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HORA DA VERDADE

RETA FINAL REVALIDA INEP 2021

OBSTETRÍCIA
Profa. Ana Souza
CRM: 150.999
RQE: 70.549
med.estrategiaeducacional.com.br
profnataliacarvalho profa.anasouza
dra.marinamoraes
Obstetrícia
Engenharia Reversa
REVALIDA INEP / UFMT (2011 – 2020)
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL

DISTÚRBIOS HIPERTENSIVOS DA GESTAÇÃO

SANGRAMENTO DA PRIMEIRA METADE

PARTOGRAMA E DISTOCIA

OUTRAS DOENÇAS INFECCIOSAS NA GESTAÇÃO

SANGRAMENTO DA SEGUNDA METADE

DIABETES NA GESTAÇÃO

INFECÇÕES CONGÊNITAS

ASSISTÊNCIA AO PARTO NORMAL


0 2 4 6 8 10 12 14

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL

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EXAMES DA ROTINA DE PRÉ-NATAL
• Hemograma
• Sorologias (ou teste • Urina tipo I/urocultura
• Tipagem sanguínea +
rápido) HIV e sífilis • Colpocitopatológico do
coombs indireto*
• Sorologia Hepatite B colo do útero* (se o
• Glicemia de jejum
• Sorologia toxoplasmose último > 1 ano)
1ª consulta • Eletroforese de
• Sorologia rubéola*, • Parasitológico de fezes*
de pré-natal hemoglobina*
hepatite C* e CMV* • Secreção vaginal*
• TSH/T4l*
• Ultrassom obstétrico para determinação da idade gestacional*
• Ultrassom morfológico de 1º trimestre se idade gestacional entre 11 semanas e 13
semanas e 6 dias*
20 – 24
• Ultrassom morfológico do 2º trimestre*
semanas
24 a 28 • Teste oral tolerância a glicose 75g (se glicemia de jejum anterior normal)
semanas • Ecocardiograma fetal*
• Repetir sorologia HIV e sífilis, urina I e urocultura
3º trimestre
• Ultrassom obstétrico*
35 a 37
• Swab anal e vaginal para pesquisa de Streptococcus agalactiae
semanas
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
EXAMES SÉRICOS
GERAIS
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PRÉ-NATAL
Hemograma

Tipagem sanguínea + coombs indireto*

Glicemia de jejum

Eletroforese de hemoglobina*

TSH/T4l *

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
Hemograma
Hb ≥ 11 mg/dL Hb < 11 mg/dL

Normal Investigar dieta e parasitoses


(hemodiluição gravídica)
Avaliação com hematologia se
Ferro elementar 40mg/d necessário

Ácido fólico Ferro elementar


400 mcg/d – 5mg/d 120 a 240mg/d

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
ATENÇÃO
TIPAGEM SANGUÍNEA + COOMBS INDIRETO OU PAI DU positivo ou
Rh fraco

Rh positivo e Rh negativo e Rh negativo e


Coombs Indireto negativo Coombs Indireto negativo Coombs Indireto positivo

Não há risco de Tipagem sanguínea do pai Gestante com aloimunização Rh


aloimunização Rh biológico do feto

Pré-natal de Pai Rh negativo Pai Rh positivo ou Seguimento em pré-natal de


rotina desconhecido alto risco

Não tem risco de Risco de aloiminização Rh


aloimunização Rh

Pré-natal de Fazer seguimento com coombs indireto mensal


rotina
Profilaxia com imunoglobiulina anti-D

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
PROFILAXIA PARA ALOIMUNIZAÇÃO MATERNA

• Quem? Gestantes Rh negativas com coombs indireto negativo

• Como? Com imunoglobulina anti-D 300mcg via intramuscular

• Quando? Indicações de profilaxia para aloimunização materna


Com 28 semanas de gestação
Sangramento de primeira ou segunda metade da gestação
Realização de procedimentos intrauterinos
Trauma abdominal
Em até 72 horas após o parto se RN Rh positivo

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
Glicemia de jejum
(início do pré-natal)

<92 mg/dL 92 – 125 mg/dL ≥ 126 mg/dL

DIABETES DIABETES PRÉVIO À GESTAÇÃO


NORMAL
GESTACIONAL (OVERT DIABETES)

Teste oral de tolerância à Jejum: ≥ 92 mg/dL


Jejum ≥ 126 mg/dL
glicose 75 g 1 hora após ≥ 180 mg/dL
Após 2ª hora ≥ 200 mg/dL
(entre 24 e 28 semanas) 2 horas após ≥ 153 mg/dL

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


DIAGNÓSTICO
Glicemia de jejum
(início do pré-natal)

Atenção para disponibilidade


<92 mg/dL 92 – 125 mg/dL ≥ 126 mg/dL
TÉCNICA e FINANCEIRA!!!

