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DIVISÃO DE AGRICULTURA
MESTRADO EM AGROECOLOGIA
Disciplina: Seminário II
DIVISÃO DE AGRICULTURA
MESTRADO EM AGROECOLOGIA
Disciplina: Seminário II
1.1.Contextualização ............................................................................................................... 5
1.1.1.Problematização................................................................................................................. 6
1.1.5.Justificativa ........................................................................................................................ 8
1.1.6.Hipóteses ........................................................................................................................... 9
1.1.3.Producao de tabaco................................................................................................... 10
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3.3.2. Técnicas de recolha de dados .................................................................................. 20
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CAPITULO I: INTRODUÇÃO
1.1.Contextualização
Moçambique é um dos países em via de desenvolvimento (PVD) com muitos recursos
naturais, onde o seu desenvolvimento está profundamente ligado ao sector agrário, cerca de
70% da população na área rural e 45% desta vive abaixo da linha da pobreza (Borras, 2010).
Nas últimas décadas crescem insatisfações das famílias produtoras diante do modelo
tradicional de cultivo de tabaco para desenvolvimento sustentável, caracterizado pelo
crescimento económico e pela ideia de progresso, aliadas ao reconhecimento acerca do
esgotamento dos recursos naturais, à preocupação com o meio ambiente e com diversos
problemas sociais.
Vale ressaltar que a saúde das famílias camponesas que cultivam o tabaco é sistematicamente
agredida de diversas formas: pelo uso de agro-tóxicos, pelo contacto directo com a planta
húmida (que libera nicotina, sendo absorvida pela pele) e pelo cheiro das folhas durante a
secagem nas estufas. Importa ressaltar que as empresas do tabaco exercem controlo sobre
todos os processos do cultivo da cultura do tabaco, sem arcar com quaisquer riscos sobre o
produtor preocupando-se em obter lucro, (Boeira e Guivant 2003).
A relação entre pobreza e o cultivo tabaco não acaba aqui. Há muitas formas pelas quais o
tabaco aumenta a pobreza nos níveis individual, familiar e nacional. Nos níveis individuais e
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familiar, o dinheiro gasto em tabaco possui um custo de oportunidade muito elevado. Para os
desbastados, o dinheiro gasto em tabaco é dinheiro que não é gasto em necessidades básicas,
como comida, moradia, educação e saúde. Muitos agricultores, ao invés de tornarem-se ricos
com a cultura, com frequência se encontram endividados com as empresas do tabaco.
O tabaco também contribui para a pobreza dos indivíduos e de suas famílias já que os
usuários de tabaco se encontram em muito maior risco de vir a adoecer e morrer
prematuramente de cânceres, ataque cardíaco, doenças respiratórias ou outras doenças de
tabagismo relacionadas, privando famílias de recursos muito necessários e impondo custos
adicionais com a saúde.
1.1.1.Problematização
A partir de finais da década de 90, a produção e o processamento de folha de tabaco para
exportação expandiu-se rapidamente em Moçambique principalmente na Região de Macanga
Província de Tete, (Ash, 2010). No Distrito de Macanga, maior parte da população depende
directamente dos recursos provenientes da produção de tabaco para a sua sobrevivência. O
uso do trabalho infantil nas plantações de tabaco é uma prática comum no distrito, e tem sido
mostrado que o seu uso promove o aparecimento de tuberculose (TBC), além de impactar
negativamente a degradação da floresta, desmatamento para obtenção lenha para fumegar o
tabaco virgínia (TV) são principais tipos de alteração de vegetação associada a perda da
biodiversidade, suas consequências prolifera doença que, predominantemente afecta os
produtores, que algumas literaturas aponta que o tabagismo causa a mortes por tuberculose
nas famílias produtoras (Erdmann e Pinheiro, 1998). Levando em conta a problemática
exposta sobre a cadeia produtiva do tabaco, se torna instigante o fato de, por um lado, o
cultivo do tabaco ser considerado uma “boa e praticamente insubstituível” alternativa de
renda para o camponês e, por outro, haver famílias que vem realizando actividades de
diversificação das suas propriedades para, com isso, terem alternativas de renda e melhor
qualidade de vida.
