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A Resolução nº. 04, do Conselho Nacional de Educação, artigo 5º, inciso VI, que enumera como competência do Fisioterapeuta
realizar consultas, avaliações e reavaliações do paciente colhendo dados, solicitando, executando e interpretando exames propedêuticos
e complementares. Desta forma, a disciplina em questão visa introduzir ao estudante o conhecimento sobre métodos de exame de
imagem e a interpretação voltada para a prática clínica buscando subsidiar o diagnóstico cinético funcional e a tomada de decisão quanto
as condutas a ser adotadas.
A disciplina ministrada aqui tem 5 tópicos centrais: i) Exames laboratoriais. ii) Introdução a Imaginologia. iii) Imagem
cardiopulmonar. iv) Imagem musculoesquelética, v) Neuroimagem.
3) Objetivos do Curso.
4) Metodologias
Toda a disciplina é organizada e trabalhada por meio de metodologias ativas. Para tanto será requerida a participação ativa do
estudante por meio da leitura dos textos direcionados, Atividades formativas em sala de aula para fixação e aprofundamento de conteúdo
construção e elaboração casos clínicos, seguido do aprofundamento do tema em questão que será guiado pela professora.
Recursos didáticos: Projeção de vídeo, Data show, Quadro branco, Aplicativos educacionais.
5) Bibliografia básica
LEDERMAN, H. M.; SOUZA, R. Técnicas radiológicas. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2006. 162 p. il.
KOCH, H.A.; RIBEIRO, E.C. O.; RONOMURA, E.T (Comitê editorial). Radiologia e diagnóstico por imagem na
formação do médico geral. 2. ed. Rio de Janeiro, RJ: Revinter, 2012. 335 p. il.
FUNARI, M.B.G. (coord.).et al. Manuais de especialização: princípios básicos de diagnóstico por imagem. Barueri, SP:
Manole, 2013. 260 p. (Coleção manuais de especialização Albeert Ainstein).)
5) Critérios de avaliação:
Esta disciplina possui 2 avaliações teóricas:
o P1 - Prova escrita referente ao conteúdo da 1º unidade (10.0 pontos);
o P2 - Prova escrita referente ao conteúdo da 2º unidade (10.0 pontos);
Não cabe segunda chamada para as atividade de sala.
Os trabalhos efetivos discentes (TED) são obrigação do aluno e não valerão qualquer pontuação.
Os exercícios propostos para aprimoramento do tema e estudo não requer entrega e não valerão qualquer pontuação.
Para ser aprovado o aluno precisa ter média de aproveitamento MA = (P1+P2)/2 ≥ 7.0
O aluno só poderá faltar justificadamente (segundo as orientações do manual do aluno IESP) em uma das avaliações teóricas.
A reposição desta será aplicada na data pré-definida no cronograma;
No caso de o aluno faltar uma prova ou tirar MA < 7.0 este deve fazer a prova final. Nesse caso para ser aprovado o aluno
precisa ter média final ≥ 5.0
Se o aluno faltar 2 provas será automaticamente reprovado.
Se o aluno tiver mais de 10 faltas (~ 25% do curso) sem justificativas será automaticamente reprovado.
Hematócrito
O hematócrito (Ht), que pode ser realizado separadamente ou como parte do hemograma completo, mede a porcentagem do volume
sanguíneo constituída pelos eritrócitos em uma amostra de sangue total. Por exemplo, um hematócrito de 40% indica que uma amostra
de 100 mℓ contém 40 mℓ de eritrócitos concentrados. A concentração é obtida pela centrifugação do sangue total anticoagulado em um
tubo capilar, de modo que os eritrócitos concentram-se sem a ocorrência de hemólise. Os resultados podem ser utilizados para calcular
dois índices eritrocitários: o volume corpuscular médio (VCM) e a concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM).
Finalidades: Auxiliar no diagnóstico de policitemia, anemia ou estados anormais de hidratação. Ajudar no cálculo dos índices
eritrocitários.
Valores de Referência: Mulheres: 36 a 48% (SI, 0,36 a 0,48). Homens: 42 a 52% (SI, 0,42 a 0,52). Crianças, 1 ano: 29 a 41% (SI, 0,29 a
0,41). Crianças, 10 anos: 36 a 40% (SI, 0,36 a 0,4). Lactentes de 1 mês: 37 a 49% (SI, 0,37 a 0,49). Lactentes, 3 meses: 30 a 36% (SI, 0,30
a 0,36). Recém-nascidos, 1 semana: 47 a 65% (SI, 0,47 a 0,65). Recém-nascidos, mais de 1 semana: 55 a 68% (SI, 0,55 a 0,68).
Valores Críticos: Inferiores a 20% (SI, inferior a 0,20) ou superiores a 60% (SI, superiores a 0,60).
Achados Anormais:
Níveis Elevados: Policitemia. Hemoconcentração causada por perda de sangue ou por desidratação. Condições patológicas, tais
como enfisema nos estágios avançados, ataque isquêmico transitório (AIT), eclampsia, traumatismo, intervenções cirúrgicas e
queimaduras.
Níveis Diminuídos: Anemia. Hemodiluição. Perda sanguínea maciça. Leucemias, linfomas, doença de Hodgkin. Insuficiência
das glândulas suprarrenais.
Hemoglobina
Esse exame determina a quantidade de hemoglobina (Hb) existente em 1 decilitro (dℓ ou 100 mℓ) de sangue total. O nível de Hb guarda
uma correlação próxima com a contagem de eritrócitos e influencia a razão Hb: eritrócitos (HCM e CHCM).
Finalidades: Determinar a gravidade da anemia ou da policitemia e monitorar a resposta do paciente à terapia. Obter dados para calcular
a hemoglobina corpuscular média (HCM) e a concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM).
Valores de Referência: Mulheres até a meia-idade: 12 a 16 g/dℓ (SI, 120 a 160 g/ℓ). Mulheres depois da meia-idade: 11,7 a 13,8 g/dℓ (SI,
117 a 138 g/ℓ). Homens até a meia-idade: 14 a 17,4 g/dℓ (SI, 140 a 174 g/ℓ). Homens depois da meia-idade: 12,4 a 14,9 g/dℓ (SI, 124 a
149 g/ℓ). Crianças: 11 a 13 g/dℓ (SI, 110 a 130 g/ℓ). Lactentes (até 1 mês de vida): 11 a 15 g/dℓ (SI, 110 a 150 g/ℓ). Recém-nascidos
(até 1 semana de vida): 15 a 20 g/dℓ (SI, 150 a 200 g/ℓ). Recém-nascidos (mais de 1 semana de vida): 17 a 22 g/dℓ (SI, 170 a 220 g/ℓ).
Valores Críticos: Inferiores a 7 g/dℓ (SI, inferiores a 70 g/ℓ) ou superiores a 20 g/dℓ (SI, superiores a 200 g/ℓ).
Achados Anormais:
Níveis Elevados: Hemoconcentração secundária a policitemia ou desidratação.
Níveis Diminuídos: Anemia. Hemorragia recente. Retenção de líquido.
Eritrócitos
A contagem de eritrócitos faz parte do hemograma completo. É usada para detectar o número de eritrócitos em 1 microlitro (mℓ) ou 1
milímetro cúbico (mm3) de sangue total. A contagem de eritrócitos em si não fornece informações qualitativas sobre o tamanho, o
formato dos eritrócitos ou a sua concentração de Hb, mas pode ser utilizada para calcular dois tipos de índices eritrocitários: o volume
corpuscular médio (VCM) e a hemoglobina corpuscular média (HCM).
