O documento resume a série de TV "Ruptura", na qual funcionários de uma empresa chamada Lumon concordam em separar suas memórias de trabalho e pessoal. A série explora os efeitos disso nos personagens e levanta questões éticas sobre o controle corporativo sobre a vida dos funcionários.
O documento resume a série de TV "Ruptura", na qual funcionários de uma empresa chamada Lumon concordam em separar suas memórias de trabalho e pessoal. A série explora os efeitos disso nos personagens e levanta questões éticas sobre o controle corporativo sobre a vida dos funcionários.
O documento resume a série de TV "Ruptura", na qual funcionários de uma empresa chamada Lumon concordam em separar suas memórias de trabalho e pessoal. A série explora os efeitos disso nos personagens e levanta questões éticas sobre o controle corporativo sobre a vida dos funcionários.
Na série Ruptura, cinco funcionários de uma empresa chamada
Lumon concordam em participar de um procedimento experimental em que suas memórias pessoais e de trabalho são separadas para sempre. Quando estão no escritório, só têm memória do trabalho, mas em casa, não se lembram de situações de trabalho. Realiza-se um ideal capitalista: funcionários sem histórico se comprometem a realizar tarefas de forma otimizada sem se preocupar com seus problemas, como autômatos. Vamos pensar e dar um exemplo do que acontece se uma empresa tiver sucesso com esse tipo de tecnologia. A série segue as histórias desses funcionários, que passam por um procedimento chamado Indenização que divide seus "eus" em dois: um funcionário da Lumon e um eu da vida real. Este é o grande anagrama que Ruptura atinge de forma imortal aqui. Ao criar esses personagens, os escritores apenas nos mostraram os arquétipos de personagens que podem ser vistos em séries Office’s, como The Office, mas o mistério e os problemas que cercam esses personagens, seus empregos, seus colegas na vida, as empresas para as quais trabalham intriga a serie me fez lembrar de outras histórias como a de Black Mirror, Control e Matrix, que são baseados no Mito da caverna do filósofo grego Platão e a serie faz uma interpretação do mito, pois os internos são mantidos no “escuro” pois só sabem oque a Lumon quer que eles saibam. Os funcionários da Lumon vivem em estado de isolamento voluntário afinal, eles escolhem livremente trabalhar para a empresa por diferentes motivos. Mas, aos poucos, começaram a perceber que as vantagens do trabalho não eram tão grandes quanto pareciam.
A maioria das cenas se passa no escritório de Lumon, com
paredes brancas, corredores amplos e iluminação forte. Além disso, as paredes não têm janelas. Em outras palavras, os ambientes em que os funcionários trabalham têm uma sensação claustrofóbica porque são fechados, dando a sensação de estar sozinho ou preso. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS Funcionários ou "refinarias" precisam ser motivados a continuar produzindo - mesmo que não saibam exatamente o que estão fazendo. Por conta disso, as empresas criaram mecanismos para compensar os funcionários, e quase todos eles são esquisitos.
Entram aí presentes em ocasiões como a chegada da helen,
festas aleatórias (como as hilárias “festa do ovo” e “festa da melancia”) e reconhecimentos de performance que beiram o ofensivo. Mas a grande questão suscitada aqui é: para que servem esses “bônus” que não acomodar os funcionários dentro dos próprios trabalhos, sem que haja questionamento?
Quando os funcionários ficam abalados, desajustados ou estão
fora de controle são mandados para uma espécie de “castigo” em uma chamada sala de relaxamento em que recebem um treinamento para voltar ao trabalho. O objetivo, claro, é adequar o funcionário à empresa, mesmo que isso signifique desalinhar-se com seus próprios valores. Claramente, vai ficando nítido de que a recompensa do trabalho pelo trabalho não é suficiente.
Assim, alguns passam a rebelar-se, dentro das ferramentas que
têm em mãos, que não são muitas. Só que, por conta das características do seu trabalho, elas não têm muitas informações sobre o que há de muito melhor do que a sua realidade. Mas logo cai nas mãos dos funcionários, de forma clandestina, um livro de autoajuda que, lido superficialmente, é apenas uma coleção de bobagens. Mas só aparentemente. Dentro do seu contexto de alienação, alguns trabalhadores passam a consumir trechos daquela obra como grande inspiração, tal como se fossem cristãos que encontraram pela primeira vez uma bíblia. E a partir dali mudanças em suas vidas podem começam a acontecer. Um dos aspectos mais incômodos que a serie dá é ver o quanto a Lumon é construída sob ares de culto religioso um pouco doentio. Os fundadores da empresa são cultuados dentro da estrutura e os funcionários passam a ser coagidos a louvar estes pequenos deuses, que concederam a eles uma graça: um emprego.
Cada um deles processa a ruptura de maneira diferente. Eles
precisam encontrar algo que tenha significado em sua vida quando UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS tudo o que têm é o trabalho Dentre vários aspectos que tornam a série diferenciada, o mais interessante para se ressaltar é a forma com que tornam o prédio da Lumon e os corredores a principal forma de incomodar tanto os personagens quanto quem assiste a série. Corredores que parecem sem fim, curto e totalmente brancos parecem sufocar a cada momento em que presenciamos alguém correndo, caminhando ou dobrando uma esquina dentre eles. Mas que possuem um contraponto interessante, na sala de trabalho dos personagens, onde o chão é verde e a decoração traz um ar mais amistoso Eu achei a serie muito intrigante e me prendeu muito eu me fiz as perguntas.. como serie separar minhas memorias para devidas atividades se as vidas pessoal e profissional não devem estar totalmente unidas, tampouco podem estar completamente separadas. Isso seria certo? Eu ainda não sei e errado ou correto e difícil assimilar Em "Ruptura", mesmo fora da empresa, os funcionários que cumprem os trâmites não se conhecem. No mundo corporativo, por outro lado, as pessoas tendem a valorizar as conexões sociais e acham que as conexões sociais também trazem resultados. Ter um amigo no trabalho traz motivação e aumenta a produtividade e a criatividade. “Se eu estivesse em uma organização que pedisse para não trazermos para o nosso trabalho o que acontece em nossas vidas, eu tentaria colocar uma máscara e fingir que está tudo bem, mas com certeza isso afetaria meu nível de presença. Basicamente, não podemos separar as pessoas. No final das contas, você só é você pelas coisas que você vive e já passou e isso torna você o que você é.