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Ana Emília Magrinelli Lisboa Ataíde

Higor Domingues Pereira


Jaqueline Vilasboas Souza
Maurik Jarady Prates Barbosa
Viviane de Jesus Silva Lima
Direito
Economia Política
Data 23/11/2020.

Pobreza e Desigualdade Social: estudo comparativo entre três municípios


baianos.

1. Introdução

A pobreza e a riqueza de uma nação podem ser medidas de acordo com algumas ferramentas de
análise baseadas em indicadores econômicos municipais. Com base no mapa de pobreza e
desigualdade do IBGE1, lançado em 2003, em parceria com o Banco Mundial, foi possível medir ―a
incidência de pobreza, a distância média dos pobres em relação à linha de pobreza (hiato) e a
desigualdade entre os pobres (severidade ou profundidade da pobreza)‖. Para tanto, a pesquisa se
utilizou das informações disponibilizadas pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (2002-2003) e do
Censo Demográfico do IBGE (2000), no qual foi possível traçar 20 linhas regionais de pobreza
absoluta e subjetiva no Brasil e, assim, detectar suas diferenças regionais e municipais.

De acordo com a pesquisa do IBGE (2008), o conceito de pobreza absoluta é medida a partir dos
critérios que avaliam a capacidade de consumo das pessoas (com base nos gastos per capita), sendo
classificado como pobre aquele indivíduo que não possui nenhum acesso a cesta alimentar e aos bens
minimos para sua sobrevivência. Por outro lado, a pobreza subjetiva representa a percepção da
pessoa sobre suas condições de vida, sendo assim, a percepção de bem-estar vai sofrer a influência
dos indivíduos de um determinado grupo de referência. Todavia, não se espera que os dois
indicadores sejam coincidentes, mas a expectativa é de que os resultados sejam próximos. De toda

1
Divulgação no site do IBGE. Dispoível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-
agencia-de-noticias/releases/13594-asi-ibge-lanca-mapa-de-pobreza-e-desigualdade-2003. Acesso em novembro de
2020.
forma, o método aplicado permitiu calcular a pobreza e a desigualdade em pequenas áreas, bem
como avaliar a precisão das estimativas.

O Índice de Gini2, por sua vez, é um indicador criado pelo matemático italiano Conrado Gini, um
instrumento utilizado para medir o grau de concentração de renda em determinado grupo. Ele aponta
a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e dos mais ricos. Numericamente, varia de zero a
um (alguns apresentam de zero a cem). Quanto mais perto de zero: maior é a igualdade de renda
entre a população. Ou seja, quanto menor o indicador, menor é a desigualdade social e mais próxima
é a renda dos mais pobres em relação aos mais ricos. Quanto mais perto de um: maior é a
desigualdade de renda entre a população

Todavia, como descreveu Adam Smith, no século XVIII, todo homem era rico ou pobre, conforme o
grau em que conseguia desfrutar das coisas necessárias, ou das coisas convenientes dos prazeres da
vida. Porém, reitera o autor, uma vez implantada plenamente a divisão do trabalho, serão poucas as
necessidades que uma parte dos homens conseguirá atender com o produto de seu próprio trabalho.
A maior parte dessas necessidades, enfatiza Smith, deverão ser atendidas com o produto do trabalho
de outro homem, que por sua vez, será rico ou pobre, a depender da quantidade de serviço alheio que
ele esteja em condições de encomendar ou comprar.Ou seja, a pobreza será de fato um fenômeno
econômico, consequente do sistema capitalista, no qual muitos indivíduos ficarão sempre à margem
do acesso ao capital, sendo clasificados pelo seu poder de compra.