Finalidades: Fornecer dados usados no cálculo do volume corpuscular médio (VCM) e hemoglobina corpuscular média (HCM), que
revelam o tamanho e o conteúdo de hemoglobina (Hb) dos eritrócitos. Para confirmar outros exames hematológicos no diagnóstico de
anemia ou de policitemia.
Contagem Valores de Referência: Mulheres adultas: 4 a 5 milhões de eritrócitos/µℓ (SI, 4 a 5 3 1012/ℓ) de sangue venoso. Homens
adultos: 4,5 a 5,5 milhões de eritrócitos/µℓ (SI, 4,5 a 5,5 3 1012/ℓ) de sangue venoso. Crianças: 4,6 a 4,8 milhões de eritrócitos/µℓ (SI,
4,6 a 4,8 3 1012/ℓ) de sangue venoso. Recém-nascidos a termo: 4,4 a 5,8 milhões de eritrócitos/µℓ (SI, 4,4 a 5,8 3 1012/ℓ) de sangue
capilar ao nascimento, diminuindo para 3 a 3,8 milhões de eritrócitos/mℓ (SI, 3 a 3,8 3 1012/ℓ) aos 2 meses de idade, seguido,
posteriormente, de elevação lenta da contagem de eritrócitos.
Achados Anormais
Níveis Elevados: Policitemia absoluta ou relativa.
Níveis Diminuídos: Anemia. Diluição causada por sobrecarga de líquido. Hemorragia depois de 24 h.
Índices Eritrocitários
O VCM, que é a razão entre o hematócrito (Ht) e a contagem de eritrócitos, expressa o tamanho médio dos eritrócitos e indica se o seu
tamanho está diminuído (eritrócitos microcíticos), aumentado (macrocíticos) ou normal (normocíticos). A hemoglobina corpuscular
média, que é a razão entre a hemoglobina (Hb) e o eritrócito, fornece o peso de Hb existente no interior de um eritrócito de tamanho
médio. A CHCM, que é a razão entre o peso da hemoglobina e o hematócrito, define a concentração média de hemoglobina em 100 mℓ
de eritrócitos. Ajuda a distinguir os hematócritos de coloração normal (normocrômicos) daqueles mais pálidos (hipocrômicos).
Valores de Referência: Volume corpuscular médio (VCM): 84 a 99 µm3. Hemoglobina corpuscular média (HCM): 26 a 32 pg/célula.
Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM): 30 a 36 g/dℓ.
Achados Anormais:
Níveis Elevados do VCM: Anemias macrocíticas (anemias megalobláticas). Deficiência de ácido fólico ou de vitamina B12.
Níveis Diminuídos do VCM e da HCM: Anemias microcíticas hipocrômicas (anemia ferropriva). Consumo dietético inadequado
ou má absorção de ferro. Perda aumentada de ferro. Perda excessiva de sangue. Anemia responsiva à piridoxina ou talassemia. Distúrbios
hereditários da síntese de ácido desoxirribonucleico ou reticulocitose.
EXAMES LABORATORIAIS - HEMOGRAMA: SÉRIE BRANCA
Objetivo: Compreender a importância das plaquetas e leucócitos e sua interpretação no hemograma para o diagnóstico cinético
funcional; Interpretar o exame hemograma a partir das plaquetas e leucócitos fazendo correlações com a clínica.
Leucócitos
A contagem de leucócitos faz parte do hemograma completo. Indica o número de leucócitos existentes em 1 microlitro (mℓ,
ou milímetro cúbico) de sangue total. As contagens de leucócitos podem variar em até 2.000 células/mℓ (SI, 2 3 109/ℓ) em qualquer dia,
em decorrência de exercício vigoroso, estresse ou digestão. A contagem de leucócitos pode aumentar ou diminuir significativamente em
determinadas doenças, porém só tem utilidade diagnóstica quando a contagem diferencial e o estado clínico do paciente são considerados.
A contagem diferencial é realizada para avaliar a distribuição e a morfologia dos leucócitos, fornecendo informações mais específicas
sobre o sistema imune do paciente do que a contagem total de leucócitos isoladamente. Os leucócitos são classificados em cinco tipos
principais – neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos –, e determina-se a porcentagem de cada tipo. A contagem
diferencial mede a porcentagem de cada tipo de leucócito no sangue. O número total de cada tipo de leucócito é obtido multiplicando-
se a sua porcentagem pela contagem total de leucócitos. As contagens elevadas de leucócitos estão associadas a várias doenças alérgicas
e reações a parasitos. Algumas vezes, solicita-se a contagem dos eosinófilos como exame de acompanhamento quando se observa um
nível elevado ou reduzido de eosinófilos. Para um diagnóstico acurado, a contagem diferencial precisa ser sempre interpretada em relação
à contagem total de leucócitos.
A contagem diferencial determina os tipos de leucócitos na forma de porcentagens da contagem total de leucócitos (valor
relativo). O valor absoluto é obtido multiplicando-se o valor relativo de cada tipo de leucócito pela contagem total de leucócitos. Os
valores relativos e absolutos precisam ser levados em consideração para estabelecer um diagnóstico acurado. Por exemplo, consideremos
um paciente com contagem de leucócitos de 6.000/µℓ (SI, 6 × 109/ℓ) e cuja contagem diferencial revela 30% (SI, 0,3) de neutrófilos e
70% (SI, 0,7) de linfócitos. A contagem relativa de linfócitos parece ser bastante elevada (linfocitose); entretanto, quando esse valor é
multiplicado pela contagem de leucócitos (6.000 3 70% = 4.200 linfócitos/mℓ) (SI, [6 × 109/ℓ] × 0,7 = 4,2 ×multiplicado pela contagem
109/ℓ linfócitos), verifica-se que está dentro da faixa normal. Todavia, a contagem de neutrófilos desse paciente (30%; SI, 0,3) está baixa;
quando esse valor é multiplicado pela contagem de leucócitos (6.000 × 30% = 1.800 neutrófilos/mℓ) (SI, [6 × 109/ℓ] 0,30 = 1,8 ×
109/ℓ neutrófilos), o resultado obtido é um baixo valor absoluto, o que pode indicar depressão da medula óssea. As porcentagens
normais de cada tipo de leucócito no adulto são as seguintes: Neutrófilos – 54 a 75% (SI, 0,54 a 0,75). Eosinófilos – 1 a 4% (SI, 0,01 a
0,04). Basófilos – 0 a 1% (SI, 0 a 0,01). Monócitos – 2 a 8% (SI, 0,02 a 0,08). Linfócitos – 25 a 40% (SI, 0,25 a 0,4).
Finalidades: Determinar a existência de infecção ou inflamação. Determinar a necessidade de outros exames, como biopsia de medula
óssea. Monitorar a resposta à quimioterapia ou radioterapia.
Achados Anormais
Níveis Elevados: Infecção. Abscesso. Meningite. Apendicite. Tonsilite. Leucemia. Necrose tecidual devido a queimaduras, infarto do
miocárdio ou gangrena.
Níveis Diminuídos: Depressão da medula óssea. Infecções virais. Depois de tratamento com agentes antineoplásicos. Ingestão de
mercúrio ou outros metais pesados. Exposição ao benzeno ou arsenicais. Influenza. Febre tifoide. Sarampo. Hepatite infecciosa.
