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Introdução ao pensamento de Jean Laplanche


e à sua teoria da sedução generalizada

Fábio Belo

Início

Laplanche nasceu, em 21 de junho 1924, em Paris. Estudou filosofia em Harvard


(1946-7). Na universidade americana, conheceu Loewenstein, analista de Lacan. Em 1947,
Laplanche faz análise com Lacan e incentivado por ele, faz medicina e sua formação
psicanalítica. Sua tese de doutorado, defendida em 1959, único trabalho de cepa
evidentemente lacaniana, é Hölerlin e a questão do pai (1961/1991). Já em 1960, ou seja,
quase sincronicamente ao seu trabalho lacaniano, Laplanche escreve, com Serge Leclaire, no
Congresso de Bonneval, o texto “O Inconsciente: um estudo psicanalítico”. Esse trabalho
pode ser lido como uma crítica e uma ruptura em relação ao pensamento de J. Lacan. As
referências a Lacan, ao longo da obra de Laplanche, são, quase sempre, de crítica em especial
às ideias de um sujeito do inconsciente, do inconsciente como linguagem e também à teoria
do tempo lógico na clínica.
Em 1954, segue Lacan quando este funda a Escola Francesa de Psicanálise, que se
tornaria mais tarde a École freudienne de Paris, fruto do rompimento com a Société
psychanalytique de Paris. Dez anos depois, 1964, no entanto, em desacordo com as
orientações de Lacan, Laplanche funda com Anzieu, Pontalis e Granoff a Association
psychanalytique de France, reconhecida pela IPA.
Para além das instituições psicanalíticas, o trabalho de Laplanche acontece de maneira
intensa na Universidade. Em 1962, começa a lecionar na Sorbonne, a convite de Daniel
Lagache. Sob a direção também de Lagache, escreve, com Jean-Bertrand Pontalis, um
trabalho de 10 anos (1957-1967), o famoso Vocabulário da Psicanálise. Em 1970, Laplanche
funda o Centre de Recherches et Psychopathologie Fondamentale, na Universidade Paris VII.
Nosso autor vai dirigir a tradução das obras completas de Freud do alemão para o
francês. É notável perceber em seus textos e cursos como a atenção ao detalhe da língua
alemã estará presente em algumas das interpretações que faz da obra de Freud. Aliás, a noção
de tradução é uma das mais importantes na teoria da sedução generalizada, como veremos.
Laplanche, durante a Segunda Guerra Mundial, participou ativamente da Resistência.
Foi um dos fundadores, com Castoriadis e Lefort, do grupo Socialisme ou Barbarie. Essa
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posição política aparece de forma muito tênue em sua obra teórica, nunca de forma explícita.
Ao que me consta, os textos mais claramente políticos de Laplanche são aqueles que versam
sobre e contra a pena de morte, além do artigo dedicado a H. Marcuse.
Desde 1966, Laplanche produziu vinho em sua propriedade na Borgonha, o Château
Pommard, seguindo tradição familiar tanto materna quanto paterna. Em 2009, com a venda
do Château Pommard, foi criada a Fundação Jean Laplanche, destinada à divulgação da obra
de Laplanche e ao desenvolvimento da psicanálise.
Desde 1992, Laplanche realizava as Jornadas Jean Laplanche, nas quais reunia-se um
grupo de pesquisadores interessados em sua obra e muitos deles orientados por Laplanche em
Paris VII. Destaco, dentre muitos outros: Silvia Bleichmar, Paulo César de Carvalho Ribeiro,
Maria Teresa de Melo Carvalho, Marta Rezende Cardoso, Dominique Scarfone e Luiz Carlos
Tarelho.
Laplanche foi casado com Nadine Guillot (depois Nadine Laplanche), desde 1950 até
2010, quando ficou viúvo. Laplanche faleceu, aos 88 anos, em 6 de maio de 2012, dia que
coincide com o aniversário de nascimento de S. Freud.
Para mais informações biográficas de Laplanche, consultar Conte (2012), Ribeiro et
alli (2017) e Scarfone (1997).

Com Pontalis

Além do Vocabulário da Psicanálise (1967), Laplanche e Pontalis publicam juntos,


em 1964, na revista Les Temps Modernes, o texto Fantasia originária, fantasias das origens,
origens da fantasia (1985/1988). Neste trabalho, vemos claramente o método de Laplanche
em ação: a atenção aos detalhes no texto freudiano, a leitura procurando contradições,
tensões.
É importante citar essa parceria com Pontalis para dizer que a teoria da sedução
generalizada não tem uma data certa de fundação, mas é construída muito lentamente. Tanto
a leitura exaustiva de Freud para escrever o Vocabulário, quanto esse pequeno texto sobre a
fantasia são indicativos daquilo que Laplanche, num artigo de 1968, vai chamar “interpretar
Freud com Freud”.

