreciação do pedido, serão observados os requi- § 2º. Em se tratando de adotando maior de doze anos de idade, será
sitos previstos nos arts. 28 e 29 desta Lei, somente sendo deferida a tutela também necessário o seu consentimento.
à pessoa indicada na disposição de última vontade, se restar comprovado Art. 46. A adoção será precedida de estágio de convivência com a cri-
que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe outra pessoa em ança ou adolescente, pelo prazo que a autoridade judiciária fixar, observa-
melhores condições de assumi-la. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de das as peculiaridades do caso.
2009) Vigência
§ 1o O estágio de convivência poderá ser dispensado se o adotando já
Art. 38. Aplica-se à destituição da tutela o disposto no art. 24. estiver sob a tutela ou guarda legal do adotante durante tempo suficiente
Subseção IV para que seja possível avaliar a conveniência da constituição do vínculo.
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Da Adoção
§ 2o A simples guarda de fato não autoriza, por si só, a dispensa da re-
Art. 39. A adoção de criança e de adolescente reger-se-á segundo o alização do estágio de convivência. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de
disposto nesta Lei. 2009) Vigência
§ 1o A adoção é medida excepcional e irrevogável, à qual se deve re- § 3o Em caso de adoção por pessoa ou casal residente ou domiciliado
correr apenas quando esgotados os recursos de manutenção da criança ou fora do País, o estágio de convivência, cumprido no território nacional, será
adolescente na família natural ou extensa, na forma do parágrafo único do de, no mínimo, 30 (trinta) dias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vi-
art. 25 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência gência
§ 2o É vedada a adoção por procuração. (Incluído pela Lei nº 12.010, § 4o O estágio de convivência será acompanhado pela equipe interpro-
de 2009) Vigência fissional a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente
com apoio dos técnicos responsáveis pela execução da política de garantia
Art. 40. O adotando deve contar com, no máximo, dezoito anos à data do direito à convivência familiar, que apresentarão relatório minucioso
do pedido, salvo se já estiver sob a guarda ou tutela dos adotantes. acerca da conveniência do deferimento da medida. (Incluído pela Lei nº
Art. 41. A adoção atribui a condição de filho ao adotado, com os mes- 12.010, de 2009) Vigência
mos direitos e deveres, inclusive sucessórios, desligando-o de qualquer Art. 47. O vínculo da adoção constitui-se por sentença judicial, que será
vínculo com pais e parentes, salvo os impedimentos matrimoniais. inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certi-
§ 1º Se um dos cônjuges ou concubinos adota o filho do outro, man- dão.
têm-se os vínculos de filiação entre o adotado e o cônjuge ou concubino do § 1º A inscrição consignará o nome dos adotantes como pais, bem co-
adotante e os respectivos parentes. mo o nome de seus ascendentes.
§ 2º É recíproco o direito sucessório entre o adotado, seus descenden- § 2º O mandado judicial, que será arquivado, cancelará o registro origi-
tes, o adotante, seus ascendentes, descendentes e colaterais até o 4º grau, nal do adotado.
observada a ordem de vocação hereditária.
§ 2º Não será deferida a inscrição se o interessado não satisfazer os § 14. Nas hipóteses previstas no § 13 deste artigo, o candidato deverá
requisitos legais, ou verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 29. comprovar, no curso do procedimento, que preenche os requisitos necessá-
rios à adoção, conforme previsto nesta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
§ 3o A inscrição de postulantes à adoção será precedida de um período 2009) Vigência
de preparação psicossocial e jurídica, orientado pela equipe técnica da
Justiça da Infância e da Juventude, preferencialmente com apoio dos Art. 51. Considera-se adoção internacional aquela na qual a pessoa ou
técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia do casal postulante é residente ou domiciliado fora do Brasil, conforme previsto
direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigên- no Artigo 2 da Convenção de Haia, de 29 de maio de 1993, Relativa à
cia Proteção das Crianças e à Cooperação em Matéria de Adoção Internacio-
nal, aprovada pelo Decreto Legislativo no 1, de 14 de janeiro de 1999, e
§ 4o Sempre que possível e recomendável, a preparação referida no § promulgada pelo Decreto no 3.087, de 21 de junho de 1999. (Redação dada
3o deste artigo incluirá o contato com crianças e adolescentes em acolhi- pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
mento familiar ou institucional em condições de serem adotados, a ser
realizado sob a orientação, supervisão e avaliação da equipe técnica da § 1o A adoção internacional de criança ou adolescente brasileiro ou
Justiça da Infância e da Juventude, com apoio dos técnicos responsáveis domiciliado no Brasil somente terá lugar quando restar comprovado: (Reda-
pelo programa de acolhimento e pela execução da política municipal de ção dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
garantia do direito à convivência familiar. (Incluído pela Lei nº 12.010, de I - que a colocação em família substituta é a solução adequada ao caso
2009) Vigência concreto; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 5o Serão criados e implementados cadastros estaduais e nacional de II - que foram esgotadas todas as possibilidades de colocação da cri-
crianças e adolescentes em condições de serem adotados e de pessoas ou ança ou adolescente em família substituta brasileira, após consulta aos
casais habilitados à adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência cadastros mencionados no art. 50 desta Lei; (Incluída pela Lei nº 12.010, de
§ 6o Haverá cadastros distintos para pessoas ou casais residentes fora 2009) Vigência
do País, que somente serão consultados na inexistência de postulantes III - que, em se tratando de adoção de adolescente, este foi consultado,
nacionais habilitados nos cadastros mencionados no § 5o deste artigo. por meios adequados ao seu estágio de desenvolvimento, e que se encon-
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência tra preparado para a medida, mediante parecer elaborado por equipe
§ 7o As autoridades estaduais e federais em matéria de adoção terão interprofissional, observado o disposto nos §§ 1o e 2o do art. 28 desta Lei.
acesso integral aos cadastros, incumbindo-lhes a troca de informações e a (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
cooperação mútua, para melhoria do sistema. (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
§ 1o Se a legislação do país de acolhida assim o autorizar, admite-se § 7o A renovação do credenciamento poderá ser concedida mediante
que os pedidos de habilitação à adoção internacional sejam intermediados requerimento protocolado na Autoridade Central Federal Brasileira nos 60
por organismos credenciados. (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigên- (sessenta) dias anteriores ao término do respectivo prazo de validade.
cia (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o Incumbe à Autoridade Central Federal Brasileira o credenciamento § 8o Antes de transitada em julgado a decisão que concedeu a adoção
de organismos nacionais e estrangeiros encarregados de intermediar internacional, não será permitida a saída do adotando do território nacional.
pedidos de habilitação à adoção internacional, com posterior comunicação (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
às Autoridades Centrais Estaduais e publicação nos órgãos oficiais de § 9o Transitada em julgado a decisão, a autoridade judiciária determi-
imprensa e em sítio próprio da internet. (Incluído pela Lei nº 12.010, de nará a expedição de alvará com autorização de viagem, bem como para
2009) Vigência obtenção de passaporte, constando, obrigatoriamente, as características da
§ 3o Somente será admissível o credenciamento de organismos que: criança ou adolescente adotado, como idade, cor, sexo, eventuais sinais ou
(Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência traços peculiares, assim como foto recente e a aposição da impressão
digital do seu polegar direito, instruindo o documento com cópia autenticada
I - sejam oriundos de países que ratificaram a Convenção de Haia e es- da decisão e certidão de trânsito em julgado. (Incluído pela Lei nº 12.010,
tejam devidamente credenciados pela Autoridade Central do país onde de 2009) Vigência
estiverem sediados e no país de acolhida do adotando para atuar em
adoção internacional no Brasil; (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vi- § 10. A Autoridade Central Federal Brasileira poderá, a qualquer mo-
gência mento, solicitar informações sobre a situação das crianças e adolescentes
adotados. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o Na hipótese de não reconhecimento da adoção, prevista no § 1o Art. 57. O poder público estimulará pesquisas, experiências e novas
deste artigo, o Ministério Público deverá imediatamente requerer o que for propostas relativas a calendário, seriação, currículo, metodologia, didática e
de direito para resguardar os interesses da criança ou do adolescente, avaliação, com vistas à inserção de crianças e adolescentes excluídos do
comunicando-se as providências à Autoridade Central Estadual, que fará a ensino fundamental obrigatório.
comunicação à Autoridade Central Federal Brasileira e à Autoridade Central Art. 58. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais,
do país de origem. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescen-
Art. 52-D. Nas adoções internacionais, quando o Brasil for o país de te, garantindo-se a estes a liberdade da criação e o acesso às fontes de
acolhida e a adoção não tenha sido deferida no país de origem porque a cultura.
sua legislação a delega ao país de acolhida, ou, ainda, na hipótese de, Art. 59. Os municípios, com apoio dos estados e da União, estimularão
mesmo com decisão, a criança ou o adolescente ser oriundo de país que e facilitarão a destinação de recursos e espaços para programações cultu-
não tenha aderido à Convenção referida, o processo de adoção seguirá as rais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude.
regras da adoção nacional. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Capítulo V
a) não ofereça instalações físicas em condições adequadas de habita- Art. 93. As entidades que mantenham programa de acolhimento institu-
bilidade, higiene, salubridade e segurança; cional poderão, em caráter excepcional e de urgência, acolher crianças e
adolescentes sem prévia determinação da autoridade competente, fazendo
b) não apresente plano de trabalho compatível com os princípios desta comunicação do fato em até 24 (vinte e quatro) horas ao Juiz da Infância e
Lei; da Juventude, sob pena de responsabilidade. (Redação dada pela Lei nº
c) esteja irregularmente constituída; 12.010, de 2009) Vigência
d) tenha em seus quadros pessoas inidôneas. Parágrafo único. Recebida a comunicação, a autoridade judiciária, ou-
vido o Ministério Público e se necessário com o apoio do Conselho Tutelar
e) não se adequar ou deixar de cumprir as resoluções e deliberações local, tomará as medidas necessárias para promover a imediata reintegra-
relativas à modalidade de atendimento prestado expedidas pelos Conse- ção familiar da criança ou do adolescente ou, se por qualquer razão não for
lhos de Direitos da Criança e do Adolescente, em todos os níveis. (Incluída isso possível ou recomendável, para seu encaminhamento a programa de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência acolhimento familiar, institucional ou a família substituta, observado o
disposto no § 2o do art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
§ 2o O registro terá validade máxima de 4 (quatro) anos, cabendo ao
2009) Vigência
Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, periodica-
mente, reavaliar o cabimento de sua renovação, observado o disposto no § Art. 94. As entidades que desenvolvem programas de internação têm
1o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência as seguintes obrigações, entre outras:
Art. 92. As entidades que desenvolvam programas de acolhimento fa- I - observar os direitos e garantias de que são titulares os adolescen-
miliar ou institucional deverão adotar os seguintes princípios: (Redação tes;
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de restrição
I - preservação dos vínculos familiares e promoção da reintegração fa- na decisão de internação;
miliar; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - oferecer atendimento personalizado, em pequenas unidades e gru-
II - integração em família substituta, quando esgotados os recursos de pos reduzidos;
manutenção na família natural ou extensa; (Redação dada pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência IV - preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e dignidade
ao adolescente;
III - atendimento personalizado e em pequenos grupos;
V - diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação dos
IV - desenvolvimento de atividades em regime de co-educação; vínculos familiares;
V - não desmembramento de grupos de irmãos; VI - comunicar à autoridade judiciária, periodicamente, os casos em
que se mostre inviável ou impossível o reatamento dos vínculos familiares;
VI - evitar, sempre que possível, a transferência para outras entidades
de crianças e adolescentes abrigados; VII - oferecer instalações físicas em condições adequadas de habitabi-
lidade, higiene, salubridade e segurança e os objetos necessários à higiene
VII - participação na vida da comunidade local;
pessoal;
VIII - preparação gradativa para o desligamento;
VIII - oferecer vestuário e alimentação suficientes e adequados à faixa
IX - participação de pessoas da comunidade no processo educativo. etária dos adolescentes atendidos;
§ 1o O dirigente de entidade que desenvolve programa de acolhimento IX - oferecer cuidados médicos, psicológicos, odontológicos e farma-
institucional é equiparado ao guardião, para todos os efeitos de direito. cêuticos;
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
X - propiciar escolarização e profissionalização;
§ 2o Os dirigentes de entidades que desenvolvem programas de aco-
XI - propiciar atividades culturais, esportivas e de lazer;
lhimento familiar ou institucional remeterão à autoridade judiciária, no
XV - informar, periodicamente, o adolescente internado sobre sua situ- Art. 98. As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicá-
ação processual; veis sempre que os direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou
violados:
XVI - comunicar às autoridades competentes todos os casos de ado-
lescentes portadores de moléstias infecto-contagiosas; I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
XVII - fornecer comprovante de depósito dos pertences dos adolescen- II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
tes; III - em razão de sua conduta.
XVIII - manter programas destinados ao apoio e acompanhamento de Capítulo II
egressos;
Das Medidas Específicas de Proteção
XIX - providenciar os documentos necessários ao exercício da cidada-
nia àqueles que não os tiverem; Art. 99. As medidas previstas neste Capítulo poderão ser aplicadas iso-
lada ou cumulativamente, bem como substituídas a qualquer tempo.
XX - manter arquivo de anotações onde constem data e circunstâncias
do atendimento, nome do adolescente, seus pais ou responsável, parentes, Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessi-
endereços, sexo, idade, acompanhamento da sua formação, relação de dades pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos
seus pertences e demais dados que possibilitem sua identificação e a vínculos familiares e comunitários.
individualização do atendimento. Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das
§ 1o Aplicam-se, no que couber, as obrigações constantes deste artigo medidas: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
às entidades que mantêm programas de acolhimento institucional e familiar. I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: cri-
(Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência anças e adolescentes são os titulares dos direitos previstos nesta e em
§ 2º No cumprimento das obrigações a que alude este artigo as entida- outras Leis, bem como na Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº
des utilizarão preferencialmente os recursos da comunidade. 12.010, de 2009) Vigência
Art. 101. Verificada qualquer das hipóteses previstas no art. 98, a auto- II - os compromissos assumidos pelos pais ou responsável; e (Incluído
ridade competente poderá determinar, dentre outras, as seguintes medidas: pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de res- III - a previsão das atividades a serem desenvolvidas com a criança ou
ponsabilidade; com o adolescente acolhido e seus pais ou responsável, com vista na
reintegração familiar ou, caso seja esta vedada por expressa e fundamen-
II - orientação, apoio e acompanhamento temporários; tada determinação judicial, as providências a serem tomadas para sua
colocação em família substituta, sob direta supervisão da autoridade judici-
III - matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ária. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
ensino fundamental;
§ 7o O acolhimento familiar ou institucional ocorrerá no local mais pró-
IV - inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à ximo à residência dos pais ou do responsável e, como parte do processo de
criança e ao adolescente; reintegração familiar, sempre que identificada a necessidade, a família de
V - requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em origem será incluída em programas oficiais de orientação, de apoio e de
regime hospitalar ou ambulatorial; promoção social, sendo facilitado e estimulado o contato com a criança ou
com o adolescente acolhido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
VI - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação
e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; § 8o Verificada a possibilidade de reintegração familiar, o responsável
pelo programa de acolhimento familiar ou institucional fará imediata comu-
VII - acolhimento institucional; (Redação dada pela Lei nº 12.010, de nicação à autoridade judiciária, que dará vista ao Ministério Público, pelo
2009) Vigência prazo de 5 (cinco) dias, decidindo em igual prazo. (Incluído pela Lei nº
VIII - inclusão em programa de acolhimento familiar; (Redação dada 12.010, de 2009) Vigência
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência § 9o Em sendo constatada a impossibilidade de reintegração da criança
IX - colocação em família substituta. (Incluído pela Lei nº 12.010, de ou do adolescente à família de origem, após seu encaminhamento a pro-
2009) Vigência gramas oficiais ou comunitários de orientação, apoio e promoção social,
será enviado relatório fundamentado ao Ministério Público, no qual conste a
§ 1o O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas descrição pormenorizada das providências tomadas e a expressa reco-
provisórias e excepcionais, utilizáveis como forma de transição para reinte- mendação, subscrita pelos técnicos da entidade ou responsáveis pela
gração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em família execução da política municipal de garantia do direito à convivência familiar,
substituta, não implicando privação de liberdade. (Incluído pela Lei nº para a destituição do poder familiar, ou destituição de tutela ou guarda.
