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Universidade de Brasília

Instituto de Ciência Política (IPOL)

Curso de graduação em Ciência Política

Introdução à Antropologia

Departamento de Antropologia

Aluno: Samuel Oliveira Mendes

Matrícula: 222009705

Correlação entre os textos de Clifford Geertz e de Roque de Barros Laraia

Desde sempre a cultura esteve intrinsecamente ligada à existência humana,


desde os primórdios da humanidade, com as espécies que antecederam o homo sapiens
sapiens, até os dias atuais, logo é correto afirmar que o homem não vive sem cultura e
nem a cultura vivem sem o homem, pois para a sobrevivência da mesma, é necessário
que exista uma série de fatores de origem humana.

As relações entre seres da mesma espécie sempre foi algo extremamente


debatido nos meios acadêmicos, portanto sem muito sucesso a respeito de tal
comportamento entre os seres humanos e os demais animais. O que se sabe é que a
evolução humana trouxe consigo um sentimento de superioridade sobre os demais
animais por parte do homem. É fato que esse sentimento de superioridade foi, mais
tarde, disseminado dentro da própria espécie humana, como no período das grandes
descobertas, onde os descobridores originários da Europa tomavam para si a liberdade
de inferiorizarem e, por vezes, escravizarem as demais etnias cujas quais encontravam
nos territórios dominados.

Durante séculos, acreditou-se que o modo de agir e pensar de um ser humano


fosse determinado pela sua raça e, logo, pela sua herança genética. O comportamento de
uma pessoa está vinculado ao meio em que ela convive, de acordo com as suas
experiências de vida e com as relações interpessoais, daí surge os modos de pensar, de
se relacionar e de conviver em comunidade, pertencentes ao ser humano.

É comum que um povo que desconheça outras etnias, ao entrar em contato com
certa civilização, a julgue de acordo com as suas próprias leis e costumes, tendo em
vista a ausência de informações e conhecimento a respeito de demais culturas. Quando
os europeus entraram em contato com as tribos de índios das Américas, estranharam e
ficaram surpresos com a feição e com a forma de vida dos nativos. Por outro lado, os
nativos americanos também se surpreenderam com a chegada dos descobridores vindo
da Europa em suas grandes embarcações e trajados em pesadas roupas, fatores
inexistentes no continente americano àquela altura.

A geografia é um fator determinante para o desenvolvimento humano e,


consequentemente, cultural de um determinado grupo de pessoas, porém não é o único,
tendo em vista que as relações humanas que ocorrem dentro do meio geográfico, são de
extrema importância para tal desenvolvimento. A geografia de tal região pode ditar
diversas características de determinada cultura; se um lugar for frio, as roupas usadas
pelo povo desse lugar serão feitas de modo que às protejam da baixa temperatura, por
outro lado, se um lugar for quente, as roupas serão feitas de modo que às mantenham
confortáveis com a alta temperatura. Tudo isso é fruto do importante papel que a
questão geográfica tem na consolidação das culturas ao redor do mundo.
Referências Bibliográficas

 LARAIA, Roque de B. “Antecedentes históricos do conceito de cultura”


(p.25-29); “O desenvolvimento do conceito de cultura” (p. 30-52); “A
cultura condiciona a visão de mundo do homem” (p.67-74); Uma
experiência absurda (p. 106-108); A difusão da Cultura (p. 109-113). In:
Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Zahar Editora, 2001
[1986].

 GEERTZ, C. “A Transição para a Humanidade”. In: O Papel da Cultura


nas Ciências Sociais. Porto Alegre: Editorial Villa Martha, 1980. (pp. 21-
36)

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