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A coluna da região cervical é formada por sete vértebras, das quais duas são
morfologicamente distintas, enquanto as outras seguem uma morfologia semelhante
(KISNER & COLBY, 2016). Devido a sua morfologia distinta, ela é subdividida em duas
áreas: região cervical superior (cervicoencefálica) e região cervical inferior
(cervicobraquial) (MAGEE, 2010).
A primeira delas, atlas, com formato de anel, não apresenta corpo vertebral e
processo espinhoso, mas processos transversos grandes, e em sua face superior há uma
depressão, que se liga ao osso occipital, dando origem a duas articulações, chamadas de
atlanto-occipitais (C0-C1) (KISNER & COLBY, 2016).
O áxis (C2), localizado logo abaixo do atlas, apresenta faces articulares na região
laterossuperior, e uma região central onde se posiciona o processo odontoide. Seu
contato com a vértebra superior forma as articulações atlantoaxiais (C1-C2). Essas
articulações são, segundo Magee (2010), as mais móveis da coluna cervical. O principal
movimento realizado é a rotação, com amplitude (ADM) de cerca de 50°; além desse
movimento, permitem cerca de 10° de flexão e extensão e 5° de inclinação/flexão
lateral.
A parte da coluna cervical inferior é formada pelas cinco vértebras inferiores (C3-
C4-C5-C6-C7). Diferentemente das articulações da cervical superior, as articulações
inferiores apresentam disco intervertebral e são do tipo sinoviais; nesses casos, as
articulações facetárias são responsáveis pelos movimentos, que acontecem em todos
os planos. A Figura 2 mostra algumas dessas características, que diferem essa região das
duas primeiras vértebras da cervical.
Segundo Magee (2010), a flexão desse segmento da coluna cervical gera uma
ADM aproximada de 35° até 40°, e uma extensão de 55° até 60°, em geral. A rotação no
segmento cervical inferior é de cerca de 35°.
A inclinação lateral (flexão lateral), cuja ADM esperada é de cerca de 20° a 45°,
acontece para ambos os lados, no plano frontal. Segundo Kisner & Colby (2016), nesse
movimento, as margens laterais dos corpos das vértebras se aproximam no lado para o
qual a coluna está fletindo, e se separam no lado contrário à inclinação. Esse movimento
é observado ao tentar encostar a orelha no ombro correspondente, cuidando para que
o ombro não se mova em direção à orelha, onde a ADM máxima ocorre em C2-C4.
Orienta-se que o exame físico da coluna cervical seja iniciado com a prática dos
movimentos ativos, incluindo: flexão, extensão, inclinação para a direita, inclinação e
rotação para os lados, podendo, também, ser realizados movimentos combinados. Em
relação à ordem dos movimentos ativos, indica-se que os movimentos com queixa
dolorosa do paciente sejam deixados por último, evitando, desse modo, que haja dor
residual na execução dos demais movimentos (MAGGE, 2010). Durante a execução dos
movimentos, o fisioterapeuta deve observar limitações de movimento, contraturas,
rigidez, bloqueios ou outras alterações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FLOYD, R. T. Manual de cinesiologia estrutural. 16. ed. São Paulo: Manole, 2011. [1
recurso on-line]. ISBN 9788520452639.
HAMILL, Joseph. Bases biomecânicas do movimento humano. 4. ed. São Paulo: Manole,
2016. [1 recurso on-line]. ISBN 9788520451311.
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. Exercícios terapêuticos. 2. ed. São Paulo: Manole,
2019. [1 recurso on-line]. ISBN 9788520458266.
TANK, Patrick W.; GEST, Thomas R. Atlas de anatomia humana. Porto Alegre: Artmed,
2009. XIV, 431 p. ISBN 9788536317052.
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