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FISCALIZAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS

Fiscalização De Obras E Serviços

A Diferença Entre Obra E Serviço De Engenharia

Hamilton Bonatto, Procurador do Estado do Paraná, Chefe do Núcleo Jurídico da Secretaria de


Estado de Infraestrutura e Logística e da Autarquia Paraná Edificações; Engenheiro Civil, e instrutor
da Escola de Governo do Paraná, explica para o Sollicita a diferença entre e obra e serviço de
engenharia e porque defende a adoção da modalidade Pregão não apenas para serviços de
engenharia comuns, mas também para obras.

Qual É A Diferença Entre Obra E Serviço De Engenharia?

Hamilton Bonatto - A Lei 8.666, de 1993 apenas define Obra como toda construção, reforma,
fabricação, recuperação ou ampliação, realizada por execução direta ou indireta; e Serviço toda
atividade destinada a obter determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como:
demolição, conserto, instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação,
manutenção, transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou trabalhos técnico-profissionais.

No entanto não conceitua cada uma dos tipos de obras e serviços. O Instituto Brasileiro de Auditoria
de Obras Públicas – IBRAOP, por meio da OT – IBR 002/2009 trouxe cada um dos conceitos, o que
foi, inclusive acolhido pelo decerto Estadual nº 5.454, de 2016 do Paraná.

Assim foi conceituado:

Obra de engenharia – ação de construir, reformar, fabricar, recuperar ou ampliar um bem, na qual
seja necessária a utilização de conhecimentos técnicos específicos envolvendo a participação de
profissionais habilitados conforme o disposto na Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e
na Lei Federal nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010. Para efeito da Lei Estadual nº 15.608, de 16
de agosto de 2007, conceitua-se:

a) Ampliar - produzir aumento na área construída de uma edificação ou de quaisquer dimensões de


uma obra que já exista;

b) Construir - consiste no ato de executar ou edificar uma obra nova;

c) Fabricar - produzir ou transformar bens de consumo ou de produção através de processos


industriais ou de manufatura;

d) Recuperar - tem o sentido de restaurar, de fazer com que a obra retome suas características
anteriores abrangendo um conjunto de serviços;

e) Reformar - consiste em alterar as características de partes de uma obra ou de seu todo, desde que
mantendo as características de volume ou área sem acréscimos.

Serviço de Engenharia - toda a atividade que necessite da participação e acompanhamento de


profissional habilitado conforme o disposto na Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 e na
Lei Federal nº 12.378, de 31 de dezembro de 2010, tais como: consertar, instalar, montar, operar,
conservar, reparar, adaptar, manter, transportar, ou ainda, demolir. Incluem-se nesta definição as
atividades profissionais referentes aos serviços técnicos profissionais especializados de projetos e
planejamentos, estudos técnicos, pareceres, perícias, avaliações, assessorias, consultorias,
auditorias, fiscalização, supervisão ou gerenciamento. Para efeito da Lei Estadual nº 15.608/07,
conceitua-se:

a) Adaptar - transformar instalação, equipamento ou dispositivo para uso diferente daquele


originalmente proposto. Quando se tratar de alterar visando adaptar obras, este conceito será
designado de reforma;

b) Consertar - colocar em bom estado de uso ou funcionamento o objeto danificado; corrigir defeito
ou falha;

c) Conservar - conjunto de operações visando preservar ou manter em bom estado, fazer durar,

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guardar adequadamente, permanecer ou continuar nas condições de conforto e segurança previstas


no projeto;

d) Demolir - ato de por abaixo, desmanchar, destruir ou desfazer obra ou suas partes;

e) Instalar - atividade de colocar ou dispor convenientemente peças, equipamentos, acessórios ou


sistemas, em determinada obra ou serviço;

f) Manter - preservar aparelhos, máquinas, equipamentos e obras em bom estado de operação,


assegurando sua plena funcionalidade;

g) Montar - arranjar ou dispor ordenadamente peças ou mecanismos, de modo a compor um todo a


funcionar. Se a montagem for do todo, deve ser considerada fabricação;

h) Operar - fazer funcionar obras, equipamentos ou mecanismos para produzir certos efeitos ou
produtos;

i) Reparar - fazer que a peça, ou parte dela, retome suas características anteriores. Nas edificações
define-se como um serviço em partes da mesma, diferenciando-se de recuperar;

j) Transportar - conduzir de um ponto a outro cargas cujas condições de manuseio ou segurança


obriguem a adoção de técnicas ou conhecimentos de engenharia.

De acordo com as fontes citadas, obra é um conjunto orgânico de serviços que, agregados, se
complementam e formam um todo com função definida e completa. O enquadramento como obra ou
serviço de engenharia deve ser feito em função do objeto a ser executado, e da ação ou atividade
definidas acima, sendo independente de quantidade, porte ou custo.

Quais São Hoje As Modalidades De Licitação Permitidas Para Contratação De Obra?

Hamilton Bonatto - Para a contratação de obras as modalidades possíveis são o convite, a tomada
de preços e a concorrência. A legislação atual não autoriza a licitação de obras pela modaliade
pregão.

E Quais São Hoje As Modalidades De Licitação Permitidas Para Contratação De Serviços De


Engenharia?

Hamilton Bonatto - Para serviços de engenharia comuns a modalidade a ser utilizada é o pregão.
Para projetos de engenharia e arquitetura deve ser utilizado, preferencialmente, o concurso. Para
serviços de engenharia que não são comuns as modalidades a serem utilizadas são as mesmas de
obras, citadas na pergunta anterior.

Qual Sua Opinião Sobre A Utilização Do Pregão Para Contratação De Obra E Serviço De
Engenharia?

Hamilton Bonatto - Defendo veementemente a adoção da modalidade pregão não apenas para
serviços de engenharia comuns, mas também para obras. Mas, infelizmente, a legislação atual não
autoriza. A não inclusão das obras como objeto passível de licitação pela modalidade pregão foi uma
opção legislativa, porém, acreditamos, não há uma impossibilidade técnica de licitar este objeto por
meio do pregão, porém, para isso, dependeria uma alteração na lei regente.

Não vemos dificuldade alguma de visualizar obras que sejam caracterizadas como “comuns”, isso é,
que possuam padrões de desempenho e qualidade que podem ser objetivamente definidos pelo
edital, por meio de especificações usuais no mercado. Se existem serviços de engenharia que juntos
e somados podem ser caracterizados como comuns, como é o caso dos serviços de manutenção
predial, também há serviços de engenharia que juntos e interligados, formando um sistema
interconectado, também o possam ser. Isto é muito fácil de visualizar em qualquer tipo de obra
elencada pela lei, seja ampliação, construção, fabricação, recuperação, ou reforma.

Evidentemente, a depender da obra não é possível identificar tais características. Estas devem ser
afastadas, pelo menos diante da exigência legal de que sejam “comuns”, da opção pela modalidade
pregão.

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Existe Algum Caso De Sucesso De Contratação Neste Caso Por Meio Pregão Que O Senhor
Possa Citar?

Hamilton Bonatto - A licitação de serviços de engenharia por pregão tem sido realizada com muito
êxito. Como exemplo cito o Programa Escola 1000, no Estado do Paraná, onde estão sendo
realizados reparos em 1000 escolas da Rede Estadual de Ensino por meio da modalidade pregão e
pelo procedimento do Sistema de Registro de Preços. Porém, não á novidade, uma vez que desde o
ano de 2008 nas escolas deste Estado são realizados serviços de engenharia por pregão, com muito
êxito. O próprio TCU faz suas manutenções prediais, e nem poderia ser diferente, por pregão, além
de outros diversos serviços de engenharia.

Como Deve A Administração Pública Se Respaldar Ao Contratar Obra E Serviços De


Engenharia? Que Cuidados Devem Tomar?

Hamilton Bonatto - Esta pergunta exigiria uma longa resposta. Mas podemos resumir em alguns
tópicos que achamos interessantes e fundamentais.

Primeiramente fazer, antes de mais nada, um estudo de viabilidade, a partir de critérios que a própria
Administração possa eleger, a exemplo dos critérios socioeconômico, socioambiental, sociocultural e
sociopolítico.

Em segundo lugar está a qualidade dos elementos instrutores anexos ao edital da licitação.
Elementos como o projeto básico, o projeto executivo, os memoriais descritivos, a planilha de
quantidades e preços, o cronograma físico-financeiro e o caderno de encargos são relevantes para o
desenvolvimento da obra, pois a concepção desses elementos repercutirá no andamento da obra.
Não se cogita contratar obras de engenharia sem a elaboração e aprovação de projeto básico. Para
tanto, é relevante conhecer suas características, exigências e a legislação desse elemento técnico
instrutor das licitações de obras públicas.

Tanto para a licitação dos projetos como da própria obra é fundamental que editais bem elaborados.
O conteúdo do edital de licitação não é fruto da discricionariedade do gestor. O edital é um
instrumento fundamental para que a licitação seja realizada de forma a se obter a melhor contratação
para a Administração. Um edital mal elaborado implica uma licitação com vícios e, como
conseqüência, uma contratação que, fatalmente, não conseguirá atingir interesse público visado, isto
é, a obtenção de obra pública ou serviço de engenharia de qualidade.

É importante ater-se às exigências da lei, cumpri-la rigorosamente e verificar se não houve exigências
exorbitantes dos licitantes com requisitos distantes da realidade do objeto a ser contratado. É
importante que se estabeleçam apenas requisitos que levem a melhor contratação, sem ferir a
isonomia e a competitividade.

Para isso é necessário tratar cada edital com suas especificidades. Mesmo que se utilize forma
padronizada, o que é recomendável, até certo ponto, necessária e eficiente, pois metodiza e
homogeneíza os procedimentos, é preciso que se atenda às particularidades do que vai ser
contratado.

Outra preocupação deve ser uma eficiente fiscalização. O profissional que fiscaliza a execução do
objeto contratado deve possuir competência técnica compatíveis com as características do objeto.

Uma última coisa a ser destacada é o recebimento da obra. Executado o contrato o seu objeto deve
ser recebido primeiro provisoriamente, quando da conclusão da obra ou serviço, e em momento
posterior definitivamente, por comissão designada pela autoridade competente, mediante termo
detalhado, assinado pelas partes e pelo usuário, após o decurso do prazo de observação ou de
vistoria que comprove a adequação do objeto aos termos contratuais.

Os responsáveis pelo recebimento devem lavrar termo de notificação, anterior ao termo de


recebimento provisório ou definitivo, sempre que as obras ou serviços não apresentarem condições
de aceitação. O termo de notificação deverá caracterizar os vícios, defeitos e incorreções constatados
e determinar prazo para saneamento. A contratada é obrigada a reparar, corrigir, remover, reconstruir
ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem
vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados. Lembrando que
o recebimento provisório ou definitivo não exclui a responsabilidade civil da contratada pela solidez e

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segurança da obra, assim como pelos materiais. Não exime a contratada da responsabilidade ético-
profissional pela perfeita execução do contrato.

A fiscalização de uma obra é definida na resolução nº 1010 do CONFEA (Conselho Federal de


Engenharia e Agronomia) como a atividade que envolve a inspeção e o controle técnicos sistemáticos
de obra ou serviço, com a finalidade de examinar ou verificar se sua execução obedece ao projeto e
às especificações e prazos estabelecidos. Já a lei nº 8.666/94, considera a fiscalização como um
serviço técnico profissional. O especialista responsável em devolver essas atividades é o fiscal de
obras, que deve obrigatoriamente possuir registro legal no CREA (Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia) do estado onde a obra é executada.

O fiscal de obras e serviços públicos tem grande responsabilidade sobre si, pois
a fiscalização reveste-se de grande importância social, visto que os recursos públicos devem ser
utilizados conforme os princípios da economicidade, eficiência e eficácia. As principais funções do
fiscal de obras são: exigir da contratada o cumprimento integral de todas as suas obrigações
contratuais, segundo o que prescreveu o edital e a legislação em vigor, e também solicitar
aditamentos contratuais de prazos, acréscimos de quantitativos e novos serviços.

Conheça Abaixo A Atuação Do Fiscal De Obras Durante A Execução De Um Projeto

No Início Da Obra

As premissas básicas para o exercício da fiscalização são o pleno conhecimento do contrato e do


seu objeto. Na etapa inicial, as principais responsabilidades do fiscal de obras são: obter cópia da
documentação da obra e manter, no canteiro de serviço, um arquivo completo e atualizado com
informações sobre projetos, especificações, memoriais, contrato, cronograma físico-financeiro, ordem
de serviço, ART (Anotação de Responsabilidade Técnica). Além disso, ele recolhe a ART de
fiscalização, certifica-se da existência do diário de obra, assina sua página de rosto e toma
conhecimento da designação do responsável técnico da contratada.