As problemáticas
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Laplanche publicou, a partir dos anos 70, seus cursos na Universidade de Paris VII.
Ele os chamou de problemáticas e isso tem tudo a ver com seu método analítico que visa
questionar a teoria, mostrar suas contradições, suas tensões, suas exigências. Os temas das
problemáticas e suas respectivas datas:

I) A angústia. 18/11/1970 até 22/05/1973.


II) Castração / Simbolizações. 06/11/1973 até 20/05/1975.
III) Sublimação. 04/11/1975 até 15/02/1977.
IV) O inconsciente e o id. 8/11/1977 até 7/02/1979.
V) A tina: a transcendência da transferência. 13/11/1979 até 14/02/1984.
VI) L’après-coup. 28/11/1989 até 13/02/1990.
VII) Le fourvoiement biolosgisant de la sexualité chez Freud. 19/12/1991 até 25/02/1992.

A penúltima ainda não tem tradução para o português. A última teve algumas aulas
traduzidas como Freud e a sexualidade (1997).
Apenas em 1992 Laplanche escreve o livro Novos Fundamentos para Psicanálise, no
qual apresenta um panorama geral da TSG. Se se pode marcar um ponto cronológico de
fundação seria esse, mas insisto na imprecisão disso. As teses fundamentais da TSG vão se
formando aos poucos e não é uma teoria que nasce de uma só vez… além de fazer jus a uma
das metáforas que está em sua origem: é uma revolução copernicana inacabada e, por
consequência do que supomos exigência do inconsciente, inacabável.

Teses fundamentais

Passo agora a expor, muito brevemente, algumas das teses fundamentais de


Laplanche, o mais cronologicamente possível, para que tenhamos uma noção da construção
da TSG.

(a) Em primeiríssimo lugar, portanto, o texto metodológico de Laplanche, já citado, de


1968, interpretar Freud com Freud. É um tanto retórico - a legitimidade de se dizer
freudiano - mas é bastante preciso na exigência que produz: ler o texto de Freud e a
própria psicanálise sob a luz da psicanálise. Lembrando que uma teoria não é um
dogma, mas é sempre comprometida com as defesas egóicas e as forças do
inconsciente. O método de Laplanche irá sempre partir do que ele considera as balizas
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dogmáticas, as exigências, do pensamento psicanalítico: a prioridade do sexual


enquanto excitação proveniente do outro na situação de constituição do sujeito. O
sexual é a excitação própria do inconsciente e a metabolização do sexual, suas
intermináveis traduções, é o que forma o processo secundário, isto é, o eu. Método e
objeto se misturam e Laplanche não cessa de nos lembrar disso: não são poucos os
momentos teóricos da psicanálise que podem ser vistos como recalcamento dessa
origem sexual do sujeito, recalcamento dessa tese mais ou menos explícita na
primeira teoria da sedução freudiana. Laplanche usa a metáfora de “fazer trabalhar a
madeira” para interpretar a obra de Freud, no sentido de um saber ler a partir das
exigências do objeto. Sobre o método de leitura de Laplanche, também recomendo o
texto “Derivação das entidades psicanalíticas”, publicado em 1971 - aparece depois
como anexo à edição do livro Vida e Morte em Psicanálise (1970), que pode ser lido
como a demonstração mais brilhante desse método.

(b) masoquismo como posição originária - tanto no artigo de 1967 quanto no de 1991,
ambos dedicados ao tema do masoquismo, Laplanche começa a destacar a
importância absoluta da passividade no que ele irá chamar mais tarde de situação
antropológica fundamental (SAF) ou situação (de sedução) originária. O masoquismo
é, inevitavelmente, nossa posição originária, primeiro recurso do eu para manejar,
metabolizar, o sexual que lhe é endereçado. A questão não é se, mas como o
masoquismo irá se instalar na constituição psíquica de cada sujeito. Essa tese tem
consequências enormes para se pensar a perversão, por exemplo… se em Freud, o
paradigma da perversão é o fetichismo, em Laplanche ele passa a ser o masoquismo.