O estado moçambicano tem limitado o seu papel à arbitragem de procura entre produtores e
empresas (PE), com esse desonesto do estado a família produtora de tabaco enfrentam
impactos económicos negativos como: sanitários, socioeconómico e ambientais causados pelo
cultivo do Tabagismo, os efeitos positivos de maiores rendimentos da EML estão
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geograficamente concentrados das práticas de exploração, têm-se verificado uma capacidade
de multiplicação limitada e são insustentáveis a longo prazo.
1.1.2. Objectivos
1.1.3.Objectivo Geral
1.1.4.Objectivos Específicos
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Compreender a cadeia produtiva do tabaco no mundo, em Moçambique e,
particularmente no Distrito de Macanga.
1.1.5.Justificativa
A motivação da escolha do tema e da área de estudo encontra-se na experiência pessoal do
conhecimento das mudanças que se opera na produção de tabaco. Deste modo, o presente
estudo pretende analisar a relação que se estabelece entre a Responsabilidade Socioeconómico
e Ambiental da Empresa Mozambique Leaf Tabaco no cultivo de tabaco para a
sustentabilidade ambiental e redução da pobreza no distrito de Macanga-Tete. Este trabalho
foram os vários contributários publicado dos órgãos de comunicação social televisão radio e
jornais com matérias relacionadas com produção do tabaco, jornal noticias, 03/03/2023,
TVM,Jornal Nacional 25/04/2023.Algum artigos defendem que, a carências alimentar em
algumas zonas deve-se a produção de tabaco, nessa áreas pelo sector familiar, outros
defendem que a mesma situação tem exclusivamente, a ver com a situação climáticas, como é
o caso de quedas irregular de chuvas, graça o director DPADR de Tete que se as famílias
deixarem de produzir cereais e outras culturas alimentares e incidirem os seus esforços na
produção de tabaco e, se os produtores industriais desta cultura de rendimento não
observarem as medidas de rotação, a segurança alimentar na províncias de Tete poderá ficar
ameaçada. Alguns estudos feitos acerca dos efeitos da produção de culturas de rendimento no
sistema de produção do sector familiar mostram claramente efeitos negativos
(Isacman,1996,Hedges,1993).
Uma alternativa para superar esta situação de baixo rendimentos na produção agrícola, tem
sidos a produção de culturas que para além, de contribuírem para o sustento da família, podem
gerar rendimentos monetários aos camponeses, como são os casos de diversificação de cultura
e uso de culturas de rendimento de tabaco. A produção de tabaco tem sido uma alternativa
para algumas zonas de Moçambique de acordo com as condições climáticas e a situação da
qualidade do solo, oportunidade do solo, oportunidade de venda, disponibilidade de mão-de-
obra, transporte e via de acesso.
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que desvia a atenção do verdadeiro impacto dos danos ambientais, obscurece soluções
genuínas, prejudica as estratégias de diversificação.
É necessário que essa discussão seja repercutida no meio académico para divulgar a realidade
empírica vivida por milhares de agricultores familiares do norte de Macanga e contribuir para
a compreensão da complexidade que envolve o caso.
1.1.6.Hipóteses
H1: A principal motivação da família produtora de tabaco, esta ao retornos financeiros
que são proporcionadas pelo cultivo, ainda que esse retorno financeiro submeta os
famílias à condição de dependência da EMLT.
Ho: A EMLT aplica medidas restritivas imprevistas que configura acções ambíguas
e/ou antagónicas no cultivo de tabaco para a sustentabilidade ambiental e redução da
pobreza no distrito de Macanga.