12.010, de 2009) Vigência (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2o Sem prejuízo da tomada de medidas emergenciais para proteção § 10. Recebido o relatório, o Ministério Público terá o prazo de 30 (trin-
de vítimas de violência ou abuso sexual e das providências a que alude o ta) dias para o ingresso com a ação de destituição do poder familiar, salvo
art. 130 desta Lei, o afastamento da criança ou adolescente do convívio se entender necessária a realização de estudos complementares ou outras
familiar é de competência exclusiva da autoridade judiciária e importará na providências que entender indispensáveis ao ajuizamento da demanda.
deflagração, a pedido do Ministério Público ou de quem tenha legítimo (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
interesse, de procedimento judicial contencioso, no qual se garanta aos
pais ou ao responsável legal o exercício do contraditório e da ampla defe- § 11. A autoridade judiciária manterá, em cada comarca ou foro regio-
sa.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência nal, um cadastro contendo informações atualizadas sobre as crianças e
adolescentes em regime de acolhimento familiar e institucional sob sua
§ 3o Crianças e adolescentes somente poderão ser encaminhados às responsabilidade, com informações pormenorizadas sobre a situação
instituições que executam programas de acolhimento institucional, gover- jurídica de cada um, bem como as providências tomadas para sua reinte-
namentais ou não, por meio de uma Guia de Acolhimento, expedida pela gração familiar ou colocação em família substituta, em qualquer das moda-
autoridade judiciária, na qual obrigatoriamente constará, dentre outros: lidades previstas no art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Vigência
I - sua identificação e a qualificação completa de seus pais ou de seu § 12. Terão acesso ao cadastro o Ministério Público, o Conselho Tute-
responsável, se conhecidos; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência lar, o órgão gestor da Assistência Social e os Conselhos Municipais dos
Direitos da Criança e do Adolescente e da Assistência Social, aos quais
II - o endereço de residência dos pais ou do responsável, com pontos
incumbe deliberar sobre a implementação de políticas públicas que permi-
de referência; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
tam reduzir o número de crianças e adolescentes afastados do convívio
III - os nomes de parentes ou de terceiros interessados em tê-los sob familiar e abreviar o período de permanência em programa de acolhimen-
sua guarda; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência to.(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
IV - os motivos da retirada ou da não reintegração ao convívio familiar. Art. 102. As medidas de proteção de que trata este Capítulo serão a-
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência companhadas da regularização do registro civil. (Vide Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
§ 4o Imediatamente após o acolhimento da criança ou do adolescente,
a entidade responsável pelo programa de acolhimento institucional ou
§ 1º São obrigatórias a escolarização e a profissionalização, devendo, IX - ter acesso aos objetos necessários à higiene e asseio pessoal;
sempre que possível, ser utilizados os recursos existentes na comunidade. X - habitar alojamento em condições adequadas de higiene e salubri-
§ 2º A medida não comporta prazo determinado aplicando-se, no que dade;
couber, as disposições relativas à internação. XI - receber escolarização e profissionalização;
Seção VII XII - realizar atividades culturais, esportivas e de lazer:
Da Internação XIII - ter acesso aos meios de comunicação social;
Art. 121. A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita XIV - receber assistência religiosa, segundo a sua crença, e desde que
aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculi- assim o deseje;
ar de pessoa em desenvolvimento.
XV - manter a posse de seus objetos pessoais e dispor de local seguro
§ 1º Será permitida a realização de atividades externas, a critério da para guardá-los, recebendo comprovante daqueles porventura depositados
equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em con- em poder da entidade;
trário.
XVI - receber, quando de sua desinternação, os documentos pessoais
§ 2º A medida não comporta prazo determinado, devendo sua manu- indispensáveis à vida em sociedade.
tenção ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada
seis meses. § 1º Em nenhum caso haverá incomunicabilidade.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a § 2º A autoridade judiciária poderá suspender temporariamente a visita,
três anos. inclusive de pais ou responsável, se existirem motivos sérios e fundados de
sua prejudicialidade aos interesses do adolescente.
§ 4º Atingido o limite estabelecido no parágrafo anterior, o adolescente
deverá ser liberado, colocado em regime de semi-liberdade ou de liberdade Art. 125. É dever do Estado zelar pela integridade física e mental dos
assistida. internos, cabendo-lhe adotar as medidas adequadas de contenção e segu-
rança.
§ 5º A liberação será compulsória aos vinte e um anos de idade.
Capítulo V
§ 6º Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autoriza-
ção judicial, ouvido o Ministério Público. Da Remissão
§ 7o A determinação judicial mencionada no § 1o poderá ser revista a Art. 126. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de
qualquer tempo pela autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a
2012) (Vide) remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstân-
cias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalida-
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando: de do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou vio- Parágrafo único. Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pe-
lência a pessoa; la autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.
I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à Art. 135. O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá servi-
família; ço público relevante e estabelecerá presunção de idoneidade moral. (Reda-
ção dada pela Lei nº 12.696, de 2012)
II - inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos; Capítulo II
IV - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; Art. 136. São atribuições do Conselho Tutelar:
V - obrigação de matricular o filho ou pupilo e acompanhar sua fre- I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts.
quência e aproveitamento escolar; 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII;
VI - obrigação de encaminhar a criança ou adolescente a tratamento II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas
especializado; previstas no art. 129, I a VII;
VII - advertência; III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto:
VIII - perda da guarda; a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço
social, previdência, trabalho e segurança;
IX - destituição da tutela;
b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumpri-
X - suspensão ou destituição do pátrio poder poder familiar. (Expressão mento injustificado de suas deliberações.
substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua in-
Parágrafo único. Na aplicação das medidas previstas nos incisos IX e X fração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente;
deste artigo, observar-se-á o disposto nos arts. 23 e 24.
V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência;
Art. 130. Verificada a hipótese de maus-tratos, opressão ou abuso se-
xual impostos pelos pais ou responsável, a autoridade judiciária poderá VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, den-
determinar, como medida cautelar, o afastamento do agressor da moradia tre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato
comum. infracional;
Parágrafo único. Da medida cautelar constará, ainda, a fixação provisó- VII - expedir notificações;
ria dos alimentos de que necessitem a criança ou o adolescente dependen- VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou ado-
tes do agressor. (Incluído pela Lei nº 12.415, de 2011) lescente quando necessário;
Título V IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta or-
Do Conselho Tutelar çamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança
e do adolescente;
Capítulo I
X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos
Disposições Gerais direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal;
Art. 131. O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não ju- XI - representar ao Ministério Público para efeito das ações de perda
risdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos ou suspensão do poder familiar, após esgotadas as possibilidades de
direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei. manutenção da criança ou do adolescente junto à família natural. (Redação
dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 132. Em cada Município e em cada Região Administrativa do Distri-
to Federal haverá, no mínimo, 1 (um) Conselho Tutelar como órgão inte- Parágrafo único. Se, no exercício de suas atribuições, o Conselho Tu-
grante da administração pública local, composto de 5 (cinco) membros, telar entender necessário o afastamento do convívio familiar, comunicará
escolhidos pela população local para mandato de 4 (quatro) anos, permitida incontinenti o fato ao Ministério Público, prestando-lhe informações sobre
1 (uma) recondução, mediante novo processo de escolha. (Redação dada os motivos de tal entendimento e as providências tomadas para a orienta-
pela Lei nº 12.696, de 2012) ção, o apoio e a promoção social da família. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009) Vigência
Art. 133. Para a candidatura a membro do Conselho Tutelar, serão exi-
gidos os seguintes requisitos: Art. 137. As decisões do Conselho Tutelar somente poderão ser revis-
tas pela autoridade judiciária a pedido de quem tenha legítimo interesse.
I - reconhecida idoneidade moral;
Capítulo III
II - idade superior a vinte e um anos;
Da Competência
III - residir no município.
Art. 138. Aplica-se ao Conselho Tutelar a regra de competência cons-
Art. 134. Lei municipal ou distrital disporá sobre o local, dia e horário de tante do art. 147.
funcionamento do Conselho Tutelar, inclusive quanto à remuneração dos
respectivos membros, aos quais é assegurado o direito a: (Redação dada Capítulo IV
pela Lei nº 12.696, de 2012)
Art. 143. E vedada a divulgação de atos judiciais, policiais e administra- a) conhecer de pedidos de guarda e tutela;
tivos que digam respeito a crianças e adolescentes a que se atribua autoria b) conhecer de ações de destituição do pátrio poder poder familiar,
de ato infracional. perda ou modificação da tutela ou guarda; (Expressão substituída pela Lei
Parágrafo único. Qualquer notícia a respeito do fato não poderá identi- nº 12.010, de 2009) Vigência
ficar a criança ou adolescente, vedando-se fotografia, referência a nome, c) suprir a capacidade ou o consentimento para o casamento;
apelido, filiação, parentesco, residência e, inclusive, iniciais do nome e
sobrenome. (Redação dada pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003) d) conhecer de pedidos baseados em discordância paterna ou mater-
na, em relação ao exercício do pátrio poder poder familiar; (Expressão
Art. 144. A expedição de cópia ou certidão de atos a que se refere o ar- substituída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
tigo anterior somente será deferida pela autoridade judiciária competente,
se demonstrado o interesse e justificada a finalidade. e) conceder a emancipação, nos termos da lei civil, quando faltarem os
pais;
Capítulo II
f) designar curador especial em casos de apresentação de queixa ou
Da Justiça da Infância e da Juventude representação, ou de outros procedimentos judiciais ou extrajudiciais em
Seção I que haja interesses de criança ou adolescente;
Art. 151. Compete à equipe interprofissional dentre outras atribuições Art. 161. Não sendo contestado o pedido, a autoridade judiciária dará
que lhe forem reservadas pela legislação local, fornecer subsídios por vista dos autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo quando este for
escrito, mediante laudos, ou verbalmente, na audiência, e bem assim o requerente, decidindo em igual prazo.
desenvolver trabalhos de aconselhamento, orientação, encaminhamento, ou a requerimento das partes ou do Ministério Público, determinará a
prevenção e outros, tudo sob a imediata subordinação à autoridade judiciá- realização de estudo social ou perícia por equipe interprofissional ou multi-
ria, assegurada a livre manifestação do ponto de vista técnico. disciplinar, bem como a oitiva de testemunhas que comprovem a presença
Capítulo III de uma das causas de suspensão ou destituição do poder familiar previstas
nos arts. 1.637 e 1.638 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código
Dos Procedimentos Civil, ou no art. 24 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009)
Vigência
Seção I
§ 2o Em sendo os pais oriundos de comunidades indígenas, é ainda
Disposições Gerais
obrigatória a intervenção, junto à equipe profissional ou multidisciplinar
Art. 152. Aos procedimentos regulados nesta Lei aplicam-se subsidiari- referida no § 1o deste artigo, de representantes do órgão federal responsá-
amente as normas gerais previstas na legislação processual pertinente. vel pela política indigenista, observado o disposto no § 6o do art. 28 desta
Lei. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Parágrafo único. É assegurada, sob pena de responsabilidade, priori-
dade absoluta na tramitação dos processos e procedimentos previstos § 3o Se o pedido importar em modificação de guarda, será obrigatória,
nesta Lei, assim como na execução dos atos e diligências judiciais a eles desde que possível e razoável, a oitiva da criança ou adolescente, respei-
referentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência tado seu estágio de desenvolvimento e grau de compreensão sobre as
implicações da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 153. Se a medida judicial a ser adotada não corresponder a proce-
dimento previsto nesta ou em outra lei, a autoridade judiciária poderá § 4o É obrigatória a oitiva dos pais sempre que esses forem identifica-
investigar os fatos e ordenar de ofício as providências necessárias, ouvido dos e estiverem em local conhecido. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
o Ministério Público. Vigência
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica para o fim de a- Art. 162. Apresentada a resposta, a autoridade judiciária dará vista dos
fastamento da criança ou do adolescente de sua família de origem e em autos ao Ministério Público, por cinco dias, salvo quando este for o reque-
outros procedimentos necessariamente contenciosos. (Incluído pela Lei nº rente, designando, desde logo, audiência de instrução e julgamento.
12.010, de 2009) Vigência
Art. 154. Aplica-se às multas o disposto no art. 214.
II - indicação de eventual parentesco do requerente e de seu cônjuge, Art. 170. Concedida a guarda ou a tutela, observar-se-á o disposto no
ou companheiro, com a criança ou adolescente, especificando se tem ou art. 32, e, quanto à adoção, o contido no art. 47.
não parente vivo; Parágrafo único. A colocação de criança ou adolescente sob a guarda
III - qualificação completa da criança ou adolescente e de seus pais, se de pessoa inscrita em programa de acolhimento familiar será comunicada
conhecidos; pela autoridade judiciária à entidade por este responsável no prazo máximo
de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
IV - indicação do cartório onde foi inscrito nascimento, anexando, se
possível, uma cópia da respectiva certidão; Seção V
V - declaração sobre a existência de bens, direitos ou rendimentos rela- Da Apuração de Ato Infracional Atribuído a Adolescente
tivos à criança ou ao adolescente. Art. 171. O adolescente apreendido por força de ordem judicial será,
Parágrafo único. Em se tratando de adoção, observar-se-ão também os desde logo, encaminhado à autoridade judiciária.
requisitos específicos. Art. 172. O adolescente apreendido em flagrante de ato infracional se-
Art. 166. Se os pais forem falecidos, tiverem sido destituídos ou sus- rá, desde logo, encaminhado à autoridade policial competente.
pensos do poder familiar, ou houverem aderido expressamente ao pedido Parágrafo único. Havendo repartição policial especializada para aten-
de colocação em família substituta, este poderá ser formulado diretamente dimento de adolescente e em se tratando de ato infracional praticado em
em cartório, em petição assinada pelos próprios requerentes, dispensada a co-autoria com maior, prevalecerá a atribuição da repartição especializada,
assistência de advogado. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) que, após as providências necessárias e conforme o caso, encaminhará o
Vigência adulto à repartição policial própria.
§ 1o Na hipótese de concordância dos pais, esses serão ouvidos pela Art. 173. Em caso de flagrante de ato infracional cometido mediante vi-
autoridade judiciária e pelo representante do Ministério Público, tomando-se olência ou grave ameaça a pessoa, a autoridade policial, sem prejuízo do
por termo as declarações. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência disposto nos arts. 106, parágrafo único, e 107, deverá:
§ 2o O consentimento dos titulares do poder familiar será precedido de I - lavrar auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente;
orientações e esclarecimentos prestados pela equipe interprofissional da
Justiça da Infância e da Juventude, em especial, no caso de adoção, sobre II - apreender o produto e os instrumentos da infração;
a irrevogabilidade da medida. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigên- III - requisitar os exames ou perícias necessários à comprovação da
cia materialidade e autoria da infração.
§ 3o O consentimento dos titulares do poder familiar será colhido pela Parágrafo único. Nas demais hipóteses de flagrante, a lavratura do au-
autoridade judiciária competente em audiência, presente o Ministério Públi- to poderá ser substituída por boletim de ocorrência circunstanciada.
co, garantida a livre manifestação de vontade e esgotados os esforços para
manutenção da criança ou do adolescente na família natural ou extensa. Art. 174. Comparecendo qualquer dos pais ou responsável, o adoles-
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência cente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de
compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do
§ 4o O consentimento prestado por escrito não terá validade se não for Ministério Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil
ratificado na audiência a que se refere o § 3o deste artigo. (Incluído pela Lei imediato, exceto quando, pela gravidade do ato infracional e sua repercus-
nº 12.010, de 2009) Vigência são social, deva o adolescente permanecer sob internação para garantia de
§ 5o O consentimento é retratável até a data da publicação da sentença sua segurança pessoal ou manutenção da ordem pública.
constitutiva da adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 177. Se, afastada a hipótese de flagrante, houver indícios de parti- Art. 185. A internação, decretada ou mantida pela autoridade judiciária,
cipação de adolescente na prática de ato infracional, a autoridade policial não poderá ser cumprida em estabelecimento prisional.
encaminhará ao representante do Ministério Público relatório das investiga- § 1º Inexistindo na comarca entidade com as características definidas
ções e demais documentos. no art. 123, o adolescente deverá ser imediatamente transferido para a
Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional localidade mais próxima.
não poderá ser conduzido ou transportado em compartimento fechado de § 2º Sendo impossível a pronta transferência, o adolescente aguardará
veículo policial, em condições atentatórias à sua dignidade, ou que impli- sua remoção em repartição policial, desde que em seção isolada dos
quem risco à sua integridade física ou mental, sob pena de responsabilida- adultos e com instalações apropriadas, não podendo ultrapassar o prazo
de. máximo de cinco dias, sob pena de responsabilidade.
Art. 179. Apresentado o adolescente, o representante do Ministério Pú- Art. 186. Comparecendo o adolescente, seus pais ou responsável, a
blico, no mesmo dia e à vista do auto de apreensão, boletim de ocorrência autoridade judiciária procederá à oitiva dos mesmos, podendo solicitar
ou relatório policial, devidamente autuados pelo cartório judicial e com opinião de profissional qualificado.
informação sobre os antecedentes do adolescente, procederá imediata e
informalmente à sua oitiva e, em sendo possível, de seus pais ou respon- § 1º Se a autoridade judiciária entender adequada a remissão, ouvirá o
sável, vítima e testemunhas. representante do Ministério Público, proferindo decisão.
