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Escola Superior de Negócios e Empreendedorismo de Chibuto-ESNEC

Licenciatura em Finanças

Cadeira: Analise Financeira

IIo semestre/IIIo Nível-PL

Tema: Usuários e/ou interessados pela analise financeira (Balanco, Balanco Patrimonial &
Balanco Funcional)

Discentes: Óscar Muahte Docente:


Amâncio Benedito

Júlio Chilaule Jr

Chibuto, Marco de 2023


Índice

1. INTRODUÇÃO........................................................................................................................3

Contextualização..........................................................................................................................3

OBJECTIVO................................................................................................................................3

1.1.1. Geral..................................................................................................................................3

MEDOLOGIA.............................................................................................................................3

2. REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................................4

2.1. Usuários e/ou interessados pela analise financeira...............................................................4

2.2. Demonstrações contábeis ou documentos contabilísticos....................................................5

Balanço.........................................................................................................................................5

Balanço Patrimonial.....................................................................................................................6

Passivo.........................................................................................................................................8

Património Liquidez.....................................................................................................................8

Balanço Funcional........................................................................................................................9

Classificação dos Ciclos Financeiros...........................................................................................9

3. CONCLUSÃO...........................................................................................................................11

REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................................12

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS…………………………………………………….12
1. INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização
Balanco é o documento contabilístico que expressa a situação de uma empresa num determinado
momento (geralmente um trimestre, semestre ou ano). Este documento permite comprar o ativo
(bens que a empresa possui assim como o dinheiro que tem e as dividas de terceiros), com o
passivo ou capital alheio (o que a empresa deve a terceiros, quer seja empréstimos bancários,
responsabilidades para o Estado, dividas a fornecedores, etc.).

1.2. Objetivos
Geral

 Compreender Balanco Patrimonial e Funcional.

Específicos

 Conceituar o Balanco Patrimonial e Funcional;


 Classificação do Balanco funcional.

MEDOLOGIA
A realização deste trabalho baseou-se no método pedagógico de trabalho em grupo, que foi
criado pela orientação da docente da disciplina de PSE na sala de aulas. O grupo do trabalho
recorreu a fontes bibliográficas disponíveis na internet para a elaboração deste relatório final,
sendo por isso, tratar-se de uma pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2008) é realizada com
recurso a materiais científicos já elaborados, a exemplo de artigos científicos, dissertações e
livros.
2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1. Usuários e/ou interessados pela analise financeira


A análise financeira é extremamente importante para as diversas partes interessadas numa boa
gestão empresarial, sendo que essas partes interessadas são os acionistas, investidores, bancos e
instituições financeiras, fornecedores e clientes, governo e órgãos governamentais, sindicatos e
associações de classe (Kuhn & Lampert, 2012).

Os acionistas ou quotistas de uma empresa nem sempre são as pessoas que a administram, pois
podem delegar essa função a administradores profissionais. Já os investidores no mercado de
capitais necessitam tomar decisões sobre qual ação comprar, quando vender, etc. Eles necessitam
de dados técnicos e pareceres sobre as expectativas de risco e retorno das ações, como forma de
melhor direcionar a aplicação de recursos (Kuhn & Lampert, 2012).

Os bancos e instituições financeiras, como intermediadores de dinheiro e financiadores de


aquisição de bens, representam um grupo importante de usuários das demonstrações financeiras
das empresas. É imprescindível que o profissional de banco tenha profundo conhecimento da
área contábil-financeira, até porque precisa desfrutar de uma postura de total crédito em relação à
análise financeira. Dentro do contexto de que os bancos necessitam tomar decisões seguras, as
informações devem fornecer expectativas confiáveis sobre a capacidade de pagamento do
cliente, bem como de sua solidez (Kuhn & Lampert, 2012).

Da mesma forma que o banco, para emprestar dinheiro a seus clientes, necessita de informações
seguras para decidir, os fornecedores de mercadorias, serviços e/ou matérias-primas ou
componentes também necessitam avaliar o risco de crédito de seus compradores. O cliente
também pode analisar seu fornecedor para conhecer sua solidez ou avaliar sua condição de suprir
a empresa com matéria-prima numa situação de expansão ou ainda de pós-venda, como fornecer
assistência técnica (Kuhn & Lampert, 2012).