Mononucleose. Rubéola. Padrões anormais de contagem diferencial indicando outras doenças ou condições. (Ver boxe Influência da
doença sobre a contagem de leucócitos.)
EXAMES LABORATORIAIS - GASOMETRIA
Objetivo: Entender os objetivos para realização da gasometria; Conhecer métodos de análise da gasometria; Conhecer dos distúrbios
gasométricos; Interpretar a gasometria; Identificar distúrbios gasométricos em cada componente da gasometria; Correlacionar os achados
gasométricos com achados clínicos.
Gasometria arterial
A gasometria arterial é utilizada para medir a pressão parcial do oxigênio arterial (PaO2), a pressão parcial de dióxido de carbono arterial
(PaCO2) e o pH de uma amostra de sangue arterial. A saturação de oxigênio arterial (Sa O2) e o bicarbonato (HCO32) também são medidos.
Pode-se obter uma amostra de sangue para gasometria arterial por punção arterial percutânea ou a partir de um acesso arterial.
A PaO2 indica quanto de oxigênio é liberado pelos pulmões para o sangue. A PaCO2 indica quão eficientemente os pulmões eliminam
o dióxido de carbono. O pH refere-se ao nível acidobásico do sangue ou à concentração de íons hidrogênio (H 1). A acidez indica excesso
de H1, enquanto a alcalinidade indica déficit de H1. A SaO2 e o HCO32 também ajudam no estabelecimento do diagnóstico.
Finalidades: Avaliar a eficiência da troca gasosa dos pulmões. Avaliar a integridade do sistema de controle ventilatório. Determinar o
nível acidobásico do sangue. Monitorar a terapia respiratória.
Valores de Referência: PaO2: 80 a 100 mmHg (SI, 10,6 a 13,3 kPa). PaCO2: 35 a 45 mmHg (SI, 4,7 a 5,3 kPa). pH: 7,35 a 7,45 (SI, 7,35 a
7,45). O2CT: 15 a 23% (SI, 0,15 a 0,23). SaO2: 94 a 100% (SI, 0,94 a 1). HCO32: 22 a 25 mEq/ℓ (SI, 22 a 25 mmol/ℓ).
Achados Anormais
Diminuição da PaO2 e SaO2, e Nível Aumentado de PaCO2
• Fraqueza ou paralisia dos músculos respiratórios.
• Inibição do centro respiratório (em consequência de traumatismo cranioencefálico, tumor cerebral ou abuso de drogas).
• Obstrução das vias aéreas (possivelmente em decorrência de tampões de muco ou tumor).
• Obstrução dos bronquíolos causada por asma ou enfisema.
• Alvéolos ou capilares pulmonares parcialmente bloqueados.
• Lesão dos alvéolos.
• Alvéolos preenchidos por líquido em decorrência de doença, hemorragia ou quase afogamento.
Filme radiográfico.
A radiografia convencional utiliza uma película colocada dentro de um chassi radiográfico como detector dos raios X. Enquanto os
raios X atravessam o corpo humano, sofrem atenuação pela interação com os tecidos (absorção e dispersão) e produzem um padrão de
imagem no filme que pode ser reconhecido como correspondente à anatomia humana. Os raios X transmitidos através do corpo do
paciente bombardeiam uma tela recoberta por partículas fluorescentes dentro do chassi radiográfico, causando uma interação
fotoquímica, a qual emite radiação luminosa e sensibiliza o filme no interior do chassi. O filme é removido do chassi e revelado em um
processador químico automático. O produto final é uma imagem de raios X da anatomia do paciente em filme.
Princípios de interpretação.
As radiografias convencionais mostram cinco densidades básicas: ar, gordura,
partes moles, osso e metal (ou agentes de contraste). O ar atenua pouco o feixe
de raios X, permitindo que o feixe, praticamente em sua força total, escureça a
imagem. Ossos, metais e agentes de contraste radiográfico atenuam muito o
feixe de raios X, possibilitando que pouca radiação atravesse para escurecer a
imagem. Desse modo, ossos, objetos metálicos e estruturas opacificadas por
agentes de contraste aparecem brancos nas radiografias. A atenuação do feixe
de raios X por gordura e tecidos moles é intermediária, resultando em graus
diferentes de escurecimento da imagem (escala de cinza). Estruturas espessas
apresentam atenuação maior que as mais finas com a mesma composição. As
estruturas anatômicas podem ser visualizadas em radiografia quando são
delineadas total ou parcialmente por tecidos que atenuam em graus diferentes
os raios X. O ar nos pulmões delineia as estruturas pulmonares vasculares, produzindo um padrão detalhado do parênquima pulmonar.
A gordura no interior do abdome delineia as bordas hepáticas, esplênicas e renais, possibilitando sua visualização. A alta densidade dos
ossos torna possível a visualização detalhada dessas estruturas, através das camadas de tecido mole sobrepostas. Objetos metálicos, como
clipes cirúrgicos, geralmente, podem ser claramente visualizados porque atenuam muito o feixe de raios X. Contrastes radiográficos são
suspensões à base de iodo ou bário que atenuam fortemente o feixe de raios X e são utilizados para delinear estruturas anatômicas.
Doenças podem obscurecer a silhueta e o contorno de estruturas anatômicas normalmente vistas. Na pneumonia do lobo médio do
pulmão direito, o ar nos alvéolos é substituído por líquido e “apaga” o contorno da borda cardíaca direita.
Propriedade do Raio x
São ondas eletromagnéticas de alta frequência capazes de atravessar a matéria orgânica ou de serem absorvidas por ela e ionizá-
la
Propagam-se em linha reta
Têm pequeno comprimento de onda: de 0,001 a 10 nanômetros (o comprimento de onda da luz é de 500 nanômetros)
Têm a velocidade da luz
Produzem imagens em superfícies fotossensíveis
Produzem efeitos fosforescentes em alguns cristais
Produzem efeitos biológicos.
A TC utiliza um computador para reconstrução matemática de uma imagem axial do corpo humano, a partir de medições feitas pela
transmissão de raios X através de finos cortes de tecido do paciente. A TC mostra cada corte separadamente, sem a sobreposição de
estruturas borradas que é vista nas tomografias convencionais. Um feixe de raios X
colimado é gerado em um dos lados do paciente. O feixe de raios X é atenuado por
absorção e dispersado à medida que passa pelo paciente. Detectores sensíveis no lado
oposto do paciente medem a transmissão de raios X através do corte. Essas medições
são repetidas sistematicamente, muitas vezes, de diferentes direções, enquanto o tubo
de raios X é pulsado à medida que gira 360° em torno do paciente.
A maioria das unidades de TC possibilita especificações para espessura do corte
entre 0,5 mm e 10 mm. Os dados para um corte individual, com rotação de 360° do
tubo de raios X, normalmente são adquiridos em 1 segundo ou menos. As vantagens
da TC em relação à RM incluem rapidez na varredura, superioridade nos detalhes do
tecido ósseo e apresentação de calcificações. A TC geralmente, limita-se ao plano axial;
entretanto, as imagens podem ser reformatadas nos planos sagital, coronal ou oblíquo
ou como imagens tridimensionais.
TC convencional.
A TC de corte único obtém dados de imagem referentes a um corte de cada vez. Com o paciente em apneia, é feita a aquisição do
corte; o paciente respira, a mesa se move, e a sequência é repetida. Essa técnica leva
pelo menos 2 a 3 vezes o tempo de varredura total da TC helicoidal para qualquer
volume do paciente, tornando mais difícil a otimização da varredura durante o
contraste máximo. Qualquer pequena alteração no volume pulmonar a cada vez que
o paciente prende a respiração pode causar alterações significativas na anatomia
torácica ou abdominal examinada, resultando em áreas “saltadas”.