DIABETES DIABETES PRÉVIO À GESTAÇÃO


NORMAL
GESTACIONAL (OVERT DIABETES)

Teste oral de tolerância à Jejum: ≥ 92 mg/dL


Jejum ≥ 126 mg/dL
glicose 75 g 1 hora após ≥ 180 mg/dL
Após 2ª hora ≥ 200 mg/dL
(entre 24 e 28 semanas) 2 horas após ≥ 153 mg/dL

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


DIAGNÓSTICO
Glicemia de jejum
(início do pré-natal)

<92 mg/dL 92 – 125 mg/dL ≥ 126 mg/dL

DIABETES DIABETES PRÉVIO À GESTAÇÃO


NORMAL
GESTACIONAL (OVERT DIABETES)

Teste oral de tolerância à Glicemia de Jejum:


Glicemia de Jejum:
glicose 75 g
≥ 92 mg/dL ≥ 126 mg/dL
(entre 24 e 28 semanas)

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


EXAMES SÉRICOS
SOROLÓGICOS
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PRÉ-NATAL
Sorologias (ou teste rápido) HIV

Sorologias (ou teste rápido) Sífilis

Sorologia Hepatite B

Sorologia toxoplasmose

Sorologia rubéola

Sorologia hepatite C

Sorologia CMV
SÍFILIS NA GESTAÇÃO
Sífilis

ATÉ 1 ANO > 1 ANO

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


SÍFILIS NA GESTAÇÃO

RESPOSTA IMUNOLÓGICA ADEQUADA

Teste não-treponêmico não reagente

Queda da titulação em duas diluições ( 4x )


dentro de 6 meses para sífilis recente e
12 meses para sífilis tardia

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2017
Uma mulher com 32 anos de idade, secundigesta assintomática, vai a Unidade
Básica de Saúde para a primeira consulta pré-natal da gestação atual no curso
da 17ª semana. Relata que não fez pré-natal na gestação anterior, há 2 anos,
que deu a luz recém- nascido no 7º mês, pesando 1. 000 g, falecido 2 dias
após o parto. Traz resumo de alta da maternidade indicando que o parto foi
por via vaginal, sem complicações maternas e que o recém-nascido
apresentava baixo peso, hepatoesplenomegalia, petéquias, ictericia, rinite
serossanguinolenta, linfadenomegalia generalizada e anemia. Não há
registro de qualquer tipo de tratamento já realizado. Na consulta atual o
exame clínico geral e o exame obstétrico não identificam anormalidades.
Apresenta resultado positivo de teste rápido treponêmico e VDRL com
titulação de 1:32. Nega alergias medicamentosa. Diante da situação
apresentada, descreva o diagnóstico e estadiamento, e elabore um plano de
cuidados que contemple estratégias de atenção integral, eficaz e resolutiva.

Obstetrícia – Profa. Ana Souza 4000127936


Cai na Prova
REVALIDA INEP – 2017

Descreva o diagnóstico e estadiamento


O diagnóstico é de Sífilis
O estadiamento é sífilis tardia (pela classificação anterior, latente tardio)

Elabore um plano de cuidados que contemple estratégias de atenção integral,


eficaz e resolutiva.

Obstetrícia – Profa. Ana Souza 4000127936


Cai na Prova
REVALIDA INEP – 2017
Elabore um plano de cuidados que contemple estratégias de atenção integral, eficaz e
resolutiva.
Plano de cuidados deve contemplar:
- Tratamento da gestante com Penicilina benzatina de 2,4milhões UI (1,2 milhões UI via
IM em cada nádega) por 3 semanas consecutivas, totalizando 7,2 milhões UI.
- Tratamento do parceiro concomitantemente à gestante.
- Notificação compulsória à Vigilância Epidemiológica por sífilis confirmada na
gestação
- Pesquisar outras infecções sexualmente transmissíveis
- Seguimento para controle do tratamento com coleta mensal de VDRL ou RPR, sendo
considerada resposta imunológica adequada quando o teste não treponêmico se
torna não reagente ou há queda da titulação em duas diluições, isso é, de 4vezes,
dentro de 6 meses para sífilis recente e 12 meses para sífilis tardia. Se houver
aumento dos títulos, realizar novo tratamento (reativação e/ou reinfecção).