O governo, por sua vez, tem um interesse bem particular, pois grande parte da arrecadação de
tributos requer um sistema de apuração que se utiliza das informações contábeis. As
demonstrações financeiras, bem como as informações prestadas aos vários órgãos do governo,
constituem um importante banco de dados. Além disso, é desejo do Estado que as empresas
contribuam para a geração de trabalho, renda e desenvolvimento local e regional (Kuhn &
Lampert, 2012).

Por fim, as associações de classes e sindicatos também deveriam solicitar de seus associados
suas demonstrações financeiras, objetivando desenvolver estudos e estatísticas sobre as
características e o desempenho do segmento em que atuam. Do lado dos trabalhadores, as suas
entidades de representação certamente se amparam em análises e desempenho do setor para
requerer e reivindicar melhores condições de trabalho e renda aos seus filiados e a sua categoria.
(Lampert, 2012)

2.2. Demonstrações contábeis ou documentos contabilísticos


“As principais demonstrações contábeis são exposições sintéticas dos componentes patrimoniais
e de suas variações, a elas recorremos quando desejamos conhecer os diferentes aspetos da
situação patrimonial e suas variações” (Franco, 1992 apud Anastácio, 2004, p. 14). A seguir,
neste trabalho, apresenta-se de acordo com os autores Anastácio (2004) e Aranha (2001) como
funcionam o balanço, balanço patrimonial e balanço funcional como demonstrações contábeis.

Balanço
O balanço reflete a ideia de equação, equilíbrio, igualdade. A exposição dos componentes
patrimoniais recebe esta denominação porque é apresentada em forma equacional e mostra o
equilíbrio e a igualdade existente entre componentes positivos e negativos.

Balanco é o documento contabilístico que expressa a situação de uma empresa num determinado
momento (geralmente um trimestre, semestre ou ano). Este documento permite comprar o ativo
(bens que a empresa possui assim como o dinheiro que tem e as dividas de terceiros), com o
passivo ou capital alheio (o que a empresa deve a terceiros, quer seja empréstimos bancários,
responsabilidades para o Estado, dividas a fornecedores, etc.). A diferença entre o que tem e o
que deve é designada de situação liquida (composta pelo Capital que foi usado para criar a
empresa, pelo acumular de resultados positivos ou negativos ao longo dos anos de
funcionamento da empresa, e por eventuais reavaliações de componentes do ativo). Para a
correta classificação nesta equação o autor cita o art. 178 da Lei 6404/76, a qual estabelece a
composição das contas do ativo e passivo.
Ativo por ordem de Liquidez Passivo por ordem de exigibilidade
-Ativo Circulante - Passivo Circulante
-Ativo Realizável a Longo Prazo - Passivo Exigível a Longo Prazo
-Ativo Permanente, dividido em - Patrimônio Líquido, dividido em Capital
Investimento, Imobilizado e Diferido Social e Reservas de Capital.

Num balanço, o ativo é igual à soma do Capital Alheio (Passivo) e a Situação líquida (Capital
próprios) financiam o Ativo, logo:

Ativo=Capital de Terceiro+ Situação liquida

Balanço Patrimonial
O Balanço Patrimonial apresenta todos os bens e direitos, assim como as obrigações em
determinada data. Ou é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativamente e
quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. O
ativo mostra o que existe concretamente na empresa, todos os bens e direitos devem ter
comprovantes documentais, com exceção das despesas antecipadas e as diferidas. O Passivo
exigível e o Patrimônio Líquido mostram a origem dos recursos que estão investidos no Ativo.
De acordo com o 1̊ do artigo 176 da Lei 9.404/76, as demonstrações de cada exercício serão
publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício
anterior, para fins de comparação.

Ativo Passivo
Circulante Circulante
Não circulante Não circulante
Realizável a longo prazo
Investimentos
Imobilizados Património Liquido
Intangível
Ativos

As contas do ativo estão dispostas segundo uma suposta ordem de liquidez ou de


conversibilidade. Assim, as contas com maior liquidez são as que aparecem na parte superior do
ativo e as de mais difícil realização na parte inferior. Por exemplo, o dinheiro (que é o ativo mais
líquido) que a empresa possui em caixa na data do balanço é classificado no ativo circulante,
enquanto os equipamentos que a empresa usa na produção são classificados no ativo
imobilizado.

