Griots: Os contadores de histórias na África antiga.

Os Griots são contadores de histórias, cantores, poetas e musicistas da África

Ocidental. Os Griots eram responsáveis por firmar transações entre os impérios e
comunidades, além disso, o seu papel é repassar aos jovens conhecimentos culturais,
sendo hoje em dia a prova viva da força da tradição oral entre os povos africanos.

Os países da África Ocidental realizavam trocas comerciais com os franceses e

portugueses, fazendo com que algumas palavras tradicionais se transformassem em
expressões nas línguas dos colonizadores. Por esta razão, o termo Griot tem origem
da palavra em francês GUIRIOT, e da palavra em português CRIADO.

Os Griots utilizam diversos instrumentos em suas transmissões de conhecimentos,

entre eles estão seguintes instrumentos: Agogô, Akoting, kora , xalam, goje, balafon e
o ngoni. Os Griots estavam presentes em inúmeros povos, da África à subsaariana,
transitando entres os territórios para firmar tratados comerciais por meio da fala e
ensinavam às crianças, danças, historias e cantos ancestrais. A oralidade, para eles, é
sagrada e transmissora de paz.

Até os dias de hoje os Griots seguem em seu papel de guardiões da tradição, estando
presente em muitos lugares da África Ocidental, incluindo Mali, Gâmbia, Guiné e
Senegal, e entre os povos Fulos, Hausá, Woolog, Dagomba e entre os árabes da
Mauritânia. Aqui no Brasil, podemos ver semelhanças entre os Griots e os repentistas,
que também se utilizam da oralidade para transmitir cultura.

Os Griots atuais são a prova viva da força da tradição oral que, de geração em
geração, tem preservado memórias, costumes e saberes.

Obs: falar sobre o Pape e a Mawon

Pape Babou Seck, senegalês, chegou no Rio de Janeiro em fevereiro de 2018.

Ele é griot e diz que no país dele não há guerras porque as pessoas se
comunicam fazendo brincadeiras, evitando conflitos e escutando as palavras
dos griots, que transmitem segurança e esperança para seu povo.
Antigamente, os griots eram os conselheiros dos reis. Pape diz que não é
possível se tornar griot, só se nasce assim, e o sangue é passado através do
pai. Uma mulher griot que se casa com um homem que não o é não pode
passar a tradição para seu filho ou filha.

Instituto: A Mawon atua de forma a promover direitos e auxiliar na

INTEGRAÇÃO dos migrantes em situação de vulnerabilidade através de uma
articulação baseada na educação, na arte e cultura. A missão é construir
pontes para defender a mobilidade humana e fortalecer a geração de renda
dos migrantes no cenário brasileiro.
Com esse instituto, são realizados projetos que visam a integração efetiva dos
migrantes.
https://www.mawon.org/post/griots-os-guardi%C3%B5es-das-palavras

https://www.mawon.org/associacao