A NECESSIDADE DE SE MUDAR O OLHAR PARA A INFÂNCIA, PARA A CRIANÇA E PARA
A ESCOLA
Geralmente a infância está relacionada à criança é definida como uma fase de
total inocência e brincadeira. Mas muitas crianças não vivem suas infâncias por uma série de motivos e uma delas é a situação financeira em que vivem. Muitas crianças não conseguem acesso à uma série de dispositivos públicos básicos como educação e saúde. São negligenciadas em suas necessidades básicas, são consideradas incompetentes em pensar, pois são crianças e a visão adultocêntrica não a considera uma pessoa que sente, pensa e que sabe sem a presença constante e interventora de um adulto. Sem contar os inúmeros casos de violência doméstica quem sofrem. Além dos abusos sexuais, cometidos por pessoas bem próximas, a cultura da sociedade brasileira, forjada na escravidão e no patriarcado, considera o tapa um meio educativo. Crianças apanham para aprender a não apanhar. Crescem adultos com pouca empatia por terem seus corpos invadidos de todas as formas. Na educação infantil, uma conquista do campo de direitos, não fica para trás. Práticas pedagógicas desconsideram o pensa e o sentir da criança. Não consideram suas experiências, seus saberes e suas descobertas, frutos de seus pensamentos e experimentações, pois não são resultados da ação direta do adulto sobre seu conhecimento. Os adultos docentes de educação infantil geralmente preocupado apenas em alfabetizar, mesmo não sendo esta a fase determinada por lei, insistem em práticas pedagógicas de reprodução de modelo e de apenas decodificação de palavras, insistindo no maldito método de silabação desta praga de pensamento conservador. A criança não pensa, não cria, não experimenta. Apenas REPRODUZ aquilo que o adulto, em sua imensa ignorância diz que é para fazer. A escola de educação infantil cada vez mais atrofia o pensamento e a criatividade da criança. Desumaniza e enquadra em um conjunto de estereótipos e modelos pré-programados de pessoa. Mata a pessoa e a criança que existe no pequeno, mas potente ser humano.