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CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1.Cultura de Tabaco
O tabaco é uma cultura de capital importância a nível global, o seu produto manufacturado é
hoje consumido na mais larga escala, apesar dos problemas de saúde devido ao seu consumo.
2.1.2.Taxonomia e Descrição
O tabaco (Nicotina tabacum) é uma planta tropical de origem Americana, pertencente a
família solanácea que inclui a batata reno, tomate, pimenta. O tabaco pertence ao género
Nicotina, é anual, de caule erecto e ramoso, cilíndrico, com uma altura que vai de 0,8 a 1m,
50,com forte raiz aprumada, sendo o caule provido de folhas alteradas, simples ovais e gudas,
alternadas na base, não pecioladas inteiras pubescentes e mais ou menos viscosas, tanto na
páginas superior como na inferior (Almeida,1930).
O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, da família das Solanáceas
da qual é extraída uma substância alcaloide básica, líquida e de cor amarela, chamada
nicotina, assim chamada em homenagem Jean Nicot, diplomata francês em Lisboa (Portugal)
que difundiu no século XVI o uso do tabaco na Europa. As suas folhas são colhidas e curadas
(secas) em estufas. Com as folhas secas são produzidos charutos, rapé, cachimbos e,
principalmente cigarros.
1.1.3.Producao de tabaco
A produção do tabaco divide-se em duas partes principais:
Trabalho de viveiro;
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Trabalho de campo.
a) Trabalho de viveiro
Começa a partir do mês de Setembro os trabalhos dos viveiros para transplantar com as
primeiras chuvas, em algumas regiões iniciam em Outubro e nas outras em Dezembro,
(Leitão, 1969).
i. Escolha do local
Os viveiros devem estar virados para o norte de modo a que as plantinhas possam beneficiar-
se do local do sol da manha, dada a importância que este tem sobre o crescimento devem
estabelecer-se em terrenos pouco inclinados evitando deste modo os estragos provocar por
chuvas de forte o que pode provocar um atraso de plantas para transplante; o solo do local,
deve ser de aluvião, bem drenado, rico em húmus, leve e fértil.
Após de limpar o local, é necessário permitir que o terreno esteja exposto a acção do sol, a
fim de exterminar qualquer raiz que tenha ficado e também para desinfestar o terreno caso
esteja infestado por pragas. Segundo Almeida (1964), a semente deve ser de boa qualidade,
limpa, cilibrada,desinfectada e de poder germinativo superior a 90%.Nestas condições, a
quantidade da semente a usar é 0,7 a 0,9 gramas por 10m2 de canteiro e a densidade ideal de
plantas no viveiro, de 60 por 900cm2 um quadrado de 30cm, de lado.
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2.1.5.Responsabilidade Socioeconómico
O conceito de Responsabilidade Social Empresarial passou a incorporar alguns anseios e a ser
entendido não apenas como geração de empregos, pagamento de impostos e geração de
lucros, mas também como o cumprimento de obrigações legais referentes a questões
trabalhistas (Tenório, 2004, p.17).
Caso o agricultor opte por outros insumos que não os fornecidos pela empresa, corre o risco
de não ter sua produção comprada pela empresa, que prima pela qualidade do produto.
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Acredita-se que o principal motivo pelo qual essas empresas escolhem trabalhar com
agricultores familiares seja de cunho económico. É mais barato para uma EMLT pagar para
produzir o tabaco e controlar a qualidade do produto do que arcar com custos de produção,
pois envolve grande quantidade de terra e mão-de-obra. Por outro lado, sabe-se que os
pequenos agricultores são mais vulneráveis a riscos (naturais, flutuações no mercado
económico).
De acordo com literatura sustenta, que os produtores não se comprometem moralmente, o seu
cultivo, sendo esta uma forma encontrada pelas EMLT para manterem o controlo produtivo
em suas mãos desde o início do cultivo do tabaco e não apenas no momento da venda final. A
produção de tabaco, no distrito de Macanga, é uma actividade que pode ser associada à perda
de autonomia da família produtora de tabaco.
