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Introdução
A região está passando por uma transformação fundamental de
uma entidade geográfica, política e cultural para uma hélice tríplice de
empresas, universidades e agências governamentais que geram novas
iniciativas para a inovação regional. As condições para o crescimento
econômico de alta tecnologia não são criações espontâneas; elas
podem ser identificadas e implementadas por medidas explícitas.1 O
processo de mudança pode parecer estranho: ele não é exclusivamente
motivado pelo mercado nem pelas políticas. Na fase de iniciação,
o desenvolvimento baseado em ciência tipicamente surge das
universidades e de outras instituições de pesquisa, atuando em
conjunto, quer com empresas ou governos ou com ambos em torno de
um foco específico. À medida que o processo começa a ter sucesso,
novos tópicos podem ser acrescentados para fornecer uma base maior
de desenvolvimento regional.
Regiões como o Vale do Silício, Boston e Linköping, na Suécia,
exemplificam a tendência em direção à formação de empresas, em
vez de atrair as empresas existentes para se transferirem, como uma
estratégia de desenvolvimento. Essas regiões são diferenciadas pela
formação contínua de empresas, um processo de renovação que
transcende a tecnologia específica que era a sua fonte. Na verdade,
o critério para uma região baseada em conhecimento bem-sucedida é
a capacidade de passar de um paradigma tecnológico para outro sem
uma diferença significativa. O ecossistema que sustenta a inovação
e a formação de empresas torna-se a força motriz, com a capacidade
de criar e captar novas tecnologias e conceitos de negócios à medida
que eles surgem e de atraí-los para a região.
1
Koepp, Rob. 2002. Clusters of Creativity: Enduring Lessons on Innovation and
Entrepreneurship from Silicon Valley and Europe’s Silicon Fen. New York: John
Wiley.
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2
Sassen, Saskia. 2001. The Global City: New York, London, and Tokyo. Princeton:
Princeton University Press.
3
Albrechts, L. et al. 1989. Regional Policy at the Crossroads: European Perspectives.
London: Jessica Kingsley.
Hélice tríplice: universidade-indústria-governo 107
4
Heydebrand, Wolf. 1999. “Multimedia Networks, Globalization and Strategies of
Innovation: The Case of Silicon Alley”. In: Hans-Joachim Brazcyck et al. (eds.).
Multimedia and Regional Economic Restructuring. London: Routledge.
108 Henry Etzkowitz
5
Veja Stokes, Donald. 1997. Pasteur’s Quadrant. Washington, DC: The Brookings
Institution.
Hélice tríplice: universidade-indústria-governo 109
6
Casas, Rosalba, Rebeca de Gortari, e Josefa Santos Ma. 1999. “The Building of
Knowledge Spaces in Mexico: A Regional Approach to Networking”. Research Policy,
v. 29, n. 2, p. 225-241.
110 Henry Etzkowitz
7
Zachary, G. Pascal. 2002. “Ghana’s digital dilemma. Technology Review”. http://www.
technologyreview.com/articles/02/07/zachary0702.asp?p=1. Acessado pela última vez
em 16 de outubro de 2007.
Hélice tríplice: universidade-indústria-governo 113
Tabela 5.1
8
Etzkowitz, Henry. 2002. MIT and the Rise of Entrepreneurial Science. London:
Routledge, p. 108.
122 Henry Etzkowitz
9
Saxenian, A. 1994. Regional Advantage. Cambridge, MA: Harvard University Press.
10
Hamel, Gary. 1999. “Bringing Silicon Valley Inside”. Harvard Business Review, set./
out., p. 71-84.
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11
Cooke, P. 2002. “Regional Innovation Systems: General Findings and Some
New Evidence from Biotechnology Clusters”. Journal of Technology Transfer, v. 27,
p. 133-145.
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