O fiscal de obras também tem a responsabilidade de analisar e aprovar o projeto das instalações
provisórias e canteiro de serviço

Desenvolvimento Da Obra

O canteiro de serviços é o local onde se efetiva realmente a fiscalização de uma obra. As


atividades do fiscal de obras são periódicas até a conclusão do projeto. As visitas técnicas
acontecem, principalmente, durante a execução dos serviços de maior responsabilidade. Nesta
segunda etapa, as principais atribuições do fiscal de obras são: acompanhar todas as etapas de
execução, elaborar medições do andamento da obra, opinar sobre aditamentos contratuais e
comunicar ao seu superior imediato, por escrito, a ocorrência de circunstâncias que sujeitam a
contratada a multa ou a rescisão contratual.

O fiscal de obras também acompanha o cronograma físico-financeiro e informa à contratada e ao


seu superior imediato as diferenças observadas no andamento das obras. Ele ainda elabora registros
e comunicações sobre o andamento dos serviços, esclarecimentos e providências necessárias ao
cumprimento do contrato. Ele também ajuda a solucionar incoerências, falhas e omissões
eventualmente constatadas nos desenhos e demais elementos de projeto e também as dúvidas e
questões pertinentes à obras em execução.

O fiscal de obra tem o poder de paralisar ou solicitar a restauração de qualquer serviço que não seja
executado em conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao
objeto do contrato. Além disso, solicita a substituição de materiais e equipamentos que sejam
considerados defeituosos, inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras, e ainda, solicita a
realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle de qualidade dos
serviços e obras do contrato.

Por fim, no desenvolvimento do projeto, o fiscal de obras verifica e aprova a substituição de


materiais, equipamentos e serviços solicitados pela contratada; verifica e aprova os relatórios
periódicos de execução dos serviços e obras; e solicita a substituição de qualquer funcionário da
contratada que dificulte a ação da fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja
considerada prejudicial ao andamento dos trabalhos.

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Vale lembrar que toda comunicação entre o representante da contratada e o fiscal de obras serão
sempre por escrito, sem emendas ou rasuras, em duas vias, devendo o recebedor assinar e datar a
segunda via que será arquivada pelo fiscal. A inobservância e o desatendimento das determinações
do Fiscal quanto a perfeita execução da obra e, por conseguinte, do contrato, constituem motivos
para rescisão do contrato (Lei 8.666/93, art. 78, incisos VII e VIII), incluídos também o atraso
injustificado e o abandono da obra.

Conclusão Da Fiscalização

Ao final do projeto o fiscal de obras verifica se o conjunto de serviços está em perfeitas condições.
Se essa exigência for preenchida, a obra é recebida provisoriamente pela fiscalização, que lavrará o
Termo de Recebimento Provisório.

Na conclusão do projeto, o fiscal de obras ainda verifica e aprova os desenhos de como


construído (as built), elaborados pela contratada. O fiscal de obras também ajuda no arquivamento
da documentação da obra.

Após decorridos até 90 dias do Termo de Recebimento Provisório, se os serviços de correção das
anormalidades, eventualmente verificadas, forem executados e aceitos pelo fiscal de obras, é
lavrado o Termo de Recebimento Definitivo.

Durante esse intervalo a contratada é responsável por manter as obras e serviços em perfeitas
condições de funcionamento até ser lavrado o Termo de Recebimento Definitivo. Depois da emissão
desse documento, a contratada se torna responsável pela correção e segurança nos trabalhos de
acordo com a legislação vigente.

Apresentação

A Fiscalização é um conjunto de atividades técnico-administrativas e contratuais, necessárias à


implementação de um empreendimento, com a finalidade de garantir se a sua execução
obedece às especificações, o projeto, os prazos estabelecidos e demais obrigações previstas no
contrato.

A fiscalização, portanto, garantirá que o empreendimento seja implementado, obedecendo aos


padrões pré-estabelecidos.

Este Manual partiu da necessidade de padronizar as atividades de fiscalização das Obras e


Serviços de Engenharia no Estado da Paraíba, visando maior eficiência, eficácia e
economicidade na fiscalização dos contratos administrativos e propiciar ao fiscal uma visão geral
de suas atividades orientando-o nas suas funções de modo a facilitar a sua atuação enquanto
gestor do contrato.

Para elaboração do Manual adotou-se a metodologia para os trabalhos de consultoria da


CGE/PB, baseada na filosofia do gerenciamento de riscos, na utilização de diagramas e matrizes
relacionais para identificação e mapeamento das causas desses riscos, enfocando a construção
de soluções que contemplem mecanismos para a eliminação ou mitigação de fatores os mais
variados, que por suas influências nos processos podem comprometer o bom desempenho das
atividades operacionais pertinentes à fiscalização das obras públicas executados pelos órgãos
do poder executivo do Estado da Paraíba.

Esse documento não é definitivo, pois permite atualizações frequentes, em conformidade com as
alterações sofridas pela legislação e nos processos gerenciais aplicados à Fiscalização e
Administração Pública.

Definições

Diário De Obra

Instrumento em meio físico ou eletrônico destinado ao registro de fatos normais do andamento


dos serviços, como: entrada e saída de equipamentos, serviços em andamento, efetivo de
pessoal, condições climáticas, visitas ao canteiro de serviço, inclusive para as atividades de suas
subcontratadas.

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Se em meio físico, deverá ter suas páginas numeradas tipograficamente, cada página com três
vias, sendo duas destacáveis.

Se em meio eletrônico, deverá assegurar a integridade dos registros lançados e acesso por meio
de interfaces seguras, contendo “log” para registro de todas as atividades indicando “quem”;
“quando” e o “quê” fez no manuseio do programa e/ou banco de dados.

Empreitada Por Preço Global

Quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo e total.

Empreitada Por Preço Unitário

Quando se contrata a execução da obra ou do serviço por preço certo de unidades


determinadas.

Empreitada Integral

Quando se contrata um empreendimento em sua integralidade, compreendendo todas as etapas


das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabilidade da contratada até a
sua entrega ao contratante em condições de entrada em operação, atendidos os requisitos
técnicos e legais para sua utilização em condições de segurança estrutural e operacional e com
as características adequadas às finalidades para que foi contratada

Execução Direta

Quando a obra ou serviço de engenharia é feita pelos órgãos e entidades da Administração,


pelos próprios meios.

Execução Indireta

Quando a obra ou serviço de engenharia é, mediante contrato, executado por terceiros.

Fiscalização Do Contrato De Obras E/Ou De Serviços De Engenharia

É a atividade exercida por servidor (engenheiro, arquiteto e/ou técnico de nível médio), que
detenha conhecimento técnico do assunto, indicado pela área demandante dos serviços ou
produtos, para ser encarregado do acompanhamento, fiscalização, atestes das faturas ou notas
fiscais e pela conferência dos produtos ou serviços prestados pela contratada, desde o início até o
término da vigência do contrato.

De acordo com o porte da obra ou do contrato poderá ser composta por equipe de engenheiros,
arquitetos ou técnico de nível médio, coordenada, de preferência por engenheiro civil ou
arquiteto.

O gestor do contrato no Estado da Paraíba, por força do Decreto Estadual nº 30.610/2009, art. 8º,
é também o coordenador da fiscalização do contrato, ou como normalmente chamado, o fiscal
do contrato.

Gestor De Contratos De Obras Ou De Serviços De Engenharia

É o servidor designado formalmente pela Administração para exercer a atividade de controle e


de inspeção sistemática do objeto contrato, verificando se sua execução segue às
determinações do projeto básico e executivo, inclusive das especificações, do cronograma físico-
financeiro, dos prazos estabelecidos e das normas contratuais e editalícias.

Liquidação Da Despesa Correspondente

Consiste em atestar expressamente o direito do credor ao pagamento, tendo por base a medição
da obra e dos serviços executados, a documentação fiscal apresentada, inclusive certidões, bem
como a memória de cálculo de eventual reajuste de preços.

Livro De Ocorrências

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Instrumento em meio físico ou eletrônico destinado ao registro de fatos e comunicações,


respeitando os padrões estabelecidos neste Manual, que tenham implicação contratual, como:
modificações de projeto, conclusão e aprovação de serviços e etapas construtivas, autorizações
para execução de trabalho adicional, autorização para substituição de materiais e equipamentos,
ajustes no cronograma e plano de execução dos serviços e obras, irregularidades e providências
a serem tomadas pela contratada e fiscalização.

Se em meio físico, deverá ter suas páginas numeradas tipograficamente, cada página com três
vias, sendo duas destacáveis.

Se em meio eletrônico, deverá assegurar a integridade dos registros lançados e acesso por meio
de interfaces seguras, contendo “log” para registro de todas as atividades indicando “quem”;
“quando” e o “quê” fez no manuseio do programa e/ou banco de dados.

Medição

É a verificação das quantidades e qualidade dos serviços executados em cada etapa do contrato
pela fiscalização designada formalmente pela contratante, tendo como base os serviços
efetivamente executados e os padrões estabelecidos no contrato (quantidades e especificações).

Normalmente é mensal, mas a periodicidade é definida no contrato. Com base na medição é que
são efetivados os pagamentos.

No registro ou planilha de medição deve constar a descrição dos serviços, com as respectivas
unidades de medida, quantidades, preços unitários e totais estabelecidos no contrato e
efetivamente medidos.

Anexada à medição devem constar a memória de cálculo das quantidades aferidas e o registro
fotográfico dos serviços executados.

Obras E Serviços De Engenharia

Por obras e serviços de engenharia devem ser entendidos aqueles compatíveis com as
atividades e atribuições que a Lei Federal nº 5.194, de 24.12.66, art. 7º, reserva ao exercício
privativo dos profissionais de engenharia, arquitetura e agronomia, a saber:

a) planejamento ou projeto, em geral, de regiões, zonas, cidades, obras, estruturas, transportes,


explorações de recursos naturais e desenvolvimento da produção industrial e agropecuária;

b) estudos, projetos, análises, avaliações, vistorias, perícias, pareceres e divulgação técnica;

c) pesquisas, experimentação e ensaios;

d) fiscalização, direção e execução de obras e serviços técnicos;

e) produção técnica especializada, industrial ou agropecuária.

Segundo, ainda, a Lei 8.666, de 21 de junho de 1993, art. 6º, I e II, e alterações posteriores,
entende-se, ainda, por obra “toda construção, reforma, fabricação, recuperação ou ampliação,
realizada por execução direta ou indireta” e por serviço “toda atividade destinada a obter
determinada utilidade de interesse para a Administração, tais como: demolição, conserto,
instalação, montagem, operação, conservação, reparação, adaptação, manutenção” e “trabalhos
técnico-profissionais, quando desenvolvidos por engenheiros e/ou arquitetos.

Obras, Serviços E Compras De Grande Vulto

Aquelas cujo valor estimado seja superior a R$ 37.500.000,00 (trinta e sete milhões e quinhentos
mil reais).

Ordem De Paralisação De Serviço

É o documento da Administração que autoriza a paralisação dos serviços. Deve ser assinado
pelo contratante, com a devida ciência do contratado. Nele devem constar os dados do contrato

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(número, objeto, data, prazo, etc) e a data de início da paralisação dos trabalhos.

A Ordem de Paralisação em resumo deve ser publicada no Diário Oficial do Estado e apostilada
tanto na pasta do contrato quanto junto ao sistema de registro de contratos da CGE.

Ordem De Reinício De Serviço

É o documento da Administração que autoriza o reinício dos serviços. Deve ser assinado pelo
contratante, com a devida ciência do contratado. Nele devem constar os dados do contrato
(número, objeto, data, prazo, etc) e a data de reinício dos trabalhos.

A Ordem de Reinício, em resumo, deve ser publicada no Diário Oficial do Estado e apostilada
tanto na pasta do contrato quanto junto ao sistema de registro de contratos da CGE.

Ordem De Serviço

É o documento da Administração que autoriza o início dos serviços. Deve ser assinado pelo
contratante, com a devida ciência do contratado. Nele devem constar os dados do contrato
(número, objeto, data, prazo, etc) e a data de início dos trabalhos.