Parágrafo único. Em caso de não apresentação, o representante do § 2º Sendo o fato grave, passível de aplicação de medida de interna-
Ministério Público notificará os pais ou responsável para apresentação do ção ou colocação em regime de semi-liberdade, a autoridade judiciária,
adolescente, podendo requisitar o concurso das polícias civil e militar. verificando que o adolescente não possui advogado constituído, nomeará
defensor, designando, desde logo, audiência em continuação, podendo
Art. 180. Adotadas as providências a que alude o artigo anterior, o re- determinar a realização de diligências e estudo do caso.
presentante do Ministério Público poderá:
§ 3º O advogado constituído ou o defensor nomeado, no prazo de três
I - promover o arquivamento dos autos; dias contado da audiência de apresentação, oferecerá defesa prévia e rol
II - conceder a remissão; de testemunhas.
III - representar à autoridade judiciária para aplicação de medida sócio- § 4º Na audiência em continuação, ouvidas as testemunhas arroladas
educativa. na representação e na defesa prévia, cumpridas as diligências e juntado o
relatório da equipe interprofissional, será dada a palavra ao representante
Art. 181. Promovido o arquivamento dos autos ou concedida a remis- do Ministério Público e ao defensor, sucessivamente, pelo tempo de vinte
são pelo representante do Ministério Público, mediante termo fundamenta- minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade
do, que conterá o resumo dos fatos, os autos serão conclusos à autoridade judiciária, que em seguida proferirá decisão.
judiciária para homologação.
Art. 187. Se o adolescente, devidamente notificado, não comparecer,
§ 1º Homologado o arquivamento ou a remissão, a autoridade judiciária injustificadamente à audiência de apresentação, a autoridade judiciária
determinará, conforme o caso, o cumprimento da medida. designará nova data, determinando sua condução coercitiva.
§ 2º Discordando, a autoridade judiciária fará remessa dos autos ao Art. 188. A remissão, como forma de extinção ou suspensão do pro-
Procurador-Geral de Justiça, mediante despacho fundamentado, e este cesso, poderá ser aplicada em qualquer fase do procedimento, antes da
oferecerá representação, designará outro membro do Ministério Público sentença.
para apresentá-la, ou ratificará o arquivamento ou a remissão, que só então
estará a autoridade judiciária obrigada a homologar. Art. 189. A autoridade judiciária não aplicará qualquer medida, desde
que reconheça na sentença:
Art. 182. Se, por qualquer razão, o representante do Ministério Público
não promover o arquivamento ou conceder a remissão, oferecerá represen- I - estar provada a inexistência do fato;
tação à autoridade judiciária, propondo a instauração de procedimento para II - não haver prova da existência do fato;
aplicação da medida sócio-educativa que se afigurar a mais adequada.
III - não constituir o fato ato infracional;
§ 1º A representação será oferecida por petição, que conterá o breve
resumo dos fatos e a classificação do ato infracional e, quando necessário, IV - não existir prova de ter o adolescente concorrido para o ato infra-
o rol de testemunhas, podendo ser deduzida oralmente, em sessão diária cional.
instalada pela autoridade judiciária. Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, estando o adolescente inter-
§ 2º A representação independe de prova pré-constituída da autoria e nado, será imediatamente colocado em liberdade.
materialidade. Art. 190. A intimação da sentença que aplicar medida de internação ou
Art. 183. O prazo máximo e improrrogável para a conclusão do proce- regime de semi-liberdade será feita:
dimento, estando o adolescente internado provisoriamente, será de quaren- I - ao adolescente e ao seu defensor;
ta e cinco dias.
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II - quando não for encontrado o adolescente, a seus pais ou responsá- Art. 196. Não sendo apresentada a defesa no prazo legal, a autoridade
vel, sem prejuízo do defensor. judiciária dará vista dos autos do Ministério Público, por cinco dias, decidin-
do em igual prazo.
§ 1º Sendo outra a medida aplicada, a intimação far-se-á unicamente
na pessoa do defensor. Art. 197. Apresentada a defesa, a autoridade judiciária procederá na
conformidade do artigo anterior, ou, sendo necessário, designará audiência
§ 2º Recaindo a intimação na pessoa do adolescente, deverá este ma- de instrução e julgamento. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
nifestar se deseja ou não recorrer da sentença.
Parágrafo único. Colhida a prova oral, manifestar-se-ão sucessivamen-
Seção VI te o Ministério Público e o procurador do requerido, pelo tempo de vinte
Da Apuração de Irregularidades em Entidade de Atendimento minutos para cada um, prorrogável por mais dez, a critério da autoridade
judiciária, que em seguida proferirá sentença.
Art. 191. O procedimento de apuração de irregularidades em entidade
governamental e não-governamental terá início mediante portaria da autori- Seção VIII
dade judiciária ou representação do Ministério Público ou do Conselho (Incluída pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Tutelar, onde conste, necessariamente, resumo dos fatos. Da Habilitação de Pretendentes à Adoção
Parágrafo único. Havendo motivo grave, poderá a autoridade judiciária, Art. 197-A. Os postulantes à adoção, domiciliados no Brasil, apresenta-
ouvido o Ministério Público, decretar liminarmente o afastamento provisório rão petição inicial na qual conste: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
do dirigente da entidade, mediante decisão fundamentada. Vigência
Art. 192. O dirigente da entidade será citado para, no prazo de dez di- I - qualificação completa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigên-
as, oferecer resposta escrita, podendo juntar documentos e indicar as cia
provas a produzir.
II - dados familiares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
Art. 193. Apresentada ou não a resposta, e sendo necessário, a autori-
dade judiciária designará audiência de instrução e julgamento, intimando as III - cópias autenticadas de certidão de nascimento ou casamento, ou
partes. declaração relativa ao período de união estável; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009) Vigência
§ 1º Salvo manifestação em audiência, as partes e o Ministério Público
terão cinco dias para oferecer alegações finais, decidindo a autoridade IV - cópias da cédula de identidade e inscrição no Cadastro de Pesso-
judiciária em igual prazo. as Físicas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 2º Em se tratando de afastamento provisório ou definitivo de dirigente V - comprovante de renda e domicílio; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
de entidade governamental, a autoridade judiciária oficiará à autoridade 2009) Vigência
administrativa imediatamente superior ao afastado, marcando prazo para a
substituição. VI - atestados de sanidade física e mental; (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009) Vigência
§ 3º Antes de aplicar qualquer das medidas, a autoridade judiciária po-
derá fixar prazo para a remoção das irregularidades verificadas. Satisfeitas VII - certidão de antecedentes criminais; (Incluído pela Lei nº 12.010,
as exigências, o processo será extinto, sem julgamento de mérito. de 2009) Vigência
§ 4º A multa e a advertência serão impostas ao dirigente da entidade VIII - certidão negativa de distribuição cível. (Incluído pela Lei nº
ou programa de atendimento. 12.010, de 2009) Vigência
Seção VII Art. 197-B. A autoridade judiciária, no prazo de 48 (quarenta e oito) ho-
ras, dará vista dos autos ao Ministério Público, que no prazo de 5 (cinco)
Da Apuração de Infração Administrativa às Normas de Proteção à Criança dias poderá: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
e ao Adolescente
I - apresentar quesitos a serem respondidos pela equipe interprofissio-
Art. 194. O procedimento para imposição de penalidade administrativa nal encarregada de elaborar o estudo técnico a que se refere o art. 197-C
por infração às normas de proteção à criança e ao adolescente terá início desta Lei; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
por representação do Ministério Público, ou do Conselho Tutelar, ou auto
de infração elaborado por servidor efetivo ou voluntário credenciado, e II - requerer a designação de audiência para oitiva dos postulantes em
assinado por duas testemunhas, se possível. juízo e testemunhas; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
§ 1º No procedimento iniciado com o auto de infração, poderão ser u- III - requerer a juntada de documentos complementares e a realização
sadas fórmulas impressas, especificando-se a natureza e as circunstâncias de outras diligências que entender necessárias. (Incluído pela Lei nº
da infração. 12.010, de 2009) Vigência
§ 2º Sempre que possível, à verificação da infração seguir-se-á a lavra- Art. 197-C. Intervirá no feito, obrigatoriamente, equipe interprofissional
tura do auto, certificando-se, em caso contrário, dos motivos do retarda- a serviço da Justiça da Infância e da Juventude, que deverá elaborar estu-
mento. do psicossocial, que conterá subsídios que permitam aferir a capacidade e
o preparo dos postulantes para o exercício de uma paternidade ou materni-
Art. 195. O requerido terá prazo de dez dias para apresentação de de- dade responsável, à luz dos requisitos e princípios desta Lei. (Incluído pela
fesa, contado da data da intimação, que será feita: Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
I - pelo autuante, no próprio auto, quando este for lavrado na presença § 1o É obrigatória a participação dos postulantes em programa ofereci-
do requerido; do pela Justiça da Infância e da Juventude preferencialmente com apoio
dos técnicos responsáveis pela execução da política municipal de garantia
II - por oficial de justiça ou funcionário legalmente habilitado, que entre- do direito à convivência familiar, que inclua preparação psicológica, orienta-
gará cópia do auto ou da representação ao requerido, ou a seu represen- ção e estímulo à adoção inter-racial, de crianças maiores ou de adolescen-
tante legal, lavrando certidão; tes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de
III - por via postal, com aviso de recebimento, se não for encontrado o grupos de irmãos. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
requerido ou seu representante legal; § 2o Sempre que possível e recomendável, a etapa obrigatória da pre-
IV - por edital, com prazo de trinta dias, se incerto ou não sabido o pa- paração referida no § 1o deste artigo incluirá o contato com crianças e
radeiro do requerido ou de seu representante legal. adolescentes em regime de acolhimento familiar ou institucional em condi-
ções de serem adotados, a ser realizado sob a orientação, supervisão e
avaliação da equipe técnica da Justiça da Infância e da Juventude, com o
Art. 199-B. A sentença que destituir ambos ou qualquer dos genitores X - representar ao juízo visando à aplicação de penalidade por infra-
do poder familiar fica sujeita a apelação, que deverá ser recebida apenas ções cometidas contra as normas de proteção à infância e à juventude, sem
no efeito devolutivo. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência prejuízo da promoção da responsabilidade civil e penal do infrator, quando
cabível;
§ 1º A legitimação do Ministério Público para as ações cíveis previstas III - de atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis
neste artigo não impede a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo anos de idade;
dispuserem a Constituição e esta Lei. IV - de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
§ 2º As atribuições constantes deste artigo não excluem outras, desde V - de programas suplementares de oferta de material didático-escolar,
que compatíveis com a finalidade do Ministério Público. transporte e assistência à saúde do educando do ensino fundamental;
§ 3º O representante do Ministério Público, no exercício de suas fun- VI - de serviço de assistência social visando à proteção à família, à ma-
ções, terá livre acesso a todo local onde se encontre criança ou adolescen- ternidade, à infância e à adolescência, bem como ao amparo às crianças e
te. adolescentes que dele necessitem;
§ 4º O representante do Ministério Público será responsável pelo uso VII - de acesso às ações e serviços de saúde;
indevido das informações e documentos que requisitar, nas hipóteses
legais de sigilo. VIII - de escolarização e profissionalização dos adolescentes privados
de liberdade.
§ 5º Para o exercício da atribuição de que trata o inciso VIII deste arti-
go, poderá o representante do Ministério Público: IX - de ações, serviços e programas de orientação, apoio e promoção
social de famílias e destinados ao pleno exercício do direito à convivência
a) reduzir a termo as declarações do reclamante, instaurando o compe- familiar por crianças e adolescentes. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
tente procedimento, sob sua presidência; Vigência
b) entender-se diretamente com a pessoa ou autoridade reclamada, em X - de programas de atendimento para a execução das medidas socio-
dia, local e horário previamente notificados ou acertados; educativas e aplicação de medidas de proteção. (Incluído pela Lei nº
c) efetuar recomendações visando à melhoria dos serviços públicos e 12.594, de 2012) (Vide)
de relevância pública afetos à criança e ao adolescente, fixando prazo § 1o As hipóteses previstas neste artigo não excluem da proteção judi-
razoável para sua perfeita adequação. cial outros interesses individuais, difusos ou coletivos, próprios da infância e
Art. 202. Nos processos e procedimentos em que não for parte, atuará da adolescência, protegidos pela Constituição e pela Lei. (Renumerado do
obrigatoriamente o Ministério Público na defesa dos direitos e interesses de Parágrafo único pela Lei nº 11.259, de 2005)
que cuida esta Lei, hipótese em que terá vista dos autos depois das partes, § 2o A investigação do desaparecimento de crianças ou adolescentes
podendo juntar documentos e requerer diligências, usando os recursos será realizada imediatamente após notificação aos órgãos competentes,
cabíveis. que deverão comunicar o fato aos portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e
Art. 203. A intimação do Ministério Público, em qualquer caso, será fei- companhias de transporte interestaduais e internacionais, fornecendo-lhes
ta pessoalmente. todos os dados necessários à identificação do desaparecido. (Incluído pela
Lei nº 11.259, de 2005)
Art. 204. A falta de intervenção do Ministério Público acarreta a nulida-
de do feito, que será declarada de ofício pelo juiz ou a requerimento de Art. 209. As ações previstas neste Capítulo serão propostas no foro do
qualquer interessado. local onde ocorreu ou deva ocorrer a ação ou omissão, cujo juízo terá
competência absoluta para processar a causa, ressalvadas a competência
Art. 205. As manifestações processuais do representante do Ministério da Justiça Federal e a competência originária dos tribunais superiores.
Público deverão ser fundamentadas.
Art. 210. Para as ações cíveis fundadas em interesses coletivos ou di-
Capítulo VI fusos, consideram-se legitimados concorrentemente:
Do Advogado I - o Ministério Público;
Art. 206. A criança ou o adolescente, seus pais ou responsável, e qual- II - a União, os estados, os municípios, o Distrito Federal e os territó-
quer pessoa que tenha legítimo interesse na solução da lide poderão inter- rios;
vir nos procedimentos de que trata esta Lei, através de advogado, o qual
será intimado para todos os atos, pessoalmente ou por publicação oficial, III - as associações legalmente constituídas há pelo menos um ano e
respeitado o segredo de justiça. que incluam entre seus fins institucionais a defesa dos interesses e direitos
protegidos por esta Lei, dispensada a autorização da assembléia, se houver
Parágrafo único. Será prestada assistência judiciária integral e gratuita prévia autorização estatutária.
àqueles que dela necessitarem.
§ 1º Admitir-se-á litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos
Art. 207. Nenhum adolescente a quem se atribua a prática de ato infra- da União e dos estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida
cional, ainda que ausente ou foragido, será processado sem defensor. esta Lei.
§ 1º Se o adolescente não tiver defensor, ser-lhe-á nomeado pelo juiz, § 2º Em caso de desistência ou abandono da ação por associação legi-
ressalvado o direito de, a todo tempo, constituir outro de sua preferência. timada, o Ministério Público ou outro legitimado poderá assumir a titularida-
de ativa.
§ 2º A ausência do defensor não determinará o adiamento de nenhum
ato do processo, devendo o juiz nomear substituto, ainda que provisoria- Art. 211. Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessa-
mente, ou para o só efeito do ato. dos compromisso de ajustamento de sua conduta às exigências legais, o
qual terá eficácia de título executivo extrajudicial.
§ 3º Será dispensada a outorga de mandato, quando se tratar de de-
fensor nomeado ou, sido constituído, tiver sido indicado por ocasião de ato Art. 212. Para defesa dos direitos e interesses protegidos por esta Lei,
formal com a presença da autoridade judiciária. são admissíveis todas as espécies de ações pertinentes.
Capítulo VII § 1º Aplicam-se às ações previstas neste Capítulo as normas do Códi-
go de Processo Civil.
Da Proteção Judicial dos Interesses Individuais, Difusos e Coletivos
§ 1º As multas não recolhidas até trinta dias após o trânsito em julgado Dos Crimes e Das Infrações Administrativas
da decisão serão exigidas através de execução promovida pelo Ministério Capítulo I
Público, nos mesmos autos, facultada igual iniciativa aos demais legitima-
dos. Dos Crimes
Art. 222. Para instruir a petição inicial, o interessado poderá requerer Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.
às autoridades competentes as certidões e informações que julgar necessá- Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, proceden-
rias, que serão fornecidas no prazo de quinze dias. do à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo
Art. 223. O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, in- ordem escrita da autoridade judiciária competente:
quérito civil, ou requisitar, de qualquer pessoa, organismo público ou parti- Pena - detenção de seis meses a dois anos.
cular, certidões, informações, exames ou perícias, no prazo que assinalar, o
qual não poderá ser inferior a dez dias úteis. Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreen-
são sem observância das formalidades legais.