TC helicoidal.
Também chamada de TC espiral, é realizada pela movimentação da mesa de
exame a uma velocidade constante, enquanto a varredura é feita de maneira contínua
com um tubo de raios X girando em torno do paciente. É feita a aquisição de um
volume contínuo de dados de imagem durante um único período de apneia. Essa
técnica melhora muito a velocidade de aquisição da imagem, viabiliza a digitalização
durante a melhor opacificação do contraste e elimina erros e artefatos causados por
registros incorretos ou por variações na respiração do paciente.
Vantagens da TC.
Obtenção de imagens sem superposição
Capacidade de capturar diferenças mínimas de densidade tissular
Capacidade de detectar diferenças de densidade entre tecidos, por meio da análise
dos valores numéricos do coeficiente de atenuação
Possibilidade de processar as imagens em diversos tempos, mediante o armazenamento dos dados
É um método não invasivo
Torna possível que procedimentos invasivos, como biopsias e punções, sejam realizados durante a sua execução.
Desvantagens da TC
Emprego de maior quantidade de radiação ionizante
Ainda precisa do contraste iodado para diferenciar vasos e alças intestinais
Artefatos do aparelho ou da técnica (p. ex., placas, parafusos de metal) prejudicam a formação da imagem
Método mais oneroso.
A Ressonância Magnética (RM) é uma técnica que produz imagens tomográficas por meio de campos magnéticos e ondas de rádio. É
um método de imagem que se baseia no comportamento dos prótons de hidrogênio (H +), o átomo mais abundante no corpo humano,
pois este é composto por cerca de 70% de água (H2O).
Os átomos de H+ estão desalinhados no corpo humano. Quando colocados dentro de um campo magnético intenso, os prótons
alinham-se ao longo do eixo deste campo magnético e retornam à posição de equilíbrio logo que cessa a força (radiofrequência – RF)
que os fez alinharem-se, ou seja, cessada a excitação, a energia liberada é captada e emite um sinal ao equipamento de RM que, por sua
vez, forma a imagem. Em termos simplificados, a RM se baseia na capacidade que um pequeno número de prótons do corpo tem de
absorver e emitir ondas de rádio quando o corpo é colocado sob a influência de um forte campo magnético.
O contraste para tecidos moles fornecido pela RM é muito melhor do que o de qualquer outra modalidade de imagem. São as
diferentes densidades protônicas disponíveis nos tecidos que contribuem para que o sinal de RM consiga fazer a distinção entre um
tecido e outro. A maioria dos tecidos pode ser distinguida por meio de diferenças significativas em seus tempos de relaxamento T1 e T2
específicos. T1 e T2 são características do ambiente molecular tridimensional que circunda cada próton no tecido que está sendo
examinado. T1 mede a capacidade do próton de trocar energia com a matriz química adjacente. É uma medida da rapidez com que um
tecido se torna magnetizado. T2 representa a rapidez com que determinado tecido perde sua magnetização. O fluxo sanguíneo tem um
efeito complexo sobre o sinal de RM e pode aumentar ou diminuir a intensidade desse sinal nos vasos sanguíneos.
T1 e T2
Quando o paciente é colocado no magneto do equipamento de RM, o tecido é excitado por um pulso de RF, sendo temporariamente
magnetizado e produzido um sinal de RF que é captado. Tecidos com maior concentração de prótons de H + tornam-se mais
magnetizados, produzindo sinal de RF mais intenso, aparecendo mais brilhantes na imagem do que aqueles com baixa densidade de
prótons.
A excitação dos prótons de H+ é feita utilizando-se (na técnica spin-echo) 2 sequências de pulso de 90° e 180°. Esses impulsos são
repetidos regularmente a intervalos de tempo chamados de tempo de repetição (TR), escolhido pelo radiologista de acordo com o estudo a
ser feito. O tempo que separa um impulso de 90° do eco é chamado de tempo de eco (TE), que também é selecionável.
A escolha do TR e do TE promove a formação de imagens de RM, ou seja, pondera as imagens, nas sequências em T1 ou em T2.
Essas siglas estão relacionadas com padrões de tempo, ou seja, cada substância tem seu tempo específico. Assim, pode-se dizer que:
T1 é o tempo de decaimento da magnetização longitudinal após ser energizado pela RF
T2 é o tempo de decaimento da magnetização transversa após ser energizado pela RF
TR é o tempo entre cada pulso de 90°
TE é o tempo entre o pulso de 90° e o sinal.
Vantagens da RM.
Resolução de contraste para tecidos moles
Capacidade de fornecer imagens em qualquer plano anatômico
Ausência de radiação ionizante.
Desvantagens
Capacidade de mostrar detalhes de ossos densos ou calcificações
Tempos de aquisição longos para diversas sequências de pulso
Disponibilidade limitada em certas regiões geográficas
Alto custo
Sensação de claustrofobia
Tabela 1
Primeiras 8 a 12 horas Normal
12 a 24 horas Área homogênea de hipodensidade
1 a 4 semanas Reforço com contraste em áreas dispersas,
evidenciando a quebra da barreira
hematoencefálica.
1 mês Área infartada com densidade semelhante ao
líquor.
RM no AVE TC no AVC
Sensibilidade para diagnóstico de lesões isquêmicas em fase aguda Sangramentos são muito bem visualizados
Superior à TC nessas ocasiões Áreas de hiperdensidade hemácias são radiopacas
Visualiza os vasos para o estudo de suas permeabilidades.
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Achados de imagem e perfusão arterial cerebral em acidente vascular cerebral isquêmico devido à
arteriopatia transitória em criança
Alcino Alves Barbosa Junior, entre outro
Em: einstein. 2012;10(2):239-41
Relato De Caso
Apresentamos o caso de uma criança do gênero feminino, de 4 anos de idade, encaminhada ao pronto-atendimento de nossa
instituição com queixa de visão borrada e sonolência, de início abrupto. Foi submetida à tomografia computadorizada (TC) do crânio
com e sem contraste iodado intravenoso, que revelou uma área hipoatenuante, sem realce de contraste no centro semioval e na substância
branca parietal subcortical no hemisfério cerebral esquerdo, sugerindo AVCi recente.
Cinco dias depois, foram realizados os exames de ressonância magnética (RM) do crânio, perfusão cerebral por RM com contraste
paramagnético intravenoso e angiorressonância (ARM) de artérias intracranianas. A RM confirmou a presença de um AVCi
agudo/subagudo, pois foram observados baixos coeficientes de difusão aparente nas imagens ponderadas em difusão (IPD), assim como
algumas áreas de realce pós-contraste (quebra da barreira hematoencefálica), acometendo segmentos corticais descontínuos do giro pré-
central, lóbulo parietal inferior, substância branca parietal subcortical e centro semioval à esquerda, todos no território de ramos da
divisão superior da artéria cerebral média.