Em certa medida, explica Amartya Sen (2010, p.35), a definição da pobreza pelos teóricos clássicos,
como sendo a privação das capacidades básicas, se deve ao fato desse indicador refletir algumas
capacidades elementares de sobrevivência, na qual podemos incluir, morte prematura, subnutrição
significativa, morbidez persistente, analfabetismo e outras deficiências, todas relacionadas ao
indicador de baixa renda. Contudo, reitera o autor, esse fenômeno pode ser observado tanto nos
países em desenvolvimento e subdesenvolvidos, como nos países desenvolvidos da Europa.
Entretanto, para compensar a perda de renda pelos cidadãos europeus são adotadas medidas de
inclusão socio-economica, com a implantação de poíticas de seguridade social e distribuição de
renda para os desempregados. Todavia, para o autor, essa falta de renda não afeta somente a
economia, mas tem efeitos para a perda de liberdade e habilidades, além da exclusão social e
problemas de saúde emocional e psicológicos (SEN, 2010, p.36)..

2
Definição do Indice de Gini. Disponível em:
https://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2048:catid=28. Acesso em novembro de 2020.
A seguir iremos apronfundar a discussão sobre a pobreza e a desigualdade, apresentando as
principais correntes teóricas da Economia Política. Em seguida, iremos apresentar os indicadores de
três municípios baianos de modo a comparar a pobreza objetiva e subjetiva de cada um deles.

2. Riqueza e Pobreza: qual a definição das categorias de análise econômica?

Retomando a premissa de Adan Smith (1996, p.88), segundo Hobbes, a riqueza é poder.
Contudo, reitera o autor, precisamos compreender que a pessoa quando adquire ou herda uma
grande fortuna, não necessariamente adquire ou herda um poder político, seja civil ou militar.
Possivelmente, ao herdar sua fortuna pode conseguir os meios para adquirir esses dois poderes, mas
a simples posse da fortuna não lhe assegurará nenhum dos dois. O poder que a posse da fortuna lhe
assegurará, de forma imediata e direta, é o poder de compra. Baseado nessa constatação, a pessoa
afortunada adquire um certo comando sobre todo o trabalho ou sobre todo o produto do trabalho que
se encontra disponível no mercado. Sua fortuna é maior ou menor, exatamente na proporção da
extensão desse poder de compra. Ou seja, enfatiza o autor, de acordo com a quantidade de trabalha
alheio ou — o que é a mesma coisa — do produto do trabalho alheio que esse poder lhe dá condições
de comprar ou comandar.

Para Marx (1867), o capitalista serve de parâmetro para relacionar ao excedente de valor, que é
produzido no ato de produção capitalista, dentro dessas sociedades pelo trabalhador. Assim, a
mercadoria será ponto elementar da riqueza. A chave para sua teoria é pensar a força de trabalho
como a própria mercadoria. Neste mundo capitalista, enfatiza Marx (1867), o trabalhador é livre para
vender sua capacidade de trabalho, vender sua capacidade específica em troca de um salário,
denominada por como a força de trabalho. Então, a partir do momento em que a força de trabalho se
torna mercadoria, tudo o mais também se tornará mercadoria, a forma elementar das relações sociais
entre capital-trabalho.

De todo modo, a produção será importante para se medir a riqueza de uma nação, seja do ponto de
vista do produto, seja do ponto de vista da mais-valia, a quantidade de lucro gerado com a produção
poderá ser medido para dimensionar o crescimento econômico de um Estado. Como explica Joaquim
Hirsch (2010), o Estado vai representar a unidade de análise para compreender o capitalismo, no
entanto, as relações políticas e econômicas que ele estabelece com outro Estado (internacionalmente)
poderão fornecer elementos para se entender as crises sistêmicas no ambiente doméstico.

Principalmente, após a Segunda Guerra Mundial, os EUA ganharam tamanho poder para agir em
prol dos interesses do capitalismo, que forçaram outros Estados ao ―jogo de soma zero‖, por temer a
força do nazismo que não aderiu a uma economia mundial aberta ou supranacional. O rompimento
com os poderes colonialistas visava, sobretudo, impulsionar o livre mercado e provocar as
independências das colônias que ainda estavam condicionadas aos monopólios com as suas
respectivas metrópoles. Robert Biel (2007) revela que a estratégia das elites norte-americanas foi dar
aos centros do capitalismo a garantia de interesses mútuos preservados, a segurança das elites
nacionais, para ―disfrutarem das riquezas‖ do mundo. Assim, ―o sistema de seguridade (nacional e
internacional) vinha sempre para protegê-los dos pobres problemáticos‖ (BIEL, 2007, p.88),
excluídos relativamente do capitalismo, porém, ainda subvertia a divisão Norte-Sul.