Obstetrícia – Profa. Ana Souza 4000127936


PRÉ-NATAL

HIV
Confirmar diagnóstico
Carga viral + CD4 Terapia antiretroviral

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


HIV NA GESTAÇÃO
TARV

COMO ERA

COMO FICOU
ANTES DE 13 SEMANAS

COMO FICOU
DEPOIS DE 13 SEMANAS

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


HIV NA GESTAÇÃO
PARTO

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
TOXOPLASMOSE

IG M negativo IG M negativo IG M positivo IG M positivo


IG G negativo IG G positivo IGG negativo IG G positivo

Susceptível Imune Infecção Teste de avidez pra IGG


recente se IG < 16 semanas

Seguimento Espiramicina baixa alta


Orientar profilaxia
pré-natal
Infecção Infecção
Investigação recente antiga
fetal

Seguimento
pré-natal
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
TOXOPLASMOSE NA GESTAÇÃO

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
Hepatite B

Ag Hbs negativo Ag Hbs negativo


Ag Hbs positivo
Anti Hbs negativo Anti Hbs positivo
Anti Hbc negativo Anti Hbc negativo ou positivo

Susceptível Imune Infecção

Seguimento
Seguimento
Orientar vacinação pré-natal especializado

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
Vacinas indicadas durante a gestação:

hepatite B

dT / dTPa

influenza

Indicada no puerpério, se necessário:

tríplice viral

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


EXAMES NÃO
SÉRICOS
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PRÉ-NATAL
Urina tipo I e urocultura

Colpocitopatológico do colo do útero* (se o


último colhido há menos de um ano)

Parasitológico de fezes*

Secreção vaginal*

Swab anal e vaginal para pesquisa Streptococos


do grupo B

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
Urocultura

100.000 UFC/mL

BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA

SEMPRE tratar

Repetir urocultura
após o tratamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


PRÉ-NATAL
Cultura para Não realizar
Realizar antibioticoprofilaxia
Streptoccus agalactiae antibioticoprofilaxia
Trabalho de parto
Positiva Cesárea eletiva
Rotura de membranas ovulares
Trabalho de parto prematuro
Febre intraparto
Filho anterior com história de Cultura positiva para
infecção por Streptoccus agalactiae Streptoccus
Desconhecida
Rotura de membranas ovulares há agalactiae em
mais de 18 horas gestação anterior
Urocultura durante o pré-natal
positiva para Streptoccus agalactiae
Rotura de
Negativa membranas há mais
de 18 horas
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
SANGRAMENTO DA
PRIMEIRA METADE
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QUAIS AS CAUSAS DE SANGRAMENTO DA
PRIMEIRA METADE?

ABORTAMENTO

GESTAÇÃO ECTÓPICA

DOENÇA TROFOBLÁSTICA GESTACIONAL


HIPERGLICEMIA FETAL

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


ABORTAMENTO
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DEFINIÇÃO
Segundo a OMS: 20
sem
Expulsão ou extração do feto antes de 20 semanas de
500
gestação ou com menos de 500g de peso g

12
Precoce x Tardio Esporádico x Repetição 3
sem

Espontâneo x Provocado

50 a 80% dos abortamentos que ocorrem antes da 12ª semana de


gestação apresentam alteração cromossômica

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto

SIM
Embrião? NÃO Gestação anembrionada
Gestação
CCN > incipiente?
7mm
SIM Batimentos NÃO Aborto retido Considerar
cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto

SIM
Embrião? NÃO Gestação anembrionada
Gestação
CCN > incipiente?
7mm
SIM EE
Batimentos NÃO Aborto retido Considerar
cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto DIM
SG >
SIM 25mm
Embrião? NÃO Gestação anembrionada

SIM Batimentos NÃO Aborto retido Considerar


cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto DIM
SG >
SIM 25mm
Embrião? NÃO Gestação anembrionada

SIM Batimentos NÃO Aborto retido Considerar


cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto DIM
SG >
25mm
SIM
Embrião? NÃO Gestação anembrionada
CCN >
7mm
SIM Batimentos NÃO Aborto retido
cardíacos?