 Ativo Circulante: O primeiro grupo de ativo, Ativo Circulante, compreende as


disponibilidades, os direitos realizáveis no exercício social subsequente e as aplicações de
recursos em despesas do exercício seguinte. As disponibilidades são compostas pelos
recursos financeiros possuídos pela empresa que podem ser utilizados imediatamente, sem
restrições, tais como: caixa, bancos conta movimento, aplicações de liquidez imediata. Os
direitos realizáveis no exercício social subsequente expressam as contas a receber de clientes,
a provisão para devedores duvidosos, os estoques, as aplicações de liquidez não imediata, os
adiantamentos a fornecedores e outros valores a receber. As despesas do exercício seguinte
representam algumas despesas antecipadas e que competem ao exercício social subsequente.
 Ativo Não Circulante: O ativo não circulante compreende o ativo realizável a longo prazo,
investimentos, imobilizado e o intangível. O realizável a longo prazo é composto pelas
rubricas que tiverem prazo de realização após o término do exercício seguinte ao do balanço,
ou seja, demorarem mais de um ano para serem recebidas.

Os investimentos podem ser separados em dois grandes grupos: as participações permanentes em


outras sociedades e os direitos não classificados no ativo circulante.

O imobilizado compreende os direitos que tenham por objeto bens destinados à manutenção das
atividades da empresa, ou exercidos com essa finalidade, inclusive os de propriedade industrial e
comercial. É representado por bens tangíveis que sejam utilizados nas atividades da empresa e
que não sejam destinados à venda. São exemplos os imóveis e terrenos, máquinas e
equipamentos, equipamentos de informática, veículos, móveis e instalações, imobilizações em
andamento, entre outros. O intangível, como o próprio nome diz, é representado por bens
incorpóreos, como o valor da marca, os investimentos em capacitação técnica dos empregados e
os sistemas de informatização.
Passivo
O passivo representa as fontes de recursos utilizadas pela empresa, podendo tais recursos ser
provenientes de terceiros (dívidas) ou dos sócios por meio de aporte de capital ou de lucro
gerado pela própria empresa.

 Passivo Circulante: O passivo circulante compreende obrigações vencíveis no exercício


social seguinte. As contas mais frequentes são: fornecedores, salários e encargos sociais,
impostos e taxas, empréstimos de curto prazo junto a instituições financeiras, debêntures a
curto prazo, e outros.
 Passivo não circulante: Estas obrigações, identificadas como de longo prazo, são
caracterizadas por terem seus vencimentos após o término do exercício seguinte, isto é, num
prazo superior a um ano. As mais frequentes são: financiamentos de longo prazo, debêntures
de longo prazo, tributos parcelados, dentre outros.

Património Liquidez
O Patrimônio Líquido, ou seja, a parte da empresa que pertence a seus proprietários. Ele
representa as fontes próprias à disposição da empresa. É subdividido em: Capital Social,
Reservas de capital, Ações em tesouraria e Ajustes de Avaliação Patrimonial.

 Capital Social – no caso das sociedades anônimas, o capital social é representado pelas
ações. Quando se trata de uma sociedade limitada, o capital é dividido em quotas. Na
subscrição, o acionista, sócio ou quotista assume o compromisso perante a própria empresa
de participar de seu capital social, adquirindo determinada quantidade de ações ou de quotas.
A integralização do capital ocorre quando o sócio ou acionista efetua o pagamento à empresa
pelas ações ou quotas que havia subscrito. Capital a integralizar representa as parcelas de
capital que foram subscritas pelos acionistas ou proprietários das empresas e que ainda não
foram integralizadas. É uma conta redutora do “capital subscrito”.
 Reservas de capital – constituem-se numa espécie de reforço ao capital social, podendo
advir de ágio na emissão de ações, alienação de partes beneficiárias, alienações de bônus de
subscrição, prêmio recebido pela emissão de debêntures, doação de bens e subvenções
recebidas pelas empresas, entre outros. Reservas de Lucros – são constituídas a partir do
lucro da empresa.
 Ações em tesouraria - são as ações adquiridas pela própria empresa, cujo valor deve ser
deduzido do patrimônio líquido.
 Ajustes de Avaliação Patrimonial - referem-se à contrapartida de reavaliações efetuadas
nos bens e obrigações da empresa. Entende-se por reavaliação de bens aqueles ajustes
processados em seus valores como decorrência de laudos de avaliações elaborados por
especialistas e/ou auditores independentes. Essas reavaliações visam a trazer ativos e
passivos a preços justos ou de mercado.