No artigo, Sessenta anos da Cepal, Ricardo Bielschowsky aponta para equidade, desenvolvimento e
cidadania, demonstrando que, mesmo com esforços das nações, ainda há muito que melhorar no que
diz respeito à economia. Os resultados insatisfatórios decorrentes de novos padrões de
desenvolvimento, somados na baixa apropriação do exercício da cidadania oportuniza a injustiça, o
que ocasiona problemas estruturais tais como: desemprego, baixa renda, etc. Todavia, é importante
ressaltar que a desigualdade não é um problema recente e para melhorar essa situação de pobreza e
desigualdade, é necessário investir em educação, habitação, patrimônio e demografia. Para o autor,
―a superação dos grandes problemas de eqüidade exige a concentração de esforços na quebra das
estruturas de reprodução intergeracional da pobreza e da desigualdade, por meio de ações que visem
os quatro canais fundamentais que as determinam ‖ (BIELSCHOWSKY, 1998, p. 157). Nesse
sentido, o ―objetivo central de elevar os níveis de bem-estar da população como um todo não será
alcançado sem avanços significativos na consolidação de economias dinâmicas e competitivas
capazes de enfrentar os desafios de um mundo globalizado‖ (BIELSCHOWSKY, 1998, p. 159).
A seguir iremos aprofundar a discussão obervando o caso do Brasil.

3. Brasil e seus dilemas entre Estado e Sociedade

Segundo Fernando Henrique Cardoso (1975), existe um padrão na sociedade do Brasil. Estamos
diante de uma dicotomia entre o que é o estado, a estrutura estatal, a estrutura de poder político e
jurídico. A estrutura de controle, inclusive de regulação econômica, o autor vai chamar de sociedade,
as relações económicas, as empresas, o jogo econômico, as organizações de quartel econômico,
pactos econômicos, as grandes corporações, tudo isso é a sociedade. Para FHC, existem dois polos
apenas, ou Estado, ou sociedade. E nessa sociedade o mercado está incluído.

Todavia, para FHC, é urgente e necessário uma democratização do país, como espaço de
modernização das relações entre sociedade e estado. Parao autor, a sociedade não só como
população, mas como mercado, incluindo dentro desse modelo de sociedade e, portanto, a própria
gestão do estado, precisam aprender com o modelo do mercado e se modernizar. Por isso, no
governo de FHC, houve uma ampla reforma do estado, encabeçada por Luís Bressa Pereira, na qual
havia uma ideia de um Estado mais enxuto de automatização dos processos burocráticos. Nesse
contexto, foi a partir do governo de FHC que se começou um plano de modernização do estado
Brasileiro.

Em suma, para FHC, o desafio do Brasil é pensar o quanto o Estado e sociedade estão interligados,
sendo esses fundamentais para a constituição de uma sociedade democrática. A partir dessa
sociedade democrática, poderemos avançar sob os princípios de uma democracia liberal e romper
com o padrão autoritário que vem de uma matriz ideológica autoritária. Esse regime político foi
muito presente durante a ditadura militar, mas no Brasil pós-ditadura, a democracia segue em um
contexto de um mercado, extremamente influenciado pelo Estado, e uma sociedade civil,
extremamente influenciada pelo Estado. Assim, a pergunta de FHC é: como produzir uma sociedade
democrática no Brasil, e ao mesmo tempo modernizar as relações entre Estado e sociedade? A
resposta mais óbvia para o autor consiste em: promover um Estado que seja mais eficiente, em
termos econômicos, e em termos de produção de politicas públicas, ao mesmo tempo que busque
romper com essa lógica autoritária, que permeia tanto o Estado, quanto a sociedade brasileira.