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto DIM
SG >
25mm
SIM
Embrião? NÃO Gestação anembrionada
Gestação
CCN > incipiente?
7mm
CCN
SIM Batimentos NÃO Aborto retido Considerar
cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <

Abortamento completo
15mm Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto DIM
SG >
25mm
SIM
Embrião? NÃO Gestação anembrionada
Gestação
CCN > incipiente?
7mm
SIM Batimentos NÃO Aborto retido Considerar
cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
EE <
15mm
Abortamento completo Colo Impérvio
Saco NÃO
gestacional? Abortamento incompleto DIM
SG >
25mm
SIM
Embrião? NÃO Gestação anembrionada
Gestação
CCN > incipiente?
7mm
SIM Batimentos NÃO Aborto retido Considerar
cardíacos? se medidas
menores

SIM
Ameaça de abortamento

Abortamento inevitável
Colo pérvio ou em curso Febre Abortamento infectado
CONDUTA
ABORTAMENTO COMPLETO
• Orientação e analgesia se necessário
ABORTAMENTO INCOMPLETO
• Esvaziamento uterino
GESTAÇÃO ANEMBRIONADA E ABORTO RETIDO
• Expectante
• Ativa – esvaziamento uterino

GESTAÇÃO INCIPIENTE
• Orientação e repetir ultrassonografia

AMEAÇA DE ABORTAMENTO
• Orientação, analgesia se necessário, orientar uso de ácido fólico e iniciar pré-natal

ABORTAMENTO INFECTADO
HIPERGLICEMIA FETAL
• Esvaziamento uterino
• Antibioticoterapia endovenosoa: Gentamicina + Clindamicina ou Ampicilina +
Gentamicina + Metronidazol por 48hrs se afebril e com melhora dos sintomas

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


ESVAZIAMENTO UTERINO
Aspiração Manual
Curetagem Uterina Intrauterina (AMIU)

HIPERGLICEMIA FETAL
Tratamento medicamentoso se idade gestacional > 12 semanas devido presença de espícula óssea

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


GESTAÇÃO
ECTÓPICA
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DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Tuba uterina é local mais
frequente

70 -80% das vezes região Ampular da


tuba uterina

Tríade clássica

dor abdominal

sangramento vaginal
Implantação do produto
conceptual fora da cavidade
corporal do útero atraso ou irregularidade
menstrual
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
CONDUTA CIRÚRGICO
• Salpingostomia x Salpingectomia
• Laparoscopia x Laparotomia

EXPECTANTE
ESTABILIDADE HEMODINÂMICA
SACO GESTACIONAL < 4CM
CRITÉRIOS BETA HCG < 5.000MUI/ML

ATIVIDADE CARDÍACA AUSENTE


DESEJO REPRODUTIVO

MEDICAMENTOSO (METOTREXATO)
• Critérios para tratamento expectante + hemograma, função renal
e hepática normais
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Mulher, com 24 anos de idade, procura a Unidade de Pronto
Atendimento Municipal, queixando-se de sangramento vaginal tipo
borra de café, em pequena quantidade, há 5 dias, associado a dor
contínua em baixo ventre, tipo peso, de leve intensidade. Evoluiu
com aumento da intensidade da dor nas últimas 12 horas, que passou a
ser de moderada intensidade. Nega febre, corrimento vaginal,
alterações urinárias e gastrointestinais. Refere mastalgia e náuseas
esporádicas pela manhã, há 15 dias. Informa vida sexual ativa, com
uso irregular de preservativo masculino e não sabe informar com
certeza quando foi a última menstruação, mas que está atrasada "
umas três semanas" (sic). Sua primeira relação sexual foi aos 14 anos
e teve cinco parceiros sexuais até o momento. Foi submetida a
apendicectomia há 4 anos, devido a apendicite supurada.

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Ao exame físico apresenta: pressão arterial = 110 x 70 mmHg,
frequência cardíaca = 80 bpm, frequência respiratória = 18 irpm,
temperatura axilar = 36,8 °C. Está consciente, orientada, corada,
hidratada, com pulsos cheios e simétricos. Exame cardiopulmonar
normal e punho- percussão lombar negativa. Abdome plano, com ruídos
hidroaéreos preservados, dor à palpação profunda em fossa ilíaca
direita, descompressão brusca negativa. Presença de cicatriz operatória
de apendicectomia. O exame ginecológico revela a presença de sangue
no canal vaginal em pequena quantidade, útero ligeiramente aumentado
de volume, colo uterino fechado e dor à palpação em região anexial
direita, onde se pode palpar uma massa com aproximadamente 2,0 cm
de diâmetro. Ausência de abaulamentos em fundo de saco vaginal.