Planilha Orçamentária

Detalha os componentes de custo que incidem na formação do preço dos serviços. Normalmente
é expressa em colunas assim nomeadas: (a) o código do serviço; (b) a descrição do serviço; (c)
a unidade do serviço; (d) o quantitativo do serviço; (e) o preço unitário do serviço; (f) o preço total
do serviço, resultado da multiplicação da quantidade e preço unitário. Normalmente é dividida
por atividades que compõem a obra (Serviços preliminares, Administração Local, Encargos
Complementares, Fundações, Alvenaria, etc), que também são totalizadas. Ao final é
apresentado o valor global da obra. No cabeçalho devem constar as principais informações da
obra: Modalidade e número da Licitação, número e data do contrato, objeto do contrato,
contratado, data base, taxas de encargos sociais e BDI’s utilizados. Ao final os responsáveis
pela elaboração devem assinar, informando nome, matrícula, formação e CREA/CAU. O
responsável pela revisão deve também assinar, informando seus dados (nome, formação, cargo,
matrícula, CREA/CAU).

Projeto Básico

É conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, para


caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação, elaborado
com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade
técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a
avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter
os seguintes elementos:

(a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a fornecer visão global da obra e identificar
todos os seus elementos constitutivos com clareza;

(b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a minimizar a


necessidade de reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração do projeto
executivo e de realização das obras e montagem;

(c) identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e equipamentos a incorporar à


obra, bem como suas especificações que assegurem os melhores resultados para o
empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;

(d) informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos construtivos, instalações


provisórias e condições organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter competitivo para a
sua execução;

(e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendendo a sua
programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros dados
necessários em cada caso;

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(f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos de serviços e


fornecimentos propriamente avaliados;

(g) Cronograma físico-financeiro;

(h) Licenças ambientais.

Projeto Como Construído Ou As Built

É o conjunto de informações elaboradas no decorrer da execução da obra ou contrato, com o


objetivo de registrar as alterações físicas e econômicas ocorridas, fornecendo, portanto,
elementos considerados relevantes para subsidiarem futuras intervenções na obra, como:
manutenção, reformas, ampliação e/ou restauração.

Ao término da obra, o Projeto “Como Construído” deve representar fielmente o objeto construído.

As alterações dos projetos que impliquem em novos dimensionamentos devem ser tratadas,
exclusivamente, pelos respectivos projetistas, devendo o Projeto de “Como Construído” ser
elaborado a partir destes projetos alterados. O custo dessas alterações não incide sobre o
Projeto “Como Construído”, devendo integrar o custo do projeto executivo.

Projeto Executivo

É o conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução completa da obra, de acordo


com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT (art. 6º, X da
Lei nº 8.666/93).

Nele devem constar:

(a) A compatibilização de todos os projetos que compõem a obra; e,

(b) todos os detalhes construtivos.

A execução da obra deve ser iniciada com o projeto executivo concluído. No entanto, quando
autorizado pela Administração, esse projeto poderá ser desenvolvido concomitantemente com a
execução das obras e serviços (art. 7º, §1º da Lei nº 8.666/93). Sua elaboração deve ser
monitorada pela fiscalização, de modo a não causar atrasos dos serviços.

Tarefa

Quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais.

As definições constantes dos itens 2.2 a 2.4 constituem regime de contratação na execução
indireta.

Responsabilidades Da Fiscalização

Qualquer auxílio prestado pela Fiscalização na interpretação dos desenhos, memoriais,


especificações e demais elementos de projeto, bem como na condução dos trabalhos, não
poderá ser invocado para eximir a Contratada da responsabilidade pela execução dos serviços e
obras.

A comunicação entre a Fiscalização e a Contratada será realizada através de correspondência


oficial e anotações ou registros no Livro de Ocorrências.

A Fiscalização deverá exigir relatórios diários de execução dos serviços e obras extraídos do
Diário de Obra.

As reuniões, realizadas para tratar de questões relacionadas ao contrato, serão documentadas


por Atas de Reunião, elaboradas pela Fiscalização e que conterão, no mínimo, os seguintes
elementos: data, nome e assinatura dos participantes, assuntos tratados, decisões e
responsáveis pelas providências a serem tomadas.

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O fiscal da obra passa a ser o gestor do contrato, formalmente designado pela Administração, e
comprovadamente habilitado para gerenciar cada contrato, inclusive munido com a
Anotação(s) de Responsabilidade Técnica (ARTs) do CREA/CAU da fiscalização que deverá
acompanhar a primeira medição. As atribuições do mesmo, além das que constarem em editais
de licitação, contratos e outros documentos relacionados a obras ou serviços em que vão
exercer a fiscalização, são:

a) Elaborar o plano de ataque da fiscalização conforme os padrões deste Manual;

b) Inspecionar sistematicamente o objeto do contrato, com a finalidade de examinar ou verificar


se sua execução obedece às especificações técnicas de materiais e/ou serviços, ao projeto, aos
prazos estabelecidos e demais obrigações do contrato, inclusive as pertinentes aos encargos
complementares, sendo permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a fiscalização contratual;

c) Manter um arquivo completo e atualizado de toda a documentação pertinente aos trabalhos,


incluindo: projetos, caderno de encargos, especificações técnicas de materiais e serviços,
orçamentos, documentos da licitação (edital, proposta e respectiva planilha orçamentária e
relatório final da licitação), contrato, medições, cronogramas físico-financeiros previstos e
realizados, aditivos, reajustamentos, realinhamentos, pagamentos, caderneta ou livro de
ocorrências, correspondências, relatórios, certificados de ensaios e testes de materiais e
serviços, protótipos e catálogos de materiais e equipamentos aplicados nos serviços e obras,
Projeto como Construído (As Built), termos de recebimento provisório e definitivo e devolução de
cauções e outros pertinentes ao acompanhamento da execução contratual;

d) Analisar e aprovar o projeto das instalações provisórias e canteiro de serviço apresentados


pela contratada no início dos trabalhos;

e) Analisar a conformidade da execução, quando for o caso, do Projeto de Gerenciamento de


Resíduo de Construção Civil – PGRCC com os requisitos exigidos pelo CONAMA, através da
Resolução nº 307/2002 e, sendo a obra realizada em João Pessoa, aplicar-se-á a Lei nº
11.176/2007 do Município de João Pessoa, caso contrário, não incidirá os efeitos da aludida
norma.

f) Analisar e aprovar o plano de execução e o cronograma detalhado, dos serviços e obras, a


serem apresentados pela contratada no início dos trabalhos;

g) Obter da Contratada o Manual de Qualidade, quando for o caso, contendo o sistema de


Gestão de Qualidade e verificar a sua efetiva utilização;

h) Promover reuniões periódicas no canteiro de serviço para análise e discussão sobre o


andamento dos serviços e obras, esclarecimentos e providências necessárias ao cumprimento
do contrato;

i) Esclarecer ou solucionar incoerências, falhas e omissões eventualmente constatadas nos


desenhos, memoriais, especificações e demais elementos de projeto, bem como fornecer
informações e instruções necessárias ao desenvolvimento dos trabalhos;

j) Solucionar as dúvidas e questões pertinentes à prioridade ou seqüência dos serviços e obras


em execução, bem como às interferências e interfaces dos trabalhos da

Contratada com as atividades de outras empresas ou profissionais eventualmente contratados


pelo Contratante;

k) Promover a presença dos Autores dos projetos no canteiro de serviço, sempre que for
necessária a verificação da exata correspondência entre as condições reais de execução e os
parâmetros, definições e conceitos de projeto;

l) Exercer rigoroso controle sobre o cronograma de execução dos serviços e obras, aprovando os
eventuais ajustes que ocorrerem durante o desenvolvimento dos trabalhos;

m) Realizar inspeções periódicas no canteiro de serviço, a fim de verificar o cumprimento das

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medidas de segurança adotadas nos trabalhos, o estado de conservação dos equipamentos de


proteção individual e dos dispositivos de proteção de máquinas e ferramentas que ofereçam
riscos aos trabalhadores, bem como a observância das demais condições estabelecidas pelas
normas de segurança e saúde no trabalho;

n) Aprovar partes, etapas ou a totalidade dos serviços executados;

o) Verificar e atestar as respectivas medições dos serviços executados, que deverão ser
acompanhadas por registro fotográfico e pelas respectivas memórias de cálculo;

p) Conferir, vistar, liquidar a correspondente despesa e encaminhar para pagamento as faturas


emitidas pela contratada;

q) Disponibilizar para instâncias superiores, mensalmente, relatórios constando informações


gerenciais da obra;

r)Paralisar e/ou solicitar o refazimento de qualquer serviço que não seja executado em
conformidade com projeto, norma técnica ou qualquer disposição oficial aplicável ao objeto do
contrato;

s) Solicitar a substituição de materiais e equipamentos que sejam considerados defeituosos,


inadequados ou inaplicáveis aos serviços e obras;

t) Solicitar a realização de testes, exames, ensaios e quaisquer provas necessárias ao controle


de qualidade dos serviços e obras objeto do contrato;

u) Verificar e aprovar a substituição de materiais, equipamentos e serviços solicitada pela


Contratada e admitida no caderno de encargos e/ou especificações técnicas dos materiais e
serviços, com base na comprovação da equivalência entre os componentes, de conformidade
com os requisitos estabelecidos no caderno de encargos e/ou especificações técnicas;

v) Verificar e aprovar os relatórios ou registros periódicos de execução dos serviços e obras,


elaborados pela contratada, em conformidade com os padrões exigidos no Manual de
Fiscalização do Estado;

w) Solicitar a substituição de qualquer funcionário da contratada que embarace ou dificulte a ação


da fiscalização ou cuja presença no local dos serviços e obras seja considerada prejudicial ao
andamento dos trabalhos;

x) Solicitar, formalmente, a contratada, nos eventuais aditivos e paralisações, justificativa técnica


respectiva e com base na mesma, formar juízo de valor desses eventos e encaminhar a
documentação necessária, em tempo hábil, para instâncias superiores providenciarem as
medidas cabíveis aos mesmos;

y) Controlar as subcontratações com base nas regras estabelecidas no contrato;

z) Solicitar a instância superior, em tempo hábil, a adoção das medidas convenientes, nas
decisões e providências que ultrapassarem a sua competência;

ab) Comunicar a instâncias superiores qualquer infração cometida pela contratada, mediante
parecer técnico fundamentado, nos termos do art. 4º da Lei Estadual nº 9.697/2012, a fim de que
as medidas legais cabíveis possam ser aplicadas.

ac) Anotar em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução do contrato;

ad) Verificar e aprovar os desenhos “como construído” elaborados pela contratada, registrando
todas as modificações introduzidas no projeto original, de modo a documentar fielmente os
serviços e obras efetivamente executados.

af) Receber, provisoriamente, a obra ou serviço, mediante termo circunstanciado, assinado pelas
partes, em até 15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

ae) Colaborar com a Comissão de Recebimento Definitivo, sempre que for solicitada;

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ef) Preparar e organizar a documentação de sua competência que consta neste Manual.

Macro Processo De Fiscalização

Diante dos problemas detectados no macro processo de fiscalização adotado atualmente, foi
redesenhado novo fluxo, que é composto dos seguintes processos: (a) Análise Prévia do Projeto
Básico; (b) Procedimentos Preliminares; (c) Planejamento da Fiscalização; (d) Procedimentos
Padrões da Fiscalização; (c) Medição; (d) Relatório Gerencial; (e) Recebimento Provisório da
obra; (f) Recebimento Definitivo da Obra; (g) Procedimentos Finais (ver Anexo 1 - Fluxograma –
Redesenho do Processo – Macro Processo).

Da Análise Prévia Do Projeto Básico

Este processo inicia-se logo que o setor de planejamento tenha concluído o projeto básico e
antes da autorização para que a licitação seja processada. É processado no setor de
acompanhamento de contrato, por um dos engenheiros ou arquitetos que também atuam na
fiscalização de contratos. No caso de reforma ou recuperação, esse profissional é, normalmente,
o responsável pela inspeção (levantamento de quantitativos e demandas), que gerou o projeto
básico da reforma ou recuperação.

Com recebimento dos elementos, discriminados nos artigos 1º e 2º do Decreto Estadual nº


30.610/2009, que compõem o projeto básico e com a visita ao local onde será executada a obra
ou os serviços, dá-se o início da análise.

