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Controle
Definições dos Sistemas de Controle
• Para Nise (2013), sistema de controle consiste em subsistemas
(plantas) construídos com objetivo de obter uma saída desejada com
o desempenho desejado por uma entrada especificada;
• A entrada representa a resposta desejada e a saída a resposta real;
• Mas, a saída não varia instantaneamente como a saída, a saída tem
uma resposta gradual;
• As entidade físicas do sistema armazenam ou dissipam energia o que
explica o atraso da resposta da saída com relação a entrada;
• A mudança gradual na saída é a Resposta Transitória;
Definições dos Sistemas de Controle
• Após a resposta transitória o sistema físico tende à estabilidade ou
Regime Estacionário;
• A resposta em regime estacionário é uma aproximação do estímulo
de entrada;
• A diferença entre o sinal de entrada e saída é o erro de sinal
estacionário;
Nise (2013)
Configurações de Sistemas
• As principais configurações aplicados em sistemas de controle são:
Nise (2013)
• Em um sistema em malha aberta o estímulo de entrada pode ser
captado por um transdutor de entrada enviando um sinal adequado
para o controlador;
• O controlador aciona o processo (planta) a ser controlada;
• O estímulo ou sinal de entrada é o sinal de referência;
• A saída do sistema é a Variável Controlada;
Sistema em Malha Aberta
• Durante o processo de execução do controle do processo pode
ocorrer perturbações são adicionados às saídas do controlador e da
planta controlada;
• Essas perturbações se somam, algebricamente, aos sinais que saem
do controlador e da planta modificando a resposta desejada;
• É desvantagem para este tipo de sistema a impossibilidade de
correção ou compensações relativo as perturbações;
• Esses sistemas são comandados simplesmente pelo sinal de entrada;
Sistema em Malha Fechada
• Considerando o seguinte sistema em malha fechada:
Nise (2013)
1 𝜎+𝑗∞
ℒ −1 𝐹 𝑠 = න 𝐹 𝑠 𝑒 𝑠𝑡 𝑑𝑠 = 𝑓 𝑡 𝑢 𝑡
2𝜋𝑗 𝜎−𝑗∞
Função de Transferência
• Após o fim da modelagem analisando o sistema no domínio da
frequência, o projetista irá obter uma equação geral que define o
sistema de controle de forma matemática;
• Ou equações que determinarão algebricamente os subsistemas desse
sistema de controle
• Essa equação relaciona a saída do sistema com a entrada do sistema
ou dos subsistemas avaliados;
Função de Transferência
• Considerando uma equação diferencial genérica de ordem n e linear:
𝑑𝑛 𝑐 𝑡 𝑑 𝑛−1 𝑐 𝑡 𝑑𝑚 𝑟 𝑡 𝑑 𝑚−1 𝑟 𝑡
𝑎𝑛 + 𝑎𝑛−1 + ⋯ + 𝑎0 𝑐 𝑡 = 𝑏𝑚 + 𝑏𝑚−1 + ⋯ + 𝑏0 𝑟 𝑡
𝑑𝑡 𝑛 𝑑𝑡 𝑛−1 𝑑𝑡 𝑚 𝑑𝑡 𝑚−1
𝐶 𝑠 𝑏𝑚 𝑠 𝑚 + 𝑏𝑚−1 𝑠 𝑚−1 + ⋯ + 𝑏0
=
𝑅 𝑠 𝑎𝑛 𝑠 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑠 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎0
Função de Transferência
• A razão entre a saída e a entrada do sistema ou subsistema é
denominada Função de Transferência para condições inicias nulas;
• Matematicamente, a função separa a entrada, a saída do próprio
sistema;
• A equação da função de transferência G(s) pode ser representada por
um diagrama de bloco:
𝐶 𝑠 = 𝐺 𝑠 .𝑅 𝑠
Nise (2013)
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Os circuitos elétricos muitas vezes são constituídos de elementos
passivos (Resistores, Indutores e Capacitores) e Ativos
(Amplificadores Operacionais) bem como a combinação deles;
• Os princípios básicos para a resolução de problemas elétricos são as
Leis de Kirchoff e a Lei de Ohm;
• Usando estas leis é possível determinar a equação diferencial que
rege a dinâmica do circuito;
• Feito isso é aplicada a transformada de Laplace para determinar a
função de transferência relativo a entrada aplicada e a saída
desejada;