A angiografia por RM sem contraste intravenoso mostrou uma estenose moderada da artéria carótida interna supraclinóidea
esquerda. Tais resultados nos levaram a considerar a arteriopatia cerebral transitória (ACT) da infância como a principal hipótese
diagnóstica. Foi feita uma investigação detalhada de doenças pregressas e os pais finalmente lembraram de uma infecção recente por
vírus varicela-zoster, 4 meses antes do início dos sintomas neurológicos, que é um importante fator de risco para AVCi na infância,
corroborando a hipótese de ACT. A paciente fez tratamento de antiagregação plaquetária com ácido acetilsalicílico (50 mg/dia) e foi
prescrita oxcarbamazepina (15 mg/kg/dia). Ela recuperou-se dos sintomas em 48 horas, teve alta hospitalar sem déficits neurológicos
perceptíveis, e não apresentou nenhum outro episódio 6 meses após o primeiro evento.
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NEURIMAGEM: NEOPLASIA NEUROLÓGICA
RM na Neoplasia cerebral
Pequenas lesões detectadas na ressonância magnética (RM)
Uso do contraste aumenta a sensibilidade da RM
Os sítios primários mais frequentemente responsáveis são carcinomas de pulmão, mama, rim e colo retal.
Achados de imagem
Presença de múltiplas lesões;
Localização das lesões na junção da substância cinzenta om a substância branca;
Margens circunscritas;
Grande acúmulo de edema vasogênico em comparação com o tamanho da lesão
T1 axial – lesão nodular T2* axial – marcado T2 axial – leve hipersinal FLAIR axial – leve hipersinal no
expansiva córtico-subcortical hipossinal, levemente central e hipossinal periférico. componente central e halo de
no lobo temporal esquerdo heterogêneo hipossinal, com edema
com componente central As metástases têm limites bem perilesional
isointenso e halo de hipersinal. Nas metástases cerebrais, as definidos, com parênquima
Possivelmente decorrentes do imagens são arredondadas com cerebral deslocado e não
sangramento. Quando há iso ou hipossinal nas infiltrado.
hemorragia, ocorre um falso sequências pesadas em T1 e iso
hipersinal na difusão devido ao a hipersinal em T2, além de
artefato produzido pela acentuado edema perilesional.
presença de sangue.
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Metástase cerebral como apresentação inicial de adenocarcinoma papilífero de pulmão: relato de caso*
Por: Irving Gabriel Araújo Bispo, entre outros
Em: Radiol Bras. 2013 Set/Out;46(5):313
Metástases cerebrais são os mais frequentes tumores intracranianos em adultos. A incidência de metástases cerebrais vem
aumentando, tanto por conta do melhor diagnóstico de pequenas lesões detectadas na ressonância magnética (RM) quanto pela melhor
abordagem da doença sistêmica extracerebral. A tomografia computadorizada (TC) é o exame inicial na abordagem das doenças cerebrais,
entretanto, a RM é o melhor método de imagem para diagnóstico de metástase cerebral. O uso do contraste aumenta a sensibilidade da
RM em detectar pacientes com suspeita de metástase cerebral e diferenciá-la de outras lesões originárias do sistema nervoso central
(SNC). Achados de imagem que podem ajudar no diagnóstico diferencial de metástase cerebral com outras afecções são: presença de
múltiplas lesões; localização das lesões na junção da substância cinzenta com a substância branca; margens circunscritas; grande acúmulo
de edema vasogênico em comparação com o tamanho da lesão. Atualmente, com o uso de métodos avançados, a RM pode nos fornecer
mais do que localização e detalhes anatômicos das lesões. Dentre esses métodos, destacam-se a espectroscopia, a difusão e a perfusão,
que podem nos trazer informações sobre dados fisiológicos e composição química dos tumores do SNC. Ainda assim, em alguns casos,
as características da imagem não permitem distinguir metástases cerebrais de tumores malignos primários. Nessa situação, a biópsia é
necessária para definição do sítio primário. Em pacientes que se submetem a biópsia cerebral sem um tumor primário identificado, o
sítio pulmonar deve ser o primeiro foco avaliado. Carcinomas pouco diferenciados de origem pulmonar são difíceis de classificar, porque
podem estar ausentes algumas características específicas. Neste quadro, a imuno-histoquímica é imprescindível para a determinação do
tipo de câncer de pulmão.
Relato Do Caso
Paciente de 33 anos de idade, sexo feminino, admitida com queixa de crise convulsiva tônico-clônica, sem relato de crise anterior.
Foi encaminhada ao hospital de urgências, onde ficou internada durante 20 dias, sendo submetida a RM. Neste exame foram visualizadas
várias formações expansivas córtico-subcorticais em ambos os hemisférios cerebrais. A paciente foi encaminhada ao Hospital
Universitário para elucidação diagnóstica. Na admissão, apresentou-se sem nenhuma alteração significativa. As sorologias
infectoparasitárias foram negativas, e a TC de tórax e abdome total não revelou nenhuma alteração. Diante dos achados inespecíficos, e
não havendo a disponibilidade de estudo com perfusão e/ou espectroscopia, foi realizada biópsia cerebral. Os achados histopatológicos
foram sugestivos de metástase de carcinoma papilar, sendo a tireoide o sítio provável. No estudo imunohistoquímico a expressão para
marcadores TTF-1 e napsina-A (Figura 2), além da negatividade para tireoglobulina, identificou como sítio primário o tecido pulmonar
– metástase cerebral de adenocarcinoma papilífero de pulmão. A paciente foi encaminhada para radioterapia. Após a terceira sessão
apresentou lesões papulosas e eritematosas de face, além de lesões papulosas em tórax. Foi levantada a hipótese de síndrome de Steven-
Johnson e a paciente foi transferida para unidade de terapia intensiva. Após 45 dias de internamento, recebeu alta com programação de
continuar sessões de radioterapia.
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NEURIMAGEM: DOENÇA DE ALZHEIMER
Doença crônico degenerativa
4 fases
1. Perda de memória recente + atenção a + desorientação de tempo e espaço
2. Reconhecer e identificar objetos + execução de movimentos + fala
3. Alucinações
4. Movimento + memoria + compreender e responder com sinais
emocionais.
Atrofia hipocampal
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NEURIMAGEM: LESÃO MEDULAR
Anatomia da medula espinhal
A medula espinhal está dentro do canal vertebral e estende-se desde C1 até L1-L2, abaixo
deste nível encontra-se a cauda equina.
Possui aproximadamente 45 cm.
Conexão com os nervos espinhais
31 pares 8 cervicais
12 torácicos
5 lombares
5 sacrais
1 coccígeo
Substância branca
Axônios de neurônios localizados na substancia cinzenta
Ascendentes e descendentes
Comunicação com o encéfalo
Dispostas paralelamente ao eixo longitudinal
Substância cinzenta forma de borboleta
Canal medular
Função geral
Propagação do impulso nervoso aferente e eferente
Tratos da substância branca
Integração da informação
Substância cinzenta
Mecanismo de lesão
Radiografia
Os sinais radiográficos
Aumento de partes moles retrofaríngea: maior que 10 mm, na altura de C3 e C4;
Presença de fratura completa do corpo vertebral
Desalinhamento
Diminuição da altura do espaço discal: devido a um trauma no disco intervertebral;
Aumento da distância entre os processos espinhosos;
Variações na altura dos corpos vertebrais: associados geralmente a fraturas em
cunha.
Ressonância magnética
Déficit neurológico
Instabilidade mecânica
Detectar compressão da medula espinhal por osso, disco ou hematoma
Decidir se será necessária uma cirurgia descompressiva
Imagem sagital da coluna cervical ponderada em T2.
Hérnia discal pós-traumática de C5-C6, comprimindo a medula espinhal
Hiperssinal estendendo-se de C4 até C7
IMAGEM DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO: ARTRITE E ARTROSE
Diferença entre artrite e artrose?