Os documentos são analisados com base na inspeção ao local da obra e numa lista de
checagem (check list), cujo modelo consta neste Manual. Este check list foi elaborado com base
no art. 6º da Lei nº 8.666/93, no Decreto Estadual nº 30.610/2013 e nas normas técnicas que
tratam de projetos.

Realizada a análise, é elaborado o parecer. Caso tenham sido detectadas falhas ou não
conformidades, estas são relatadas no parecer, que é encaminhado ao setor de projeto para as
devidas correções. O parecer atestando a conformidade é emitido quando o projeto básico
estiver em total respeito com as normas citadas (ver Anexo 2 - Fluxograma

– Redesenho do Processo – Análise Prévia do Projeto Básico). Finalizada esta análise, dá- se o
prosseguimento do processo licitatório.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle da Análise Prévia do Projeto Básico estão relacionados a
seguir. Serão elaborados ou preenchidos pelo responsável pela análise e revisado pelo chefe do
setor de acompanhamento de contratos:

a) Check list da análise prévia da conformidade do Projeto Básico (R1) – ver Anexo 11;

b) Parecer de Não Conformidade do Projeto Básico (P1) – ver Anexo 12;

c) Parecer de Conformidade do Projeto Básico (P2) – ver Anexo 13.

Dos Procedimentos Preliminares

Este processo envolve a designação da equipe de fiscalização e para tanto foram estabelecidos
parâmetros para a escolha da mesma, como também elaborado modelo de registro de controle
da equipe de fiscalização por contrato. Ele também é composto pelos sub processos de abertura
do livro de ocorrência e organização da pasta da fiscalização. É finalizado com a solicitação da
indicação do preposto da contratada para acompanhar o contrato (ver Anexo 3 - Fluxograma –
Redesenho do Processo – Procedimentos Preliminares).

Parâmetros Para Escolha Da Equipe De Fiscalização

Foram estabelecidos os parâmetros para escolha da equipe de fiscalização:

a) Porte da obra - foram definidos quatro grupos:

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i. Obra pequena até R$ 600.000,00;

ii. Obra média, maior do que R$ 600.000,00 até R$ 3.000.000,00;

iii. Obra grande A, maior do que R$ 3.000.000,00 até R$ 37.500.000,00;

iv. Obra grande B, maior do que R$ 37.500.000,00.

b) Número de visitas a obra pela fiscal ou gestor do contrato.

i. Obra pequena – 1 visita semanal;

ii. Obra média - 2 visitas semanais;

iii. Obra grande A – 1 visita diária;

iv. Obra grande B – expediente no local da obra ou serviços.

c) Composição mínima da equipe de fiscalização

i. Obra pequena – 1 engenheiro civil ou arquiteto;

ii. Obra média - 1 engenheiro civil ou arquiteto e 1 técnico de nível médio;

iii. Obra grande A – 1 engenheiro civil ou arquiteto e 2 técnicos de nível médio;

iv. Obra grande B – 2 engenheiros civil ou arquiteto e 2 técnicos de nível médio.

d) Quantidade de obras que o profissional pode atuar como fiscal ou gestor do contrato –
Dependendo do porte da obra pode atuar em mais de uma. O quadro demonstra os requisitos
para definir a quantidade de obras que poderá ser distribuída por fiscal, com base no porte da
mesma.

PORTE DA OBRA NÚMERO DE OBRAS

PEQUENA MÉDIA GRANDE A GRANDE B

APENAS PEQUENA 10 0 0 0

APENAS MÉDIA 0 5 0 0

APENAS GRANDE A 0 0 2 0

APENAS GRANDE B 0 0 0 1

PEQUENA E MÉDIA 6 3 0 0

PEQUENA E GRANDE 4 0 1 0

PEQUENA, MÉDIA E 5 2 1 0
GRANDE A

MÉDIA E GRANDE A 0 3 1 0

e) Tipo de serviços que compõem a obra – A escolha da equipe depende também dos serviços
que serão executados. Há obras que requerem engenheiros elétricos, mecânicos ou de outras
especialidades. Então a escolha também deve ser baseada na análise criteriosa dos serviços que
serão executados.

Controle Da Equipe De Fiscalização Por Contrato

Para definição da equipe de fiscalização, é fundamental que os responsáveis pela escolha


detenham informações atualizadas da distribuição dos fiscais por contratos, com dados porte da

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obra, da formação e perfil dos profissionais, como também dos prazos de conclusão dos
contratos. Foi desenvolvida pela CGE uma planilha com essas informações que subsidiarão a
escolha da equipe de fiscalização. Esta deve ser sistematicamente atualizada. O responsável
por seu preenchimento e atualização é um servidor alocado no setor de acompanhamento de
contratos.

Livro De Ocorrências

O livro de ocorrências será aberto formalmente nesta etapa. Ele será o canal de comunicação da
equipe de fiscalização com a contratada. Nele devem constar todas as recomendações e
solicitações para reparos, correção e essas devem estar sempre atestadas pela contratada. No
livro devem também ser anotados, pelo menos semanalmente, os serviços executados, a mão
de obra, materiais e equipamentos disponibilizados. Alguns registros do livro de ocorrências,
considerados críticos, foram padronizados neste Manual e constam nos anexos.

Pasta Da Fiscalização

A pasta da fiscalização deve ser organizada com toda a documentação que subsidia o
acompanhamento da execução do contrato. Foi elaborado um check list com os documentos
básicos que a pasta deve conter inicialmente. Todos os documentos gerados no decorrer da
execução do contrato devem ser arquivados nesta Pasta. O índice desses documentos será
atualizado a cada etapa, como os devidos registros das entradas de documentos, especificando
o documento inserido, com os respectivos responsáveis e datas.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle dos Procedimentos Preliminares estão relacionados a


seguir:

d) Parâmetros para escolha da fiscalização (R2A) – o registro está concluído, apenas deve ser
atualizado quando necessário alterar algum requisito – será preenchido pelo chefe do setor de
acompanhamento de contrato, com revisão do diretor técnico (ver Anexo 14).

e) Relação dos fiscais e técnicos de nível médio lotados na gerência por contratos/obras (R2B) –
a ser preenchido e atualizado pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos, com revisão
do diretor técnico (ver Anexo).

f) Definição da equipe de fiscalização (R2C) - a ser preenchido e atualizado pelo chefe do setor
de acompanhamento de contratos, com revisão do diretor técnico (ver Anexo 16).

g) Portaria de designação da equipe de fiscalização (P3) – assinada pela Alta Direção do órgão
ou Diretor Técnico ou de Obras, caso seja permitido pelo Regimento Interno da Administração
(ver Anexo 17).

h) Relação dos documentos da pasta da fiscalização (R3) – preenchido o registro por servidor
do setor de acompanhamento de contratos e revisado pelo chefe do setor (ver Anexo 18).

Do Planejamento Da Fiscalização

O planejamento da fiscalização contempla vários subprocessos que irão subsidiar o Plano de


Ataque da Fiscalização, que, também, faz parte deste processo. São eles: (a) Verificação da
integridade dos documentos entregues para subsidiar a fiscalização e ateste da mesma; (b)
Análise e preparação de lista de checagem do edital e do contrato;

(c) Inspeção ao local da obra e análise da conformidade dos projetos apresentados, podendo
inclusive resultar em alteração contratual, caso haja necessidade; (d) Elaboração do cronograma
do projeto executivo, caso esse seja elaborado no decorrer da execução do contrato; (e) Análise
do Plano de Execução e Cronograma Detalhado entregues pela contratada; (f) Elaboração do
plano de ataque da fiscalização, onde, entre outras necessidades, são definidos os recursos
humanos e materiais necessários para realização da fiscalização; (g) Emissão da ordem de
serviço; (h) Instalação do canteiro de obras (ver Anexo 4 - Fluxograma – Redesenho do Processo
– Planejamento da Fiscalização).

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Em seguida serão comentados os principais subprocessos que compõem o processo de


Planejamento da Fiscalização.

Verificação Da Integridade Dos Documentos Da Pasta Da Fiscalização

O processo de Planejamento da Fiscalização é iniciado com verificação da integridade da


documentação da pasta da fiscalização e com respectivo ateste do recebimento da mesma,
quando está completa. Caso contrário, é solicitado, através de despacho, que seja
complementada.

Análise Do Edital E Contrato

A análise do Edital e Contrato é fundamental para efetividade da execução contratual. Nesses


documentos estão contidas as regras que balizarão a execução contratual. Devem ser
selecionados os pontos que serão checados no decorrer da execução contratual. Em anexo, há
o modelo de check list baseado nos editais e contratos padrões elaborados pela CGE/PB. Este
modelo deve ser analisado, complementando-o e adequando-o a cada contrato.

Analise Dos Projetos

A análise dos projetos básicos e executivos deve ser precedida da inspeção ao local onde será
executada obra ou os serviços. Esta análise é importante principalmente quando há defasagem
de tempo entre a elaboração do projeto e a celebração do contrato, que pode acarretar
alterações substanciais nos projetos, inclusive, com acréscimos, supressões ou remanejamentos
de serviços. Caso haja necessidade nesta etapa são convocados os projetistas para esclarecer
pontos que merecem ser detalhados ou explicados ou mesmo alterados. Ressalte-se que todas
as alterações devem ser registradas nos projetos e no Livro de Ocorrências, com datas e atestes
dos projetistas e do preposto da contratada, que deve participar ativamente do subprocesso.

Elaboração Do Cronograma Da Elaboração Do Projeto Executivo

A Lei nº 8.666/93 permite que o projeto executivo, quando autorizado pela Administração (§1º do
art. 7º da Lei nº 8.666/93) seja elaborado em concomitância com a execução da obra ou serviço.
Portanto, esta autorização deve constar na pasta da fiscalização também. O controle eficiente da
elaboração deste projeto minimiza o risco de paralisação dos serviços ou atraso de obras, pois
grande parte dessas ocorrências acontece devido à falta de definição de projeto. Como
instrumento de controlar a elaboração de projeto executivo foi traçado um modelo cronograma
padrão que faz parte deste Manual, onde devem constar as etapas do projeto executivo, com os
respectivos responsáveis e datas de entrega. A responsabilidade do preenchimento deste
cronograma é do gestor do contrato.

Analise Do Cronograma Detalhado Da Obra E Do Plano De Execução

Segundo normatizado nos editais e contratos padrões elaborados pela CGE/PB, o contratado
deve apresentar, antes do inicio das obras, o cronograma detalhado de execução dos serviços e
o plano de execução. Esses documentos devem ser avaliados pela fiscalização. No cronograma
devem constar as etapas, subetapas e todos os serviços contratados e os prazos das execuções
dos mesmos devem estar compatíveis com o prazo contratual estabelecido para execução da
obra e do contrato. O plano de execução deve constar todos os dados exigidos no edital e
contrato.

Plano De Ataque Da Fiscalização

O plano de ataque da fiscalização é o documento chave do processo de planejamento da


fiscalização. Ele será o norteador da fiscalização e devem constar no mínimo as seguintes
informações: (a) Análise da equipe de fiscalização; (b) A estrutura logística necessária para
fiscalização; (c) Os testes e ensaios necessários para o controle da qualidade dos materiais ou
serviços a serem executados; (d) Os métodos e procedimentos a serem adotados pela
fiscalização para acompanhamento da execução contratual. Neste Manual consta um modelo de
Plano de Ataque da Fiscalização, que deve ser analisado e adequado a cada contrato.