A chegada das EMLT deu-se por volta dos década 90, e a consolidação do sistema de
produção integrada foi inicialmente vista como uma oportunidade para se alcançar níveis de
vida mais elevados, especialmente ao se considerar as garantias de compra da produção
oferecidas por essas empresas. Actualmente, a actividade parece ser vista como uma ocupação
que já não oferece a compensação esperada e justa.
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Com esta abordagem o pesquisador percebe-se que os produtores são integrados a produção
por não possuírem condições financeiras de plantar sem o vínculo com a empresa, os
agricultores não podem cultivar o tabaco por conta própria, em consequência, os agricultores
sentem-se angustiados e o lucro proporcionado com o cultivo do tabaco é decrescente, há um
sentimento entre os agricultores e suas famílias de uma grande dependência em relação às
EMLT. Tal dependência é geralmente ilustrada pela reclamação dos agricultores por não
haver negociação com a empresa, única opção do plantador é vender a produção ao preço
proposto, mesmo que ele não seja satisfatório nem corresponda às expectativas da família
(Mascarenhas, 2006).
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2.1.8.Responsabilidade Ambiental da Empresa Mozambique Leaf Tabaco no cultivo de
tabaco
A Empresa Mozambique Leaf Tabaco não impõe a responsabilidade no cultivo de tabaco,
visto que a prática da cultura de tabaco gera a uma fonte de desmatamento (May et al. 2011).
A produção de tabaco aumentou drasticamente em 2000, a área de produção de tabaco se deu
pela conversão das áreas anteriormente usadas para as culturas tradicionais (p.e. tabaco e
algodão), mas também a conversão de áreas florestais.
Importa realçar que os efeitos indirectos da produção de tabaco que impõem uma pressão
adicional sobre as florestas, tal como é o caso das queimadas utilizadas para abertura de novas
machambas, particularmente nas áreas de agricultura itinerante. Estes factos sugerem uma
forma de causas combinadas da agricultura com uso de queimadas no desmatamento.
Os indicadores são de suma importância para mensurar o desempenho socio ambiental das
empresas. De acordo com Demajorovic (2003, p.180), sustenta que a variedade de usuários
interessados nos indicadores de performance ambiental, prolifera uma infinidade de formas
diferenciadas de avaliar esse desempenho e que, excepto por um conjunto de normas e
padrões que é similar em alguns países, não apresentam um padrão definido de indicadores
que permita a comparação entre empresas, visto que elas são de diferentes ramos.
Neste estudo apontamos alguns indicadores socio ambientais, não seguindo um padrão:
segurança na produção, investimentos sociais na comunidade, geração de resíduos sólidos,
educação ambiental e compromisso com princípios e direitos nas relações de trabalho. Esses
indicadores foram escolhidos para atender aos objectivos da pesquisa e para facilitar o
processo de análise da RSA das três empresas: Universal Leaf Tabacos (EULT) e
Mozambique Leaf Tabaco (EMLT).
Os recentes debates sobre a Responsabilidade Sócio ambiental das empresas põem em cheque
a visão do desempenho organizacional, centrado exclusivamente nos indicadores financeiros
tradicionais, como lucratividade, participação no mercado e nível de investimentos. Não se
trata de uma tarefa simples, uma vez que a incorporação dos problemas ambientais é algo
relativamente novo tanto para as empresas quanto para a teoria organizacional.
2.2.Sustentabilidade ambiental
A EMLT não configura no campo da responsabilidade que elenca as preocupações com a
sustentabilidade ambiental, representa a possibilidade de garantir mudanças sociopolíticas que
não comprometam os sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades.
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A sustentabilidade implica uma contribuição adequada para a manutenção do crescimento e
do capital, bem como o uso eficiente dos recursos naturais.