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Considerando os dados acima apresentados, descreva:
a) a principal hipótese diagnóstica; (valor: 2,0 pontos)
b) cinco informações que justificam a principal hipótese diagnóstica;
(valor: 2,0 pontos)
c) dois diagnósticos diferenciais a serem considerados para o caso;
(valor: 2,0 pontos)
d) dois exames complementares a serem solicitados para confirmação
da hipótese diagnóstica; (valor: 2,0 pontos)
e) duas complicações decorrentes da principal hipótese diagnóstica.
(valor: 2,0 pontos)

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FORMAS CLÍNICAS
Sinal
Gestação Ectópica Íntegra de
Proust

dor abdominal localizada, dor palpação anexial, palpação de


massa anexial

Sinal

Gestação Ectópica Rota de


Cullen

Instabilidade hemodinâmica, equimose periumbilical, sinais de


peritonite, descompressão brusca positiva Sinal de
Blumberg

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Considerando os dados acima apresentados, descreva:

a) a principal hipótese diagnóstica


- Gestação ectópica ÍNTEGRA
- Prenhez tubárea ÍNTEGRA

b) cinco informações que justificam a principal hipótese diagnóstica

Obstetrícia – Profa. Ana Souz


FATORES DE RISCO

ANTECEDENTE DE GRAVIDEZ ECTÓPICA ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA

PROCEDIMENTOS RELACIONADOS À
DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA REPRODUÇÃO ASSISTIDA

USO DE DISPOSITIVO INTRAUTERINO


CIRURGIA TUBÁRIA PRÉVIA (DIU)

INÍCIO PRECOCE DA ANTECEDENTE DE MÚLTIPLOS


ATIVIDADE SEXUAL
TABAGISMO PARCEIROS SEXUAIS

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Considerando os dados acima apresentados, descreva:
b) cinco informações que justificam a principal hipótese diagnóstica
- Atraso menstrual ("está atrasada") / - Sangramento vaginal
não saber a data da última - Dor em baixo ventre
menstruação - Dor à palpação profunda em fossa
- Vida sexual ativa ilíaca direita
- Uso irregular de preservativo - Dor à palpação de região anexial
masculino direita
- Múltiplos parceiros sexuais - Massa palpável em região anexial
- História anterior de apendicectomia direita
- Início precoce da atividade sexual - Ausência de sinais de instabilidade
hemodinâmica.

c) dois diagnósticos diferenciais a serem considerados para o caso

Obstetrícia – Profa. Ana Souz


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Considerando os dados acima apresentados, descreva:
c) dois diagnósticos diferenciais a serem considera dos para o caso
- gestação tópica
- ameaça de abortamento de gestação tópica
- doença trofoblástica gestacional
- endometrioma
- tumor ovariano
- corpo lúteo hemorrágico
- torção de ovário
- doença inflamatória pelvica
- abscesso tubo ovariano
d) dois exames complementares a serem solicitados para confirmação
da hipótese diagnóstica

Obstetrícia – Profa. Ana Souz


DIAGNÓSTICO

Ultrassonografia pélvica transvaginal

beta HCG quantitativo


2.000 mUI/mL – visualizar saco gestacional

aumento < 50% em 48%

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Considerando os dados acima apresentados, descreva:
d) dois exames complementares a serem solicitados para confirmação
da hipótese diagnóstica
- Dosagem sérica da fração beta do hormônio gonadotrófico coriônico
(βHCG)
- Ultrassonografia pélvica transvaginal
- Tomografia
- Ressonância magnética
- Culdocentese
- Videolaparoscopia.

e) duas complicações decorrentes da principal hipótese diagnóstica.