Atualização Da Pasta Da Fiscalização

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Ao final de todos os subprocessos, é procedida a atualização da pasta da fiscalização. Todos os


documentos gerados são arquivados e o índice da pasta é atualizado, informando a descrição do
documento arquivado, o responsável e a data do arquivamento.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle do Planejamento da Fiscalização, com exceção da ordem


de serviço, são da competência do gestor/fiscal do contrato e estão relacionados a seguir:

a) Atesto do recebimento da pasta da fiscalização (R3) - (ver Anexo 18);

b) Check-List do Edital e Contrato (R4) - (ver Anexo 19);

c) Check-List dos projetos básicos e executivos (R5) - (ver Anexo 20);

d) Elaboração do Cronograma de elaboração do projeto executivo (P4) - (ver Anexo 21);

e) Check-List do plano de execução e cronograma detalhado elaborados pela contratada (R6) -


(ver Anexo 22);

f) Plano de ataque da fiscalização (P5) - (ver Anexo 23);

g) Ordem de Serviço (P6) - assinada pelo diretor técnico e atestada pela contratada - (ver Anexo
24);

h) Atualização da pasta da fiscalização (R7.1) - (ver Anexo 25);

Dos Procedimentos Padrões

O processamento dos procedimentos padrões é realizado semanalmente, isto não implica que a
obra será inspecionada uma vez por semana. A definição da periodicidade das inspeções, no
mínimo deve seguir os requisitos estabelecidos no processo Procedimento Preliminares,
podendo a fiscalização aumentar o número de inspeções caso haja necessidade, registrando a
justificativa no Plano de Ataque. Compõem os procedimentos padrões os seguintes
subprocessos: (a) Verificação dos requisitos de controle de paralisação, caso a obra esteja
paralisada; (b) Verificação dos requisitos de controle caso haja necessidade de alterações
contratuais; (c) Verificação da conformidade da execução às determinações editalícias e
contratuais; (d) Verificação da conformidade das quantidades e qualidade aos padrões
estabelecidos no contrato e seus anexos; (e) Solicitação da correção das não conformidades
detectadas no livro de ocorrências com estabelecimento de prazos para o saneamento das
mesmas; (f) Verificação dos requisitos de controle no caso de subcontratações; (g) Atualização
da pasta da fiscalização (ver Anexo 5 - Fluxograma – Redesenho do Processo – Procedimentos
Padrões).

Verificação Dos Requisitos De Controle De Paralisação

Caso a obra esteja paralisada, é verificada a conformidade da paralisação em relação à Lei nº


8.666/93, artigos 78, V, art. 79, §5º através de check list. A paralisação de uma obra gera muitos
prejuízos, tanto de ordem financeira como social e política, por isto deve ser evitada e corrigida
as causas da mesma, de forma tempestiva. Portanto, a avaliação do gestor do contrato deve ser
no sentido de buscar soluções para sanear os problemas que causam a paralisação. Essas
medidas saneadoras e as não conformidades detectadas devem ser relatadas e comunicadas à
instância superior, através de Memorando. Toda paralisação deve ser formalizada através de
ordem de paralisação, que deve, para sua eficácia, ser devidamente publicada. Uma vez
saneadas as causas da paralisação, é dada formalmente a ordem de reinicio das obras.

Verificação Dos Requisitos De Controle Das Alterações Contratuais

A verificação da conformidade das alterações contratuais é feita sempre que houver demandas
para mudanças nos prazos ou nos serviços, sejam de forma qualitativa ou quantitativas. A
conformidade das alterações deve ser analisada com base nos dispositivos da Lei nº 8.666 (art.
8º, parágrafo único; art. 26; art. 57, §2º e §4º, art. 65), através de check list, cujo modelo consta

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neste Manual. Todas as alterações devem ser registradas no Livro de Ocorrências e as de


projeto também no Projeto Como Construído, As Built. Também deve ser verificada a
necessidade da geração de novo cronograma. As alterações que irão gerar aditivos, de prazos
ou valor ou de remanejamento de serviços, devem ser justificadas formalmente pelo gestor do
contrato e encaminhadas à instância superior, tempestivamente, para formalização do aditivo.

Verificação Da Conformidade Das Determinações Editalícias E Contratuais

O check list elaborado na etapa de Planejamento da Fiscalização, pertinente ao edital e contrato,


é preenchido neste subprocesso. O responsável por seu preenchimento é o gestor do contrato e
o mesmo deve ser revisado pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos. As não
conformidades detectadas são registradas no livro de ocorrências e determinada suas correções,
com estabelecimento de prazos. O preposto da contratada atesta o recebimento das
determinações da fiscalização no próprio livro de ocorrências.

Verificação Da Conformidade Das Quantidades E Qualidade

Neste subprocesso é verificada conformidade da quantidade dos serviços, em relação aos


quantitativos constantes na planilha orçamentária e no cronograma, como também da qualidade
dos serviços em relação aos padrões estabelecidos nas especificações ou caderno de encargos,
integrante do projeto básico. É analisada a tempestividade das compras dos materiais em
relação aos prazos dos serviços estabelecidos. Da mesma forma é checada a suficiência e
qualidade da mão de obra e equipamentos em relação aos padrões estabelecidos nos elementos
que compõem o projeto básico. As não conformidades detectadas são registradas no livro de
ocorrências e determinada suas correções, com estabelecimento de prazos. O preposto da
contratada atesta o recebimento das determinações da fiscalização no próprio livro de
ocorrências.

Verificação Da Correção Das Não Conformidades Da Visita Anterior

Neste subprocesso é verificada a correção das não conformidades registradas no livro de


ocorrências da visita anterior. As não corrigidas são relatadas e comunicadas à instância
superior, através de Memorando, para que seja providenciado o saneamento das mesmas e para
que sejam aplicadas as sanções pelo não atendimento às determinações da fiscalização.

Verificação Dos Requisitos De Controle No Caso De Subcontratações

Nesta etapa é verificada a conformidade das subcontratações, com base nos artigos 72 e 78, VI
da Lei nº 8.666/93 e nos dispositivos do contrato que tratam do assunto. Esta verificação é
procedida com base em check list e as não conformidades detectadas são relatadas e
comunicadas através de Memorando à instância superior.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle dos Procedimentos Padrões estão relacionados a seguir:

a) Análise da conformidade da paralisação dos serviços (R8) – é feita através de check list e
cabe ao gestor/fiscal do contrato (ver Anexo 27);

b) Registro das não conformidades pertinentes à paralisação, comunicação da paralisação e


solicitação de providências para emissão e publicação da ordem de paralisação (P7) - é
encaminhada á instância superior pelo gestor/fiscal do contrato através de Memorando (ver
Anexo 28);

c) Ordem de Paralisação (P8) - é assinada pela Alta Direção e publicada da mesma foram dos
aditivos (ver Anexo 29);

d) Ordem de Reinício (P9) - é assinada pelo Diretor Técnico e atestada pela contratada (ver
Anexo 30);

e) Análise da conformidade da alteração contratual (R9) – é feita através de check list e cabe ao
gestor/fiscal do contrato (ver Anexo 31);

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f) Justificativa da alteração contratual e encaminhamento para formalização do aditivo contratual


(P10) - elaborada pelo gestor/fiscal do contrato e encaminhada à instância superior para
formalização do aditivo (ver Anexo 32);

g) Registro do monitoramento dos requisitos do edital/contrato (R4 – O registro está no processo


de planejamento) – é feita através de check list e cabe ao gestor/fiscal do contrato (ver Anexo
33);

h) Registro do monitoramento da qualidade e quantidade dos serviços (R10) – é feita através de


check list e cabe ao gestor/fiscal do contrato (ver Anexo 34);

i) Registro das alterações nos projetos no As Built (P11) - cabe ao gestor/fiscal do contrato e é
feita no livro de ocorrência e verificado seu registro pelo mesmo nos projetos como construído
(ver Anexo 35);

j) Registro das alterações no cronograma (P11) - cabe ao gestor/fiscal do contrato e é feita no livro
de ocorrência e registrado no índice da pasta da fiscalização o arquivamento do novo
cronograma (ver Anexo 35);

k) Solicitação das correções das não conformidades (P11) - cabe ao gestor/fiscal do contrato e é
feita no livro de ocorrência. É dada ciência e atestada pelo preposto da contratada (ver Anexo
35);

l) Registro da correção das não conformidades da visita anterior (P11) - cabe ao gestor/fiscal do
contrato e é feita no livro de ocorrência. É dada ciência e atestada pelo preposto da contratada
(ver Anexo 35);

m) Solicitação para providenciar as correções e da aplicação das sanções e multas, inclusive


inscrição no CAFIL, quando for o caso (P12) – é elaborada, através de memorando, pelo
gestor/fiscal do contrato à instância superior. Devem constar as sanções relacionadas pelo não
atendimento às determinações da fiscalização. (ver Anexo 36);

n) Análise da conformidade das subcontratações (R11) - é feita através de check list e cabe ao
gestor/fiscal do contrato (ver Anexo 37);

o) Justificativa da subcontratação e solicitação da anuência para subcontratar (P13) – é


elaborada pelo gestor/fiscal do contrato e encaminhada à instância superior (ver Anexo 38);

p) Atualização da pasta da obra (R7.2) – o índice da pasta é atualizado pelo gestor do contrato
constando responsável e data do arquivamento do documento (Anexo 39).

Das Medições

O processamento das medições envolve a verificação da conformidade dos serviços


efetivamente executados em relação aos padrões estabelecidos no orçamento, projetos e
especificações. Os subprocessos principais que integram as Medições são: (a) Verificação da
conformidade da primeira medição; (b) Verificação da Conformidade das Medições; (c)
Elaboração da Planilha da Medição; (d) Análise da conformidade das medições pelas instâncias
superiores ao gestor do contrato; (e) Envio das medições para pagamento; (f) Atualização da
Pasta da Fiscalização (ver Anexo 6 - Fluxograma – Redesenho do Processo – Medições).

Verificação Da Conformidade Da Primeira E Demais Medições

A verificação da conformidade das medições é procedida através de check list contendo os


requisitos constantes no contrato e nas normas (§3º do art. 195 da CF, art. 63 da Lei nº 4.320/64,
art. 40, §3º da Lei nº 8.666/64, art. Art. 1º da Lei nº 6.496/1977, arts 13 e 17 da Lei nº 5.194/1973
e art. 45 da Lei nº 12.378/2010). Foi elaborado um modelo de check list a ser preenchido pelo
gestor do contrato para verificar a conformidade da primeira e demais medições e outro a ser
preenchido pelas instâncias superiores (chefe do setor de acompanhamento de contratos e
diretor técnico) que também avaliam a conformidade das medições em relação às normas
citadas e ao contrato.

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Elaboração Da Planilha De Medição

Neste subprocesso é preenchida a planilha de medição. Foi elaborado modelo de medição


constando os dados (descrição do serviço, unidade, quantidade, preço unitário, preço global)
contratuais e medidos. A planilha é elaborada pelo gestor do contrato e atestada pelo preposto
da contratada. É revisada pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos e pelo diretor
técnico. Após esta revisão a mesma é encaminhada para pagamento.

Envio Dos Documentos De Pagamento Para Fiscalização

O controle deste subprocesso é feito através de checagem da integridade da documentação de


pagamento para o gestor de contrato, que tem a obrigação de organizar toda a documentação
pertinente ao contrato, inclusive dados do pagamento (número do empenho e do documento e
data do pagamento).

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle das Medições estão relacionados a seguir:

a) Verificação da primeira medição (R12) – cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 40);

b) Verificação da medição (R13) - cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 41);

c) Elaboração da Planilha da Medição (P14) - cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 42);

d) Verificação da Análise do Boletim de Medição pelo gerente e diretor técnico (R14) - ver Anexo
43;

e) Despacho de encaminhamento da medição para pagamento (P15) - cabe ao diretor técnico


que encaminha para Alta Direção autorizar o pagamento (ver Anexo 43);

f) Check list para verificação da integridade dos documentos de pagamento para fiscalização
(R15) - cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 44);

g) Atualização da pasta da obra (R7.3) - cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 45).

Do Relatório Gerencial

Neste processo é elaborado e analisado o relatório gerencial. Este processo é concluído com o
arquivamento na pasta da fiscalização do Relatório e seus anexos, devidamente revisado (ver
Anexo 7 - Fluxograma – Redesenho do Processo – Relatório Gerencial).

Elaboração E Revisão Do Relatório Gerencial

O modelo do relatório gerencial desenvolvido neste Manual contém: (a) informações técnicas e
financeiras do contrato (controle de qualidade e quantidade dos serviço executados); (b)
avaliação da equipe da fiscalização, da estrutura logística, do projeto executivo, da segurança do
canteiro de obras, do atendimento das obrigações editalícias e contratuais e das
subcontratações. Além destas informações contém avaliação do desempenho da contratada.

Parâmetros para Avaliação do Desempenho da Contratada Os parâmetros adotados para


avaliação do desempenho correspondem à:

a) Quanto ao Respeito às Normas Editalicias e Contratuais

DEFICIENTE – Quando não respeitadas às normas editalícias e contratuais e não há


compromisso para corrigir os desvios por parte do contratado.

REGULAR – Quando não respeitadas às normas editalícias e contratuais e há compromisso


para corrigir os desvios por parte do contratado (o compromisso está formalizado no livro de
ocorrência ou em outro documento).

ÓTIMO – Quando respeitadas às normas editalícias e contratuais.

