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ATIVIDADE AVALIATIVA – P1 – noturno - 2021.

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DIREITO CIVIL IV – RESPONSABILIDADE CIVIL

ALUNA: MARIA EDUARDA FERREIRA DE ALMEIDA 1913050076


5º PERÍODO NOITE

01. É possível afirmar que apenas a prática de um ato ilícito poderia resultar na
responsabilização do agente pelo dano causado à vítima, uma vez que o ato
ilícito representa, nesse sentido, o fundamento exclusivo da responsabilidade
civil, sobretudo porque a culpa é um dos elementos do ato ilícito, e sem culpa,
não poderia haver responsabilização? Fundamente e justifique sua resposta.
QUESTÃO 1
É incorreto afirmar que apenas o ato ilícito caracteriza a responsabilização do agente,
tendo em vista que, sobretudo é necessário cumprir os pressupostos da
responsabilidade civil, que são a conduta (ação ou omissão), nexo causal, dano. A culpa
até 2002 era subjetiva, posteriormente, ao instaurar o código vigente considera que
não é requisito.
Toda pessoa que cria o risco de dano para terceiro, deve ser obrigado a repara-lo
mesmo com a ausência de culpa. Desse modo, há atos lícitos que resultam em
responsabilização.
É valido mencionar que de acordo com o STF, em casos de tombamento, por exemplo,
mesmo lícito, o Estado precisa indenizar o proprietário, não obstante, os casos de
estado de necessidade, como a teoria do risco administrativo que está prevista no
artigo 37, parágrafo 6º, Constituição Federal. Assim como, em caso de proprietários de
prédios, pois, se algo atingir um carro e for pertencente ao prédio, o dono será o
responsável.

Art. 188. Não constituem atos ilícitos:

I - os praticados em legítima defesa ou no


exercício regular de um direito reconhecido;

II - a deterioração ou destruição da coisa


alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover
perigo iminente.

Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato


será legítimo somente quando as
circunstâncias o tornarem absolutamente
necessário, não excedendo os limites do
indispensável para a remoção do perigo.
02. Analise o seguinte caso hipotético:
Joana forneceu seu número de telefone para Magno por razões profissionais e
por afinidade religiosa. Magno, entretanto, utilizou-se do aplicativo de
mensagens para propor encontro íntimo entre os dois, importunando Joana
com este propósito durante 15 dias. Após Joana recusar todas as suas
investidas, Magno enviou foto de órgão genital masculino, dizendo, em
seguida, que tinha enviado por engano.

Ficou comprovado que Magno estava ciente do desinteresse de Joana, mas


mesmo assim permaneceu insistindo para que tivessem um encontro íntimo,
aproveitando-se, inclusive, da situação de desemprego de Joana.

Contudo, Magno não comprova a alegação de envio da imagem por engano, o


que não traduz pedido de desculpas ou arrependimento de sua parte, apenas
reforçando a objetificação de Joana, na medida em que indica que as
interpelações a ela apenas se destinavam à obtenção de encontro sexual.
Diante do exposto e com base nas informações apresentadas, poderia Joana
ter direito de exigir indenização pelos atos praticados por Magno? Se afirmativa
sua resposta, indique qual ou quais espécies de responsabilidade civil pode-se
identificar? Fundamente e justifique sua resposta.
QUESTÃO 2 :
Joana tem o direito de exigir a indenização por danos morais, tendo em vista que o ato
de disponibilizar seu número por fins estabelecidos na questão, não justifica a conduta
de Magno. Classifica- se como responsabilidade civil subjetiva por ato ilícito.
O dano moral seria a ofensa ou violação dos bens uma pessoa, referindo-se a honra,
liberdade, imagem e saúde mental ou física.
O ocorrido exposto obedece todos os requisitos da responsabilidade subjetiva que
seriam a conduta culposa do agente, nexo causal e dano.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão


voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda
que exclusivamente moral, comete ato
ilícito.

03. Elabore um caso em que se possa identificar o dever de reparação, no âmbito


do Direito Civil, em decorrência de responsabilidade por ato ou fato de terceiro.
Indique também os pressupostos da responsabilidade no caso narrado.

QUESTÃO 3:
De acordo com o artigo 932, inciso II , do código civil, é dever do tutor e curador
responder pela reparação civil dos atos praticados. Maria é curadora do seu marido
Carlos, tendo em vista que o mesmo é viciado em tóxicos.
Certo dia, ao ter uma recaída, Carlos entra em um bar da vizinhança, empurra uma
prateleira e derrubando diversas garrafas de uma bebida de alto valor, causando
prejuízo ao proprietário.
Há nesse caso em questão um dever de reparação desse ato praticado por Carlos.
Trata-se de uma responsabilidade extracontratual
Dano: Material
Nexo de causalidade: A ida ao bar, derrubar as bebidas causando extremo prejuízo
financeiro.
Conduta: A ação de ir ao bar e produzir o dano material

Art. 932. São também responsáveis pela


reparação civil:

II - o tutor e o curador, pelos pupilos e


curatelados, que se acharem nas mesmas
condições;

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