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• A partir das equações diferenciais dos elementos passivos
armazenadores e dissipadores de energia são determinadas as
seguintes relações:
Nise (2013)
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Durante a análise cada elemento passivo apresenta a sua impedância
no domínio da frequência:
1 𝑉𝐶 𝑠
= (𝐶𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟)
𝐶𝑠 𝐼 𝑠
𝑉𝐿 𝑠
𝐿𝑠 = (𝐼𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟)
𝐼 𝑠
𝑉𝑅 𝑠
𝑅= (𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟)
𝐼 𝑠
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Em circuito elétricos ativos como os Amplificadores Operacionais;
• Algumas características são inerentes aos Amplificadores
Operacionais:
𝑉 𝑡 = 𝐴 𝑉2 𝑡 − 𝑉1 𝑡
𝑉𝑠 𝑡 = −𝐴𝑉1 (𝑡)
Nise (2013)
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Aplicando impedâncias ao amplificador operacional aplicando a
transformada de Laplace aos componentes, entrada e saída:
𝐼1 𝑠 = 𝐼2 𝑠
𝑉𝑒 𝑠 −0 0−𝑉𝑠 𝑠
=
𝑍1 𝑠 𝑍2 𝑠
𝑉𝑒 𝑠 −𝑍1 𝑠
=
Nise (2013) 𝑉𝑠 𝑠 𝑍2 𝑠
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Em um circuito não-inversor a entrada está conectada ao polo
positivo do amplificador operacional, mantendo o sinal de entrada e
saída em fase:
• Considerando o circuito e analisando no domínio da frequência:
𝑉𝑠 𝑠 = 𝐴 𝑉𝑒 𝑠 − 𝑉1 (𝑠)
𝑍1
𝑉1 𝑠 = 𝑉𝑠 (𝑠)
𝑍1 +𝑍2
Nise (2013)
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Aplicando o resultado em na equação de saída do amplificador:
𝑉𝑠 𝑠 = 𝐴 𝑉𝑒 𝑠 − 𝑉1 (𝑠) =
𝑍1
𝑉𝑠 𝑠 = 𝐴 𝑉𝑒 − 𝑉 (𝑠) =
𝑍1 +𝑍2 𝑠
𝑉𝑠 (𝑠) 𝐴
= 𝑍1
𝑉𝑒 (𝑠) 1+𝐴
𝑍1 +𝑍2
Nise (2013)
Funções de Transferência de Circuitos Elétricos
• Por fim, considerando que o ganho A muito grande a função de
transferência pode ser escrita como:
𝑉𝑠 (𝑠) 𝑍1 +𝑍2
=
𝑉𝑒 (𝑠) 𝑍1
Nise (2013)
Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos
• A modelagem de sistemas mecânicos é realizada aplicando ao sistema
estudado as Leis de Newton;
• Os sistemas mecânicos podem ser representados por elementos
armazenadores e dissipadores de energia:
• Massa;
• Mola;
• Amortecedor;
Nise (2013)
Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos
• Assim, como o dispositivos elétricos os modelos de massa, mola e
amortecedor tem a sua impedância mecânica associada de acordo com
a equação diferencial que descreve o seu comportamento:
𝐹𝑀𝑜𝑙𝑎 𝑠
𝐾= (𝑀𝑜𝑙𝑎)
𝑋 𝑠
𝐹𝐴𝑚𝑜𝑟 𝑠
𝑠𝑓𝑣 = (𝐴𝑚𝑜𝑠𝑡𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟)
𝑋 𝑠
𝐹𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠
𝑀𝑠 2 = (𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎)
𝑋 𝑠
Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos
• Como os sistemas elétricos, em alguns casos, mais de uma equação do
movimento pode ser necessária para descrever o sistema;
• O número de equações de movimento importantes para o sistema é
igual ao número de movimentos Linearmente independentes;
• Segundo Nise (2013), a independência linear significa que um ponto
no sistema pode manter-se em movimento mesmo que os demais
pontos estejam em repouso;
• Outra denominação para o número de movimentos linearmente
independentes é o número de Graus de Liberdade;
Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos
• Os sistema mecânicos de rotação tem análise muito similar aos
sistemas mecânicos de translação;
• Deve-se determinar os graus de liberdade aplicando o somatório dos
torque igual a zero;
• Mas, agora o movimento é a rotação sobre o eixo de rotação dos
modelos de momento de inércia, mola e amortecedor;
• Uma peculiaridade dos sistemas mecânicos de rotação é a substituição
da grandeza da massa pelo seu equivalente em rotação, o Momento de
Inércia;
• A força será substituído pelo Torque e o deslocamento linear será