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b) Quanto à Conformidade da Qualidade dos Serviços

DEFICIENTE – Quando não respeitadas às especificações técnicas e/ou projetos e/ou os


resultados dos testes e ensaios apresentam desconformes em relação aos padrões exigidos nas
normas e não há compromisso para corrigir os desvios por parte do contratado.

REGULAR – Quando não respeitadas às especificações técnicas e/ou projetos e/ou os


resultados dos testes e ensaios apresentam desconformes em relação aos padrões exigidos nas
normas e há compromisso para corrigir os desvios por parte do contratado (o compromisso está
formalizado no livro de ocorrência ou em outro documento).

ÓTIMO – Quando respeitadas às especificações técnicas e/ou projetos e/ou os resultados dos
testes e ensaios apresentam conformes em relação aos padrões exigidos nas normas.

c) Quanto ao Respeito ao Cronograma Físico-Financeiro

DEFICIENTE – Quando não respeitado o cronograma físico-financeiro e não há compromisso


para corrigir os desvios por parte do contratado.

REGULAR – Quando não respeitado o cronograma físico-financeiro e há compromisso para


corrigir os desvios por parte do contratado (o compromisso está formalizado no livro de
ocorrência ou em outro documento).

ÓTIMO – Quando respeitado o cronograma físico-financeiro.

d) Quanto ao Atendimento às Solicitações da Fiscalização

DEFICIENTE – Quando às solicitações não são atendidas. REGULAR – Quando atendidas, mas
não nos prazos estabelecidos.

ÓTIMO – Quando às solicitações são atendidas nos prazos estabelecidos.

e) Quanto ao Resultado do Desempenho

DEFICIENTE – Quando for assinalado em qualquer requisito desempenho deficiente. REGULAR


– Quando não for assinalado em qualquer requisito desempenho deficiente, mas for assinalado
em qualquer requisito regular.

ÓTIMO – Quando for assinalado em todos os requisitos ótimo.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle do Relatório Gerencial são:

a) Relatório Gerencial (P16) - elaborado pelo gestor de contrato e revisado pelo chefe do setor de
acompanhamento de contratos e pelo diretor técnico (ver Anexo 46);

b) Atualização da pasta da obra (R7.4) - cabe ao gestor de contrato - ver Anexo 47.

Do Recebimento Provisório

Este processo envolve os seguintes subprocessos: (a) Realização de inspeção a obra para o
recebimento provisório da obra; (b) Elaboração de relatório da inspeção constando as não
conformidades detectadas com os respectivos prazos para correção; (c) Emissão do termo de
recebimento provisório, caso não seja apresentada não conformidades. Este processo é
finalizado com o arquivamento na pasta da fiscalização dos documentos elaborados em cada
subprocesso. (ver Anexo 8 - Fluxograma – Redesenho do Processo – Recebimento Provisório).

Realização De Inspeção Na Obra Para O Recebimento Definitivo

Este subprocesso é realizado pela equipe de fiscalização e diz respeito à visita a obra para
checagem da quantidade e qualidade dos serviços com relação aos padrões estabelecidos no
contrato e nas normas. Nele são checadas a integridade e conformidade da documentação

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exigida no edital, contrato e no art. 73 da Lei nº 8.666/93, para o recebimento provisório. Consta
no Manual check list para apoiar a realização da inspeção.

Elaboração De Relatório De Inspeção E Emissão De Termo De Recebimento

Na inspeção, caso sejam detectadas não conformidades, as mesmas são relatadas em


Relatório, e definidos prazos para o saneamento das mesmas. Quando a obra está em
conformidade com os padrões estabelecidos, esse fato é declarado em Relatório e é emitido o
Termo de Recebimento Provisório.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle do Recebimento Provisório são:

a) Check list para Recebimento Provisório (R16) – é preenchido pelo gestor de contrato e
revisado pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos (ver Anexo 48);

b) Relatório de inspeção com pendências (P17) - é elaborado pelo gestor de contrato, dado
ciência pelo preposto da contratada e revisado pelo chefe do setor de acompanhamento de
contratos (ver Anexo 49);

c) Relatório do recebimento provisório da obra sem pendências (P18) - é elaborado pelo gestor
de contrato quando não detectadas não conformidades, dado ciência pelo preposto da
contratada e revisado pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos (ver Anexo 50);

d) Termo de Recebimento Provisório da obra (P19) - é emitido pelo gestor de contrato, atestado
pelo preposto da contratada e pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos (ver Anexo
51);

e) Registro do envio do Termo de Recebimento Provisório e dos documentos anexos ao mesmo


(P20) – elaborado, através de Memorando, pelo gestor de contrato (ver Anexo 52);

f) Atualização da pasta da obra (R 7.5) – cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 53).

Do Recebimento Definitivo

O recebimento definitivo é iniciado com a indicação e designação da Comissão de Recebimento


Definitivo. Os subprocessos que envolve este recebimento são: (a) Inspeção na obra para
verificação da conformidade dos serviços com os padrões estabelecidos no contrato e seus
anexos; (b) Elaboração de Relatório constando as não conformidades com os respectivos prazos
para correção, se for o caso; (c) Emissão do Termo de Recebimento Definitivo, no caso de não
haver falhas. O processo é concluído com arquivamento dos documentos elaborados no
processo na pasta da fiscalização. (ver Anexo 9 – Fluxograma - Redesenho do Processo ––
Recebimento Definitivo).

Realização De Inspeção Na Obra Para O Recebimento Definitivo

Este subprocesso é realizado pela Comissão de Recebimento Definitivo, formalmente


designada, e diz respeito à visita a obra para checagem da quantidade e qualidade dos serviços
com relação aos padrões estabelecidos no contrato e nas normas. Nele são checadas a
integridade e conformidade da documentação exigida no edital, contrato e no art. 73 da Lei nº
8.666/93, para o recebimento definitivo. Consta no Manual check list para apoiar a realização da
inspeção.

Elaboração De Relatório De Inspeção E Emissão De Termo De Recebimento Definitivo

Na inspeção, caso sejam detectadas não conformidades, as mesmas são relatadas em Relatório
pela comissão de recebimento definitivo, e definidos prazos para o saneamento das mesmas.
Quando a obra está em conformidade com os padrões estabelecidos, esse fato é declarado em
Relatório e é emitido o Termo de Recebimento Definitivo pela comissão.

Registros Das Atividades De Controle

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Os registros das atividades de controle do Recebimento Provisório são:

a) Check list para Recebimento Definitivo (R17) – é preenchido pelo presidente da comissão de
recebimento definitivo e revisado pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos (ver
Anexo 54);

b) Relatório de inspeção com pendências (P21) - é elaborado pela comissão de recebimento


definitivo, atestado pelo preposto da contratada e revisado pelo chefe do setor de
acompanhamento de contratos (ver Anexo 55);

c) Relatório do recebimento definitivo da obra (P22) - é elaborado pela comissão de recebimento


definitivo, quando não detectadas pendências, atestado pelo preposto da contratada e revisado
pelo chefe do setor de acompanhamento de contratos (ver Anexo 56);

d) Termo de Recebimento Definitivo da obra (P23) - é emitido pela comissão de recebimento


definitivo, atestado pelo preposto da contratada e pelo chefe do setor de acompanhamento de
contratos (ver Anexo 57);

e) Registro do envio do Termo de Recebimento Definitivo e dos documentos anexos ao mesmo


(P24) – elaborado, através de Memorando, pela comissão de recebimento definitivo (ver Anexo
58);

f) Atualização da pasta da obra (R7.6) – cabe ao gestor de contratos (ver Anexo 59).

Dos Procedimentos Finais

Os Procedimentos Finais são compostos por: (a) Encaminhamento da devolução da garantia


contratual, quando for o caso; (b) Solicitação da entrega formal da obra ao órgão usuário com a
entrega de toda documentação necessária para a ocupação e manutenção da obra; (c)
Organização e fechamento da pasta da fiscalização; (d) Encaminhamento da documentação
para a contabilização final da obra (ver Anexo 10 - Fluxograma – Redesenho do Processo ––
Procedimentos Finais).

É importante que a entrega formal da obra ao órgão interessado aconteça em concomitância


com a emissão do termo de recebimento definitivo (TRD), uma vez que com o ato da emissão do
TRD, a contratada se exime da vigilância da obra.

Encaminhamento Da Devolução Da Garantia Contratual

O Encaminhamento da devolução da garantia contratual é processando quando for exigida a


garantia contratual e a mesma não tiver sido executada. É elaborado despacho para o chefe do
setor de acompanhamento de contratos, solicitando que seja iniciado o processo de devolução
adotando os procedimentos exigidos no contrato para esse ato.

Solicitação Da Entrega Formal Da Obra Ao Órgão Usuário

A entrega formal da obra (seja rodovia, barragens, escola, creche, etc) é iniciada com a
solicitação do gestor do contrato, encaminhada ao chefe do setor de acompanhamento de
contratos, informando que a obra foi recebida em definitivo e está em condições de uso e
ocupação, portanto pode ser entregue ao órgão que gerenciará seu uso, ocupação e
manutenção. São anexados os documentos necessários ao uso, ocupação e manutenção
(Manual de uso, ocupação e manutenção, projetos, habite-se, etc). Consta neste Manual modelo
de check list com os procedimentos e documentação necessária para a entrega formal da obra.
Cabe ao gestor de contratos esta checagem.

Organização E Fechamento Da Pasta Da Fiscalização

A organização e fechamento da pasta da fiscalização cabem ao gestor de contratos. A


checagem da mesma é da competência do chefe do setor de acompanhamento de contratos.

Encaminhamento Da Documentação Para A Contabilização Final Da Obra

Este é o último subprocesso dos Procedimentos Finais e com ele fecha-se o ciclo ou o macro

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processo da Fiscalização. O chefe do setor de acompanhamento de contratos copia a


documentação da pasta da fiscalização que irá subsidiar a contabilização da obra e encaminha a
mesma ao setor de contabilidade do órgão para que seja procedida a contabilização final da
obra.

Registros Das Atividades De Controle

Os registros das atividades de controle dos Procedimentos Finais são:

a) Checagem dos documentos para entrega formal da obra (R18) – cabe ao gestor de contrato
(ver Anexo 60);

b) Solicitação da entrega formal da obra (P25) - cabe ao gestor de contrato (ver Anexo 61);

c) Checagem dos documentos para organização final da documentação da obra (R19)

– cabe ao gestor de contrato e a revisão ao chefe do setor de acompanhamento de contratos


(ver Anexo 62).

Implantação Do Manual

Para a implantação do Manual algumas ações devem ser implementadas, já que os órgãos que
gerenciam as obras do Estado da Paraíba enfrentam problemas de toda ordem que os impedem
de exercer uma fiscalização eficiente dos contratos. Os problemas terão, então, que serem
identificados e saneados. Para tanto, é importante que seja traçado plano das ações
saneadoras. Assim sendo, a implantação do Manual irá requerer dos órgãos que elaborarem
ações que possibilitem que o Manual de Fiscalização seja implantado de forma plena.

Licenciamento De Obras: Quais São Os Documentos Obrigatórios?

A construção de uma obra requer não somente “botar a mão na massa”, mas envolve também, o
procedimento legal de permissão para construir e morar. Ao construir um imóvel ou realizar uma
obra é imprescindível garantir junto à prefeitura o licenciamento de obras. Pois, se a
fiscalização do governo identificar uma obra não regularizada, ela pode ser barrada, o dono do imóvel
pode levar multa e, em alguns casos, a construção pode até ser demolida.

Não existe uma regra única para todas as obras. Cada cidade possui exigências particulares para
legalizar um imóvel, algumas exigem autorização e fiscalização do Corpo de Bombeiros, outras
pedem avaliação da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

Mas existem processos comuns a todos os empreendimentos, como é o caso da retirada de


alvará de construção, conseguir licença de instalação de energia e água, certidão do habite-se
e licença de habitação. Diante de tantas burocracias vivenciadas por construtoras na finalização e
entrega de imóveis, e objetivando minimizar a improvisação diante dos obstáculos legais e
operacionais, o time do Sienge, software de gestão mais utilizado no mercado da construção civil,
elaborou um roteiro, com uma abordagem de todos os aspectos envolvidos no processo de
licenciamento de obras.

Confira Quais São Os Documentos Necessários Para Legalizar As Obras Da Sua Construtora!