3.1. Análise dos indicadores de três municípios baianos

Como revelou o mapa da pobreza e desigualdade, podemos considerar 70% dos municípios do
Nordeste do Brasil em situação de pobreza. Para essa análise comparativa iremos considerar três
municípios baianos, observando seus indicadores de pobreza e desigualdade renda. O critério para
seleção dos três municípios é que são considerados de pequeno porte e se encontram situados na
microregião de Guanambi e macroregião do Sudoeste baiano.

O primeiro município baiano é Palmas de Monte Alto, possui uma população estimada (2020) em
21.796 pessoas e densidade demográfica (2010) de 8,23 hab/km². Segundo os dados do IBGE
(2010), quanto ao trabalho e Rendimento, em 2018, o salário médio mensal era de 1.8 salários
mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 5.5%. Considerando
os domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, o município tinha
54.3% da população nessas condições, ou seja, mais da metade da população disponibiliza de até
meio salário para custear suas necessidades básicas. Outra consideração abarca a economia do
município, no qual seu PIB per capita (2017) foi estimado em R$ 7.155,98, porém, 91,1 % das
receitas são oriundas de fontes externas, sendo assim, parte do capital que circula no município vem
de outras economias regionais. Conforme os dados do IBGE, no ano de 2017, o total da receita de
Palmas de Monte Alto (R$ 41.720. 600, 00) foi maior que o total das despesas (R$ 41.287.660, 00)
Como mostrou o Mapa de pobreza e desigualdade, em 2003, a incidência da pobreza de Palmas de
Monte Alto foi de 46,35%, enquanto a incidência da pobreza subjetiva foi de 59,09%. O indicador
que mede a desigualdade de renda, o Índice de Gini, foi calculado em 0,37%.

O segundo município baiano é Lagoa Real, possui uma população estimada (2020) em 15.770
pessoas e densidade demográfica (2010) de 15,88 hab/km². Segundo os dados do IBGE (2010),
quanto ao trabalho e Rendimento, em 2018, o salário médio mensal era de 1.4 salários mínimos. A
proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 2.0%. Considerando os
domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, o município tinha
56,4% da população nessas condições, ou seja, mais da metade da população disponibiliza de até
meio salário para custear suas necessidades básicas. Outra consideração abarca a economia do
município, no qual seu PIB per capita (2015) foi estimado em R$ 5.471,15, porém, 95,4 % das
receitas são oriundas de fontes externas, sendo assim, parte do capital que circula no município vem
de outras economias regionais. Conforme os dados do IBGE, no ano de 2017, o total da receita de
Lagoa Real (R$ 30.026.702,00) foi maior que o total das despesas (R$ 27.241.770,00). Como
mostrou o Mapa de pobreza e desigualdade, em 2003, a incidência da pobreza de Lagoa Real foi de
46,82%, enquanto a incidência da pobreza subjetiva foi de 62,63%. O indicador que mede a
desigualdade de renda, o Índice de Gini, foi calculado em 0,36%.

Finalmente, o terceiro município baiano é Matina, possui uma população estimada (2020) em 12.283
pessoas e densidade demográfica (2010) de 14,37 hab/km². Segundo os dados do IBGE (2010),
quanto ao trabalho e Rendimento, em 2018, o salário médio mensal era de 1,8 salários mínimos. A
proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 5,2%. Considerando os
domicílios com rendimentos mensais de até meio salário mínimo por pessoa, o município tinha
53,7% da população nessas condições, ou seja, mais da metade da população disponibiliza de até
meio salário para custear suas necessidades básicas. Outra consideração abarca a economia do
município, no qual seu PIB per capita (2015) foi estimado em R$ 5.777,70, porém, 96,2 % das
receitas são oriundas de fontes externas, sendo assim, parte do capital que circula no município vem
de outras economias regionais. Conforme os dados do IBGE, no ano de 2017, o total da receita de
Matina (R$ 27.220.190,00) foi maior que o total das despesas (R$ 26.143.150,00). Como mostrou o
Mapa de pobreza e desigualdade, em 2003, a incidência da pobreza de Palmas de Monte Alto foi de
48,65%, enquanto a incidência da pobreza subjetiva foi de 63,57%. O indicador que mede a
desigualdade de renda, o Índice de Gini, foi calculado em 0,33%. A partir do panorama dos
municípios podemos analisar comparativamente os gráficos abaixo:

Como podemos observar, na Figura 1, no ano de 2003, no município de Matina o indicador da


pobreza objetiva é maior do que Palmas de Monte Alto e Lagoa Real. Desse modo, é possível
afirmar que quase 50% da população não possui o poder de compra, sendo limitada sua capacidade
de garantir as necessidade básicas. Em segundo lugar se encontra Palmas de Monte Alto, e por
último, o município de Lagoa Real.