Balanço Funcional
É um instrumento de gestão e análise financeira, preparado a partir do balanco patrimonial.

O Balanco Funcional mostra numa certa data, as aplicações e recursos relacionados com os
ciclos financeiros da empresa, qualquer que seja a sua situação jurídica. Os ciclos financeiros são
a resultante financeira das decisões tomadas na empresa aos diferentes níveis: Estratégico,
operacional e financeiro.

Classificação dos Ciclos Financeiros


Ciclo de Investimento: Engloba o conjunto de atividades e decisões respeitantes a análise e
seleção de investimentos ou desinvestimentos. As operações que que a empresa efetua neste
ciclo conduzem ao volume de imobilizações com que esta funciona.

Ciclo de exploração: Corresponde as atividades e decisões ao nível do aprisionamento,


produção e comercialização.

Ciclo de operações financeiras: Corresponde as atividades de obtenção de fundos destinados a


financiar os investimentos e as necessidades de financiamento do ciclo de exploração.

Conceitos do Balanco Funcional

Ativo Fixo

Corresponde aos ativos com permanência prevista na empresa superior a um ano compreende os
Ativos os tangíveis e contagiáveis investimentos financeiros, dividas de terceiros a médio e
longo prazo, adiantamentos a fornecedores de imobilizado.
Necessidades cíclicas

Compreendem todas as contas que se relacionam com o ciclo de exploração e que implicam
necessidades de financiamento.

Decompõe-se em existências; adiantamentos a fornecedores; clientes do estado e outros entes


públicos; outras dívidas de exploração a receber.

Tesouraria ativa

Respeita aos ativos líquidos e quase líquidos. Inclui depósitos bancários, caixa e títulos
negociáveis.

Capital Permanente

Corresponde ao capital próprio e ao capital alheio estável

Capital Próprio

Utiliza-se também a denominação de fundos próprios, corresponde noção contabilística de


capital próprio capital social deduzido das ações ou quotas próprias, reservas e resultados é
requente incluírem as contas correntes de sócios e acionistas e a parte das provisões para riscos e
encargos quando estas se equiparam a reservas.

Capital alheio estável

Aqui se inclui todas as dívidas de médio e longo prazo, como por exemplo, os empréstimos por
obrigações, por títulos participativos, bancários, etc.

Recursos Cíclicos

Compreendem as contas relacionadas com operações do ciclo de exploração, que implicam


criação de recursos financeiros e que são: Adiantamentos de clientes, fornecedores, estado e
outros entes públicos financiamento fornecido pelo estado resultante dos prazos de pagamento de
impostos, outros credores de exploração.

Tesouraria passiva

Respeita ao passivo imediato ou quase imediato, que resulte de decisões de financiamento.


3. CONCLUSÃO

De forma a concluir este trabalho o grupo percebeu que são vários os interessados na
demonstrações financeiras os acionistas ou quotistas, os bancos e instituições financeiras, o
governo as associações de classes e sindicatos. Onde estes mesmos interessados para que realiza
em suas atividades precisam usar as demonstrações financeiras onde vamos encontrar o Balanco,
Balanco Patrimonial e Funcional e outros tipos mas que não foram abordados neste trabalho. Os
balanco garante que o usuário saiba a diferença entre o que tem e o que deve é designada de
situação líquida (composta pelo Capital que foi usado para criar a empresa, pelo acumular de
resultados positivos ou negativos ao longo dos anos de funcionamento da empresa, e por
eventuais reavaliações de componentes do ativo).
REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Anastácio, A. C. (2004). Análise das demonstrações contábeis e sua importância na


verificação da situação económico-financeira das empresas. (Monografia). Universidade
Federal de Santa Catarina.

Aranha, J.M. (2001). Indicadores de ciclo financeiro e operacional: uma abordagem com
enfoque na liquidez e rentabilidade das empresas, Revista exame – maiores e melhores, 1-15.

Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. (6a ed.). São Paulo: Atlas.Kuhn,
I.N. & Lampert, A. L. (2012). Análise financeira. Rio Grande do Sul: Ijuí.

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