Alvará De Construção

Quando você vai construir um imóvel, é preciso antes pedir um alvará de construção na prefeitura.
Para que esse alvará seja aprovado, o tamanho da construção e do terreno devem seguir as regras
impostas pelo município. É dever da construtora entregar o projeto na prefeitura para avaliação,
segundo a Lei n. 1.172/96.

Primeiramente, o proprietário (ou preposto) deve comparecer à Administração Regional competente e


apresentar o projeto arquitetônico com os documentos complementares, assim o processo será
autuado e receberá um número. O setor de projetos e obras conferirá esses documentos e emitirá um
visto sobre o projeto caso seja aprovado.

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Com o visto do projeto arquitetônico em mãos, o proprietário preencherá um requerimento de alvará


de construção, além de juntar uma série de documentos referentes à obra, dentre eles, os projetos
complementares e comprovantes de pagamento de taxas ao CREA (ART’s).

*Correção: É obrigatória também por lei vigente a menção do trabalho profissional do arquiteto. O
Arquiteto e Urbanista com o devido registro no CAU(Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil)
deve assinar o RRT (Registro de Responsabilidade Técnica) como responsável técnico habilitado.

A lista dos documentos exigidos, geralmente encontra-se nos sites de cada Administração Regional.
Protocolado o requerimento com todos os documentos, os agentes públicos competentes da própria
Administração farão uma conferência da demarcação do lote ou fração (topografia). Depois, o
departamento de licenciamento analisará a documentação e os projetos complementares e caso
sejam aprovados, emitirá o alvará de construção.

Ligações Definitivas (Energia E Água)

Para a solicitação da certidão do habite-se, o construtor deverá estar com todas as ligações
definitivas estabelecidas pelos serviços públicos. A ligação definitiva de energia e água podem ser
solicitadas via telefone ou por carta protocolada contendo os dados da obra. A concessionária
realizará vistoria para verificar se o projeto arquitetônico aprovado no alvará de
construção corresponde à obra construída. Não havendo problemas, é ativado o fornecimento de
energia e água junto à rede pública, além do esgoto.

Se o empreendimento for um condomínio de prédios, por exemplo, nas áreas comuns, a ligação de
energia será feita em nome da construtora, pois no período de ligação definitiva o condomínio ainda
não estará estabelecido. A concessionária emitirá carta de liberação para ser entregue na entrada da
solicitação do habite-se. Os nomes dos proprietários das unidades deverão ser informados à
concessionária para facilitar as ligações definitivas individuais, que só serão feitas após a entrega do
imóvel para cada proprietário.

Estando tudo de acordo com o projeto aprovado, a concessionária emite sua carta de licença de
instalação energética e hidráulica do imóvel. Dessa forma, a construtora pode solicitar a liberação da
certidão do habite-se. Todas as cartas de liberação das concessionárias de serviços públicos serão
parte integrante da documentação exigida pela Prefeitura Municipal para obtenção do habite-se.

Habite-Se Da Obra

Os parâmetros legais para conclusão de uma obra, têm como ponto máximo, a solicitação da certidão
do habite-se, que é emitido pela prefeitura. Ele pode ser solicitado via requerimento elaborado pelo
representante legal do empreendimento, dentro do prazo de validade do alvará de licença, tendo em
mãos os seguintes documentos:

– Petição comunicando a conclusão da obra;


– Cópia do alvará de licença;
– Anuência do autor quanto à observância do seu projeto aprovado;
– Prova de quitação do imposto territorial urbano;
– Licença de instalações definitivas;
– Escritura registrada do terreno.

O prazo para vistoria e manifestação da autoridade fiscalizadora será de no máximo 15 dias a contar
da data de protocolo. Após a primeira vistoria na obra, se for percebido algum problema no
descumprimento do projeto, a prefeitura concede um prazo para ajustes quanto às disposições legais
ou deverá ser aplicada multa pela modificação, condicionada à sua quitação para obtenção da
certidão.

A prefeitura municipal poderá, em alguns casos, conceder o habite-se parcial, liberando a moradia
quando ela não oferecer riscos para os usuários da edificação, cujas unidades deverão ser
independentes umas das outras. De maneira alguma o órgão expedirá o habite-se quando:

– As fachadas da edificação não estiverem concluídas;


– O acesso às partes concluídas estiver sem condições de uso ou for indispensável à utilização da

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parte concluída para acesso ao restante da obra;


– Obra ainda em construção ou por construir.

O prazo para os pedidos da licença de habitação são de no máximo 20 dias a partir da data de
protocolo da entrada do pedido na prefeitura. Este prazo pode ser prorrogado em até o dobro do
tempo, quando não se completarem as diligências que o processo exigir.

Certidão Negativa De Débito Do INSS

Após a solicitação da certidão do habite-se, o empreendedor deverá solicitar a certidão negativa de


débito (CND) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Este documento será emitido pela
previdência social, para comprovar a regularidade de contribuições com a Seguridade Social.

Ela só é válida quando emitida eletronicamente, e não serão assinadas ou carimbadas por servidor
da previdência. O CND da construção é exigido quando da averbação da obra no cartório de registro
de imóveis ou por ocasião da inscrição ou revalidação do memorial de incorporação no registro de
imóveis.

A previdência social fará um cálculo (ARO) do valor dos recolhimentos totais da obra tendo como
base o CUB (Custo Unitário Básico), fornecido pelo SINDUSCON (Sindicato da Indústria da
Construção Civil). Se o valor calculado for igual ou superior a 70% do recolhimento a certidão
negativa será fornecida. No caso de valores inferiores, a parte interessada, pode recorrer junto a
fiscalização com a demonstração da contabilidade da obra ou optar pôr pagar a diferença do cálculo
estabelecido pelo INSS.

O prazo de validade da CND é de 180 dias contados a partir data de sua emissão. O seu pedido
deverá ser feito pela internet, nas agências da previdência social, com fornecimento pelo próprio
interessado, do número de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), CPF (Cadastro de Pessoa
Física) ou CEI da referida obra. Será necessária a solicitação da sua baixa (cancelamento) junto ao
INSS, para que não haja problemas no futuro.

Averbação Da Construção

Após a emissão da certidão do habite-se também pode-se averbar a construção no cartório de


registro de imóveis. O interessado deverá apresentar o título a ser registrado ou averbado ao cartório
competente, de acordo com a localização do imóvel.

O cartório emitirá o DAJ (Documento de Arrecadação Judiciária) com o valor das custas
correspondentes ao registro. O prazo para entrega do respectivo registro estará definido na guia de
protocolo. Após o registro, o cartório poderá fornecer as seguintes certidões:
– Positiva ou negativa de propriedade;
– Positiva de propriedade, com negativa ou positiva de ônus, de cadeia sucessória ou vintenária ou
de inteiro teor.

Escritura

O proprietário deverá lavrar sua escritura de valor declarado (compra e venda) para validar sua
propriedade. Para isso, deverá providenciar os seguintes documentos:
– Qualificação das partes (CPF, identidade, dados pessoais) ou promessa de compra e venda entre
as partes;
– Certidão de quitação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano);
– Certidão do distribuidor do foro (em nome do vendedor);
– Certidão da justiça federal (em nome do vendedor); certidão da justiça do trabalho (em nome do
vendedor);
– Declaração do síndico (com firma reconhecida) que o condomínio está quitado;
– Guia do ITIV (Imposto de Transmissão Intervivos).

A escritura pronta deverá ser registrada no cartório de registro de imóveis no qual está inscrito,
passando a ter validade como documento.

Convenção De Condomínio

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Para empreendimentos residenciais outros documentos deverão ser providenciados. Um deles é a


convenção de condomínio, que previamente já foi registrada em forma de minuta no registro de
incorporação do empreendimento. A convenção é o contrato social do condomínio e está prevista no
Código Civil. É obrigatória a sua existência para estabelecer um condomínio (art. 1.333o), assim
como a elaboração do regulamento interno, que é parte integrante da convenção.

Para tornar-se legal deverá ser aprovada por no mínimo 2/3 dos representantes que compõem o
condomínio e deverá ser registrada no cartório de registro de imóveis. A convenção determinará:
– A cota proporcional e o modo de pagamento das contribuições dos condôminos para atender as
despesas ordinárias e extraordinárias do condomínio;
– Sua forma de administração;
– A competência das assembléias, forma de sua convenção e quórum exigidos para as deliberações.

Todos esses itens e métodos aqui expostos têm por finalidade garantir o máximo de transparência
entre a sua construtora e seus clientes e órgãos fiscais e facilitar o seu trabalho com a extensa
documentação exigida pelos órgãos fiscalizadores para obter o licenciamento de obras. Dessa
forma, você também evita notificações e multas.

Para iniciar a obra não basta ter a equipe e materiais, tem que ter autorização da prefeitura, ou
melhor, tem que ter o Alvará de Construção. Sem ele a sua obra corre o risco de ser paralisada e
você multado. Neste post vamos explicar tudo sobre documentação para construção.

Quais São As Documentações Para Construção?

Além do alvará, durante a construção da casa você deverá manter em dia a certidão negativa de
débito do INSS e os atestados de conformidade das concessionárias de energia elétrica e água e
esgoto da sua cidade.

E ao final da obra você deverá obter o Habite-se, que atestará que a sua casa foi construída seguindo
a legislação da cidade. O Habite-se não é somente importante para legalidade da sua obra como
também é exigido pelos bancos para realizar financiamentos e averbações da casa no Registro
Imobiliário.

O custo das taxas de obtenção do Alvará de construção e Habite-se são equivalentes de 1 a 2% do


custo total da obra.

Como Obter O Alvará De Construção?

Para obter o Alvará da obra, você deverá apresentar na prefeitura da sua cidade o projeto
arquitetônico conforme as normas locais, aqui no PraConstruir nós chamamos este conjunto de
desenhos de Projeto Legal.

Infelizmente cada prefeitura tem as suas próprias regras para o projeto. Porém, as exigências mais
comuns para liberação do alvará são:

• Planta de locação da obra com os recuos do terreno

• Plantas baixas dos pavimentos

• Planta de cobertura com caimento dos telhados

• Levantamento planialtimétrico do terreno

• Cortes longitudinal e transversal

• Plantas das fachadas

• Tabelas com áreas de iluminação, ventilação e aproveitamento do terreno

• Carimbo com informações sobre o terreno, proprietário e autor do projeto

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Além dos desenhos acima, as prefeituras também exibem uma série de documentos, os mais comuns
são:

• RG e CPF dos proprietários

• Cópia da capa do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU)

• Memorial descritivo da obra

• Cópia da escritura ou contrato de compra e venda do terreno

• Comprovante de pagamento da taxa para entrada no processo

• Registro de responsabilidade técnica (RRT), no caso do autor do projeto ser arquiteto

• Anotação de responsabilidade técnica (ART), no caso do autor do projeto ser engenheiro

Fique atendo, se o terreno for em condomínio fechado, você deverá atender também as exigências
do conjunto residencial. Agora, se o terreno for em área de proteção ambiental ou locais tombados
pelo Patrimônio Histórico, você também deverá obter a autorização da Secretaria do Meio Ambiente e
do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Documentação Durante A Construção

Para iniciar, é necessário ter somente o alvará, mas para sua obra se manter regularizada durante a
construção, é necessário ficar atento as seguintes documentações:

Documentação Descrição

Certidão Negativa de Este documento é comprobatório da regularidade do contribuinte


Débito (CNB) do INSS da junto ao INSS. Ele é emitido pelo INSS e é exigido para a
Obra regularização do Habite-se.

Atestado da concessionária Neste documento a concessionária de água e esgoto da sua cidade


de água e esgoto irá assegurar que a sua casa terá interligação às redes públicas de
distribuição de água e esgotamento sanitário.

Atestado de conformidade Esse atestado comprova que a instalação elétrica da sua obra
da instalação de energia atende à norma NBR 5410/04 e aos regulamentos das autoridades e
elétrica concessionárias de energia elétrica.

Placa informações Esta placa deve ser fixada na frente do terreno e deve conter os
responsável técnico dados do profissional responsável, número da obra, número do
processo de aprovação e alvará.

Fique atento, a maioria das prefeituras exigem a apresentação dos documentos acima para liberar o
Habite-se.

Como Obter O Habite-Se?

Para finalizar a sua obra com nota 10 é necessário obter o Habite-se junto a prefeitura da sua cidade.
Este documento é indispensável na hora de atualizar a matrícula do seu terreno no cartório de
imóveis, além de evitar problemas futuros. Para solicitar o Habite-se é necessário que a obra esteja
totalmente finalizada, inclusos os acabamentos.