§ 1º Se o órgão do Ministério Público, esgotadas todas as diligências,
se convencer da inexistência de fundamento para a propositura da ação
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Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de Art. 241. Vender ou expor à venda fotografia, vídeo ou outro registro
criança ou adolescente de fazer imediata comunicação à autoridade judiciá- que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou
ria competente e à família do apreendido ou à pessoa por ele indicada: adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada
pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 232. Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda
ou vigilância a vexame ou a constrangimento: Art. 241-A. Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar
ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática
Pena - detenção de seis meses a dois anos. ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo
Art. 233. (Revogado pela Lei nº 9.455, de 7.4.1997: explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela
Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 234. Deixar a autoridade competente, sem justa causa, de ordenar
a imediata liberação de criança ou adolescente, tão logo tenha conhecimen- Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. (Incluído pela Lei
to da ilegalidade da apreensão: nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. § 1o Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de
2008)
Art. 235. Descumprir, injustificadamente, prazo fixado nesta Lei em be-
nefício de adolescente privado de liberdade: I – assegura os meios ou serviços para o armazenamento das fotogra-
fias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo; (Incluído pela Lei
Pena - detenção de seis meses a dois anos. nº 11.829, de 2008)
Art. 236. Impedir ou embaraçar a ação de autoridade judiciária, mem- II – assegura, por qualquer meio, o acesso por rede de computadores
bro do Conselho Tutelar ou representante do Ministério Público no exercício às fotografias, cenas ou imagens de que trata o caput deste artigo.(Incluído
de função prevista nesta Lei: pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - detenção de seis meses a dois anos. § 2o As condutas tipificadas nos incisos I e II do § 1o deste artigo são
Art. 237. Subtrair criança ou adolescente ao poder de quem o tem sob puníveis quando o responsável legal pela prestação do serviço, oficialmente
sua guarda em virtude de lei ou ordem judicial, com o fim de colocação em notificado, deixa de desabilitar o acesso ao conteúdo ilícito de que trata o
lar substituto: caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Pena - reclusão de dois a seis anos, e multa. Art. 241-B. Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotogra-
fia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou
Art. 238. Prometer ou efetivar a entrega de filho ou pupilo a terceiro, pornográfica envolvendo criança ou adolescente: (Incluído pela Lei nº
mediante paga ou recompensa: 11.829, de 2008)
Pena - reclusão de um a quatro anos, e multa. Pena – reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. (Incluído pela
Lei nº 11.829, de 2008)
Parágrafo único. Incide nas mesmas penas quem oferece ou efetiva a
paga ou recompensa. § 1o A pena é diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços) se de pequena
quantidade o material a que se refere o caput deste artigo. (Incluído pela
Art. 239. Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio
Lei nº 11.829, de 2008)
de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formali-
dades legais ou com o fito de obter lucro: § 2o Não há crime se a posse ou o armazenamento tem a finalidade de
comunicar às autoridades competentes a ocorrência das condutas descritas
Pena - reclusão de quatro a seis anos, e multa.
nos arts. 240, 241, 241-A e 241-C desta Lei, quando a comunicação for
Parágrafo único. Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude: feita por: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
(Incluído pela Lei nº 10.764, de 12.11.2003)
I – agente público no exercício de suas funções; (Incluído pela Lei nº
Pena - reclusão, de 6 (seis) a 8 (oito) anos, além da pena correspon- 11.829, de 2008)
dente à violência.
II – membro de entidade, legalmente constituída, que inclua, entre suas
Art. 240. Produzir, reproduzir, dirigir, fotografar, filmar ou registrar, por finalidades institucionais, o recebimento, o processamento e o encaminha-
qualquer meio, cena de sexo explícito ou pornográfica, envolvendo criança mento de notícia dos crimes referidos neste parágrafo; (Incluído pela Lei nº
ou adolescente: (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) 11.829, de 2008)
Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. (Redação dada III – representante legal e funcionários responsáveis de provedor de
pela Lei nº 11.829, de 2008) acesso ou serviço prestado por meio de rede de computadores, até o
recebimento do material relativo à notícia feita à autoridade policial, ao
§ 1o Incorre nas mesmas penas quem agencia, facilita, recruta, coage, Ministério Público ou ao Poder Judiciário. (Incluído pela Lei nº 11.829, de
ou de qualquer modo intermedeia a participação de criança ou adolescente 2008)
nas cenas referidas no caput deste artigo, ou ainda quem com esses con-
tracena. (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) § 3o As pessoas referidas no § 2o deste artigo deverão manter sob sigi-
lo o material ilícito referido. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
§ 2o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o agente comete o crime:
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) Art. 241-C. Simular a participação de criança ou adolescente em cena
de sexo explícito ou pornográfica por meio de adulteração, montagem ou
I – no exercício de cargo ou função pública ou a pretexto de exercê-la; modificação de fotografia, vídeo ou qualquer outra forma de representação
(Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) visual: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
II – prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação ou de hos- Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei
pitalidade; ou (Redação dada pela Lei nº 11.829, de 2008) nº 11.829, de 2008)
III – prevalecendo-se de relações de parentesco consanguíneo ou afim Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas quem vende, expõe à
até o terceiro grau, ou por adoção, de tutor, curador, preceptor, empregador venda, disponibiliza, distribui, publica ou divulga por qualquer meio, adquire,
da vítima ou de quem, a qualquer outro título, tenha autoridade sobre ela, possui ou armazena o material produzido na forma do caput deste artigo.
ou com seu consentimento. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008)
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) § 1º Em caso de reincidência, sem prejuízo da pena de multa, a autori-
anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluí- dade judiciária poderá determinar o fechamento do estabelecimento por até
do pela Lei nº 12.015, de 2009) 15 (quinze) dias. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº § 2º Se comprovada a reincidência em período inferior a 30 (trinta) di-
12.015, de 2009) as, o estabelecimento será definitivamente fechado e terá sua licença
cassada. (Incluído pela Lei nº 12.038, de 2009).
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as
condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclu- Art. 251. Transportar criança ou adolescente, por qualquer meio, com
sive salas de bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) inobservância do disposto nos arts. 83, 84 e 85 desta Lei:
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o do-
terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do bro em caso de reincidência.
art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990. (Incluído pela Lei nº 12.015, Art. 252. Deixar o responsável por diversão ou espetáculo público de
de 2009) afixar, em lugar visível e de fácil acesso, à entrada do local de exibição,
Capítulo II informação destacada sobre a natureza da diversão ou espetáculo e a faixa
etária especificada no certificado de classificação:
Das Infrações Administrativas
Pena - multa de três a vinte salários de referência, aplicando-se o do-
bro em caso de reincidência.
Pena - multa de três a vinte salários de referência, duplicando-se a pe- § 3º O Departamento da Receita Federal, do Ministério da Economia,
na em caso de reincidência, sem prejuízo de apreensão da revista ou Fazenda e Planejamento, regulamentará a comprovação das doações
publicação. feitas aos fundos, nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 8.242, de
12.10.1991)
Art. 258. Deixar o responsável pelo estabelecimento ou o empresário
de observar o que dispõe esta Lei sobre o acesso de criança ou adolescen- § 4º O Ministério Público determinará em cada comarca a forma de fis-
te aos locais de diversão, ou sobre sua participação no espetáculo: calização da aplicação, pelo Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do
Adolescente, dos incentivos fiscais referidos neste artigo. (Incluído pela Lei
Pena - multa de três a vinte salários de referência; em caso de reinci- nº 8.242, de 12.10.1991)
dência, a autoridade judiciária poderá determinar o fechamento do estabe-
lecimento por até quinze dias. § 5o Observado o disposto no § 4o do art. 3o da Lei no 9.249, de 26 de
dezembro de 1995, a dedução de que trata o inciso I do caput:
caput (Redação
Art. 258-A. Deixar a autoridade competente de providenciar a instala- dada pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
ção e operacionalização dos cadastros previstos no art. 50 e no § 11 do art.
101 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência I - será considerada isoladamente, não se submetendo a limite em con-
junto com outras deduções do imposto; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais). 2012) (Vide)
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
II - não poderá ser computada como despesa operacional na apuração
Parágrafo único. Incorre nas mesmas penas a autoridade que deixa de do lucro real. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
efetuar o cadastramento de crianças e de adolescentes em condições de
serem adotadas, de pessoas ou casais habilitados à adoção e de crianças Art. 260-A. A partir do exercício de 2010, ano-calendário de 2009, a
e adolescentes em regime de acolhimento institucional ou familiar. (Incluído pessoa física poderá optar pela doação de que trata o inciso II do caput do
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência art. 260 diretamente em sua Declaração de Ajuste Anual. (Incluído pela Lei
nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimen-
to de atenção à saúde de gestante de efetuar imediato encaminhamento à § 1o A doação de que trata o caput poderá ser deduzida até os seguin-
autoridade judiciária de caso de que tenha conhecimento de mãe ou ges- tes percentuais aplicados sobre o imposto apurado na declaração: (Incluído
tante interessada em entregar seu filho para adoção: (Incluído pela Lei nº pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
12.010, de 2009) Vigência I - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Pena - multa de R$ 1.000,00 (mil reais) a R$ 3.000,00 (três mil reais). II - (VETADO); (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
(Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência
III - 3% (três por cento) a partir do exercício de 2012. (Incluído pela Lei
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o funcionário de programa o- nº 12.594, de 2012) (Vide)
ficial ou comunitário destinado à garantia do direito à convivência familiar
que deixa de efetuar a comunicação referida no caput deste artigo. (Incluído § 2o A dedução de que trata o caput:
caput (Incluído pela Lei nº 12.594, de
pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência 2012) (Vide)
Disposições
Disposições Finais e Transitórias I - está sujeita ao limite de 6% (seis por cento) do imposto sobre a ren-
da apurado na declaração de que trata o inciso II do caput do art. 260;
Art. 259. A União, no prazo de noventa dias contados da publicação (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
deste Estatuto, elaborará projeto de lei dispondo sobre a criação ou adap-
tação de seus órgãos às diretrizes da política de atendimento fixadas no art. II - não se aplica à pessoa física que: (Incluído pela Lei nº 12.594, de
88 e ao que estabelece o Título V do Livro II. 2012) (Vide)
Parágrafo único. Compete aos estados e municípios promoverem a a) utilizar o desconto simplificado; (Incluído pela Lei nº 12.594, de
adaptação de seus órgãos e programas às diretrizes e princípios estabele- 2012) (Vide)
cidos nesta Lei.
§ 5o A pessoa física poderá deduzir do imposto apurado na Declaração Parágrafo único. O preço obtido em caso de leilão não será considera-
de Ajuste Anual as doações feitas, no respectivo ano-calendário, aos fun- do na determinação do valor dos bens doados, exceto se o leilão for deter-
dos controlados pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente minado por autoridade judiciária. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
municipais, distrital, estaduais e nacional concomitantemente com a opção (Vide)
de que trata o caput,
caput respeitado o limite previsto no inciso II do art. 260. Art. 260-F. Os documentos a que se referem os arts. 260-D e 260-E
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) devem ser mantidos pelo contribuinte por um prazo de 5 (cinco) anos para
Art. 260-B. A doação de que trata o inciso I do art. 260 poderá ser de- fins de comprovação da dedução perante a Receita Federal do Brasil.
duzida: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
I - do imposto devido no trimestre, para as pessoas jurídicas que apu- Art. 260-G. Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos
ram o imposto trimestralmente; e (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais,
(Vide) distrital e municipais devem: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
II - do imposto devido mensalmente e no ajuste anual, para as pessoas I - manter conta bancária específica destinada exclusivamente a gerir
jurídicas que apuram o imposto anualmente. (Incluído pela Lei nº 12.594, os recursos do Fundo; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
de 2012) (Vide) II - manter controle das doações recebidas; e (Incluído pela Lei nº
Parágrafo único. A doação deverá ser efetuada dentro do período a 12.594, de 2012) (Vide)
que se refere a apuração do imposto. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) III - informar anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil as
(Vide) doações recebidas mês a mês, identificando os seguintes dados por doa-
Art. 260-C. As doações de que trata o art. 260 desta Lei podem ser efe- dor: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
tuadas em espécie ou em bens. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) a) nome, CNPJ ou CPF; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
(Vide)
b) valor doado, especificando se a doação foi em espécie ou em bens.
Parágrafo único. As doações efetuadas em espécie devem ser deposi- (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
tadas em conta específica, em instituição financeira pública, vinculadas aos
respectivos fundos de que trata o art. 260. (Incluído pela Lei nº 12.594, de Art. 260-H. Em caso de descumprimento das obrigações previstas no
2012) (Vide) art. 260-G, a Secretaria da Receita Federal do Brasil dará conhecimento do
fato ao Ministério Público. (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
Art. 260-D. Os órgãos responsáveis pela administração das contas dos
Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacional, estaduais, Art. 260-I. Os Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente na-
distrital e municipais devem emitir recibo em favor do doador, assinado por cional, estaduais, distrital e municipais divulgarão amplamente à comunida-
pessoa competente e pelo presidente do Conselho correspondente, especi- de: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
ficando: (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) I - o calendário de suas reuniões; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
I - número de ordem; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) (Vide)
II - nome, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) e endereço do II - as ações prioritárias para aplicação das políticas de atendimento à
emitente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) criança e ao adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
III - nome, CNPJ ou Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do doador; III - os requisitos para a apresentação de projetos a serem beneficiados
(Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) com recursos dos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente nacio-
nal, estaduais, distrital ou municipais; (Incluído pela Lei nº 12.594, de 2012)
IV - data da doação e valor efetivamente recebido; e (Incluído pela Lei (Vide)
nº 12.594, de 2012) (Vide)
IV - a relação dos projetos aprovados em cada ano-calendário e o valor
V - ano-calendário a que se refere a doação. (Incluído pela Lei nº dos recursos previstos para implementação das ações, por projeto; (Incluí-
12.594, de 2012) (Vide) do pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide)
§ 1o O comprovante de que trata o caput deste artigo pode ser emitido V - o total dos recursos recebidos e a respectiva destinação, por projeto
anualmente, desde que discrimine os valores doados mês a mês. (Incluído atendido, inclusive com cadastramento na base de dados do Sistema de
pela Lei nº 12.594, de 2012) (Vide) Informações sobre a Infância e a Adolescência; e (Incluído pela Lei nº
§ 2o No caso de doação em bens, o comprovante deve conter a identi- 12.594, de 2012) (Vide)
ficação dos bens, mediante descrição em campo próprio ou em relação
anexa ao comprovante, informando também se houve avaliação, o nome,
— uma mesa de cabeceira equipada com material de uso do paciente; — Limpar a mesa de cabeceira: tampo, parte interna e externa.
Tipos de limpeza — Limpar a parte da cabeceira da cama: grades, laterais, estrado. Le-
vantar o estrado e limpar as molas (com auxílio de uma espátula envolvida
— Limpeza concorrente: é feita diariamente após a arrumação de ca- com uma tira de pano) e parte interna da cama.
ma e consiste na limpeza de parte do mobiliário da unidade do paciente.
— Abaixar o estrado, virar o colchão e limpar a outra metade do col-
— Limpeza terminal ou limpeza de unidade: é a limpeza de todo o chão.
mobiliário da unidade do paciente.
— Limpar a parte dos pés da cama: grades manivela, laterais, estrado.
Indicações Levantar o estrado, limpar as molas e a parte interna da cama.
— Por ocasião do óbito, alta ou transferência do paciente; — Limpar os pés da cama.
— por permanência prolongada no leito. — Forrar o chão com jornal, colocar o material sobre ele e proceder à
Finalidades limpeza da cadeira e parede próxima à unidade.
— Manter a unidade limpa e com aspecto agradável a fim de favorecer — Deixar a unidade em ordem.
o ajustamento do paciente no hospital. Arrumação da cama
— Remover microrganismos e sujidades para prevenir infecções. O leito é um fator importante na obtenção do repouso e conforto ade-
Observações quados, sendo essencial na manutenção e recuperação da saúde. A
técnica preconizada tem por função proporcionar conforto e segurança ao
— Utilizar movimentos simples, amplos, em um só sentido. paciente, como também tornar mais rápido e menos fatigante o trabalho da
enfermagem.
— Fazer uso da mecânica corporal.
Tipos de cama
— Observar a sequência da limpeza: do mais limpo para o mais con-
taminado, e evitar sujar áreas limpas. a ) Cama fechada: poderá ser feita após 2 horas da limpeza da unida-
de. A cama permanece fechada até que o novo paciente a ocupe;
— Dobrar impermeável e colchão, colocando sempre parte limpa so-
bre parte limpa. b) Cama aberta: é aquela ocupada pelo paciente que pode locomover-
se, ou aguarda a chegada de novo paciente admitido;
— Trocar a água sempre que estiver suja.
c) Cama aberta com doente acamado: é aquela ocupada pelo paciente
— Evitar molhar o chão. impossibilitado de locomover-se. Para melhor segurança, ela é realizada
— Dependendo das condições da cama, usar esponja de aço (tipo por 2 pessoas: uma para segurar o paciente, e outra para arrumar a cama;
Bom-bril) e sapólio. d) Cama de operado: ela deverá ser preparada após o paciente ser
— Deixar o leito exposto ao ar e luz solar. Só em casos de extrema encaminhado para cirurgia ou exames sob anestesia.
necessidade, o leito deverá ser arrumado logo após a limpeza. Observações
— A limpeza consiste em ensaboar o mobiliário e retirar o sabão com — Abrir portas e janelas antes de iniciar o trabalho.
o pano úmido.
