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Capacitação em Farmacologia e Terapêutica Aplicada a Odontologia

Risco Cirúrgico - O que é, quais os objetivos, quando e


como solicitar

O QUE É:

Segundo a Sociedade Brasileira de procedimentos cirúrgicos ou determinados


Cardiologia (SBC), o risco cirúrgico é procedimentos odontológicos e médicos.
definido como uma avaliação do estado Quando o risco se iguala ou supera
clínico do paciente, indicado antes de o benefício a cirurgia está desaconselhada.
OBJETIVOS:

Entender melhor sobre o quadro clínico de comorbidades do paciente. Sendo assim,


saúde geral do paciente, abrindo uma janela será possível dosar melhor o risco x
comunicativa entre o médico e o benefício e optar ou não pela realização de
cirurgião-dentista para que se possa obter determinado procedimento.
mais informações acerca das doenças e

A decisão final da realização ou não do procedimento é SEMPRE DO CIRURGIÃO-DENTISTA,


assim como a responsabilidade de qualquer intercorrência relacionada a ele.

QUANDO SOLICITAR:

Pacientes ASA II → quando não se controlada que tenham indicação de


tem certeza acerca do diagnóstico ou procedimento cirúrgico ambulatorial.
controle de uma determinada doença. Todos os pacientes (independente
Pacientes ASA III → com o objetivo da classificação ASA) que forem
de adequação ou ajuste de medicação. submetidos a procedimentos sob sedação
Exemplo: pacientes com hipertensão endovenosa ou anestesia geral.
arterial sistêmica ou diabetes não

COMO SOLICITAR:
Capacitação em Farmacologia e Terapêutica Aplicada a Odontologia

Informar e descrever todo o procedimentos demandam maior tempo de


procedimento que se deseja realizar, assim duração.
como os cuidados que se pretende tomar Quanto maior o risco clínico de um
(incluindo: anestésicos que serão utilizados, paciente, mais importante se torna o
medicamentos que serão prescritos…). controle eficaz da ansiedade e da dor.
Deve-se informar ao médico que alguns

IMPORTANTE: o emprego de soluções anestésicas com epinefrina (em menores


concentrações) PODE SER BENÉFICO em pacientes hipertensos ou portadores da maioria das
cardiopatias, com a DOENÇA CONTROLADA. Sabe-se que uma anestesia ineficaz ou de curta
duração pode expor o paciente a dor aguda inesperada, o que gera um pico de adrenalina
endógena muito grande. Durante essa situação de estresse e dor inesperada, a secreção
endógena de catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) pelas glândulas adrenais
aumentam até 40 vezes, se comparadas aos níveis basais (com o indivíduo em repouso),
atingindo níveis sanguíneos muito maiores se comparados a aplicação de um tubete
anestésico.

A dose máxima de adrenalina contida na solução anestésica local, que pode ser administrada
com segurança durante um procedimento odontológico em pacientes com doença
cardiovascular controlada, é de 40 microgramas (2 tubetes).

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