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FUNDAMENTOS DE
EPIDEMIOLOGIA
B R U N A K H AYA T
Belém - Pará
2018
Universidade Federal do Pará
Assessoria de Educação a Distância
Especialização em Geomedicina
MÓDULO I
Disciplina: FUNDAMENTOS DE
EPIDEMIOLOGIA
AEDI - UFPA
2018
1
Apresentação da Disciplina
Prezado discente,
Bons estudos!
SUMÁRIO
Página
UNIDADE 1 3
Base histórica 4
Conceitos e definições 6
UNIDADE 2 13
Distribuição de frequência 22
Estatística Descritiva 24
UNIDADE 3 29
Indicadores de Saúde 30
Surtos e epidemias 32
Mortalidade 32
Técnicas de padronização 34
UNIDADE 4 35
Fatores de risco 36
Medidas de associação 39
Estudos descritivos 43
REFERÊNCIAS 46
UNIDADE 1
OBJETIVO DA UNIDADE
Novos modelos teóricos são propostos para dar conta dos impasses
sofridos pela teoria unicausalista de doença, aperfeiçoando o paradigma da
História Natural das Doenças. Emerge uma forte tendência "ecológica" na
Epidemiologia, com uma versão "ocidental"12, contraposta à versão soviética13.
Nessa época, década de 50, programas de pesquisa departamentos de
Epidemiologia experimentam febrilmente novos ou aperfeiçoados desenhos de
pesquisa. A partir daí, estabelecem-se as regras básicas da análise
epidemiológica, sobretudo pela fixação dos indicadores típicos da área
(incidência e prevalência) e pela delimitação do conceito de risco, fundamental
para a adoção da Bioestatística como instrumental analítico de escolha.
Aconteceram nesse período, ainda, o desenvolvimento de técnicas de
identificação de casos (em praticamente todos os setores da Medicina),
Figura 1
1.3.1. DOENÇA
A doença não pode ser compreendida apenas por meio das medições
fisiopatológicas, pois quem estabelece o estado da doença é o sofrimento, a
dor, o prazer, enfim os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo que
adoece (CANGUILHEM; CAPONI apud BRÊTAS e GAMBA, 2006). “Para Evans
& Stoddart (1990) a doença não é mais que um constructo que guarda relação
com o sofrimento, com o mal, mas não lhe corresponde integralmente. Quadros
clínicos semelhantes, ou seja, com os mesmos parâmetros biológicos, prognóstico
e implicações para o tratamento, podem afetar pessoas diferentes de forma
distinta, resultando em diferentes manifestações de sintomas e desconforto, com
comprometimento diferenciado de suas habilidades de atuar em sociedade. O
conhecimento clínico pretende balizar a aplicação apropriada do conhecimento
e da tecnologia, o que implica que seja formulado nesses termos. No entanto,
do ponto de vista do bem-estar individual e do desempenho social, a percepção
individual sobre a saúde é que conta (EVANS; STODDART, 1990).” (OLIVEIRA;
EGRY, 2000).
1.3.2. SAÚDE
ATIVIDADE 1:
✓ Use seu editor predileto (por exemplo, o Microsoft Word) para fazer o
texto. Salve em um arquivo com o nome ATIVIDADE 1. Salve o texto em
formato RICH TEXT. Siga as instruções para enviar o texto: no Word>
clique em arquivo >Salvar como escolha o arquivo Rich Text.
✓ A c e s s e : h t t p : / / w w w. s c i e l o . b r / p d f / r b e p i d / v 11 s 1 / 15 . p d f -
Epidemiologia e Saúde Coletiva no Brasil: desafios para a formação em
pesquisa.
UNIDADE 2
Fonte: Dados coletados pelo Dr. Mário Magalhães, publicados em RADIS/DADOS. nº 7, ago. 1984.
* estimativa
população abaixo de vinte anos era menos de 50% e a população com mais de
sessenta anos chegava aos 10,7 milhões (Monteiro & Alves, 1995). Este
processo, no entanto, ocorre de maneiras diferentes nas Grandes Regiões do
Brasil, devido às diferenças regionais das condições sócio econômicas.
Abordagem Estratégia
Classificação:
• Moda (Mo): é o valor (ou atributo) que ocorre com maior frequência.