(c) pulsão sexual de morte. Apesar da noção aparecer publicada bem mais tarde, em
1995, no artigo “La soi-disant pulsion de mort: une pulsion sexuelle”, a tese que dará
origem a ela está em Vida e Morte em Psicanálise, de 1970. O livro de Laplanche
sustenta uma tese radical: houve um recalcamento do sexual “demoníaco”, disruptivo,
tal como apresentado em 1905, nos Três Ensaios… ele foi aos poucos cedendo lugar a
uma noção biológica, a pulsão de morte. O sexual vai se transformando em Eros, uma
sexualidade ligada, por assim dizer, e não desligante e mortífera, como em 1905.
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(d) Objeto-fonte, representação-coisa. “Objet-source” é um termo novo que Laplanche


introduz. No artigo apresentado em 1984, “A pulsão e seu objeto-fonte”, Laplanche
constrói mais uma das teses fundamentais da TSG: ele afasta a fonte da pulsão de toda
endogenia e de toda filogenética. Obviamente, o corpo participa do pulsional, é no
corpo que a excitação sexual proveniente do outro se implanta, mas não é o próprio
corpo a fonte da pulsão. O que é esse objeto-fonte? São as representações-coisa
(Sachvorstellungen) recalcadas, isto é, um estímulo interno, porém estrangeiro ao eu.
São atacantes-internos que visam desligar as redes narcísicas que compõem o eu
(processo secundário). O objeto-fonte é o resto não traduzido das mensagens
enigmáticas que insiste em ser traduzido e desligar as traduções já feitas pelo eu.

(e) Traumatismo, tradução, transferência e outros trans(es), artigo apresentado em 1984 e


publicado em 1986. Esse artigo apresenta a derivação que Laplanche irá fazer de uma
ideia que aparece numa carta de Freud a Fliess (6/12/1896), quando Freud compara o
recalcamento a uma falha de tradução feita na passagem entre os sistemas
Inconsciente e Pré-Consciente/Consciência. Podemos dizer que essa noção de
tradução é uma das mais importantes da TSG. A esse respeito, vejam também: “o
muro e a arcada”, “o tempo e o outro”, “os fracassos da tradução” (2002/2015).

(f) Crítica à hermenêutica. Tanto no artigo apresentado em 1991, “L’interpretétation


entre déterminisme et herméneutique”, quanto no artigo de “La psychanalyse comme
anti-herméneutique" (1994), além do artigo “Objetivos do tratamento analítico”,
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Laplanche vai insistir que o método da psicanálise - teórico e clínico - é, sobretudo,


analítico. Método que serve para destraduzir, desmontar, desarticular o que o eu
traduz, mantém, faz síntese. O trabalho analítico propriamente dito é o trabalho de
desfazer a tecitura que compõe o eu. O trabalho de síntese, de recomposição, é pulsão
de tradução que é parte do trabalho do eu. O modelo da análise é o trabalho de luto,
trabalho de desligamento.

(g) Tranferência em pleno e em oco; transferência da transferência, transcendência da


transferência. Boa parte das inovações de Laplanche sobre a transferência aparecem já
em 1991 numa conferência chamada “Du transfert: sa provocation par l’analsyste”.
Laplanche faz distinção entre a transferência em pleno e em oco. A transferência em
pleno é essa já descrita por Freud: em análise, o analisando toma o analista por um
outro, reage ao analista a partir do modelo de suas relações amorosas anteriores. A
transferência em oco é mais complexa e diz respeito à transferência com o enigma do
outro, isto é, já não se trata de simples repetição de relações anteriores, mas algo do
enigmático é percebido em qualquer relação. O oco faz referência aqui ao vazio de
significação do lado do inconsciente, do objeto-fonte da pulsão: restos dessignificados
exigindo significação. A transferência em oco se aproxima da transcendência da
transferência que diz respeito à compreensão que a reabertura da situação originária
pode se dar em qualquer lugar da cultura: na análise, na religião, na arte… a
transferência pode se transferir para esses outros campos. A transferência da
transferência é uma forma de se pensar o fim da análise para Laplanche.

(h) Sublimação e/ou inspiração (1999) é o artigo mais recente de Laplanche sobre a
sublimação, mas já na problemática dedicada ao tema, de 1975 a 1977, Laplanche
critica fortemente a ideia de dessexualização para se pensar a sublimação. A TSG vai
aproximar a sublimação da simbolização e do sintoma. Faz isso retomando a noção
estética da inspiração: é em resposta à alteridade interna que o sujeito cria, sempre em
resposta ao sexual… na criação artística, o sexual é posto em circulação, a relação do
sujeito (o artista e o espectador) com o sexual é, por assim dizer, reaberta pela arte.

(i) O gênero, o sexo e o sexual (2003) e Castração e Édipo como códigos narrativos
(2006) são textos muito importantes, pois vão dar uma dimensão ainda mais especial
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ao que aparece primeiramente como significante enigmático e depois como


mensagens enigmáticas.

Pesquisa laplancheana

Laplanche orientou diversos trabalhos de doutorado em Paris VII. Alguns deles


brasileiros. Destaco a obra de Paulo César Ribeiro, O problema da identificação em Freud.
Nesse livro, vocês poderão ver a aplicação muito bem executada do método preconizado por
Laplanche.
Uma autora muito importante e que avança diversos pontos da TSG, criticando-a e
colocando-a a trabalho é Silvia Bleichmar, psicanalista argentina. Recomendo a leitura dos
livros Nas origens do sujeito psíquico e Fundação do Inconsciente.