Artrite
Hematológica
Imunomediada
Simetrica
Artrose
Doença degenerativa exclusivamente articular
Estresso crônico ou gatilho (pós-traumático)
Alterações
Aumento de partes moles periarticulares (Artrite)
Osteopenia periarticular (Artrite)
Redução do espaço articular (Artrite e Artrose)
Erosões ósseas subcondrais marginais e centrais
(esclerose subcondral)
Osteofitos marginais (Artrose)
Em estágios mais avançados:
Subluxações
Deformidades e anquilose óssea
Representando a perda da função articular
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Diagnóstico por imagem da artrite reumatoide inicial
Por: Licia Maria Henrique da Mota, entre outros
Em: Rev Bras Reumatol 2012;52(5):757-766
A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória sistêmica crônica e progressiva que acomete preferencialmente a
membrana sinovial, podendo levar à destruição óssea e cartilaginosa. Trata-se de condição frequente (1%–2% da população mundial),
com ocorrência observada em todos os grupos étnicos. Nos últimos anos a generalização do conceito de AR “inicial” ou “precoce” e da
existência de uma janela de oportunidade terapêutica – período de tempo no qual a instituição de terapia adequada para a doença
acarretaria marcada melhora clínica – firmou a noção de que diagnóstico e tratamento precoces podem modificar o curso da doença.
Concomitantemente, foram desenvolvidos ou aprimorados métodos laboratoriais e de imagem que contribuíram para o diagnóstico mais
precoce e a determinação de um prognóstico da AR inicial, além de terem sido instituídas mudanças na forma de abordagem terapêutica
da doença, com a utilização de novas classes de drogas.
O diagnóstico da AR é estabelecido considerando-se uma associação de achados clínicos. Nenhum teste laboratorial, achado
histológico ou exame de imagem, isoladamente, é capaz de confirmá-lo. Quando a AR se apresenta em sua forma bem-definida, com
todos os comemorativos clássicos, o reconhecimento é simples. O diagnóstico na fase precoce da doença, entretanto, é especialmente
difícil, já que alterações sorológicas e radiológicas características muitas vezes estão ausentes. Embora o reconhecimento da AR inicial
seja eminentemente clínico, diversos exames complementares podem ser utilizados para auxiliar na confirmação diagnóstica, no
diagnóstico diferencial, na determinação de prognóstico e no acompanhamento da doença. O presente artigo traz uma breve revisão
sobre os principais exames de imagem utilizados para o diagnóstico e o manejo da AR em sua fase inicial, notadamente a radiologia
convencional, a ultrassonografia (US) e a ressonância magnética (RM).
Exames De Imagem
Diversos métodos de imagem são utilizados na avaliação da AR, incluindo radiologia convencional, US, cintilografia óssea,
tomografia computadorizada (TC), RM e densitometria óssea. A cintilografia óssea, apesar de ser um método de alta sensibilidade para
a detecção de condições que levem à atividade metabólica aumentada (como a inflamação articular), possui baixas especificidade e
resolução espacial. A TC, a despeito de sua alta resolução espacial, tem resolução de contraste limitada, restringindo seu uso na avaliação
de partes moles, além de não permitir a detecção de edema ósseo medular, limitando sua utilidade na AR precoce. Já a densitometria
óssea, embora seja o melhor método para detectar perda de massa óssea, pouco permite inferir além desse dado em si, que é inespecífico
e encontrado em outras condições além da AR; ademais, ainda requer padronização para a finalidade específica de avaliar atividade da
doença. Mais recentemente, métodos de imagem molecular, como a tomografia por emissão de pósitrons (PET/CT) e a tomografia
computadorizada por emissão de fóton único (SPECT), têm sido utilizados para diagnosticar, caracterizar e monitorar a atividade de
doenças inflamatórias, incluindo a AR. A PET/TC utilizando (19)F-fluorodesoxiglicose, por exemplo, detecta com fidelidade a atividade
inflamatória em grandes articulações de pacientes com AR e pode ser útil na avaliação precoce da extensão da AR. Embora o real papel
dessas novas técnicas na investigação da AR ainda não esteja estabelecido, as mesmas são promissoras e é possível que, no futuro, passem
a ter um papel mais importante no diagnóstico e na avaliação de atividade da doença. Isso posto, três são os métodos mais utilizados
atualmente na avaliação por imagem da AR, pelo tempo de emprego dos mesmos e pela experiência acumulada com seu uso: a radiologia
convencional, a US e a RM.
Radiografia
A radiologia convencional ainda é um exame de primeira linha na investigação da AR (seja na modalidade analógica ou na forma digital),
indispensável para todos os pacientes já na primeira consulta, já que as alterações radiográficas fazem parte dos critérios diagnósticos da
AR.10 Além disso, o exame é relativamente barato e de disponibilidade praticamente universal. Todavia, o método não é sensível para
demonstrar as alterações mais precoces da doença, principalmente erosões ósseas; edema de partes moles e osteoporose justa-articular
são alguns dos primeiros achados radiográficos a surgir. Os locais primeiramente acometidos às radiografias costumam ser as articulações
metacarpofalangeanas (sobretudo a segunda e a terceira), metatarsofalangeanas (em especial a quinta), interfalangeanas proximais e
processos estiloides da ulna e do rádio. As lesões mais características só aparecem tardiamente à radiografia, e incluem redução do espaço
articular (por destruição da cartilagem) e erosões ósseas (Figura 2). Em pacientes com AR avaliados precocemente, apenas 13%
apresentam erosões à radiografia convencional na primeira avaliação, 28% após 12 meses, 75% após 24 meses e 90% após 60 meses de
acompanhamento. Nas fases tardias, sequelas como deformidades, subluxações e anquilose podem ser notadas. Nenhuma dessas
alterações é patognomônica, mas sua presença, sobretudo se simétrica, associada ao quadro clínico, sugere fortemente a doença. Todos
os pacientes devem ter uma radiografia inicial de base que permita o acompanhamento radiográfico, visando avaliar a progressão da
doença e a resposta ao tratamento.
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Relato de caso
Luxação posterior da articulac¸ão esternoclavicular: relato de dois casos
Por: José Labronici, entre outros
Em: r e v b r a s o r t o p . 2 0 1 6;5 1(5):601–605
Paciente de 18 anos, masculino, lado não dominante, relata ter sofrido uma queda no futebol do tipo alavanca (cama de gato) e caiu sobre
o ombro esquerdo. Deu entrada na emergência do hospital após 45 minutos do acidente, com dor na cintura escapular esquerda,
especialmente sobre a articulação esternoclavicular, com dificuldade de movimentação do braço. Negou parestesia ou formigamento no
membro, dificuldade respiratória ou dor na região cervical. No exame físico, a pele estava normal, com um discreto edema assimétrico
no lado esquerdo. A função e a forca estavam limitadas pela dor. O paciente apresentava dor ao apalpar sobre a articulação
esternoclavicular esquerda. O exame neuromuscular da extremidade superior esquerda estava normal. O exame radiográfico mostrou
assimetria da articulação esternoclavicular esquerda e o paciente foi conduzido imediatamente para fazer a TC. O paciente foi examinado
dois dias após a lesão pela equipe do trauma e foi eleito o tratamento com redução incruentada luxação. Foi conduzido ao centro cirúrgico
e feita anestesia geral. Foi posicionado em supino com um coxin na região dorsal, entre os ombros, e feita a redução incruenta, com
auxílio de uma pinça de ponta inserida percutaneamente. No momento da redução foi sentido um clunck e tanto no exame clínico como
na radioscopia a luxação se apresentava reduzida. O paciente foi imobilizado com uma tipoia e conduzido para a radiologia para refazer
a TC. O resultado mostrou que a redução tinha sido perdida, foi remarcado o tratamento com redução aberta e fixação.