6 10 9 14 7 4
8 11 12 5 9 13
9 10 8 6 7 14
11 6 12 11 15 13
12 11 4 10 7 13
10 9 8 12 13 7
Exemplo ROL
4 6 8 10 11 13
4 7 8 10 12 13
4 7 8 10 12 13
5 7 9 10 12 14
6 7 9 11 12 14
6 8 9 11 13 15
Exemplo Frequência
Idade Frequência
4 3
5 1
6 3
7 4
8 4
9 4
10 4
11 3
12 4
13 4
14 2
15 1
3) se for ímpar a mediana será o valor que ocupa a posição central e se for par
será a média entre as duas posições centrais.
Atividade 2:
✓ Responda as medianas nas duas colunas, use seu editor predileto (por
exemplo, o word) para fazer o texto. Salve em um arquivo com o nome
ATIVIDADE 1. Salve o texto em formato RICH TEXT. Siga as instruções
para enviar o texto: no Word> clique em arquivo >Salvar como escolha
o arquivo Rich Text.
dos valores(2000) destoa bastante dos outros. Nesse caso, temos: * média:
2+4+6+9+10+11+2000 / 7 = 291,7
Mediana = 9.
AMPLITUDE
a= máximo – mínimo
VARIÂNCIA
DESVIO PADRÃO.
UNIDADE 3
Da fórmula acima fica evidente que a prevalência, além dos casos novos
que acontecem (incidência), é afetada também pela duração da doença, a qual
pode diferir entre comunidades, devido a causas ligadas à qualidade da
assistência à saúde, acesso aos serviços de saúde, condições nutricionais da
população, etc. Assim, quanto maior a duração média da doença, maior será a
diferença entre a prevalência e a incidência. A prevalência é ainda afetada por
casos que imigram (entram) na comunidade e por casos que saem (emigram),
por curas e por óbitos. Dessa maneira, temos como “entrada” na prevalência os
casos novos (incidentes) e os imigrados e como “saída” os casos que curam, que
morrem e os que emigram.
3.3. MORTALIDADE
UNIDADE 4
Observe-se também que, embora possa parecer evidente, risco não significa
certeza. A presença de um fator de risco não é obrigação da ocorrência do
evento. A afirmação "hipertensão arterial causa derrame" pode não ser
apropriada. Há hipertensos que não terão nunca um derrame, morrendo um dia
por outra causa. A frase "em um grupo de pessoas, mais casos de derrame
ocorrerão naqueles que tem hipertensão" descreve melhor a situação. Não
deixa de demonstrar a associação das duas situações, mas lembra que não
existe vínculo absoluto em todos os casos.) A importância deste fato é que,
excetuando-se probabilidade de riscos de 0% (sem risco), as medidas de
diminuição de risco não impedem a ocorrência de um evento qualquer.
Para investigar uma suposta associação entre fator de risco (fumo durante
a gravidez) e desfecho (baixo peso ao nascer) Barros e colaboradores
realizaram um estudo de coorte. De modo resumido, podemos considerar o
estudo de coorte como sendo um delineamento no qual o pesquisador
inicialmente seleciona um determinado número de indivíduos a serem
acompanhados durante um certo tempo, avaliando-se neles a exposição ao
potencial fator de risco e a ocorrência do desfecho (novos indivíduos podem ser
incluídos durante o estudo). Em um estudo de coorte pode-se avaliar o risco
medindo a incidência cumulativa de um desfecho, através do número de casos
(novos) ocorridos durante o tempo de estudo dividido pelo tamanho da
população (ou amostra) estudada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As medidas de associação baseadas em razões (RR e OR) fornecem dados
sobre a força da associação entre o fator em estudo e o desfecho, permitindo
que se faça um julgamento sobre uma relação de causalidade. Assim, RR e OR
são as medidas de escolha para estudarmos os possíveis determinates das
doenças, sendo freqüentemente utilizados em estudos de coorte e de caso
controle, respectivamente.
Consultar artigos:
• http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v1n2/03.pdf
• h t t p s : / / w w w. u f m g . b r / p o r t a l p r o s a u d e b h / i m a g e s / p d f /
PercepcaoDoProcessoSaudeDoencaSignificadosEValoresDaEducaca
oEmSaude.pdf
5. BIBLIOGRAFIA
ALEXANDRE, L. B.S. P. Epidemiologia: aplicada aos serviços de saúde. São
Paulo: Martinari, 2012. ISBN978-85-89788-99-1.