Obstetrícia – Profa. Ana Souz


Cai na Prova
REVALIDA INEP - 2012
Considerando os dados acima apresentados, descreva:
e) duas complicações decorrentes da principal hipótese diagnóstica.
- Gravidez ectópica rota
- Rotura tubárea
- Peritonite
- Choque hipovolêmico
- Morte materna
- Recidiva da gravidez ectópica
- Dificuldade para engravidar

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


DOENÇA
TROFOBLÁSTICA
GESTACIONAL
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DEFINIÇÃO E FORMAS CLÍNICAS
Mola Hidatiforme

Mola Completa
Mola Incompleta
Mola invasora

Coriocarcinoma gestacional

Tumor trofoblástico do sítio


Proliferação atípica do epitélio placentário
trofoblástico placentário
Tumor trofoblástico epitelióide
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
MOLA HIDATIFORME
Mola Completa
Aspecto
Diploide (maioria 46,XX)
de cacho
de uva
Sem embrião
Histologia: hiperplasia difusa do citotrofolblasto e
do sinciciotrofoblasto
Cerca de 20% evolui para formas malignas

Mola Incompleta
Triploide (maioria 69, XXX ou 69, XXY) ou Tetraploide

Com embrião (malformações)

Histologia: inclusão de trofoblasto no estroma


Cerca de 5% evolui para formas malignas
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
DIAGNÓSTICO
Ultrassonografia pélvica transvaginal
múltiplas imagens anecoicas – “flocos de neve”

beta HCG quantitativo


> 200.000 mUI/mL

Quadro clínico
Sintomas exacerbados de gravidez, útero aumentado para
IG, eliminação de vesículas via vaginal
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
CONDUTA

Esvaziamento uterino Preferência por AMIU

Seguimento pós molar Dosagem seriada de beta HCG


Seguimento semanal ou
quinzenal até beta HCG
negativar
Quimioterapia
Seguimento mensal por 6 a 12
meses após beta HCG negativar

HIPERGLICEMIA FETAL
Histerectomia se diagnóstico de Neoplasia
Trofoblástica Gestacional
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
HEMORRAGIA
PÓS PARTO
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O QUE É HEMORRAGIA PÓS PARTO?
Qualquer perda sanguínea que resulta em instabilidade hemodinâmica

Perda Sanguínea nas primeiras 24 horas após o parto maior do que:


• 500mL no parto vaginal
• 1000mL no parto cesáreo

Perda sanguínea nas primeiras 24h após o parto maior do que 2000mL

Queda da hemoglobina ≥ 4g/dL

HPP MACIÇA
Necessidade de transfusão de 4U ou mais de concentrado de hemácias

Distúrbios de coagulação

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

MANOBRA DE
HAMILTON

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA
Uterotônicos
Antifibrinolítico

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA
Uterotônicos
Antifibrinolítico

Ocitocina EV

Metilergometrina IM Contra-indicado se hipertensão

Misoprostol VR

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA
BALÃO DE BALÃO DE
TAMPONAMENTO TAMPONAMENTO
INTRAUTERINO INTRAUTERINO

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO – ATONIA UTERINA

SUTURA
COMPRESSIVA
DE B-LYNCH
sem resposta

• Suturas Vasculares
• HISTERECTOMIA

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP 2014
Uma mulher com 38 anos de idade apresenta o seguinte histórico:
Gesta = 8, Para = 7 (partos normais). A paciente encontra-se na 39a
semana de gestação. É hipertensa crônica e foi internada para
assistência ao trabalho de parto às 15h. Ao exame físico na admissão,
apresentou: altura uterina = 40 cm, batimentos cardiofetais = 144 bpm,
dinâmica uterina de 4 contrações de 30 segundos em 10 minutos, colo
uterino fino com 3 cm de dilatação e bolsa íntegra. Ocorreu parto
vaginal às 16h35. O recém-nascido pesa 4.120 g. Na avaliação de 30
minutos pós-parto, observou-se: útero hipotônico acima da cicatriz
umbilical e sangramento vaginal em moderada quantidade, pressão
arterial = 150 × 100 mmHg, pulso = 120 bpm. Após administração de
ocitocina endovenosa e massagem uterina, o útero encontra-se
contraído, mas o sangramento ainda persiste de forma significativa.

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova

REVALIDA INEP 2014


Com base no caso clínico exposto:
a) Cite duas causas prováveis para o sangramento dessa paciente.
(Valor: 3,0 pontos)
b) Cite duas medidas imediatas a serem tomadas, com vistas à
resolução do sangramento. (Valor: 3,0 pontos)
c) Cite quatro fatores de risco para o quadro hemorrágico puerperal,
extraídos do caso clínico exposto. (Valor: 4,0 pontos)

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


QUAIS AS CAUSAS DE HPP?