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Vista AP do quadril esquerdo (B) Radiografia AP do quadril direito demonstra uma artroplastia
Desvio superior e lateral do fêmur esquerdo. total de quadril, com luxação superior e lateral da cabeça
Diagnóstico: Luxação posterior do quadril. femoral protética
A prótese possui componentes acetabular e femoral
cimentados
Diagnóstico: Luxação de artroplastia total de quadril.
Fratura no terço proximal da diáfise do 4° metacarpal com Fratura cominutiva da diáfise distal do rádio na junção dos
encurtamento e angulação radial do ápice terços médio e distal, com angulação volar do fragmento distal
Subluxação da 4° articulação CMC Luxação dorsal da articulação radioulnar distal.
Luxação completa da 5° articulação CMC com o 5° Diagnóstico: Fratura-luxação de Galeazzi.
metacarpal desviado no sentido volar para a eminência
hipotenar e proximalmente
Diagnóstico: Fratura do quarto metacarpal; luxação volar da
quinta articulação CMC.
IMAGEM DO SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO: ESCOLIOSE
COLUNA/COLUMNA. 2009;8(2):161-170
A avaliação e mensuração de ângulos nas radiografias são práticas frequentes Ortopedia. O método de Cobb avalia a intensidade da
deformidade angular em escolioses e é o método mais mencionado
na literatura para a avaliação da Escoliose Idiopática do Adolescente
(EIA). Ele é usado tanto nas radiografias convencionais como nas
radiografias realizadas em aparelhos digitais. Nas radiografias
digitais, o ângulo de Cobb pode ser medido por programas
especiais, na tela do computador, porém, ele é medido de modo
manual na imagem digitalizada impressa em películas radiográficas
com mais frequência. Nesses casos, os ângulos são obtidos da
mesma maneira que em radiografias convencionais, pela
demarcação das vértebras limite das curvas, e a determinação do
valor angular com o auxílio de goniômetro. O método de Cobb é
utilizado tanto para a documentação da progressão da curva como
para selecionar e avaliar a efetividade do tratamento. Muitas vezes,
a decisão sobre o tratamento depende dos valores angulares obtidos
nas diferentes radiografias. O método de Cobb também está sujeito
a variações que podem estar relacionadas a diferentes fatores como:
dificuldades na seleção das vértebras limítrofes das curvas
escolióticas; diferenças entre os valores obtidos pelo mesmo
observador ou por examinadores diferentes; erros intrínsecos dos
equipamentos utilizados para a avaliação angular e erros relacio-
nados à qualidade técnica das radiografias. Morrissy et al., em 1990,
avaliam radiografias de escolioses, de etiologias diversas, com curvas
variando de 20 a 40º por três métodos diferentes, e concluem que
os ângulos obtidos diferem significativamente entre os
examinadores, mas a diferença é menor quando eles usam os
mesmos goniômetros. Loder et al., em 2007, desenharam ângulos e
avaliaram a diferença de valores angulares, obtidos com
goniômetros fixos e articulados. Os autores reportaram diferença
intra e interobservadores, concluindo que essas diferenças são
menores quando se usam goniômetros fixos. Wills et al., também
em 2007, compararam a mensuração de escolioses pelo método de
Cobb em radiografias convencionais e radiografias digitais (medidas no computador e no filme radiográfico). Não houve diferenças
significativas entre os dois métodos.
Ângulo de cobb
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Diagnóstico por Imagem na Osteoporose
Por: Eduardo de Souza Meirelles
A atual definição de osteoporose engloba uma diminuição da massa óssea ou osteopenia, associada à desorganização da
microarquitetura óssea e ao aumento do risco de fraturas ósseas. Os locais do esqueleto mais importantes para serem estudados são
aqueles que apresentam o maior índice de fraturas por fragilidade óssea, ou seja, a coluna vertebral dorso-lombar, o terço proximal do
fêmur, o terço distal do rádio e o terço proximal do úmero. A radiografia simples é de baixa sensibilidade, só evidenciando a perda de
massa óssea ou osteopenia da osteoporose, quando esta for superior a 30% até 50%.
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Graves subluxações nas articulações MCF Os ossos do carpo são pequenos e escleróticos.
Desvio ulnar acentuado dos dedos Os demais ossos são osteopênicos.
A densidade óssea é osteogênica Diagnóstico: Artrite idiopática juvenil.
Diagnóstico: Lúpus eritematoso sistêmico.
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Diagnóstico Radiológico da DPOC
Por: Dequitier C. Machado, entre outros
EM: Pulmão RJ 2013;22(2):45-49
A DPOC é definida como uma condição caracterizada por limitação fixa ao fluxo aéreo, e seus protótipos clínicos e
patológicos são a bronquite crônica e o enfisema pulmonar (1,2). Seu diagnóstico baseia-se em dados funcionais respiratórios,
manifestações clínicas características, achados radiológicos sugestivos e, por fim, alterações anatomopatológicas definitivas.
A DPOC apresenta distribuição cosmopolita, uma vez que seu principal fator causal é o fumo de tabaco
(1), hábito difundido pela maioria das sociedades do planeta. Sua patogenia é complexa, mas dois mecanismos são muito importantes:
em primeiro lugar, a fragilidade estrutural provocada pela elastólise, que pode ser secundária a um distúrbio constitucional ou a um
aumento da proteólise, e, em segundo, a obstrução de vias aéreas provocada por perda da tração elástica ou por alterações inflamatórias
(3). A evolução clínica é variável, desde a limitação mínima às atividades cotidianas até a insuficiência respiratória crônica, com
necessidade de oxigenoterapia domiciliar. A preocupação com o estudo das alterações dos pulmões acometidos por enfisema é bastante
antiga na medicina e vem adquirindo ainda maior importância com o passar dos anos, especialmente em decorrência do grande aumento
do tabagismo.
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Achados radiológicos
• O rendimento da avaliação da DPOC pelo estudo radiológico simples é bastante limitado, não havendo anormalidade na
radiografia se não existir aprisionamento de ar
• Diafragma rebaixado ou retificado
• Aumento do espaço claro retroesternal (maior que 3 cm)
• Aumento do diâmetro anteroposterior,
• Coração alongado e verticalizado, permanecendo afilado
• Presença de bolhas é inferida pela identificação de área de maior radiotransparência, avascular, podendo ou não estar
delimitada por fina linha branca.
• Os achados de enfisema na radiografia incluem aumento da transparência pulmonar, caracterizada por hiperinsuflação
• Presença de bolhas (único achado específico)
• Alterações vasculares (atenuação da trama vascular periférica)
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A imagem e a DPOC
Por: Bruno Hochhegger
Em: J Bras Pneumol. 2015;41(6):487-488
DPOC envolve a destruição de septos alveolares nos pulmões, associada a uma dilatação parcialmente irreversível de
pequenas vias aéreas. O primeiro processo leva a perda de superfície para trocas gasosas (componente restritivo), enquanto o segundo
acarreta prejuízos a um adequado ciclo ventilatório (componente obstrutivo). Revela-se uma entidade de extrema relevância em saúde
pública, devido a sua elevada prevalência, e estando associada à ocorrência de câncer de pulmão e à diminuição de expectativa e de
qualidade de vida.