Figura 1 – Incidência da Pobreza (objetiva)de três municípios baianos

48,65
49
48,5
48
47,5 46,82
47 46,35 INCIDÊNCIA DA POBREZA
46,5
46
45,5
45
Palmas de Lagoa Real Matina
Monte Alto

Conforme o segundo indicador de pobreza subjetiva, na Figura 2, o município de Matina também é o


que se encontra com maior incidência de pessoas que se classificam dentro da categoria de pobreza.
Em segundo lugar se encontra Palmas de Monte Alto e, por último, Lagoa Real. Com isso, podemos
afirmar que mais da metade da população de Matina tem a percepão de que se encontra dentro da
categoria de pobreza.

Figura 2 – Incidência da Pobreza Subjetiva de três municípios baianos


INCIDÊNCIA DA POBREZA SUBJETIVA

Matina 63,57

Lagoa Real 59,09 INCIDÊNCIA DA POBREZA


SUBJETIVA

Palmas de Monte Alto 62,63

56 58 60 62 64

Finalmente, o indice de Gini, que mede a desigualdade de renda, na Figura 3, podemos constatar que
Matina, apesar de estar com maior incidência de pobreza, se encontra em maior vantagem quanto ao
quesito distribuição de renda. O município de Lagoa Real, apesar de possuir menor incidência de
pobreza apresentou maior indicador do indice de gini.

Figura 3 – Indice de Gini de três municípios baianos

ÍNDICE DE GINI
0,37
0,37
0,36
0,36
0,35
0,34
0,33 0,33 ÍNDICE DE GINI
0,32
0,31
Palmas de
Lagoa Real
Monte Alto Matina

Desse modo, podemos afirmar que apesar da percepção da população quanto à sua condição de
pobreza e da incidência de pobreza objetiva, o indice de gini consegue mostrar as nuances da
desigualdade de renda, revelando-se em um indicador muito relevante para a análise das igualdade
de oportunidade e de trabalho.
Considerações Finais

Ao longo do artigo pudemos perceber que a categoria de análise da pobreza pode ser relevante do
ponto de vista das sociedade capitalistas, sobretudo, porque revela o poder de compra da população.
O estudo comparativo nos mostrou como uma análise sobre renda é subsidiada por diferentes
ferramentas, e o mapa da pobreza e desigualdade do IBGE nos possibilitou um olhar mais profundo
sobre esses indicadores necessários para a construção de cenários socio-econômicos. Em suma, os
resultados da pesquisa demonstraram que apesar da incidência de pobreza no município é importante
observar como a renda consegue ser distribuída para a população e não se manter concentrada na
mão de poucos. Outra observação importante se deu com relação à receita dos municípios que são
oriundos de fontes externas, sendo relevante para as economias locais as polítcas de desenvolvimento
e crescimento econômico em âmbito regional.
Referências Bibliográficas

BIEL, Robert. El nuevo imperialismo: crisis e contracciones en las relaciones. México, 2007.

BIELSCHOWISKY, Ricardo. Uma agenda para a era global. In: ___. 60 años de la CEPAL: textos
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CARDOSO, Fernando Henrique. Autoritarismo e democratização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
GREMAUD, Amaury Patrick. Economia Brasileira Contemporânea. São Paulo: Atlas, 2010.

HIRSCH, Joachim. Teoria Materialista do Estado. Rio de Janeiro : Revan, 2010

MARX, Karl. O Capital. Capítulo 1: A Mercadoria. 1867.

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Universitária, 1975. (p. 26 – 41).

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