O habite-se garante que sua obra foi realizada de acordo com o projeto aprovado na Prefeitura.
Portanto, respeita todas as exigências da Prefeitura. Para pedir o Habite-se são necessários os
seguintes documentos:

• Versão original e cópia da planta aprovada pela prefeitura (caso o projeto tenha tido alterações
durante a obra é necessário pedir uma nova aprovação na prefeitura).

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• Preencher os requerimentos sobre conclusão das fundações e da obra.

• Comprovante de pagamento da taxa de vistoria do Habite-se.

• Laudo técnico realizado pelo responsável técnico da obra.

• Cópias dos atestados de conformidade das concessionárias de energia, água e esgoto.

Atenção, depois de dar entrada no pedido do Habite-se você tem 40 dias para pagar o ISS, que é o
imposto sobre o serviço da construção.

O Que É ART?

Anotação De Responsabilidade Técnica: O Selo De Qualidade Do Bom Profissional

Anotação De Responsabilidade Técnica De Obras E Serviços

A Lei n° 6.496, de 7 de dezembro de 1977, que instituiu a Anotação de Responsabilidade Técnica-


ART, estabelece que todos os contratos referentes à execução de serviços ou obras de Engenharia,
Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia deverão ser objeto de anotação no Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia – Crea-DF.

Conforme estabelece a Resolução nº 1.025, de 2009, do Confea, fica sujeito à anotação de


responsabilidade técnica no Crea em cuja circunscrição for exercida a respectiva atividade:

• todo contrato referente à execução de obras ou prestação de serviços relativos às profissões


vinculadas à Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia; e

• todo vínculo de profissional com pessoa jurídica para o desempenho de cargo ou função que
envolva atividades para as quais sejam necessários habilitação legal e conhecimentos técnicos nas
profissões retromencionadas.

A anotação é feita por meio do formulário eletrônico, disponível no sítio do Crea-DF na Internet. Nele
são declarados os principais dados do contrato firmado entre o profissional e seu cliente (no caso de
profissional autônomo), ou ainda entre o contratado e o contratante (no caso de profissional com
vínculo empregatício).

Quem Deve Registrar A Art

Quando possuir vínculo contratual com pessoa jurídica, cabe ao profissional registrar a ART e à
empresa/instituição o pagamento do valor correspondente a esse serviço.

Devem registrar a ART todos os profissionais legalmente habilitados que exercem suas profissões em
organizações que executam obras ou serviços de Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia ou
Meteorologia.

Função Da Art

Defesa Da Sociedade

A ART é um instrumento indispensável para identificar a responsabilidade técnica pelas obras ou


serviços prestados por profissionais ou empresas. A ART assegura à sociedade que essas atividades
técnicas são realizadas por um profissional habilitado. Neste sentido, a ART tem uma nítida função de
defesa da sociedade, proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e
para quem é contratado.

Valorização Do Profissional

A ART valoriza o exercício das profissões, confere legitimidade ao profissional ou empresa contratado
e assegura a autoria, a responsabilidade e a participação técnica em cada obra ou serviço a ser
realizado. Ao registrar a ART os direitos de autoria de um plano ou projeto de Engenharia,
Agronomia, Geologia, Geografia ou Meteorologia, respeitadas as relações contratuais expressas
entre o autor e outros interessados, são do profissional que os elaborar.

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FISCALIZAÇÃO DE OBRAS E SERVIÇOS

O registro da ART possibilita ao profissional constituir acervo técnico, que tem grande valor no
mercado de trabalho, bem como o resguarda em eventuais litígios judiciais. A partir do registro da
ART é possível ao profissional obter a Certidão de Acervo Técnico-CAT, que certifica, para os efeitos
legais, que consta dos assentamentos do Crea a anotação das atividades técnicas executadas ao
longo de sua vida profissional.

Comprovação Da Capacidade Técnico-Profissional Em Licitações

A capacidade técnica de uma empresa varia em função da alteração dos acervos técnicos dos
profissionais integrantes de seu quadro técnico.

Deste modo, em atendimento à Lei nº 8.666, de 1993, o atestado registrado no Crea constituirá prova
da capacidade técnico-profissional da empresa somente se o responsável técnico indicado na
Certidão de Acervo Técnico estiver a ela vinculado como integrante de seu quadro técnico.

Importância Da Art Nas Instituições Públicas

Para as instituições públicas, a apresentação das ARTs pelos profissionais autônomos, empresários
ou empresas assegura que as atividades contratadas são desenvolvidas por profissionais habilitados,
uma vez que registra a responsabilidade técnica pela obra ou serviço.

No caso dos profissionais que possuem vínculo empregatício com organizações da Administração
Pública, também deverá registrar a ART de cargo ou função técnica ou de atividades ou de projetos
específicos.

As ARTs registradas formarão o acervo técnico destes profissionais, que poderá ser utilizado quando
do exercício profissional na iniciativa privada.

A Art E As Comissões De Licitação

Para a contratação de obras e serviços de Engenharia e Agronomia, cabe às comissões de licitação


dos órgãos públicos exigir a certidão de registro e quitação dos participantes do certame. Tal
documento serve para confirmar se o profissional citado na certidão de acervo técnico ainda pertence
ao quadro técnico da empresa.

As comissões de licitação poderão, se desejarem, ter acesso ao sistema unificado de consulta às


ARTs e CATs emitidas pelos Creas, com o objetivo de verificar sua autenticidade e validade, evitando
que sejam recepcionados documentos cujos dados foram alterados e, portanto, deixaram de
comprovar adequadamente a capacidade técnico-profissional das empresas.

Tipos De Art

Quanto à tipificação, a ART pode ser classificada em:

I – ART de obra ou serviço, relativa à execução de obras ou prestação de serviços inerentes às


profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea;

II – ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, que especifica vários contratos
referentes à execução de obras ou à prestação de serviços em determinado período; e

III – ART de cargo ou função, relativa ao vínculo com pessoa jurídica para desempenho de cargo ou
função técnica.

Forma De Registro Da Art

Quanto à forma de registro, a ART pode ser classificada em:

I – ART inicial: utilizada nos casos de registro de um contrato escrito ou verbal de prestação de
serviços técnicos ou execução de obra. A ART deve ser registrada antes do início da respectiva
atividade técnica, de acordo com as informações constantes do contrato firmado entre as partes.

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II – ART complementar, anotação de responsabilidade técnica do mesmo profissional que, vinculada


a uma ART inicial, complementa os dados anotados nos seguintes casos:

a) for realizada alteração contratual que ampliar o objeto, o valor do contrato ou a atividade técnica
contratada, ou prorrogar o prazo de execução; ou

b) houver a necessidade de detalhar as atividades técnicas, desde que não impliquem a modificação
da caracterização do objeto ou da atividade técnica contratada.

III – ART de substituição, anotação de responsabilidade técnica do mesmo profissional que, vinculada
a uma ART inicial, substitui os dados anotados nos casos em que:

a) houver a necessidade de corrigir dados que impliquem a modificação da caracterização do objeto


ou da atividade técnica contratada; ou

b) houver a necessidade de corrigir erro de preenchimento de ART.

Participação Técnica No Empreendimento

Quanto à participação técnica, a ART de obra ou serviço pode ser classificada da seguinte forma:

I – ART individual - indica que a atividade, objeto do contrato, é desenvolvida por um único
profissional;

II – ART de coautoria - indica que uma atividade técnica caracterizada como intelectual, objeto de
contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de mesma competência;

III – ART de corresponsabilidade, que indica que uma atividade técnica caracterizada como
executiva, objeto de contrato único, é desenvolvida em conjunto por mais de um profissional de
mesma competência; e

IV – ART de equipe - indica que diversas atividades complementares, objetos de contrato único, são
desenvolvidas em conjunto por mais de um profissional com competências diferenciadas.

O que é ART e qual a sua importância na construção civil?

A Anotação de Responsabilidade Técnica, mais conhecida pelo seu acrônimo ART, é um documento
amplamente utilizado por profissionais da Engenharia, Agronomia, Geologia, Geografia e
Meteorologia que queiram realizar contratos de execução de serviços ou obras. Neste artigo iremos
explicar o que é ART, quais são os tipos existentes, quais são as formas de registro e como é dada a
sua participação técnica no empreendimento.

Também iremos tratar da sua importância na construção civil, expondo os benefícios que o
contratante e o contratado podem obter por meio desse documento.

O Que É ART?

ART é um documento legal que identifica o responsável técnico por um serviço prestado ou uma obra
realizada.

De acordo com a lei Lei nº 6.496/77, todo contrato, escrito ou verbal, para a execução de obras ou
prestação de quaisquer serviços profissionais referentes à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia
fica sujeito à “Anotação de Responsabilidade Técnica” (ART).

A ART deve ser emitida por engenheiros ou arquitetos do sistema CONFEA/CREA, que têm a
obrigação de realizar o registro desse documento online. De acordo com a lei, a falta da ART
sujeitará o profissional ou a empresa responsável pela execução da Obra ou Serviço o pagamento de
multa.

Como Se Classifica Uma Art?

De acordo com o CREA, são 3 as classificações realizadas.

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1) Por tipo

• de obra ou serviço;

• de obra ou serviço de rotina (múltipla);

• de cargo ou função.

A ART de obra ou serviço refere-se ao caso do profissional que executa uma obra ou presta
um serviço ao contratante. Já a ART de obra ou serviço de rotina, denominada ART múltipla, se
refere a uma série de contratos de obras e serviços realizados dentro de um período determinado.

Quando em vez de se executar uma obra ou de se prestar um serviço, se estabelece um vínculo com
uma pessoa jurídica para desempenhar um cargo ou função técnica, trata-se de um atestado de
cargo ou função.

2) Por Forma De Registro

• inicial;

• complementar;

• de substituição.

Antes do início de toda atividade técnica a ser realizada é necessário realizar o registro da ART,
sendo essa a ART inicial. Se for necessário complementar as informações iniciais, seja por meio de
uma alteração no contrato ou pela necessidade de um detalhamento maior das atividades descritas,
registra-se uma ART complementar, vinculada a ART inicial.

A ART de substituição também é vinculada a ART inicial. Nesse caso o atestado tem a função de
substituir os dados anotados inicialmente quando houver uma modificação do objeto ou da atividade
contratada ou quando for necessário corrigir um erro de preenchimento.

3) Por Participação Técnica

• individual;

• de coautoria;

• de corresponsabilidade;

• de equipe.

Na ART individual aponta-se um profissional como responsável técnico. Já nas ARTs de coautoria e
de corresponsabilidade uma mesma atividade é exercida por mais de um profissional da mesma
competência. A diferença está na caracterização da atividade técnica, tida como intelectual no
primeiro caso e executiva no segundo.

Quando diversas atividades complementares são realizadas em conjunto, por mais de um profissional
de competências diferenciadas, tem-se a ART de equipe.

Qual A Importância Da Art?

Por conta do alto nível de risco e das possíveis consequências em caso de erros em obras e
serviços, o papel da anotação de responsabilidade técnica na construção civil é de extrema
importância. Por permitir a identificação do responsável técnico da obra ou serviço prestado, ambos
os lados, contratante e contratado, podem obter vantagens do registro de uma ART.

– Contratante

Para o contratante a ART assegura que o profissional técnico é capacitado para realizar as devidas
funções, uma vez que só é permitido o registro da ART pelo CREA por profissionais habilitados.

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Além disso, caso o profissional cometa um erro, o contratante estará resguardado técnica e
juridicamente.

– Contratado

Não apenas o contratante, mas também o contratado possui segurança técnica e jurídica em casos
de descumprimento de contrato. Um segundo benefício desses profissionais é o direito de autoria
sobre a elaboração de um plano ou projeto, respeitadas as relações contratuais.

Outra grande vantagem é a garantia ao conjunto de todas as ARTs do profissional,


denominado acervo técnico. Esse acervo permite ao profissional comprovar sua habilidade na área,
valorizando-se. O acervo também auxilia o profissional no seu pedido de aposentadoria,
comprovando os serviços prestados.

Dessa forma, percebe-se que o registro de uma ART é necessário para garantir direitos e deveres de
ambas as partes em um contrato.

Ao longo desse artigo pode-se compreender um pouco mais sobre o que é ART e a sua importância
dentro da construção civil. Se você deseja continuar se mantendo informado acerca desses
assuntos curta nosso Facebook e não perca uma postagem.

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