O diagnóstico da DPOC baseia-se na combinação de achados clínicos e alterações nos testes de função pulmonar, sobretudo
a espirometria. A obtenção de um índice de Tiffeneau (relação VEF1/CVF) inferior a 70% do previsto após prova broncodilatadora é
considerada como critério diagnóstico da doença. Além disso, a classificação da Global Initiative for Chronic Obstructive Pulmonary Disease
agrupa pacientes em classes de gravidade, no intuito de sistematizar as abordagens terapêuticas. Entretanto, a relação entre o VEF1 e a
sintomatologia demonstra ser limitada, havendo dissociação entre a classe Global Initiative for Chronic Obstructive Pulmonary Disease e a
gravidade dos sintomas em diversos pacientes.
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IMAGEM DO SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO: DERRAME PLEURAL
• Nos derrames pleurais a distribuição do líquido depende da posição do paciente.
• Em ortostatismo o líquido tende a se acumular nas porções inferiores, determinando uma opacidade homogênea, que oblitera o
seio costofrênico e distribui-se nos contornos do pulmão, com a forma de menisco
• O acúmulo de 200ml de líquido na cavidade pleural é suficiente para apagar o seio costofrênico na radiografia de tórax em PA.
• A radiografia em decúbito lateral com raios horizontais é mais sensível do que a em posição ortostática para o diagnóstico de
derrame pleural e pode demonstrar coleção pleural de 5ml.
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RELATO DE CASO
Tratamento conservador de pneumotorax traumático em idoso
Por André Luciano Baitello, entre outros
Em: Arq. Ciênc. Saúde. 2014/Abr-Jun; 21(2)15-7
Introdução
O pneumotórax simples ocorre em virtude da entrada de ar no espaço pleural, o que colapsa o parênquima pulmonar acometido,
comprometendo a ventilação proporcionalmente ao volume da lesão, sendo o pneumotórax hipertensivo a complicação mais temida. O
diagnóstico baseia-se clinicamente na presença de dispnéia, dor torácica, diminuição do murmúrio vesicular, hipertimpanismo e presença
de enfisema subcutâneo do lado acometido. Dentre os exames de imagem são utilizados radiografia e tomografia computadorizada de
tórax. Esta última fornece maior detalhamento da extensão do comprometimento parenquimatoso e identifica possíveis lesões associadas.
O perfil demográfico da população brasileira mostra um aumento considerável da população acima de 60 anos. As lesões causadas por
acidentes estão em quinto lugar como causa de óbito em pessoas idosas, sendo que as quedas representam cerca de dois terços desses
acidentes, tornando-se um dos principais determinantes de morbimortalidade nessa população. O presente relato de caso tem por
objetivo expor ao leitor uma modalidade conservadora de tratamento para o pneumotórax traumático em paciente idoso, analisando os
diferentes métodos de tratamento disponíveis e as características particulares dos idosos, vítimas de trauma torácico.
Relato do caso
Um paciente do sexo masculino, 81 anos, portador de déficit visual e auditivo, vítima de trauma, após queda de 3 metros, apresentou
dor torácica inespecífica e leve dispneia. Procurou atendimento médico na Unidade Básica de Saúde, onde foi realizado radiografia de
tórax; o exame estava dentro da normalidade. Foi tratado com analgésicos e anti-inflamatório. Após quatro dias, sem melhora do quadro,
procurou o hospital terciário. No exame físico apresentava diminuição do murmúrio vesicular e enfisema subcutâneo no hemitórax
direito. Foram realizados radiograma e tomografia computadorizada de tórax. A radiografia de tórax mostrava presença de enfisema
subcutâneo no hemitórax direito e borramento dos seios cardiofrênico e costofrênico direito. A tomografia computadorizada revelou
enfisema subcutâneo no hemitórax direito, além de imagens de pneumotórax pequeno na base do hemitórax direito. Optou-se pelo
tratamento conservador, realizando-se a monitorização clínica com oximetria de pulso. O paciente permaneceu em observação, fazendo
uso de medicação analgésica e controle radiológico. O quadro do paciente permaneceu estável durante a internação. Após dois dias da
admissão hospitalar, o quadro evoluiu bem e o paciente recebeu alta com acompanhamento ambulatorial.
Discussão
O tratamento convencional do
pneumotórax é realizado
sistematicamente com a drenagem
torácica em selo d’água, porém, esta
forma de tratamento não
infrequentemente determina acentuação
da dor com mais restrição ao leito e
complicações, com aumento da
permanência hospitalar e um possível
aumento na morbimortalidade,
associados a complicações
parenquimatosas, como atelectasia e
pneumonia. Os idosos estão mais
sujeitos a essas complicações e
mortalidade nos traumatismos de tórax,
assim como a própria drenagem de tórax
pode ser determinante de maior mortalidade nesse grupo de pacientes. O tratamento conservador para esse grupo de pacientes idosos é
uma opção uma opção terapêutica seletiva para pacientes estáveis e cooperativos.
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IMAGEM DO SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO: ATELECTASIA
Atelectasia pulmonar consiste no colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão, causando diminuição do volume pulmonar,
alterando a relação ventilação/perfusão. Sinais:
• Insuficiência respiratória
• Cianose
• Quedas de saturação
• Redução dos ruídos respiratórios
• Redução da expansão da parede torácica
Fatores etiológicos:
• hipoventilação pulmonar,
• Anestesias prolongadas,
• Posição supina,
• Secreções pulmonares,
• Pós-operatório
• Mal posicionamento de cânulas endotraqueais.
O diagnóstico radiológico diferencial deve ser feito com outras causas de consolidação pulmonar, como pneumonia, hemorragia,
infarto pulmonar, devendo-se valorizar a evolução temporal dos achados, uma vez que as mudanças na atelectasia ocorrem em horas e
as demais, em dias.
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Atelectasia pulmonar em recém-nascidos: etiologia e aspectos radiológicos
Por: Beatriz Regina Alvares, entre outros
Em: Sci Med. 2012;22(1):43-52
Atelectasia pulmonar consiste no colapso de um segmento, lobo ou todo o pulmão, causando diminuição do volume pulmonar,
alterando a relação ventilação/perfusão, provocando shunt pulmonar. Na suspeita clínica desta alteração em recém-nascidos, o exame
radiológico simples de tórax representa um dos procedimentos mais efetivos para esclarecimento diagnóstico.
As causas da atelectasia em recém-nascidos são baseadas no desequilíbrio entre a força de retração do pulmão e de expansão
da caixa torácica. Particularidades anatômicas e fisiológicas relacionadas às vias aéreas, ventilação colateral e a complacência da caixa
torácica exercem um papel importante no processo que causa o colapso alveolar no período neonatal.
As manifestações da atelectasia variam de sutis ou ausentes até a piora súbita do estado geral, insuficiência respiratória, cianose
e quedas de saturação. Caso ocorra acometimento de extensa área pulmonar, pode-se notar redução dos ruídos respiratórios, podendo
também existir redução da expansão da parede torácica.
O desenvolvimento da atelectasia está associado com vários efeitos fisiopatológicos, incluindo diminuição da complacência,
prejuízos na oxigenação, aumento da resistência vascular pulmonar e desenvolvimento de lesão pulmonar. Sua persistência pode estar
relacionada ao maior tempo de ventilação mecânica, hipoxemia, infecção broncopulmonar e, consequentemente, maior incidência de
displasia broncopulmonar.
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