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(6) - Por que Óscar Ribas é considerado maior colector de Literatura Tradicional
Angolana?
É considerado maior colector da literatura tradicional angolana porque debruçou a área
dos Ambundos na Lunda e na Periferia, classificando esse enorme acervo em
variadíssimas obras literárias como os três Volumes de MISSOSSOS.
Em Missosso I (1961): reúne muitos contos e provérbios.
Em Missosso II (1962): psicologia dos nomes, culinária, bebidas, desdéns,
passatempos infantis, vozes dos animais e epistolário.
Em Missosso III (1964): Canções, adivinhas, súplicas e exorcismos, prantos por morte,
instantâneos da vida negra.
(9) - O que torna 1963 uma data marcante na história da Literatura Angolana?
Foi nesta data que se realizou o Iº Encontro de Escritores de Angola em Sá de
Bandeira.
(10) - O que estava por detrás da alocução feita por Emérito Anglófilo Carlos
Estermann no Iº Encontro dos Escritores de Angola?
Reza um provérbio dos Ovimbundu que “ os brancos escrevem nos livros, nós
escrevemos no peito. ” (J.F. Valente,1964b):101). O emérito angolanista Carlos
Estermann, na sua alocução proferida no Iº E ncontro dos Escritores de Angola,
realizado em Sá de Bandeira, em 1963, referiu-se ao futuro da literatura oral dos povos
bantos (“bantu”) angolanos, afirmando:
“ (...) tal perspectiva não é muito animadora para a literatura oral nativa e isto não só na
região de que nos ocupamos, mas em toda a África Negra. Num futuro mais ou menos
próximo os povos deste continente vão ser privados do instrumento tradicional da sua
expressão. É este o processo que está em plena evolução em toda a parte”.
(Estermann,1983(II vol.:280). Nestas palavras do Estermann, está a sua preocupação
por causa do possível desaparecimento dos laços tradicionais dos povos bantos
angolanos.