TÔNUS
• Atonia uterina
70%

TRAUMA
• Laceração, hematoma, inversão e rotura uterina
19%

4Ts TECIDO
• Retenção de tecido placentário, coágulos e acretismo placentário.
10%

TROMBO
HIPERGLICEMIA FETAL
• Coagulopatias e uso de anticoagulantes
1%

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP 2014
Com base no caso clínico exposto:
a) Cite duas causas prováveis para o sangramento dessa paciente.
(Valor: 3,0 pontos)
Pense nos 4Ts – Exemplos: Retenção placentária, Lacerações
perineais ou do colo uterino, Distúrbios da coagulação.
b) Cite duas medidas imediatas a serem tomadas, com vistas à resolução
do sangramento. (Valor: 3,0 pontos)
c) Cite quatro fatores de risco para o quadro hemorrágico puerperal,
extraídos do caso clínico exposto. (Valor: 4,0 pontos)

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


TRATAMENTO - TRAUMA
• Sutura de lacerações.
Lacerações
• Revisão do colo uterino e vagina.

• Avaliar necessidade de drenagem e


Hematoma exploração cirúrgica.
• Maior atenção nos parto operatórios.

• Manobra de Taxe
Inversão uterina • Laparotomia

Obstetrícia – Profa. Ana Souza Cirurgia de Huntington


TRATAMENTO - TECIDO

Retenção • Placenta que não desprendeu após 30 min


placentária • Extração manual e curagem uterina

Restos
• Curetagem
placentários

Acretismo • Não remover a placenta


placentário • Histerectomia

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


Cai na Prova
REVALIDA INEP 2014
Com base no caso clínico exposto:
a) Cite duas causas prováveis para o sangramento dessa paciente.
(Valor: 3,0 pontos)
Pense nos 4Ts – Exemplos: Retenção placentária, Lacerações perineais
ou do colo uterino, Distúrbios da coagulação.
b) Cite duas medidas imediatas a serem tomadas, com vistas à resolução
do sangramento. (Valor: 3,0 pontos)
Pense em tratamentos para as causas que você citou no item A –
Exemplos: Curetagem uterina e Revisão do canal de parto
c) Cite quatro fatores de risco para o quadro hemorrágico puerperal,
extraídos do caso clínico exposto. (Valor: 4,0 pontos)

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


FATORES DE RISCO PARA HPP?
ANTEPARTO INTRAPARTO
•História pregressa de HPP- 15-20% • Trabalho de parto prolongado
recorrência
•Distensão uterina (gemelar, polidrâmnio • Trabalho de parto taquitócito
e macrossomia)
Manejo
•Distúrbios de coagulação ativo do
congênitos ou terceiro período
• Laceração vaginal de 3º/4º graus
adquiridos • Prolongamento de episiotomia
•Uso de anticoagulantes
•Cesariana prévia com placenta anterior • Cesárea de emergência
(risco acretismo)
• Descolamento Prematuro de Placenta
•Placentação anormal confirmada
(sucenturiada, prévia ou acretismo) • Parto induzido
•Grande multípara (≥ 4 partos vaginais
ou ≥ 3 cesarianas) • Corioamnionite
•Distúrbios hipertensivos na gestação
• Parada de progressão do polo cefálico
•Anemia na gestação
•Primeiro filho após os 40 anos • Parto instrumentado (fórcipe e vácuo)
Obstetrícia – Profa. Ana Souza
Cai na Prova
REVALIDA INEP 2014
Com base no caso clínico exposto:
a) Cite duas causas prováveis para o sangramento dessa paciente. (Valor: 3,0 pontos)
Pense nos 4Ts – Exemplos: Retenção placentária, Lacerações perineais ou do colo uterino, Distúrbios da
coagulação.
b) Cite duas medidas imediatas a serem tomadas, com vistas à resolução do sangramento. (Valor: 3,0
pontos)
Pense em tratamentos para as causas que você citou no item A – Exemplos: Curetagem uterina e Revisão
do canal de parto

c) Cite quatro fatores de risco para o quadro hemorrágico puerperal,


extraídos do caso clínico exposto. (Valor: 4,0 pontos)
Pense nos itens que destacamos no enunciado – idade materna
avançada (38 anos), sobredistensão uterina (AU 40 cm), multiparidade
(7 partos normais), hipertensão arterial, parto taquitócito (ocorreu em
menos de 4 horas), feto macrossomico (RN 4120g)

Obstetrícia – Profa. Ana Souza


OBRIGADA
Profa. Ana Souza
@profa.anasouza
BOA PROVA!!!
Profa. Ana Souza
@profa.anasouza

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