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Campina Grande-PB
Dezembro de 2022
Trabalho Alienado:
Karl Marx foi um filósofo e revolucionário alemão. Teve sua vida dedicada a análises
econômicas da história. Por conseguinte, gerou teses, conceitos e métodos para analisar o
sistema capitalista, predominante até hoje, o qual ainda mantém significativa capacidade
explicativa. Em seus escritos Marx faz diversas críticas ao sistema capitalista, e uma de suas
análises mais conhecidas é a tese da “Alienação e o Fetichismo da Mercadoria'', como Karl
chama esse argumento em seus textos pertencentes a sua fase denominada “Marx maduro”.
Nesse mesmo viés, ele desenvolve que a mercadoria possui certa estranheza e poderes
ambíguos de seu verdadeiro significado na existência da humanidade, Marx cita que “à
primeira vista, a mercadoria parece ser coisa trivial[...]” (MARX, 1994, p.79); e adiante ele
introduz que na verdade há caráter metafísico e de cunho teológico nesse meio mercador.
A alienação no pensamento sociológico de Karl Marx deriva-se da interpretação das
ideias de Ludwig Feuerbach (1804-1872), acerca da temática onde o clássico da Sociologia
extrai a partir do instante que o alemão observa o ser humano como um ser subjetivo e
isolado do mundo ao derredor e não como objeto de estudo de relações sociais, o que Marx
vem a discordar indagando que a assimilação da realidade humana como fonte de pesquisa é
um equívoco ao examinar a alienação, em vista de que a mesma deve ser observada em um
ponto de partida que se introduza na subjetividade, na qual justamente fará o consumismo
prosperar.
Os meios de produção para Marx são importantes em função de representarem a
independência deles mesmos em referenciar aos indivíduos, como parte com valor e
qualidade a serem usufruídas. A figura do trabalho foi de fundamental significado para esse
processo de tornar o homem tendencioso à procura do capital incessantemente, ou seja, houve
uma inversão nos papéis, que precisamente irá gerar o termo moderno denominado de
alienação do produto do seu próprio trabalho, do processo de produção de sua própria
natureza humana e do homem de sua própria espécie. Antes mesmo de Karl Marx propor os
tipos de alienação, o seu pensamento adveio de uma concepção de trabalho pautado no
alcance da sobrevivência, através da modificação que a figura do homem impõe na natureza,
sendo uma característica emblemática, para assim formular sua teoria com interferência de
Hegel.
A influência de Hegel no sociólogo alemão, foi no fator político que suas teorias
carregam consigo, muito preciso no instante em que formulou o materialismo histórico e o
socialismo científico. Marx, mesmo já maduro, ainda retomou a seus escritos embrionários da
juventude, a ponto de desenvolver grandes ideias, as quais são alvos de estudo na atualidade,
proporcionando nelas próprias, críticas ao idealismo hegeliano, em que raciocina o Estado
como uma entidade utópica. Se tratando de polemização, o sociólogo traz o que Hegel reflete
acerca da relação entre trabalho e alienação, sendo seu influenciador mais propenso a cravar
o espírito como fonte de tudo o que extrai o homem a se subordinar a sua força de trabalho,
enquanto, Marx corrobora as interações entre os homens e a natureza como decisivos na
modificação do labor.
Mercadoria:
Conclusão final
EDUARDO. Carlos Eduardo Sell. Sociologia Clássica. Editora Vozes: Petrópolis, 2009. p.
37-74.
MARX, Karl. O Capital: Livro 1 Vol.1. 1ª Edição. São Paulo. BOITEMPO EDITORIAL,
2004. p. 187-200.