— Utilizar lençóis limpos, secos, sem pregas e sem rugas.
— Pode-se acrescentar ao material uma bacia e um jarro: o jarro com
água limpa, a bacia para lavar os panos e o balde como recipiente da água — Não deixar migalhas de pão, fios de cabelos etc. nos lençóis a se-
suja acumulada na bacia. rem reusados.
— Limpar colchão, impermeável e travesseiro, se estiverem sujos.
— Ao levar o lençol da cadeira para a cama, estendê-lo sobre o centro Cama aberta
do colchão, ou seja, a dobra deverá corresponder ao meio da cama. — Retirar as peças, trocá-las ou colocar as mesmas em sequência no
— A ourela dos lençóis deve ficar na parte da cabeceira da cama. espaldar da cadeira. Quando necessitar, trocar as roupas de cama colocá-
las em um hamper ou improvisá-lo com a colcha, na grade do pé da cama.
— O lençol móvel improvisado deverá ficar com as costuras das bai-
nhas voltadas para os pés da cama. — Seguir a mesma sequência da cama fechada, mas deixando o len-
çol de cima virado sobre o cobertor e a colcha na parte da cabeceira. O
— A abertura da fronha deverá situar-se do lado oposto à porta de en- travesseiro deverá ser colocado sobre a cama.
trada da enfermaria.
— Após a arrumação de cama, fazer a limpeza concorrente: limpar
— Fazer uso da mecânica corporal. com um pano úmido (ou com álcool) a mesa de cabeceira, grades da cama
e assento da cadeira.
— Lavar ou fazer anti-sepsia das mãos após a arrumação de cama.
— Deixar o cordão da campainha próxima ao paciente.
— Arrumar um lado da cama e depois o outro, a fim de economizar
tempo e movimentos. Dependendo do grau de sujidade do mobiliário, pode-se fazer a limpe-
za com água e sabão, saponáceos etc.
— O hamper improvisado com colcha deverá ser feito na parte dos
pés da cama e não se colocam as roupas de cama de outros pacientes a Cama aberta com doente aca
acamado
fim de evitar a contaminação.
— Desmanchar a cama, dispor o cobertor juntamente com as roupas
Procedimentos Cama fechada de cama limpa no espaldar da cadeira. Deixar o paciente coberto apenas
— Reunir o material: 2 lençóis, 1 lençol móvel (ou comum, dobrado ao com o lençol de cima, exceto se ele apresentar frio.
meio), 1 colcha, 1 fronha, 1 cobertor de lã (optativo) e 1 impermeável — Pedir a colaboração do paciente, orientando-o. Virá-lo para o lado
(optativo). oposto à cadeira com as roupas de cama.
— Colocar a cadeira aos pés da cama e sobre ela o travesseiro e fro- — Dobrar as peças de cama de tal forma a deixar exposta a metade
nha. do colchão.
— Dispor a roupa no espaldar da cadeira, observando-se a ordem: — Estender as roupas limpas, seguindo a sequência.
colcha, cobertor, lençol de cima, lençol móvel, impermeável e lençol de
baixo. — Virar o paciente para o lado limpo, retirando lençol de cima, móvel e
de baixo, e colocando-os no hamper. Completar a arrumação de cama.
— Dispor o lençol de baixo, fazendo o canto da cabeceira, parte dos
pés e lateral da cama. — Ao final, fazer a limpeza concorrente e deixar o cordão da campai-
nha próximo ao paciente.
— Estender o impermeável e o lençol móvel e prendê-los juntamente.
Cama de operado
— Colocar o lençol de cima, deixando o barrado rente ao colchão na
cabeceira da cama. — Trocar todas as roupas de cama e fazer urna limpeza na parte su-
perior da mesa de cabeceira, grades da cama, colchão e cadeira (assen-
— Colocar o cobertor a mais ou menos 40 cm abaixo da cabeceira. to).
— Estender a colcha rente ao colchão na cabeceira da cama, pre
pren-
n- — Dispor as roupas de cama no espaldar da cadeira: colcha, cobertor,
dendo junto as 3 peças no canto dos pés da cama e deixando soltos os lençol de cima, lençol de cabeceira, móvel, impermeável e lençol de baixo.
lados.
— Pôr a fronha no travesseiro, colocando-
colocando-a de en
encontro à grade da — Arrumar a cama seguindo a sequência: lençol de baixo, impermeá-
cabeceira da
da cama. vel, lençol móvel, lençol de cabeceira com 2 pregas laterais. O lençol de
cima, cobertor e colcha deverão ser dobrados na parte da cabeceira e dos
— Endireitar a cadeira. pés, deixando-os enrolados lateralmente.
— Passar para o outro lado da cama, erguer as peças da roupa, do- — Deixar o travesseiro preso às grades da cama ou sobre a cadeira.
brá-las lateralmente e completar a cama seguindo a sequência da disposi-
ção das roupas na cama. — Colocar na mesa de cabeceira uma cuba-rim, gases, aparelho de
PA. e estetoscópio. Dependendo da cirurgia, providenciar outros materiais:
— Deixar a unidade em ordem com o mobiliário em alinhamento. extensão de sonda, aspiradores etc.
— Colocar ao lado da cama um suporte de soro.
Os hábitos de higiene pessoal variam muito, razão pela qual se deve • solução dentifrícia ou água bicarbonatada de 1% ou 3%;
ter muito tato na abordagem do paciente a este respeito. Muitas vezes, é • saco de papel;
necessário orientar os pacientes quanto aos bons hábitos de higiene,
tendo-se o devido cuidado para não provocar constrangimentos. • toalha de rosto;
HIGIENE DO PACIENTE • lubrificante para os lábios.
Higiene oral — Dispor a bandeja com o material sobre a mesa de cabeceira.
A promoção e a manutenção de boas condições de higiene da boca e — Colocar toalha de rosto para proteger a roupa da cama e do pacien-
dos dentes é fundamental para a saúde e conforto do paciente. É hábito, te.
no nosso meio, a escovação dos dentes, pela manhã, ao se levantar, após
— Elevar o decúbito, se não houver contra-indicação.
as refeições e ao se deitar. Certas condições patológicas predispõem a
irritação e a lesão da mucosa oral, como estado de coma, hipertermia, — Molhar a gase da espátula com a solução ou água bicarbonatada e
sendo necessário, nesses casos, uma maior frequência da higiene oral. A proceder à higiene, trocando-se as espátulas com gases tantas vezes
higiene oral compreende: a limpeza dos dentes, das gengivas, bochechas, quantas forem necessárias, e jogando-as em seguida no saco de papel.
língua e lábios.
— Lavar os dentes, gengivas, palato, bochechas, língua e lábios, com
A higiene oral tem por finalidades: movimentos firmes e delicados.
— Conservar a boca livre de resíduos alimentares. — Passar lubrificante nos lábios e língua, se houver necessidade.
— Evitar o mau hálito. — Recolher o material, colocando a unidade em ordem.
— Manter a integridade da mucosa bucal. — Manter o paciente em posição confortável.
— Proporcionar conforto e bem-estar ao paciente. — Anotar na papeleta o procedimento e anormalidades.
— Prevenir a cárie dentária. Cuidado com as dentaduras
Higiene oral de pacientes com dependência parcial de enferma
enfermagem É da responsabilidade da enfermagem a manutenção das dentaduras,
zelando para que não se extraviem ou se quebrem, durante a permanência
São procedimentos de enfermagem:
do paciente no hospital.
— Preparar o material:
Quando o paciente estiver impossibilitado de cuidar da sua dentadura,
escova de dentes (na falta, usar espátulas envolvidas em gases); devemos lavá-la com pasta ou solução dentifrícia e enxágua-la com água
corrente. Segurar a dentadura com gaze ou luva. Oferecer água com
creme dental ou solução dentifrícia; solução dentifrícia para o paciente bochechar, após a limpeza da boca com
copo com água (canudo se necessário); espátula e gazes.
Enxaguar até tirar todo o sabão, despejando a água do jarro delica- d) hamper aos pés da cama.
damente sobre a cabeça. Desprezar a água da bacia no balde, sempre — Oferecer comadre ou papagaio.
que necessário;
— Proceder à higiene oral.
Escorrer bem a água do cabelo, impedir o seu contato com a água su-
ja, retirar a bacia, proteger a cabeça enrolando-a na toalha e posicionar o — Abaixar a cabeceira da cama, se não houver contra-indicações.
travesseiro. — Soltar a roupa da cama, retirar a colcha, cobertor e o travesseiro, se
Pentear o cabelo e deixar o paciente confortável no leito. possível.
Deixar a unidade em ordem. — Retirar a camisola ou pijama, mantendo o paciente coberto com
lençol (e cobertor, se estiver frio).
Anotar na papeleta o procedimento e anormalidades, se houver.
— Manter o paciente em decúbito dorsal.
Observações
— Proteger com a toalha a área do corpo a ser lavada, mantendo as
O procedimento é facilitado quando for executado por 2 pessoas. demais cobertas com lençol.
Observar contra-indicações ou cuidados especiais aos pacientes gra- — Preparar o pano de banho, segurando-o sobre a bacia: molhar o
ves ou submetidos a cirurgia de cabeça e pescoço. pano, jogando-se a água do jarro, e ensaboar.
Repetir o procedimento se necessário, até a retirada de toda a sujida- — Afastar a toalha e lavar com movimentos firmes, cobrindo novamen-
de. te.
Banho no leito — Colocar o pano ensaboado sobre a borda da bacia e preparar o ou-
É o procedimento utilizado pela enfermagem para realizar o banho em tro para enxaguar, jogando-se a água do jarro no pano e sobre a bacia.
pacientes acamados. Geralmente é executado no período da manhã, Afastar a toalha e passar o pano, retirando-se todo o sabonete. Enxugar
sendo repetido quando houver necessidade. O banho no leito é uma em seguida.
técnica importante porque permite uma maior interação enfermagem — — Despejar a água da bacia no balde, quando necessário.
paciente, e ao mesmo tempo fornece subsídios para o diagnóstico precoce
de escaras de decúbito e outras anormalidades da pele. O banho deve obedecer a seguinte ordem:
—Estimular a circulação. — Lavar braços e axilas iniciando-se com a distal e depois a proximal.
—Favorecer a transpiração. São procedimentos da enfermagem: — Lavar os membros inferiores, primeiro o distal e depois o proximal.
—Preparar o material: — Lavar os pés, imergindo-os na bacia colocada sobre a cama, forra-
da com a toalha. Enxaguar com água limpa.
• bacia;
— Desprezar a água que foi utilizada na lavagem dos pés.
• jarro com água morna;
— Colocar o paciente em decúbito lateral, forrar a cama com a toalha,
• saboneteira com sabonete; pano ou luva de banho (2); lavar as costas e enxugar.
• toalha de banho e de rosto; roupa de cama e para o paciente; — Massagear as costas com creme, álcool ou talco, conforme descrito
• folhas de jornal; na massagem de conforto.
PRECAUÇÕES
Contra-
Contra-Indicações
Comprovação Científica
São procedimentos de enfermagem: — Reunir o material: seringa de 50 ou 100 cc, balde, jarro, solução
prescrita, cuba-rim, gaze, toalha.
— Reunir o material: — Explicar ao paciente o procedimento, colocá-lo em decúbito dorsal
• sonda (SNG): em geral nos 14 a 16 nas mulheres, e n.° 16 a 18 nos e proteger o seu tórax com a toalha. Nos inconscientes, colocá-lo com a
homens; cabeceira ligeiramente elevada.
• lubrificante: recomenda-se uma pomada com anestésico; — Aspirar na seringa a solução que está no jarro. Conectar a seringa
• gaze, esparadrapo; na sonda dobrada, desdobrá-la e introduzir a solução. Pode-se também
• toalha; conectar um equipo ao frasco do soro e ligá-lo à sonda.
• seringa e estetoscópio. — Esvaziar por sifonagem (virar a extremidade da sonda para o balde,
que se deve localizar a nível inferior).
— Orientar o paciente sobre os procedimentos, e colocá-lo na
— Repetir a técnica tantas vezes quanto for necessário.
posição de Fowler ou em decúbito dorsal.
— Durante o procedimento, observar reações do paciente: dispnéia,
— Medir o comprimento da sonda a ser introduzido: da base da orelha
cianose, palidez.
até a ponta do nariz e descendo até o final do esterno. Marcar com uma
tira de esparadrapo. — Anotar as características do líquido de retorno e volume injetado e
drenado.
— Colocar a toalha sobre o tórax do paciente.
Sondagem vesical
— Lubrificar mais ou menos 10 cm da sonda, introduzir por uma das
narinas, e, após a introdução da parte lubrificada, flexionar o pescoço de a introdução de um cateter estéril através da uretra até a bexiga, com
tal forma que o queixo se aproxime do tórax. Pedir para o paciente fazer o objetivo de drenar a urina. Deve-se utilizar técnica asséptica no
movimentos de deglutição durante a passagem da sonda pelo esôfago procedimento a fim de evitar uma infecção urinária no paciente.
(observar se a sonda não está na cavidade bucal).
Tem por finalidades:
— Introduzir a sonda até a marca do esparadrapo.
— Testar se a sonda está na cavidade gástrica através de um desses — Esvaziar a bexiga dos pacientes com retenção urinária.
métodos: — Controlar o volume urinário.
• colocar o diafragma do estetoscópio no abdômen do paciente e — Preparar para as cirurgias, principalmente as abdominais.
injetar rapidamente 20 cc de ar. Se ouvirmos o ruído, a sonda — Promover drenagem urinária dos pacientes com incontinência
está no local correto; urinária.
• aspirar com uma seringa o conteúdo gástrico; — Auxiliar no diagnóstico das lesões traumáticas do trato urinário.
• colocar a extremidade da sonda em um copo com água. Se a água Observações
borbulhar, a sonda deverá ser retirada e o procedimento repetido. A sondagem vesical só é aconselhada na retenção urinária quando
— Fixar a sonda com esparadrapo na asa do nariz. Se for SNG os outros meios foram ineficazes.
aberta, a sonda deverá ser conectada a uma extensão e frasco coletor.
— Durante o procedimento, observar reações do paciente: dispnéia, Medidas para estimular a micção:
tosse, cianose. — verificar se se trata de retenção urinária ou anúria. Se houver
— Deixar a unidade em ordem e anotar. hipertensão dolorosa da bexiga, é retenção urinária;
— Na SNG aberta, controlar diariamente o volume e características — abrir torneira próximo ao paciente;
(cor, presença de grumos ou sangue). — despejar água morna na região perineal;
— Manter o paciente em posição de Fowler, a fim de evitar esofagite — colocar bolsa de água quente na região abdominal;
de refluxo.
— promover privacidade do paciente.
Aspiração gástrica
Procedimentos no cateterismo feminino
a retirada de ar ou conteúdo gástrico, com a finalidade de retirar
material para exame e diminuir ou prevenir as distensões ab- — Sondagem de alívio:
dominais por retenção de líquidos ou ar no estômago (realiza- • reunir o material: pacote de cateterismo vesical esterilizado (varia de
se de duas em duas horas, quatro em quatro horas ou sempre hospital para hospital, mas basicamente é uma cuba-rim, uma cuba
que necessário). redonda, bolas de algodão ou gaze, uma pinça Pean ou similar), sonda
uretral (n.os 10, 12, 14), luvas, comadre, biombo, material para higiene
São procedimentos de enfermagem:
íntima, anti-sépticos, lubrificantes ou geléia anestésica, tubo de ensaio
— Reunir o material: gaze, seringa de 20 cc, cuba-rim. para colher amostra (se necessário), campo fenestrado;
— Dobrar a SNG e desconectá-la da extensão, protegendo-a com • cercar as camas com biombos, colocar o material na mesa de
gaze. cabeceira;
— Conectar a seringa à extremidade da SNG, envolvendo-a com a • fazer a higiene íntima ou pedir para a paciente fazê-la, enxugar o
gaze e desdobrar a sonda. períneo e proteger com compressa estéril;
— Aspirar, dobrar a sonda, desconectar a seringa e desprezar o • lavar as mãos;
conteúdo gástrico na cuba-rim.
• colocar a paciente em posição: pernas flexionadas e afastadas uma
— Repetir o procedimento tantas vezes quanto for necessário. da outra, e abaixar a compressa que cobre o períneo;
— Medir o volume da secreção aspirada e anotar. • abrir com técnica asséptica o pacote de cateterismo sobre a cama
— Lavar o material e deixar a unidade em ordem. entre as pernas da paciente;
Lavagem gástrica • colocar na cuba-redonda o anti-séptico e o lubrificante na gaze;
É a introdução, através da SNG, de líquido na cavidade gástrica, • abrir o invólucro da sonda vesical, colocando-a na cuba-rim;
seguida da sua remoção. • colocar a luva com técnica asséptica;
• Possibilitar a execução ou colheita de material para exames. Colocar o paciente em decúbito dorsal, elevar a cabeceira da cama
• Expor o paciente o menos possível, durante o exame. até que o tronco do paciente atinja um ângulo de 45 graus em relação à
cama.
