Aula012 ReleSobreIntensidade REV2022

Protecção de um Sistema de Potência
Aparelhagem de Manobra e Protecção - FHC

1
Protecção de um Sistema de Potência

2
SISTEMAS DE PROTEÇÃO
Sistema de protecção em subestações
As protecções são realizadas com o objectivo de
diminuir ou evitar os riscos ou danos causados,
nos casos de anormalidades durante a operação
do sistema.
A protecção dos sistemas é contra sobrecorrentes
(curto circuitos) e sobretensões (internas e
descargas atmosférica).
Em subestações a protecção contra sobretensões
é, fundamentalmente, os pára-raios.

3
Um sistema de protecção deve:
 Salvaguardar a integridade física de

operadores e usuários do sistema;
 Evitar ou minimizar danos materiais;
 Retirar de serviço um equipamento ou parte
do sistema que se apresente defeituoso;
 Melhorar a continuidade do serviço;
 Diminuir despesas com manutenção correctiva;
 Melhorar indicadores.
4
Um sistema de protecção também deve ter:
 Confiabilidade -proteger o sistema com

segurança e correctamente;
 Selectividade –reconhecer e seleccionar as
condições que deve operar;
 Velocidade -desligar o trecho ou equipamento
defeituoso no menor tempo possível;
 Sensibilidade -responder a anormalidades com
menor margem possível de tolerância.
5
O sistema de protecção actua em três níveis:

principal, de retaguarda e auxiliar.
 Protecção Principal -em caso de uma falha é

quem atua primeiro;
 Protecção de retaguarda -atua quando há uma
falha no sistema de Protecção Principal;
 Protecção Auxiliar -são funções auxiliares dos
sistemas de Protecção principal e de retaguarda,
como sinalização, alarme.
6

7
A protecção dos sistemas é realizada através de
Relés que comandam a abertura de disjuntores.
Os disjuntores são responsáveis por interromper
a circulação de corrente e fazer a extinção do
arco eléctrico.
Arco eléctrico é passagem da corrente eléctrica
por um dielétrico, material isolante.
A intensidade do arco depende do valor da
corrente que está percorrendo o circuito no
momento da interrupção.

8
O modo como o disjuntor faz a extinção do
arco eléctrico é que define suas características
construtivas.
 Os disjuntores mais empregues são:
 Grande volume de óleo,
 Pequeno volume de óleo,
 Gás,
 Vácuo.

9
Interrupcao do arco
 Além dos semicondutores de potência, o arco

eléctrico é o único elemento capaz de mudar
do estado de condução ao estado de não
condução num intervalo de tempo curto;
 Nos disjuntores de AT o arco queima a alta
pressão no óleo, ar ou SF6;
 Nos disjuntores de MT o arco eléctrico a baixa
pressão no vácuo;

10
Interrupcao do arco (1)
 A interrupção da corrente é feita através do

arrefecimento;
 Os disjuntores são classificados de acordo com
o meio de extinção do arco usado: óleo, ar,
SF6 e vácuo.

11
Interrupcao do arco (2)
i
Sistema de 10 kV:
Emax =8160 V
Imax = 141 A e
L = 0.141 A
C L u
C = 5nF
Exemplo: separação de contactos a 45º

i = 141*sin(45) = 100 A
e = 8160*cos(45) = 5770 V = u
Energia armazenada:
Magnética: W = o.5*L*i2 = 0.5*0.184*1002 = 920 J
Eléctrica: W = 0.5*C*u2 =0.5*5e-9*57702 = 0.08 J
A corrente através da bobina não muda instantaneamente  o capacitor é

carregado 0.5*C*u2 = 920 + 0.08 J  u = 607 kV  reignição

12
Interrupção do arco (3)
 Electrões livres criados pela emissão térmica/campo

Electrões acelerados no campo electromagnético
Electrões colidem com partículas pesadas:
Dissociação das moléculas de SF6 (1500 a 2500 k)  S, F átomos
Ionização (500 K): S  S+ + e- e F  F + e-

13
Formas construtivas

14
Disjuntores a óleo
 Esses disjuntores empregam óleo mineral

como elemento para extinção do arco, o óleo
atua como isolante e é capaz de suportar altas
temperaturas;

15
Disjuntor a óleo

16
Disjuntores a gás
 O gás empregado é o SF6-hexafluoretode

enxofre, que em condições normais é
altamente dielétrico, não inflamável e não
tóxico;
 O SF6pode ser usado em isolação de sistemas
de 13,8KV a 500KV;

17

18
Disjuntor a SF6

19
Disjuntor a SF6

20
Disjuntor a SF6

21
Disjuntores a vácuo
 O vácuo é usado para a extinção do arco

eléctrico, é considerado o sistema mais eficiente.