O processo de desenvolvimento tem feito com que o consumo dos recursos finitos da natureza
seja cada vez maior, causando uma série de impactos. O desenvolvimento como sinónimo de
crescimento já não serve mais, pois a crise ambiental, social e económica colocam em xeque
esta generalizada noção. Para tanto, no século XX, esgota-se a força norteadora desta ideia e
começa-se a agregar a palavra sustentável ao conceito de desenvolvimento.
A sustentabilidade é futura, uma visão de longo prazo, e deve estabelecer mudanças nos
padrões de consumo, nos métodos de uso da terra, na preservação da produtividade
(qualidade) do solo, entre outras. A sustentabilidade é a prova de que se está evoluindo,
refere-se sempre a uma medida posterior, pois a avaliação está no futuro (Gliessman, 2005).
Hoje se está mais consciente do que antigamente” (agente prefeitura). A visão do agente rural,
representante do cultivo de tabaco, vai além de considerar que o cultivo de tabaco,
actualmente, não é mais rentável, ele ainda apresenta problemas ambientais e para a saúde
humana.
Com a perspectiva do autor clarifica que uma Empresa é sustentável quando ele assegura a
melhoria das condições de vida económica, social e ambiental das populações a que se dirige
e, ao mesmo tempo, não põe em causa a capacidade futura da região e das suas populações em
desenvolver novos projectos sustentáveis. As famílias que têm a produção de tabaco
integrados em suas propriedades acabam sem tempo para se dedicarem a outras actividades
devido à intensa demanda de mão-de-obra exigida nesse sistema de produção.
2.2.1.Redução da pobreza
Concomitantemente é fácil concordar a redução da pobreza ou promoção do bem-estar dos
menos favorecidos deve ser objectivados de política pública, mas haver desacordo sobre o que
significa pobreza, isto resulta do facto de que a pobreza é um fenómeno complexo,
multidimensional e com diversas características, a seguir são apresentadas algumas definições
deste fenómeno.
Para Ravallion (1992), considera que a pobreza está associada ao facto de, numa determinada
sociedade, as pessoas não serem capazes de atingir o nível material e de bem-estar assumido
como o mínimo razoável nessa sociedade. No entanto, lembra-se que a produção para o
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autoconsumo desempenha um importante papel, como produtora de autonomia na agricultura
familiar, por garantir às famílias das necessidades vitais, que é a alimentação, reduzindo a
dependência do mercado (Leite, 2003; Grisa, 2007).
Entende-se como pobre, todo aquele que vive numa situação de privação permanente da
satisfação das suas necessidades básicas, bem como as do seu agregado familiar, tais como
saúde, segurança alimentar, habitação, saneamento básico, água potável, etc., e ainda de
acesso à educação, à informação, à participação social e a um rendimento que confere a si e
ao seu agregado familiar um modo de vida durável” (ACEP, 2000,p.38).
b) Pobreza relativa
c) Pobreza Humana
Segundo relatório Anual da pobreza (RAP) (G20 2004),as percepções sobre o que é a pobreza
por parte dos cidadãos são agrupadas em 4 grupos:
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A pobreza derivada de não satisfação das necessidades vitais: não ter comodas,
não ter casa, não ter nada, não ter condições de sobrevivências, viver nos pais de
calamidades;
A pobreza derivados das causas para o baixo rendimento: não ter emprega, não ter
dinheiro, não ter possibilidade, não ter meios de produção, não ter terra;
Pobreza relacionada com as disparidades estruturais ou questões sociais: não ter
saúde, ter deficiências física ou mental e ser marginalizado, não ter forca para
trabalhar, ser órfão, abandonado, viúva ou não ter dono;
A pobreza derivada da situação politica: viver num pais com guerra, não ter amparo
do estado, viver de esmola. Não obstante, os aspectos mais mencionados como
caracterizado o nível social pobre ou rico foram entre outros os seguintes: posse de
cabeça de gado, emprego (em especial trabalho para outrem),posse de bicicleta, posse
de automóvel, posse de vestuário e sua qualidade, casa e suas condições, posse de
dinheiro, acesso a crédito e bens para vender, posse de loja ou banca, acesso a
alimentos (quantidade e qualidade).