Decúbito dorsal
Indicações: para alimentação e em patologias respiratórias, de um
O paciente deve ser colocado deitadas de costas, com as pernas es- modo geral.
tendidas ou ligeiramente flexionadas para provocar o relaxamento dos
músculos abdominais. Os braços devem estar estendidos ao longo do Coleta de material para exames
corpo. O lençol que cobre o paciente deve estar solto na cama. O uso do
travesseiro é opcional. Os exames de laboratório são muito importantes para se definir o di-
agnóstico ou traçar uma linha de conduta terapêutica para o paciente. A
Indicações; Usado para a realização de exame físico. orientação do paciente é fundamental, pois as colheitas de material, de um
Posição de Sim’s modo geral, requerem a sua colaboração. Costuma-se examinar: sangue,
fezes, urina, escarro, líquor e outros, conforme a necessidade. Cabe à
Colocar o paciente em decúbito lateral esquerdo, mantendo a cabeça enfermagem o preparo físico e psíquico do paciente, colher ou auxiliar na
apoiada no travesseiro, O corpo deve estar ligeiramente inclinado para a colheita das amostras, identificar o recipiente e providenciar o encaminha-
frente, com o braço esquerdo esticado para trás, de forma a permitir que mento do material com a requisição médica, ao laboratório.
parte do peso do corpo apóie sobre o peito. O braço direito deve ser posi-
cionado de acordo com a vontade do paciente. Os membros inferiores Finalidades:
devem estar flexionados; o direito, mais que o esquerdo. Cobrir o paciente,
expondo apenas a área necessária. • Auxiliar no diagnóstico.
• Auxiliar na avaliação do estado do paciente.
Indicações: exames vaginais, retais, clister e lavagem intestinal.
Colheita de sangue
Posição ginecológica Geralmente são colhidos antes do desjejum. A amostra é colhida atra-
Colocar o paciente em decúbito dorsal horizontal com as pernas flexi- vés de venopunção e colocada em um recipiente apropriado, de acordo
onadas sobre as coxas, a planta dos pés apoiada sobre o colchão e os com a natureza do exame: tubos de ensaio, tubos esterilizados, frascos
joelhos bem afastados. Cobrir o paciente com um lençol em diagonal, de com meio de cultura, frascos com anticoagulantes.
tal forma que uma ponta fique sobre o peito e a outra na região pélvica. As
outras duas pontas deverão ser presas sob os calcanhares do paciente. Os exames mais solicitados são:
No momento do exame, dobrar a ponta que cobre a região pélvica para
trás. —hemograma, hematócrito e hemoglobina, hemossedimentação, tipa-
gem sanguínea: utilizando-se frascos com anticoagulante;
Indicações: exame e tratamento vaginal e retal. —glicemia: geralmente é utilizados frasco com fluoreto e oxalato;
—uréia, creatinina, sódio e potássio, amilase, fosfatase alcalina etc.:
Litotomia
tubo simples;
Esta posição assemelha-se à ginecológica. Colocar o paciente em de- —hemocultura: tubos com meio de cultura aeróbio ou anaeróbio.
cúbito dorsal, com a cabeça e os ombros ligeiramente elevados. As coxas
devem estar bem flexionadas sobre o abdômen, afastadas uma da outra e São procedimentos de enfermagem:
as pernas sobre as coxas. Normalmente, para se colocar o paciente nesta
posição, usam-se suportes para os joelhos (perneiras). —Preparar o material.
30=40x
1ª linha -> colocar a informação
2ª linha -> colocar pergunta 40x=30
Em uma ampola de dipirona tenho 2 ml de solução. Quantos ml de solução x=30:40
tenho em três ampolas?
x= 0.75ml
1 ampola ----------------- 2ml
Prescrição Médica:Insulina
Médica: regular 12UI de 6/6horas.
3 ampolas----------------- x
Existe na instituição frasco insulina regular com 60 UI e seringa de 80 UI.
6=x
X= S.P
x= 6
---------
resposta: em 3 ampolas há 6ml de dipirona.
F
Prescrição Médica: Gentamicina 20mg IM
Tenho ampolas de 80mg/2ml x= 80x12
-----------
60
2ml ------------ 80mg
x= 960:60
x ------------ 20mg
x= 16UI
80x = 40
Quando usar a fórmula?
x=40/80 Vc usará a formula sempre que as Unidades coincidirem, ou seja; a pres-
x= 0.5ml crição, seringa e frasco serem em UI... quando a seringa forem em ml vc
usará a regra de três tradicional.
Prescrição Médica:
Médica Cefalotina 600mg EV
Tenho frasco de 1g Prescrição Médica:Insulina
Médica: NPH 25 UI 1x ao dia.
Existe na instituição frasco de insulina NPH 100UI e seringa de 80 UI.
10ml ------ 1000mg
X=S.P:F
x ------ 600mg
X=80.25:100
1000x= 6000
X=2000:100
x= 6000/1000
X=20UI
x=6ml
Prescrição
Prescrição Médica: Ampicilina iv 1,5g de 12/12horas
Prescrição Médica: 50 gts de uma medicação X para um paciente interna-
do, temos a disposição seringa de 10 ml. Como devo proceder ? Disponível na instituição 500mg H2O 10ml.
10ml------------500mg
20 gotas---------1 ml
50 gotas--------- X ml x ------------- 1500mg
50=20x 500x=15.000
20x=50 x=15.000:500
x= 50:20 x= 30ml
x= 2,5 cálculos de Permanganato de Potássio (KMnO4)
É um sal de manganês, de colocação roxo-escura, solúvel em água fria.
Devo aspirar 2,5 ml da medicação.
Tem ação antisséptica e antipruriginosa. Vem na forma de comprimidos de
Prescrição Médica: 30UI de insulina, Tenho frasco com 100 UI/ml e
100mg.
seringas de 3ml quanto devo aspirar?
Indicações: Indicado no tratamento das infecções causadas por fungos e
100UI---------1 ml
protozoários tais como Epystilis sp, Trichodina sp, Ichthyophthyrius sp
30UI-------- X ml
“Doença dos Pontos Brancos” e Monogenéticos.
30= 100x Sua diluição deve ser realizada conforme prescrição médica, podendo ser:
100x=30 1:10.000 isto significa 1g de KMnO4 está para 10.000 ml de água.
x=30:100 1:40.000 isto significa 1g de KMnO4 está para 40.000 ml de água.
x= 0,3 EXEMPLO
Você vai apirar 0,3 ml na seringa de 3 ml. PM 2000ml (2L) de KMnO4 a 1:40.000
Tendo comprimidos / tabletes de 100mg.
Prescrição Médica: Insulina NPH 30U subcutânea.Quantos ml de insulina
deverão ser administrados, sendo que na unidade temos insulina NPH 40U Solução / ml KMnO4
e a seringa é de 3ml.
40.000 ------ 1000mg
x = 2.000000 x = 100
---------------- = 50mg ---------- = 1 ml
40000 100
Como os comprimidos já são de 100mg é só dividir para diluir. X = 1ml da solução que é 25mg de KMnO4.
Resposta:
Para preparar a solução de KMnO4 colocaremos 1 ml da diluição do cp em
1000ml (1L) de água,
obtendo assim a solução de KMnO4 a 1:40.000 ml.
01-Numa prescrição consta: KMnO4 banho com sol. 1:4000. 03- Preparar 1000ml Kmno4 a 1:40.000 a tablete de 100mg.
Quantos comprimidos de 100 mg será necessário para preparar 1 litro de
solução?.
1000mg ----40.000ml
sol. 1:4000 => 1g de KMnO4 para 4000ml de agua X --------------1.000ml
1g ------------4000ml - 40.000x=1000.000
x----------------1000ml
X = (1 x 0,25)/ 0,1 = 2,5 comprimidos 04- Preparar 2000ml de Kmno4 a 1:4.000 partindo de uma solução a 5%.
100x = 1 . 25 1000mg---------20l
x -------------1l
100x = 25
x=50m
x= 25 2%=2g=2000mg
-------- = 0,25 cp ou 1/4 do comprimido
100 2000mg-------100ml
50mg-------------xml
3º Passo - Com a dificuldade
dificuldade de cortar o cp em quatro partes iguais, x=2,5ml
devemos preparar a solução na dosagem corre
correta, diluindo o cp em 4ml de
água destilada. Devo utilizar 2,5ml da solução a 2% em 1 l de água.
01.No CTI,um paciente apresenta quadro de hipocalemia de 2,6mEq/l.
100mg do cp -------- 4ml
10gramas-------------100ml Numa ampola de aminofilina de 10ml 2,4% eu tenho 0,24 gramas mais
prescrição setá em mg.
x-------------------------10ml
0,24 gramas=240mg,agora posso fazer conta:
100x=100
10ml------------240mg
X=100:100
x------------------120mg
X= 1grama
240x=1200
Se eu tenho 1 grama em 10 ml quantas em quantos ml vou ter 3 gramas?
X=1200:240
10ml---------1grama
X= 5 ml
x---------------3gramas
Resposta: Vou diluir 5ml da ampola de aminofilina 10ml a 2,4% em 50ml
1x=30 sg5%.
X= 30:1 04- Paciente internado no CTI,foi solicitado pelo intensivista que fosse
iniciada infusão de dobuta 10 microgramas/kg/min.Quantos ml/h devemos
X= 30ml iniciar está infusão?
02-. No 1º dia de pós-operatório, foi prescrito a J.P.C. uma solução de SG Solução: Dobutamina 20ml com 250mg (2 ampolas) + SG5% 210ml
5% - 500 mL com KCl" 19,1% - 10 mL, para correr (solução 2:1). Peso do paciente 70kg.
em 24 horas. Considerando que a Unidade só dispõe de ampola de KCl" a A) 17ml/h
10% - 10 mL, o volume de KCl", em B) 10ml/h
mililitro (mL), a ser adicionado à solução de glicose,são? C) 21ml/h
D) 23ml/h
(A) 21,2 mL
(B) 21,2 mL
SG5% 210ml + 40ml de dobutamina= 250ml com 500mg
(C)) 18,1 mL Ou 250ml com 500.000µg
(D) 19,1 mL
Se eu dividir 500mg pelos 250ml da solução eu tenho 2mg/ml
(E) 10,0 mL Ou 500.000:250= 2000 µg/ml.
KCL 19,1%
1ml ---------- 2000µg
19,1grama----------100ml x-----------10µg
x----------------------10ml 2000x= 10
100x=191 X= 10:2000
X= 0.005
X=191:100
Em 0.005ml eu tenho 10µg
X=1.91grama
X=
0.005 x 70kg x 60min = 21ml/h
KCL 10% resposta letra C.
10gramas----------100ml
Existe uma fórmula também:
x----------------------10ml
100x=100 mg : kg: 60 x 1000= constante
Depois você pega essa constante e multiplica pelo gotejamento,você pode
X=100:100 trabalhar tanto com mg ou µg.
X= 1grama Ou seja: 2000µg:70kg:60min x 1000= 476.1904 que é nossa constante
Nos EUA e ainda em outros países a unidade para peso ainda é o pound
(libras). Como é a conversao de pounds em Kg ou de Kg em pounds?
1 Libra (pound) = 0, 45 Kg
isso, utilizamos a regra de três: quanto por minutos, para isso é necessário treino, busquem por exercícios
pela net e treinem bastante moçada!
A formulação de propostas para a educação profissional em saúde, muito Capacidade de movimentação: Paralisia de um dos lados do corpo, in-
embora possa representar importante colaboração para as mudanças alme- clusive da face, pode indicar hemorragia cerebral ou intoxicação por dro-
jadas, sempre encontrará limitações dadas pela própria cultura institucional e gas.Paralisia das pernas pode indicar fratura de coluna abaixo do pescoço,
a organização das práticas de saúde. Para Paim & Almeida-Filho (2000, p. paralisia de braços e pernas pode denunciar fratura ao nível do pescoço.
81), “a revisão e o desenvolvimento curricular podem ser medidas necessá- Reação á dor: A incapacidade de movimentos geralmente esta associ-
rias para a reatualização das instituições de ensino face à reorganização das ada á insensibilidade á dor. Queixa de torpor ou formigamento(parestesia)
práticas de saúde, porém insuficientes para alterar o modo de produção dos nas extremidades pode significar trauma na coluna.
agentes”.
Temperatura do corpo: Temperatura baixa (menos de 36 graus) pode
A formação para o trabalho na ‘vigilância em saúde’ deve ter a pesquisa indicar estado de choque, hemorragias, inicio de insolação, exposição
como eixo central para a realização da prática estratégica – informa- prolongada ao frio. Temperatura acima do normal pode ser decorrentes de
ção/decisão/ação, através do reconhecimento do território/população, do febre ou de exposição a calor excessivo.
domínio do planejamento como ferramenta capaz de mobilizar os diversos
atores na resolução dos problemas identificados e da ação comunicativa Parada respiratória ( PCR)
(Paim & Almeida Filho, 2000). Situação em que, clinicamente, não são perceptíveis os movimentos
Do mesmo modo, é importante adotar como referência para o projeto e- respiratórios e batimentos cardíacos.
ducativo o conceito de prática de saúde, o que significa privilegiar, num As causas mais freqüentes ocorrem através da obstrução das vias aéreas
primeiro momento, as dimensões objetivas do processo de trabalho (objetos, superiores em função da aspiração de corpos estranhos, da depressão do
meios e atividades), valorizando as relações técnicas e sociais que permeiam sistema nervoso central por intoxicação, superdosagem de drogas, edema
tais práticas assim como os aspectos simbólicos e as representações embuti- cerebral, choque elétrico e outros.Pode ainda ocorrer em função da pouca
das na interação dos agentes entre si, destes com segmentos da população e concentração de oxigênio nas grandes altitudes e em casos de soterramen-
de ambos com as organizações e instituições (Paim & Almeida Filho, 2000). to,
Se o propósito for transformar as práticas de saúde mediante a redefini- Sinais e Sintomas:
ção de políticas e a reorganização dos processos de trabalho, não se pode
subestimar a questão pedagógica. Cumpre assim aproveitar as oportunidades
— passar sonda vesical e SNG de acordo com o tipo de cirurgia e roti- — observar nível de consciência, estado geral, quadro de agitação e
na da clínica (geralmente realiza-se esse procedimento na SO); outros comprometimentos neurológicos;
— após o aviso da SO ou momentos antes do horário marcado deve- — tranqüilizar o paciente e notificá-lo do local onde se encontra; per-
se: guntar se ele apresenta alguma anormalidade. Não se deve tecer comentá-
rios indevidos perante o paciente aparentemente inconsciente ou sonolento,
a) pedir para o paciente urinar espontaneamente quando não houver pois a audição poderá estar presente;
sonda vesical; — verificar anormalidades no curativo (secreção, sangue) e se há pre-
b) retirar toda a roupa de uso pessoal e colocar camisola com a abertu- sença de hemorragia;
ra nas costas; — observar funcionamento de drenos, sondas, cateteres e conectá-los
e) cobrir a cabeça com uma touca; à s extensões;
d) deitar o paciente na maca; — observar e controlar gotejamento de soro, sangue e derivados;
e) verificar e anotar TPRPA; — verificar as anotações do centro cirúrgico e prescrição médica;
f) aplicar a medicação pré-anestésica prescrita e checar; — controlar e anotar TPRPA freqüentemente, de acordo com a condi-
g) fazer as anotações; ção clínica do paciente;
h) encaminhar o paciente com papeleta e prontuário para a SO. — observar presença de anormalidades e complicações pós-
Observação: A medicação pré-anestésica (MPA) é prescrita pelo anes- operatórias, prestando os cuidados específicos (ver a seguir);
tesista, devendo ser administrada 45 minutos antes da cirurgia, ou seja, — iniciar tratamento de pós-operatório específico da cirurgia e da pres-
momentos antes de encaminhar o paciente para a cirurgia. Ela visa: crição médica;
Frascos para o exercício respiratório. 3. Náuseas e vômitos: é um sinal comum após o paciente recobrar a
consciência, mas torna-se grave se persistir por mais de 3 dias.
Observação: Pode ocorrer devido ao acúmulo de líquido e restos alimentares no tra-
to digestivo, decorrente de diminuição do peristaltismo, efeito colateral das
1. O exercício respiratório com frascos tem por finalidade provocar uma drogas anestésicas, distensão abdominal.
expiração forçada e, conseqüentemente, o paciente deverá inspirar pro-
fundamente. Dessa forma, ocorre uma melhor expansão pulmonar, mobili- Procedimentos de enfermagem
zação de secreção e diminui-se o risco de complicações pulmonares.