substituído pelo Deslocamento Angular;
Funções de Transferência de Sistemas Mecânicos
• Considerando o movimento de rotação e a partir das equações
diferenciais dos elementos armazenadores e dissipadores de energia
são determinadas as seguintes relações:
Nise (2013)
Funções de Transferência de Sistemas
Mecânicos
• As impedância mecânicas para o movimento de rotação são:
𝑇𝑀𝑜𝑙𝑎 𝑠
𝐾= (𝑀𝑜𝑙𝑎)
𝜃 𝑠
𝑇𝐴𝑚𝑜𝑟 𝑠
𝐷𝑠 = (𝐴𝑚𝑜𝑟𝑡𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟)
𝜃 𝑠
𝑇𝑀𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑠
𝐽𝑠 2 = (𝑀𝑜𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝐼𝑛é𝑐𝑖𝑎)
𝜃 𝑠
Funções de Transferência de Sistemas
Mecânicos
• Nos sistemas mecânicos de rotação a transferência de energia
mecânica pode ser realizada com engrenagens;
• Essas engrenagens são dispositivos mecânicos de acoplamento
utilizados para compatibilizar o torque e a velocidade de sistema
rotativos:
• As relações entre torque e velocidade dependem diretamente do
raios e do número de dentes presentes em cada engrenagem
acoplada;
Funções de Transferência de Sistemas
Mecânicos
• Considerando um conjunto com duas engrenagens:
Nise (2013)
𝑙1 = 𝑙2
𝑟1 𝜃1 𝑡 = 𝑟2 𝜃2 𝑡
𝑁1 𝑟1 𝜃2 𝑡
= =
𝑁2 𝑟2 𝜃1 𝑡
Funções de Transferência de Sistemas
Mecânicos
• Em um modelo sem perdas entre as engrenagens a potência
mecânica é constante para as duas engrenagens:
𝑃1 = 𝑃2
𝑑𝜃1 𝑡 𝑑𝜃2 𝑡
𝑇1 (𝑡) = 𝑇2 (𝑡) = 𝑇1 𝑑𝜃1 = 𝑇2 𝑑𝜃2
𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑇1 𝜃2 𝑁1
𝑇1 𝜃1 = 𝑇2 𝜃2 = = =
𝑇2 𝜃1 𝑁2
Funções de Transferência de Sistemas
Mecânicos
• Diante dos resultados é possível observar que existe relação linear
entre os torques em cada engrenagem, os raios e o número de dentes
e relação inversa com o deslocamento angular:
• Em termos de diagramas de blocos os resultados obtidos podem ser
descritos como:
Nise (2013)
Modelagem no Domínio do Tempo
• De acordo com Nise (2013), a modelagem no domínio do tempo pode
ser realizada pela abordagem em Espaço de Estados;
• Essa abordagem é capaz de permitir a modelagem de uma variedade
de sistemas lineares ou não-lineares com condições iniciais nulas ou
não nulas;
• Muitos sistemas denotam múltiplas entradas e múltiplas saídas e a
modelagem em espaço de estados permite um modelo compacto e
mais preciso similar a um modelo de uma entrada e uma saída;
Modelagem no Domínio do Tempo
• A representação em Espaço de Estados tem como princípio básico a
combinação linear de n variáveis e que todas sejam Linearmente
Independentes;
• Segundo Ogata (2010), Estado de um sistema dinâmico é o menor
conjunto Variáveis de Estado, tais que o conhecimento das variáveis
em condições iniciais em conjunto com o conhecimento da entrada
determina completamente do comportamento do sistema;
• O Vetor de Estado é um vetor em que seus elementos são variáveis
de estado;
Modelagem no Domínio do Tempo
• Então, Espaço de Estados é um conjunto n – dimensional cujos eixos
coordenados são todas as variáveis de estado;
• O espaço de estados é descrito n equações conhecidas como
Equações de Estado com n variáveis de estado;
• É peculiar da análise em espaço de estado que todas as equações
diferenciais das equações de estado sejam de primeira ordem;
• Assim, uma equação diferencial de n-ésima ordem podem ser
representado por n equações de estado;
• A Equação de Saída é uma equação algébrica que expressa as
variáveis de saída como combinações lineares das variáveis de estado
e da entrada;
Modelagem no Domínio do Tempo
• A modelagem no domínio do tempo pode ser expresso pelas
equações matriciais:
𝑥ሶ = 𝐴𝑥 + 𝐵𝑢
𝑦 = 𝐶𝑥 + 𝐷𝑢
Em que: 𝑥ሶ 1 𝑥1 𝑢1
𝑥ሶ 2 𝑥2 𝑢2 𝑎11 ⋯ 𝑎1𝑛
. . .