Segundo Kurien (s/d) citado por Chambers 1983, a pobreza é um fenómeno socioeconómico
por meio do qual os recursos de que uma sociedade dispõe são utilizados por satisfazer os
desejos de alguns enquanto muitos não vêem satisfeitas as suas necessidades básicas. Esta
conceitualização exprime o ponto de vista que a pobreza é essencialmente um fenómeno
social e apenas secundariamente um fenómeno material ou físico.
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CAPITULO III:METODOLOGIA
Um trabalho de investigação obedece a uma sequência de procedimentos distintos, mas
interligados, que começa com a revisão da literatura, a recolha de dados e a análise e
discussão dos resultados. Em cada um desses momentos foram usados métodos específicos
qualitativos e/ou quantitativos, pelo que não se seguiu uma única metodologia mas, antes,
recorreu-se a diferentes metodologias adequadas aos objectivos e às temáticas tratadas.
3.3.Pesquisa bibliográfica
Consistiu no levantamento bibliográfico a partir das referências teóricas já analisadas e
publicadas por meios escritos e electrónicos, como livros e revistas com vista a obter
informações em torno do assunto.
Para esta fonte de colecta de dados o pesquisador irá acompanhar com a pesquisa
bibliográfica com o objectivo de confrontar as ideias obtidas com outros autores.
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Questionário
Esta técnica consistirá na recolha da informação numa condição face à face entre o
observador e o observado, através de um questionário previamente elaborado pelo
pesquisador de forma a ter mais informações referentes a análise da Responsabilidade
socioeconómico e ambiental da Empresa Mozambique Leaf Tabaco (EMLT) no cultivo de
tabaco para a sustentabilidade ambiental e redução da pobreza no distrito de Macanga-Tete.
A escolha desta técnica, deve-se ao facto de as respostas às questões serem colocadas que não
estarão tão sujeitas a interpretações duvidosas, e irá possibilitar uma maior sistematização dos
resultados obtidos, tornando-se mais fácil automatizar o processo de análise e tratamento dos
dados.
Observação directa
Esta técnica irá consistir na observação das actividade a ser realizadas pelas famílias
produtoras sem interferência durante a realização das mesmas, o que permitirá, colher
informações ricas e detalhadas sobre a análise da responsabilidade socioeconómico e
ambiental da Empresa Mozambique Leaf Tabaco no cultivo de tabaco para a sustentabilidade
ambiental e redução da pobreza, as actividades como: a preparação do solo, sementeira,
colheita e a até a comercialização o observador estará presente em tempo real.
A entrevista
Para possibilitar a tabulação dos dados irá permitir que o pesquisador compreender a analisar
a responsabilidade socioeconómico e ambiental da Empresa Mozambique Leaf Tabaco no
cultivo de tabaco para a sustentabilidade ambiental e redução da pobreza no distrito de
Macanga-Tete.
3.4. Universo
Na concepção de Richardson (1989,p. 49), universo é entendido como "o conjunto de
fenómenos, todos os factos apresentando uma característica comum".
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3.4.1. Amostra
Segundo Gil (2009,p. 56), "amostra é uma parte do universo escolhida segundo algum critério
de representatividade".
4.Cronograma de Actividades
Período de Execução (Meses) 2023
Nº ACTIVIDADES Set Out. Nov. Dez. J. Fev.
01 Fase preparatória, elaboração do projecto
02 Recolha de informações e dados secundários
03 Recolha de dados primários
04 Colecta de dados
05 Análise e discussão dos resultados
06 Compilação do relatório
07 Discussão com supervisor
Fonte: Autor (2023).
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5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
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