— Colocar o paciente com a cabeça voltada lateralmente, deixando-se
O exercício respiratório com frasco consiste em: uma cuba-rim para recolher o material do vômito. Na ausência da cuba-rim,
aparar o vômito com o lençol de cabeceira da cama do operado;
— encher 2/3 de um frasco (A) com água e corante e deixar outro (B) — proceder a aspiração da SNG a fim de esvaziar a cavidade gástrica;
vazio;
— fechar os frascos com tampas; no A introduzir um tubo (por exem- — lavar a boca após o vômito e manter ambiente limpo e com odor a-
plo, pedaço de equipo de soro) até próximo do fundo, e ligá-lo ao frasco B; gradável;
— introduzir no frasco A um tubo sem mergulhá-lo na solução e que, — medicar conforme prescrição (Plasil ou Dramim);
externamente, tenha um bucal;
— anotar quantidade, aspecto e providências tomadas.
Paciente executando o exercício respiratório
4. Sede:
Sede é a sensação de ressecamento da boca e faringe decorrente
— fazer um respiro no frasco B; da ação inibidora de secreções da Atropina (utilizada como MPA), perdas
— colocar os frascos em níveis iguais, ou o frasco A em nível inferior sangüíneas, perda de líquidos através de sudorese excessiva, hipertermia e
ao B; cavidade exposta durante o ato operatório.
— pedir para o paciente inspirar profundamente e soprar o bucal do
frasco A; com isso, ocorrerá passagem de determinado volume da solução Procedimentos de enfermagem
A para B. Após determinado número de exercícios, o frasco B encher-se-á
de solução; nesse caso, trocam-se as tampas e retoma-se o mesmo proce- — Observar sinais de desidratação através de turgor da pele, diurese,
dimento, agora com os frascos trocados. alteração da PA, sonolência e outros;
— verificar jejum para manter uma hidratação VO ou EV;
2. O exercício respiratório com Bird (respirador artificial): tem por finali-
dade expandir o pulmão, injetando ar e oxigênio sob pressão. — umidificar boca e lábios e realizar higiene oral nos pacientes impedi-
dos de hidratar-se por VO.
Anormalidades e complicações no PO
5. Soluços: são espasmos diafragmáticos intermitentes provocados pe-
1. Dor: é um dos primeiros sintomas a surgir no PO, diminuindo nos di- la irritação do nervo frênico, mas de etiologia desconhecida. No PO, a
as subseqüentes. Suas causas podem ser: causa mais comum é por distensão abdominal e hipotermia.
— existência de drenos, sondas, cateteres;
— posição adotada durante o ato cirúrgico; Procedimentos de enfermagem
— imobilidade prolongada;
— trauma cirúrgico; —- Eliminar as causas: aquecer o paciente, fazer mudança de decúbi-
— distúrbios psicológicos: atenção voltada a dor, estado de medo e to, aspiração ou lavagem gástrica, estimular deambulação etc.;
ansiedade etc. — fazer o paciente inspirar e expirar com um saco de papel (porque o
dióxido de carbono diminuía irritação nervosa);
Procedimentos de enfermagem
enfermagem — comprimir com os dedos as dobras oculares com as pálpebras cer-
radas durante alguns minutos;
— preparar material de emergência e outros, de acordo com a evolu- a) auxiliar o paciente a sentar-se (quando não houver contra-
ção clínica do paciente. indicação), pois essa posição facilita a micção;
b) fazer higiene íntima com água morna;
7. Alterações pulmonares: a atuação de enfermagem deve estar volta- c) abrir a torneira próxima ao leito do paciente, pois o som ou a visão
da para a sua prevenção; após a sua instalação e de acordo com a evolu- de água corrente relaxa o espasmo do esfíncter urinário;
ção, o paciente é encaminhado à terapia intensiva. d) colocar bolsa de água quente sobre o abdome, compressas quentes
no períneo;
As principais complicações são: e) promover a privacidade do paciente: fechar a porta, evitar abri-la
constantemente (orientar o paciente a tocar a campainha quando urinar ou
— atelectasia: a obstrução do brônquio através de secreções ocasiona necessitar de auxílio), cercar a cama com biombos;
colabamento dos alvéolos pulmonares; f) orientar o paciente sobre a importância da eliminação da urina retida;
g) medicar para dor, pois esta dificulta o relaxamento do esfíncter, ne-
— broncopneumonia (Bcp): afecção pulmonar provocada por aspiração cessário para a micção;
de vômito ou alimentos, estase pulmonar, irritação por produtos químicos h) passar, sob prescrição médica, sonda vesical de alívio quando ou-
ou infecção por microrganismos; tras medidas falharam. Anotar o procedimento, controlar volume drenado e
— embolia pulmonar: obstrução da artéria pulmonar ou de seus ramos características.
através de êmbolos.
9. Alterações gastrintestinais: as mais comuns são constipação intesti-
Procedimentos de enfermagem nal, distensão abdominal e obstrução intestinal.
— Estimular a movimentação no leito e a deambulação precoce; A constipação intestinal é causada pelo efeito colateral do anestésico,
— incentivar exercícios respiratórios com Bird ou frascos; imobilidade prolongada, medo da dor. Pode provocar, além da retenção das
— fazer tapotagem após mudança de decúbito e exercício respiratório; fezes, dor ou desconforto abdominal e flatulência.
— estimular a tosse e expulsão da secreção broncopulmonar;
— manter a cabeça do paciente voltada lateralmente na presença de Procedimentos de enfermagem
vômito;
— aspirar secreção endotraqueal sempre que necessário, através da — Estimular ingestão de líquidos (água, chá ,sucos de frutas) para a-
intubação ou traqueostomia; molecer as fezes endurecidas;
— manter material de oxigenação pronto para atendimento de emer- — oferecer e estimular a aceitação de alimentos ricos em celulose
gência; (verduras, legumes, frutas com bagaço);
— manter nebulização contínua, inalação, oxigenioterapia e adminis- — evitar a imobilidade através da movimentação no leito e deambula-
tração de expectorantes, de acordo com a orientação médica; ção, que tem por finalidade facilitar o retorno do peristaltismo:
— manter hidratação adequada a fim de fluidificar secreções e, conse- — administrar a medicação laxante prescrita no período noturno;
qüentemente, facilitar a sua expulsão; — orientar o paciente sobre os procedimentos a adotar, inclusive no
— atentar para as alterações da respiração e temperatura; que se refere ao hábito do funcionamento intestinal após o desjejum (me-
— evitar infusão venosa nos MMII (prevenção de embolias). lhores condições de reflexo gastrocólico);
— orientar sobre a importância da evacuação, tentar diminuir o medo e
8. Alterações urinárias: pode ocorrer anúria, oligúria, infecção, retenção a ansiedade;
e incontinência urinária.
A distensão abdominal é de corte do íleo adinâmico, que provoca dor — melhorar estado nutricional e corrigir doenças sistêmicas no pré-
abdominal (em conseqüência da congestão passiva da alça intestinal), operatório;
vômitos, retenção de gases e sinais gerais (desconforto, dispnéia, taquicar- — pode-se fazer lavagem ou irrigação do local da deiscência com soro
dia, agitação etc.)..As principais causas são a exposição e manipulação da fisiológico;
alça intestinal durante a cirurgia, efeito das drogas anestésicas, imobilidade — utilizar medidas de prevenção e tratamento da ferida operatória;
pós-operatória, quadro inflamatório (peritonite), dieta (ex.: leite e laranja — prevenir e tratar a distensão abdominal (em cirurgias abdominais).
possuem um tempo maior de fermentação e, conseqüentemente, maior
produção de gases). d) Evisceração:
Evisceração é a deiscência com saída de vísceras pela parede.
— Orientar o paciente para movimentar-se no leito e deambular; — cobrir os órgãos eviscerados com compressas estéreis e umedeci-
— aspirar SNG para remoção de líquidos e gases; dos com soro fisiológico ou líquido de Dakin;
— aplicar calor na região abdominal; — manter o paciente calmo, em decúbito dorsal, com os joelhos flexio-
— orientar o paciente a deglutir menos ar ao beber ou ingerir alimen- nados;
tos; — comunicar ao médico;
— promover a privacidade do paciente a fim de que ele possa eliminar — preparar o paciente para a cirurgia.
os gases;
— passar sonda retal ou fazer lavagem intestinal de acordo com a
prescrição médica. ENFERMAGEM EM CLÍNICA MÉDICA
A obstrução intestinal ocorre com maior freqüência nas cirurgias abdo- PNEUMONIA
minais com o trânsito intestinal interrompido ou paralisado devido à s ade- É uma processo inflamatório agudo do parênquima pulmonar cau-
rências inflamatórias, introdução da alça intestinal no trajeto da drenagem sado por bactéria,vírus,fungos ou gordura.
etc. Caracteriza-se por estagnação do conteúdo intestinal, produzindo
vômito de odor fétido e distensão abdominal. As bactérias nos primários são causados pelo pneumococo.
O movimento global em busca de segurança e qualidade nos serviços Nesse relacionamento inadequado o paciente passa a ser um "pacien-
de saúde não é um fato novo. Proporcionar à população assistência digna, te-objeto" dominado pelo agente do 'saber -poder', uma relação ainda que
com custos reduzidos, é tema prioritário e um grande desafio para a socie- superficial nesse caso é reduzida a mais pobre expressão, ao "in"-pessoal.
dade. Para corrigir essa relação é importante que o indivíduo se expresse e seja
ouvido.
Em 1859, Florence Nightingale, enfermeira visionária, dizia “pode pare-
cer talvez um estranho princípio enunciar como primeiro dever de um Muitos psicólogos nos alertam também contra os perigos da identifica-
hospital não causar mal ao paciente”. ção, pois se o enfermeiro se identificar muito intimamente com o paciente
ele pode perder os recursos e o controle dos acontecimentos. Segundo
Técnico de Enfermagem 173 A Opção Certa Para a Sua Realização
Apostila Digital Licenciada para marcelo RODRIGUES - marcelomachadorodrigues@outlook.com.br (Proibida a Revenda)
APOSTILAS OPÇÃO A Sua Melhor Opção em Concursos Públicos
Sarano alguma objetividade, alguma distância serão indispensáveis para das tecnologias, abastecimento, desempenho ruim de pessoal devido à
que mantenha a cabeça fria e para que a impeça de desempenhar o papel falta de motivação, habilidades técnicas insuficientes e falta de financia-
do doente e apenas a ele. Ele ainda frisa que a eficiência na relação tera- mento dos custos operacionais essenciais dos serviços de saúde. Havendo,
peuta-paciente, não se mede pela satisfação que nela procuram tanto o portanto, probabilidade dos eventos adversos serem muito maiores em
paciente quanto o terapeuta. detrimento das nações industrializadas. A incorporação tecnológica é
necessária para o controle dos processos e execução de procedimentos
Sarano afirma ainda que o terapeuta (enfermeiro, médico etc) é visto assistenciais. A tecnologia deve ser de fácil manejo, apresentar segurança
pelo público como desfrutador de privilégios invejados exorbitantes, de nos procedimentos e garantir a execução das ações corretas, dificultando
conhecer e tocar, atingir a nudez do paciente, proibida para os mortais as ações erradas, facilitando a identificação de respostas e a rastreabilida-
comuns. de das informações, oportunizando uma base de dados para a melhoria
Essa relação fracassada não é de exclusividade de hospitais públicos, contínua dos processos.
segundo Sarano, ela também é uma triste realidade nas clínicas particula- Nursing - Que postura o profissional de enfermagem deve ter para a-
res onde o atropelo e a falta de tempo faz com que o paciente fique rodea- menizar e/ou excluir tais fragilidades?
do de aparelhos, tornando assim no fim uma relação traumática.
Marisa Lea Cirelli Sarrubbo - A erradicação do erro é tarefa complexa,
O sucesso de buscar uma relação bem sucedida não é difícil de ser al- uma vez que “Errar é humano”, todavia, não podemos economizar esforços
cançada, pois a oportunidade é dada "diretamente" desde o início, de para manter os níveis de ocorrência de EA próximo de zero, desenvolvendo
receber uma palavra amável e com um sorriso acolher o paciente, pois eles ações que possam prevê-los e estabelecer medidas para evita-los. As
são os que mais cruelmente necessitam dessa atenção. causas dos erros são multifatoriais decorrendo de fatores isolados ou
http://lucasqueirozsubrinho.blogspot.com.br/ combinados entre si, podendo advir do próprio paciente, dos processos
A Segurança do Paciente nos Diferentes Segmen
Segmentos da Saúde executados ou dos produtos utilizados. Podemos abranger o termo “produ-
tos” incorporando todos os recursos materiais, como medicamentos, produ-
A enfermeira Marisa Lea Cirelli Sarrubbo, habilitada em Saúde Pública tos descartáveis, equipamentos, estrutura física, etc. O controle e a preven-
pela Escola Paulista de Medicina e diretora do Serviço de Assessoria em ção do erro deve ter caráter formador e nunca dever ser visto como um
Tecnologia e Gerente de Risco Sanitário da Instituto do Coração do Hospi- processo persecutório. Certamente que não devem ser eliminadas a res-
tal das Clínicas -FMUSP, discorre sobre a segurança do cliente pautada ponsabilidades técnicas, éticas e legais dos envolvidos, porém todas as
nos avanços e fragilidades na assistência da saúde no Brasil. ocorrências devem ser utilizadas como oportunidades para análise crítica
Por: Vanessa Navarro investigativa, revisão dos processos e produtos e tomada de decisões para
eliminação ou redução do erro.
Nursing - Quais são os fatores comuns aos erros dos profissionais da
saúde? Nursing - Quais são os principais fatores que proporcionam o sucesso
da atenção à saúde?
Marisa Lea Cirelli Sarrubbo - O profissionais de saúde erram por falhas
no sistema de atenção a saúde; falta de cultura de notificação, devido a Marisa Lea Cirelli Sarrubbo - A primeira forma de eliminar o erro é de-
falta de aprendizagem; falta de análise dos eventos ocorridos; falta de senvolver a cultura da sua prevenção, por meio do conhecimento das
recursos materiais adequados; sobrecarga dos profissionais; ausência de circunstancias, dos processos e dos produtos que levam ao erro. Algumas
protocolos e rotinas operacionais implantadas; implantação lenta dos pro- ações básicas para melhoria da segurança:
cessos; falta de conhecimento técnico e habilidade; não aderência por parte • utilizar check-lists/protocolos padronizados;
do paciente aos tratamentos propostos. A atuação do profissional de en- • melhorar a qualidade dos registros em prontuário e os mecanismos de
fermagem é preponderante, pois é o maior grupo profissional de atuação no informação;
cuidado direto ao paciente nas instituições de saúde. Os pontos mais
importantes na atuação desta equipe são: foco no sistema ao invés de • padronizar procedimentos e condutas;
Pessoas; cultura de prevenção e identificação de erros; ações corretivas e • participar de iniciativas de processos de melhoria;
construtivas e não punitivas e capacitação da equipe. • incluir o paciente e seus familiares na confirmação de dados;
Nursing - Quais os principais eventos adversos relacionados à assis- • desenvolver uma cultura de segurança.
tência de enfermagem? A adoção das Metas Internacionais para Segurança do Paciente po-
Marisa Lea Cirelli Sarrubbo - Os principais eventos adversos relaciona- dem ser também uma das estratégias implantadas pela instituição para o
dos à assistência de enfermagem podem ser relacionados à atitude do sucesso do programa de Segurança do paciente. São elas:
profissional, aos procedimentos executados e aos fatores ambientais. - identificar os pacientes corretamente;
Podemos apontar como os principais EAs: queda dos pacientes, infecção - melhorar a comunicação efetiva (prescrições/exames diagnósticos);
hospitalar, úlceras de pressão, erros de medicação, manipulação de catete-
res, sondas e drenos, manipulação de vias aéreas, utilização incorreta de - melhorar a segurança para medicamentos de risco;
equipamentos e materiais, ambientes físicos inadequados, proporção de - eliminar cirurgias em membros ou pacientes errados;
profissionais defasada frente ao número de pacientes e grau de complexi- - reduzir o risco de adquirir infecções;
dade no atendimento, materiais e uso de equipamentos sem o devido - reduzir o risco de lesões decorrentes de quedas.
conhecimento, em quantidade insuficiente/obsoletos ou com comprometi-
mento de qualidade. Nursing - Qual é a contribuição dos programas de acreditação em rela-
ção a redução dos eventos adversos?