22
Disjuntor a Vácuo

23
Disjuntor a Vácuo

24
Interrupcao ideal do disjuntor
L i
e Cp Rp u
R
R0 Disjuntor Ideal

25
Interrupcao Real do disjuntor
R Arco Electrico

L i
e Cp Rp u
R0 Disjuntor Ideal

26
Interacção Arco-circuito
L i
e Cp Rp u

27
Modos de Falha
Térmica
 A energia do arco
(corrente de pos-arco*
TTR e muito grande
Dielectrico
 A regidez dielectrica é
insuficiente para evitar a
reignição devido a TTR

28
Modelação do Arco (1)
Condutancia do arco
iarc 1
g  F ( Pin , Pout , t )  
uarc R
Energia Armazenada no Plasma
Q   Pin  Pout dt

t
g  F Q   F  Pin  Pout dt 

 t
 0 

29
Modelação do Arco (2)

g  F Q   F  Pin  Pout dt 
t
 0 
Variação da condutancia do arco
dg dF Q  dQ 1 dg 1 dF Q  dQ
  
dt dQ dt g dt g dQ dt
Equação Geral do Arco
d ln g  F ' Q 
 Pin  Pout 
dt F Q 
30
Cassie
Suposições:
Q
Q  DQ0  D
Q0
g 0  F Q   F Q  
Q g0
g  Dg 0  '
Q0 Q0
Q
Pout  DP0  P0
Q0
Equação Geral do ArcoEquação de cassie
d ln g  F ' Q  P0  uarc
2
 1  uarc
2

 Pin  Pout     1   2  1
dt F Q  Q0  P0 / g 0    u0 

31
Mayr
Suposições:
 A conductancia do arco é uma função exponencial
g  F Q   ke  F Q  
Q / Q0 ' K Q / Q0
e
Q0
 A potência do arrefecimento é constante
Pout  P0
Equação Geral do ArcoEquação de Mayr
d ln g  F ' Q  1  ui 
 Pin  Pout   ui  P0     1
1
dt F Q  Q0   P0 
32
Os disjuntores podem ser accionados por três
tipos de comando:
 Manual -realizado no próprio disjuntor, através de

botões.
 Eléctrico -realizado por painéis de comando, que
podem ser instalados dentro ou fora das
subestações.
 Automático -através de relés de protecção
parametrizados, sem nenhuma intervenção
humana.
33
RELÉS DE PROTEÇÃO
 São equipamentos de protecção, que detecta

falhas e outras condições perigosas e
intoleráveis para o sistema. Eles dão comando
para abertura de disjuntores;
 O relé recebe informações permanentemente
do sistema que protege, essas informações
são corrente, tensão, frequência, impedância,
ângulo de fase.

34

35
Relê de Sobrecorrente1

36
RELÉ DE SOBRECORRENTE (50 -51)
 Atua em caso de aumento da corrente nominal

de operação do sistema;
 Dentro de subestações são ligados
indirectamente através de transformadores de
corrente.
 Os relés de sobrecorrente atuam conforme uma
corrente pré-estabelecida e seu tempo de
actuação é programado conforme Curva
Característica de actuação do relé, que podem
ser de tempo definido ou tempo dependente.
37
Relês de Sobrecorrente
Classificação quanto a forma construtiva

 Electro-mecânicos
 Electrónicos
 Numéricos
Classificação quanto a características
operacionais:
 Instantâneos
 Tempo definido
 Tempo inverso
38
Relé de Sobrecorrente
Relé de tempo definido
 Uma vez definido o tempo de actuação e a

corrente mínima de actuação, o relé irá actuar
neste tempo para valores iguais ou maiores
que a corrente mínima.