𝑥ሶ = . ; 𝑥 = . ; 𝑢 = . ; 𝐴 = ⋮ ⋱ ⋮
. . . 𝑎𝑛1 ⋯ 𝑎𝑛𝑛
𝑥ሶ 𝑛 𝑥𝑛 𝑢𝑛
Conversão de Função de Transferência para
Espaço de Estados
• Utilizando a equação diferencial genérica de ordem n;
𝑑𝑛 𝑦 𝑑𝑛−1 𝑦 𝑑𝑦
𝑛
+ 𝑎𝑛−1 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 + 𝑎0 𝑦 = 𝑏0 𝑢
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑𝑛−1 𝑦
𝑥1 = 𝑦; 𝑥2 = ; 𝑥3 = 2 ; … ; 𝑥𝑛 = 𝑛−1
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
𝑑𝑦 𝑑2 𝑦 𝑑3 𝑦 𝑑𝑛 𝑦
𝑥ሶ 1 = ; 𝑥ሶ 2 = 2 ; 𝑥ሶ 3 = 3 ; … ; 𝑥𝑛ሶ = 𝑛
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑑𝑡
Conversão de Função de Transferência para
Espaço de Estados
• Substituindo os resultados:
𝑥ሶ 1 = 𝑥2 ; 𝑥ሶ 2 = 𝑥3 ; … ; 𝑥𝑛−1
ሶ = 𝑥𝑛
𝑥ሶ 𝑛 = −𝑎𝑛 𝑥1 − 𝑎𝑛−1 𝑥1 − ⋯ − 𝑎1 𝑥𝑛 + 𝑏0 𝑢
Conversão de Função de Transferência para
Espaço de Estados
• Aplicando a forma matricial:
𝑥ሶ 1 0 1 0 . . . 0 𝑥1 0
𝑥ሶ 2 0. 0. 1. .. .. .. 0. 𝑥2 0.
. .
. = . . . . . . . . + . 𝑢
. . . . . . . . . .
𝑥ሶ 𝑛 −𝑎𝑛 −𝑎𝑛−1 −𝑎𝑛−2 . . . −𝑎1 𝑥𝑛 𝑏0
Conversão de Função de Transferência para
Espaço de Estados
• E a equação de saída pode ser representada por:
𝑥1
𝑥2
.
𝑦= 1 0 . . . 0 .
.
𝑥𝑛
𝑥ሶ = 𝐴𝑥 + 𝐵𝑢
𝑦 = 𝐶𝑥 + 𝐷𝑢
𝑌 𝑠 = 𝐶𝑋(𝑠) + 𝐷𝑈(𝑠)
Conversão de Espaço de Estados Para Função
de Transferência
• O próximo passo é isolar X(S), de modo que:
𝑋(𝑠)(𝑠𝐼 − 𝐴) = 𝐵𝑈(𝑠)
𝑌 𝑠 = 𝐶 𝑠𝐼 − 𝐴 −1 𝐵𝑈 𝑠 + 𝐷𝑈 𝑠
−1
𝑌 𝑠 = 𝐶 𝑠𝐼 − 𝐴 𝐵 + 𝐷 𝑈(𝑠)
𝑌(𝑠) −1 𝐵
𝐺 𝑠 = = 𝐶 𝑠𝐼 − 𝐴 + 𝐷
𝑈(𝑠)
• NISE, Norman S. Engenharia de Sistemas de Controle. Sexta Edição.
LTC, 2013.
• OGATA, Katsuhiko. Engenharia de Controle Moderno. Quinta Edição.
Pearson, 2010.