Nursing - Como os avanços tecnológicos na área da saúde podem in-
terferir na segurança do paciente? Marisa Lea Cirelli Sarrubbo - Acreditamos que os fatores organizacio-
nais afetam a segurança do paciente. Dois mecanismos adquirem impor-
Marisa Lea Cirelli Sarrubbo - A qualidade do cuidado e a segurança tância como catalisadores da segurança do paciente na atualidade: a
dos pacientes assume papel de relevância. A Organização Mundial da acreditação e a regulação pública. Ambos se dirigem primordialmente à
Saúde, por meio da Resolução WHA 55.18, requer que os Estados Mem- forma como os cuidados devem ser prestados aos pacientes nas organiza-
bros voltem a sua atenção à segurança dos pacientes, que desenvolvam ções de saúde. A acreditação, como uma avaliação externa baseada em
normas e padrões globais, que promovam um quadro de políticas baseadas padrões previamente estabelecidos e com caráter voluntário; enquanto a
em evidências e mecanismos para reconhecer a excelência na segurança regulação, como um instrumento de exigência governamental com força
do paciente internacionalmente, e que encorajem a pesquisa. Ainda, nesta compulsória.
resolução, informa que o problema não é novo e que, embora os sistemas
de saúde difiram de um país para outro, as ameaças à segurança do paci- Presume-se que as organizações de saúde com certificado de acredi-
ente têm causas e soluções frequentemente similares. Informa também que tação sejam mais seguras, ou que pelo menos, encontram-se mais prepa-
a situação dos países em desenvolvimento e daqueles em fase de transi- radas para identificar, com maior presteza, falhas e incidentes e, deste
ção econômica merecem atenção particular por vários motivos: qualidade modo, abordarem estes eventos de forma produtiva.
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de
25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
(1) vacina hepatite B (recombinante): Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três
doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema in-
completo, completar o esquema. A vacina é indicada para gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B a após o
primeiro trimestre de gestação.
(2) vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto): Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina,
seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das
vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de
reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto.
Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema de três doses. Nos comunican-
tes com esquema de vacinação incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 (cinco) anos,
deve-se antecipar o reforço.
(3) vacina febre amarela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do
Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns
municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados,
buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se desloca-
(4) vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar com-
provação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias.
Colegiada
Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de
25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA
(1) vacina hepatite B (recombinante): oferecer aos grupos vulneráveis não vacinados ou sem comprovação de vacinação anterior, a saber: Gestantes, após o
primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de peni-
tenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e
mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas
reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assen-
tamentos e acampamentos; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usuários de
drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST.
A vacina esta disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunodeprimidas e portadores de deficiência
imunogênica ou adquirida, conforme indicação médica.
(3) vacina febre amarela (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazo-
nas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios
dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as
Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os
países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam
ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado. Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez
anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vírus buscar orientação médi-
ca. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina.
(4) vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de
20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal.
(5) vacina influenza sazonal (fracionada, inativada): Oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.
PROVA SIMULADA I 08. O banho no leito é uma técnica que possui a finalidade de:
A) lavar da região mais suja para a mais limpa.
01. Dentre as contra-indicações gerais à imunização, podemos citar: B) lavar o paciente por imersão.
A) resfriado comum. C) diminuir o número de microrganismos da pele e das mucosas.
B) hipertermia. D) expor um segmento do corpo de cada vez.
C) cefaléia. E) evitar o uso de água fria por aspersão.
D) hiperidrose.
E) prurido. 09. Após o banho no leito, como fase final da técnica, o profissional tem o
dever de:
02. Como órgão fiscalizador do exercício profissional, o Coren tem como A) manter o ambiente sem corrente de ar.
funções, EXCETO: B) guardar todo o material.
A) verificar quem pode exercer a profissão. C) realizar massagens de conforto.
B) avaliar se os profissionais que exercem legalmente a profissão estão D) providenciar registro das condições do paciente e
cumprindo corretamente suas obrigações. de suas reações.
C) aplicar as penalidades previstas às pessoas que ferem a ética profissio- E) realizar secagem cuidadosa.
nal.
D) averiguar os trabalhadores de enfermagem que estiverem exercendo 10. A sondagem nasogástrica deve ser realizada com o paciente na posi-
ilegalmente sua profissão. ção:
E) determinar a atualização da legislação do exercício profissional. A) de Trendelemburg.
B) de Fowler.
03. O período de incubação da Dengue varia de: C) de Sims.
A) 1 a 2 meses. D) Supina.
B) 2 a 3 meses. E) Prona.
C) 1 a 2 dias.
D) 3 a 15 dias. 11. O dado antropométrico necessário como controle diário à terapêutica
E) 6 a 8 semanas. nutricional é:
A) altura.
04. Todas são medidas profiláticas para a AIDS, EXCETO: B) peso.
A) incentivar o uso de seringas e agulhas descartáveis. C) circunferência do braço.
B) promover e estimular o uso de preservativos. D) prega biciptal.
C) controlar o sangue e derivados. E) prega triciptal.
D) adotar cuidados necessários na exposição ocupacional de material
biológico. 12. Em adultos, o número do cateter nasal a ser utilizado para oxigeniote-
E) realizar teste ELISA. rapia é:
A) 16 a 18.
05. O teste indicado para detecção de infecção pelo bacilo da Hanseníase B) 8 a 10.
é: C) 4 a 6.
A) VDRL. D) 18 a 22.
B) MITSUDA. E) 22 a 24.
C) HCG.
D) TT. 13. Na gravidez tubária, o sintoma determinante é:
E) Westerm Blot. A) vômitos.
B) dor súbita e forte.
06. São sinais e sintomas que fazem parte do quadro clínico agudo de C) singuto.
hipoglicemia no Diabetes mellitus, EXCETO: D) pirose.
A) convulsões. E) secreção vaginal fétida.
B) palidez.
C) tremores. 14. Para transformar 500mL da solução glicosada a 5% para outra a 10%,
D) sudorese. quantos mL de glicose a 50% serão
E) cetonúria. utilizados nessa conversão?
A) 50mL.
07. Com relação à prevenção e controle de infecção, na esterilização, B) 100mL.
assinale a alternativa correta. C) 25mL.
A) Os artigos semicríticos são aqueles em que a esterilização é obrigatória. D) 30mL.
B) Os artigos não críticos são submetidos à limpeza ou desinfecção de alto E) 150mL.
nível.
C) A limpeza é realizada para eliminação de bactérias em forma vegetati- 15. No atendimento emergencial, diante de um paciente politraumatizado,
va. é importante:
D) A desinfecção por processos físicos é realizada pela imersão em solu- A) mobilizá-lo, mantê-lo aquecido e observar sangramentos.
ções germicidas. B) fazer limpeza corporal e mantê-lo aquecido.
E) Descontaminação é o procedimento que deve preceder a desinfecção C) manter vias aéreas permeáveis, realizar hemostasias, imobilizar mem-
ou a esterilização. bros fraturados e repor líquidos e hemoderivados.
12. São materiais indicados para esterilização em autoclave: inspeção, percussão, palpação, ausculta, mensuração e toque va-
ginal (quando necessário);
roupas, borrachas, vidros e instrumentos; ausculta, palpação, percussão, mensuração, toque vaginal (quan-
roupas, gaze furacinada, talco e instrumentos; do necessário) e inspeção;
vaselina líquida, borrachas, seringas e pós; inspeção, palpação, manobras de Leopold-Zweifel, mensuração,
vaselina, vidros, talco e instrumentos; ausculta e toque vaginal (quando necessário);
gaze furacinada, vaselina, pós e seringas. manobras de Leopold-Zweifel, inspeção, ausculta, palpação, per-
cussão e toque vaginal (quando necessário);
13 – Nos cuidados com os cateteres venosos centrais, a Enfermeira
Enfermeira tem inspeção, palpação, mensuração, percussão, ausculta e toque va-
complicaações:
função importante para prevenir as seguintes complic ginal (quando necessário).
infecção e embolia pulmonar; 20. Estabeleça a correspondência
correspondência relacionada às modificações graví-
graví-
trombose e insuficiência cardíaca; dicas:
embolia pulmonar e diminuição do débito cardíaco;
infecção e lesão do vaso central; ( 1 ) Sinal de HUNTER ( ) Cabelos
diminuição do fluxo e necrose do vaso. ( 2 ) Sinal de HALBAN ( ) Aréola secundária
14. É ação da ATROPINA na parada cardiorrespirató
cardiorrespiratória: ( 3) Sinal de JACQUEMIER ( ) Umbigo
aumentar o débito cardíaco; ( 4 ) Sinal de MONTGOMERY ( ) Aréola primitiva
tratar a acidose metabólica grave; ( 5 ) Pigmentação da linha ALBA ( ) Vagina
prevenir ou reverter a bradicardia;
aumentar a contratibilidade miocárdica; A sequência correta é:
fortalecer a resistência vascular periférica.
2, 1, 5, 4 e 3;
15. Nos cuidados relacionados ao sistema de drena
drenagem torácica é 1, 5, 4, 3 e 2;
correto: 2, 1, 4, 5 e 3;
utilizar solução antisséptica no vidro para prevenir infecção hospi- 1, 2, 3, 4 e 5;
talar e coleção de empiema; 3, 4, 1, 5 e 2.
colocar o vidro diretamente no chão para favorecer o gradiente de 21. Na fisiologia da lactação humana:
pressão positiva;
manter o sistema totalmente fechado, evitando pneumotórax ou Lactogênese é a fase do desenvolvimento da mama e tem ação
atelectesia bilateral; do estrógeno.
observar o posicionamento do tubo de drenagem que deverá man- Mamogênese é a fase de produção do leite, tem ação hormonal e
ter a coluna imersa 2,5cm do nível d’água; do sistema nervoso.
manter um suspiro imerso na água para impedir a entrada de ar Lactopoese é a fase de secreção Láctea ou apojadura, tem ação
no tórax e aumentar a expansão torácica. do estrógeno e progesterona.
Lactopoese é a fase de ejeção Láctea e não tem nenhuma corre-
16. É responsabilidade da circulante da sala de cirur
cirurgia: lação com ação hormonal.
controlar os gases anestésicos; Lactogênese é a fase de secreção do leite e tem ação da prolacti-
distribuir os campos cirúrgicos; na produzida pela hipófise.
preparar a pele do paciente; 22. Para o tratamento da 1a. fase de manutenção de Sulfato de
fazer desinfecção das mãos; Magnésio (Mg So4) em uma puérpera com DHEG grave, como
preparar a sala de operação. deverá ser preparada a solução, uma vez que o serviço dis
dispõe de
17. Durante o pré-
pré-operatório imediato,
imediato, devem-
devem-se realizar os se
seguintes ampolas com 10ml de MgSo4 a 50% e soluções iô iônicas à vonta-
vonta-
cuidados de enfermagem: de?
I – Oferecer líquido três horas antes da cirurgia. Adicionando-se 10ml da ampola do MgSo4 em 500ml de soro gli-
II – Verificar sinais vitais antes da cirurgia. cosado a 0,9%.
III – Realizar tricotomia da área a ser operada. Adicionando-se 6ml da ampola do MgSo4 em 500ml de soro glico-
IV – Realizar lavagem intestinal uma hora antes da cirurgia. sado a 5%.
V – Ajudar na higiene corporal do paciente. Adicionando-se 12ml da ampola do MgSo4em 500ml de soro gli-
cosado a 5%.
Estão corretos os itens: Adicionando-se 10ml da ampola do sulfato de magnésio em 500ml
de soro glicosado a 5%.
III e IV;
Adicionando-se 12ml da ampola do sulfato de magnésio em 500ml
I, II e IV;
de soro fisiológico a 0,9%.
II, III e IV;
II, III e V; 23. A influência do diabetes sobre a gestação está relacionada com:
I, III e IV
Favorece a ocorrência de doença hipertensiva específica da gra-
18. São cuidados relacionados ao paciente, no pós-
pós-operatório imedia-
imedia- videz.
to: Redução de bacteriúria e pielonefrite, principalmente no primeiro
trimestre.
realizar ionograma, para melhor controle eletrolítico, devido às al-
Favorece a ocorrência de gestação prolongada, principalmente
terações hemodinâmicas durante o ato cirúrgico;
nas primíparas;
manter a cabeça ligeiramente elevada em relação ao tronco, para
Hipercalcemia e hipobilirrubinemia fetal, independente do controle
evitar aspiração;
clínico.
manter a cabeça em posição lateral e em nível mais baixo que o
Favorece a ocorrência da síndrome do desconforto respiratório ao
tronco, para evitar aspiração;
neonato.
aferir TPR e PA de hora em hora, para melhor controle das fun-
ções vitais, devido ao trauma cirúrgico;
Termos mais usados por profissionais tecnicos em gramas ou com menos de 16,5cm (de comprimento apico-calcaneo-em
pe).
enfermagem ABCESSO: Colecao localizada de pus em cavidade formada pela necrose
tecidual, acompanhada de dor, calor e rubor.
GLOSSARIO ABULIA: Perda da capacidade de tomar decisoes.
ACEFALO: Recem-nascidos caracterizados pela ausencia de cabeca.
A ACETONURIA: Presenca de acetona na urina.
ACIDEMIA: Queda do PH do sangue para valores abaixo do normal ( 7,31
ABDUCAO: movimento para fora do eixo central do corpo. a 7,41).
ABLACAO: Extirpacao; retirada. ACIDOSE: Situacao na qual os niveis de acido no sangue sao proporcio-
ABORTAMENTO: Interrupcao da gravidez antes de se atingir a vitalidade nalmente mais elevados que os das bases.
fetal. ACINESIA: "Ausencia de movimento". Indica a incapacidade do paciente
ABORTO: E o processo de expulsao de um embriao / feto nao viavel. executar alguns movimentos musculares.
Gestacoes interrompidas ate 20 semanas ou um feto com menos de 500 ACROCEFALIA: Oxicefalia; deformidade da cabeca, cujo topo e mais ou
V ___________________________________
_______________________________________________________
VAGINISMO: Espasmo doloroso da vagina ocasionado pela contracao de
seu musculo constritor. _______________________________________________________
VAGINOMICOSE: Infeccao micotica da vagina. _______________________________________________________
VARICELA (catapora): Doenca exantematica aguda, epidemica, propria
da infancia, atribuida a um virus. E caracterizada pelo aparecimento _______________________________________________________
generalizado de visiculas contendo material nao purulento, as quais
_______________________________________________________
secam, restando crostas que se destacam dixando manchas efemeras.
VARICOCELE: Dilatacao varicosa das veias do cordao espermatico. _______________________________________________________
VARICOFLEBITE: Inflamacao da veia varicosa.
VASOCONSTRICAO: Estritamento de lumem dos vasos sanguinios, _______________________________________________________
particularmente das arteriolas. _______________________________________________________
VASOS: Canaliculos fechados de calibre variados, destinado a circulacao
dos liquidos organicos. _______________________________________________________
VASODILATACAO: Dilatacao ou aumento do calibre dos vasos sanguine- _______________________________________________________
os.
VASOESPASMOS: Espasmo vascular, vaso constricao. _______________________________________________________
VASOGRAFIA: Radiografia dos vasos sanguineos.
VEIAS: Vasos constituidos por paredes delgadas e elasticas destinada a _______________________________________________________
recolher o sangue que reflui dos tecidos para conduzi-los ao coracao. _______________________________________________________
VENTILACAO: 1. Ato ou processo de fornecer ar puro isto e, ar2 cuja
pressao parcial de o2 seja mais alta e a pressao de dioxido de carbono _______________________________________________________
mais baixo do que o ar substituido. 2. Ato ou processo de purificar o ar de _______________________________________________________
um local.
VERMICIDA: Agente que destroi vermes. _______________________________________________________
VERMIFUGO: Agente que faz expelir vermes intestinais.
_______________________________________________________
VERMINOSO: Infestado por vermes, parazitos.
VERTIGEM: Tontura, estado no qual os objetos parecem girar em torno _______________________________________________________
do indviduo.
VESICAL: Referente a bexiga. _______________________________________________________
VESICULA: Saco membranoso parecido com uma pequena bexiga, que _______________________________________________________
contem liquido.
VETOR: Qualquer organismo vivo que transmite um agente patogenico de _______________________________________________________
um individuo para o outro. _______________________________________________________
VILOSIDADES INTESTINAIS: Elevacao de forma conica, presentes na
superficie interna do intestino delgado, que tem a funcao de abasorver os _______________________________________________________
principios nutritivos dos alimentos digeridos.
VEREMIA: Ocorrencia de virus no sangue circulante. _______________________________________________________
VIRILHA: A depressao entre o abdomem e a coxa. _______________________________________________________
VIRUCIDA: Substancia quimica capas de destuir virus.
VIRULENCIA: Grau de patogenicidade de um micro organismo, maligni- _______________________________________________________
dade. _______________________________________________________
VIRUS: Micro organismo invisiveis ao microscopio comum, ditos Filtra-
veis, pela sua propriedade de passar atraves de filtro de vela. Sao consti- _______________________________________________________
tuidos por nucleoproteinas altissimo peso molecular.
_______________________________________________________
VOMITO: Emese.
______________________________________________________
X
_______________________________________________________
XANTOPSIA: Defeito visual caracterizado pela percepcao de imagens _______________________________________________________
coloridas de amarelo.
XERASIA: Secura exagerada dos cabelos. _______________________________________________________
XERODERMIA: Secura da pele. _______________________________________________________
XEROFAGIA: Dieta seca.
XEROFTALMIA: Secura e atrofia a conjuntiva. _______________________________________________________
Z _______________________________________________________
_______________________________________________________