Termino com essa notinha de Laplanche, na introdução à problemática VII:

Le fourvoiment enfin est inséparable de l'exigence, dont il est une


conséquence: l'alpiniste, attiré par un sommet perdu dans les nuées,
peut emprunter soudain une voie sans issue: faut-il persévérer
témérairement, ou rebrousser chemin jusqu'au point de bifurcation? Et
à quel prix? (Laplanche, 1993, p. 6-7).

Metáfora importante a do alpinista atraído pelo cume da montanha perdido entre as


nuvens. Se o alpinista encontra uma via sem saída, isso é, uma via que impede de encontrar o
inconsciente sexual, então, ele terá que tomar direção oposta “até o ponto de bifurcação”, isto
é, de recalcamento da exigência (o inconsciente é irremediavelmente sexual). Esse objeto
excitante, o inconsciente, pode mesmo levar o psicanalista-alpinista a encontrar uma via de
acesso que finalmente conquiste e domestique esse objeto. Para fazer trabalhar essa metáfora,
diremos que o inconsciente é sempre a próxima montanha a escalar, objeto-fonte da excitação
que nos faz buscar novas vias, sem deixar de perceber que quanto mais nos aproximamos,
maior a nossa proximidade da morte.

Referências
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Conte, Bárbara. (2012). Jean Laplanche: fundamentos e intersecções. São Paulo: Scortecci.
Ribeiro, P. et alli. (2017). Por que Laplanche? São Paulo: Zagodoni.
Scarfone, Dominique. (1997). Jean Laplanche. Paris: PUF.

Obras de Laplanche

Laplanche, Jean. A tina: a transcendência da transferência. Trad. Paulo Neves. São Paulo:
Martins Fontes, 1993.
_____________. Buts du processus psychanalytique. In. Entre séduction et inspiration:
l’homme. Paris: Quadrige/PUF, 1999i (pp.219-242).
_____________. Court traité de l’inconscient. In. Entre séduction et inspiration: l’homme.
Paris: Quadrige/PUF, 1999c (pp.67-114).
________________. Du transfert: sa provocation par l’analyste. In. La révolution
copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992ß. (pp. 417-437).
Laplanche, J. (1961/1991). Hölderlin e a questão do pai. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
________________. Interpréter [avec] Freud. La révolution copernicienne inachevée. Paris:
Aubier, 1992c. (pp. 21-36)
________________. Implantation, intromission. In. La révolution copernicienne inachevée.
Paris: Aubier, 1992k. (pp. 355-358).
________________. La psychanalyse comme anti-herméneutique. In. Entre séduction et
inspiration: l’homme. Paris: Quadrige/PUF, 1999j (pp.243-262).
________________. La psychanalyse: histoire ou arqueologie? In. La révolution
copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992p. (pp. 185-212).
________________. La révolution copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992.
________________. Le mur et l’arcade. In. La révolution copernicienne inachevée. Paris:
Aubier, 1992v. (pp. 287-306).
________________. L’interprétation entre déterminisme et herméneutique: une nouvelle
position de la question. In. La révolution copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992α. (pp.
385-416).
________________. Narrativité et herméneutique: quelques propositions. In. Entre séduction
et inspiration: l’homme. Paris: Quadrige/PUF, 1999m. (pp.293-300).
________________. Notes sur l’après-coup. In. Entre séduction et inspiration: l’homme.
Paris: Quadrige/PUF, 1999b (pp. 57-66).
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________________. Novos fundamentos para a psicanálise. Trad. Cláudia Berliner. São


Paulo: Martins Fontes, 1992 [1987]. (Estante de psicanálise).
________________. Pontuaction: la révolution copernicienne inachevée. In. La révolution
copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992a.(pp. iii-xxxv).
________________. Problemáticas III: a sublimação. Trad. Álvaro Cabral. São Paulo:
Martins Fontes, 1989.
________________. Résponsabilité et réponse. In. Entre séduction et inspiration: l’homme.
Paris: Quadrige/PUF, 1999f (pp.147-172).
________________. Spécificité des problèmes terminologiques dans la traduction de Freud.
In. La révolution copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992x. (pp. 307-315).
________________. Temporalité et traduction. n. La révolution copernicienne inachevée.
Paris: Aubier, 1992z. (pp. 317-335).
________________. Traumatisme, traduction, transfert et autres trans(es). In. La révolution
copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992r. (pp. 256-272).
________________. Temporalité et traduction: pour une remise au travail de la philosphie du
temps. In. La révolution copernicienne inachevée. Paris: Aubier, 1992z. (pp. 317-358).
________________. Vida e morte em psicanálise. Trad. Cleonice Paes Barreto Mourão e
Consuelo Fortes Santiago. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.

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