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AUTOLESÃO NÃO SUICIDA NA ADOLESCÊNCIA E ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR

Entende-se a autolesão não suicida na adolescência, como sendo o comportamento deste


jovem de repetidamente provocar lesões superficiais em partes do seu corpo, porém não
letais mas que são dolorosas. Este comportamento vem com o objetivo de diminuir
sensações de angústia, frustração, emoções negativas, ansiedade, depressão ou outras
dificuldades que possam estar ocorrendo com este indivíduo e ele não consegue pedir
ajuda as pessoas próximas. Esta ação visa transferir para a dor infligida, todos estes
sentimentos que o jovem não consegue controlar, nem externar. Apesar da falta de
letalidade imediata, o risco a longo prazo de tentativas de suicídio e consumação de
suicídio é maior e, portanto, a autolesão não suicida não deve ser menosprezada,
podendo entre outros fatores, também ser considerada como um pedido de ajuda.

E neste contexto, surge um profissional que pode fazer muita diferença, no apoio a estes
adolescentes que estão passando por esta situação: o Psicólogo Escolar.
Em alguns países, estes profissionais são chamados de conselheiros, esta nomenclatura
pode ajudar a quebrar os paradigmas que envolvem a busca por auxílio ao psicólogo.
A questão da autolesão, especialmente no contexto escolar, ainda está envolta em tabus,
misticismo e opiniões pré-concebidas (preconceitos) que tendem, por vezes, a generalizar
o sujeito que pratica tal ato, com a ideia do suicídio. Diante disso, é necessário que haja,
primeiro a conscientização das instituições para a contratação deste profissional e por
conseguinte, discussões em que se construam possibilidades, redes de apoio, prevenção,
orientação e cuidado à saúde mental dos jovens e adolescentes, estreitando os laços entre
alunos e família para que o psicólogo escolar seja uma ponte encorajadora, entre os alunos
que praticam ações auto lesivas e os pais, explicando a eles que há tratamento para este
padrão de conduta e que sem intervenção direta, o quadro pode ser agravado.
Desta forma cria-se um vínculo que pode vir a salvar muitas vidas.

Referências:

Artigo: Autolesão não suicida na adolescência e a atuação do psicólogo escolar: uma


revisão narrativa- Isabella Mendes Sant'Ana, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar),

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). DSM-V: Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais. 4. ed. [S.l.]: Artmed Editora, 2014.

BOTEGA, N. J. Comportamento suicida: epidemiologia. Psicologia USP, São


Paulo,20142014. Disponível em: Acesso em: 18 out. 2018. 3. ______ Crise Suicida:
Avaliação e manejo. Porto Alegre: Artmed, 2015.

Gildemberga Alencar Máximo(Guta Alencar)

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