39
Relé de tempo dependente

 O tempo de actuação do relé é inversamente
proporcional ao valor da corrente. Quando
maior a corrente, menor o tempo de actuação
do relé.

40
Relé de tempo dependente
As curvas de actuação por

tempo dependente pode
ser: Normalmente inversa
(NI), Muito inversa (MI) e
Extremamente inversa
(EI).

41
Os relés são compostos por unidades
instantâneas e temporizadas. A unidade
instantânea (função 50) atua imediatamente
ou por um tempo previamente definido, a
unidade temporizada (função 51) atua por
tempo dependente ou tempo definido.
A unidade instantânea possui ajustes para:
corrente mínima de actuação e tempo de
actuação.
A unidade temporizada possui ajustes para:
corrente mínima de actuação e curva de
actuação.
42

43

44
Relé de Sobrecorrente Direccional
RELÉ DE SOBRECORRENTE DIRECIONAL (67)
Em sistemas em anel, ou dois pontos de

tensão em extremidades, somente o relé de
sobrecorrente não é suficiente, pois em caso
de falhas o relé terá que actuar montante e
jusante. Para esse tipo de falha usa o relé
direccional.

45
O relé direccional possui sensibilidade para
actuar apenas em direcção a um sentido em
relação ao fluxo de corrente pela circula pelo
sistema.
O relé usa duas grandezas de referência:
uma de polarização, caracterizado por sinal de
tensão;
outra de actuação, medida por uma relação de
referência, caracterizado por um sinal de
corrente.

46

47
Relé de Distância
RELÉ DE DISTÂNCIA(21)
O relé de distância atua em função de uma

falha, seu monitoramento é realizado em
função da impedância entre o ponto de
instalação do relé e o comprimento de linha
protegida.

48
Relé de Distância

49
Relé de Distância
O relé de distância pode actuar em zonas de
alcance, que são pré-ajustadas conforme
valores de tempo de actuação

50
Relé Diferencial
RELÉ DIFERENCIAL(87)
Este relé atua exactamente como os disjuntores
diferencial (DR) aplicados na protecção eléctrica
predial.

51
Relé Diferencial

52
Relé de Sub e Sobtensão
Os relés de protecção contra subtensão(27) e
sobretensão (59) atuam quando a tensão fica
abaixo ou acima dos valores de tensão
aceitáveis para a operação do sistema.

53
Leituras
Leitura 1 (Glover), Componentes de um

sistema de protecção. Páginas (525-533)
 Seguir com profundidade os exemplos 10.1 e
10.2
Leitura 2 (Glover) Relés de sobrecorrente,

Páginas (533-541)
 Seguir com profundidade os exemplos 10.3 e
10.4

54
Leituras
Leitura 3 (Glover), Relé Direccional Páginas
(545-547)
 Seguir com profundidade os exemplos 10.6
Leitura 4 (Glover), Zona de Protecção Páginas
(547-557)
Seguir com profundidade os exemplo 10.7
Leitura 5 (Glover), Relé diferencial, Páginas
(557-565)
Seguir com profundidade os exemplos 10.9 e
10.9
55
Problemas Propostos (Glover)
10.1 ----Pág 567
10.2 ----Pág 567
10.3 ----Pág 567
10.4 ----Pág 567
10.5 ----Pág 568 ------TPC (entregar)
10.7 ----Pág 568
10.8 ----Pág 568
10.9 ----Pág 569 ------TPC (entregar)
10.10 ---Pág 569
10.12 ----Pág 570 ------TPC (entregar)
56
Problemas Propostos (Glover)
10.14 ----Pág 570 ------TPC (entregar)
10.16 ----Pág 571 ------TPC (entregar)
10.17 ----Pág 571
10.18 ----Pág 572
10.21 ----Pág 575 ------TPC (entregar)
10.23 ----Pág 575 ------TPC (entregar)
10.25 ----Pág 576
10.26 ---Pág 576
10.27 ---Pág 576 ------TPC (entregar)
10.28 ---Pág. 576

57

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R Arco Electrico

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Q   Pin  Pout dt

g  F Q   F  Pin  Pout dt 

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Classificação quanto a forma construtiva

 Uma vez definido o tempo de actuação e a

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Relé de tempo dependente

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As curvas de actuação por

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