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INTRODUÇÃO: (BRENDA) Bom dia a todos, essa é uma apresentação para o

Trabalho de Filosofia sobre o tema Nietzsche, as reflexões dele. Neste trabalho


serão abordados tanto aspectos como: conceitos de Apolíneo e Dionisíaco, a
influência da tragédia grega na filosofia nietzschiana e retratar um pouco sobre sua
obra “O origem ou nascimento da tragédia".

DESENVOLVIMENTO: (BRENDA) Iniciando pelo surgimento, a reflexão de


Nietzsche é essencialmente pautada na crença em uma ordem racional do mundo,
na qual se busca conhecer a realidade de forma mais profunda possível. Seus
argumentos não têm como objetivo serem verdades supremas, mas se mostram
como forma de conhecer a realidade a partir da dúvida e de um estudo mais
sistemático da mesma. Por isso, toda a sua obra é marcada por uma profunda
influência da cultura grega clássica, porém não apenas pelas indagações de
filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, mas também, e principalmente, pelas
filosofias dos pré-socráticos e dos autores trágicos gregos.

(MATHEUS) A influência da tragédia grega na filosofia nietzschiana é evidente na


valorização do conflito, na busca pela superação das limitações e na ênfase na
vontade de poder como força motriz. Nesse sentido, o filósofo alemão Friedrich
Wilhelm Nietzsche, aos 27 anos de idade, começa assim seu primeiro livro intitulado
O Nascimento da Tragédia, uma das primeiras produções filosóficas de Nietzsche,
no qual argumenta que a tragédia grega antiga, representada por figuras como
Ésquilo e Sófocles, incorpora uma tensão fundamental entre duas forças artísticas:
a apolínea, associada à ordem, harmonia e limitação, e a dionisíaca, ligada ao caos,
instinto e êxtase. A obra busca resgatar o espírito trágico como uma resposta à
condição humana, desafiando concepções tradicionais e abrindo caminho para uma
abordagem mais afirmativa da existência.

(PEDRO) Nietzsche resolve fazer a distinção entre Apolíneo e Dionisíaco porque


percebe que, embora na sua obra sobre a tragédia grega(O nascimento da tragédia)
haja uma reconciliação entre a embriaguez e a forma, a cultura e,
consequentemente, a sociedade estavam sendo invadidas pelo racionalismo. Para
exemplificar e personificar os conceitos da embriaguez e da forma, Nietzsche busca
elementos mitológicos: os deuses Apolo e Dioniso, os quais representam o sol e o
vinho, a razão e a embriaguez O primeiro, autenticamente grego e gerado de um
casamento reconhecido com Hera, o segundo, um deus importado que teve de
passar por um batismo mítico, foi gerado como fruto de uma traição de Zeus, e ele
nasceu para se tornar eterno. Apolo surge como uma espécie de guia dos espíritos
humanos. Ele era uma força em pleno crescimento e suas origens são diversas,
remetendo a várias tradições.
A dualidade entre Apolo e Dionísio não apenas define a arte trágica, mas
também serve como uma lente para entender a cultura e a filosofia gregas.
Nietzsche sugere que a tragédia é uma expressão da tensão entre essas forças
opostas, e vê nessa tensão uma fonte de vitalidade criativa.

(KASSYO) Em Nietzsche, Apolo é entendido como o Deus da forma, da perfeição,


dos limites, daquilo que é bom e justo, o belo, um hino de inspiração para a
aparência, deus dos heróis, um deus com poderes divinatórios, um deus dos
sonhos. O apolíneo é para Nietzsche a representação simbólica do princípio de
individuação, um processo de criação do indivíduo, que se realiza como uma
experiência da medida e da consciência de si. O apolíneo era apenas uma
representação da aparência, somente enquanto aparência, pois a verdade é que
Apolo deveria esconder das pessoas a angústia, a dor, os sofrimentos e lamentos
que sustentam, ou que seriam a base de tudo, a Vontade, e erguê-los ao plano ideal
de individuação, de iluminação, indo do caos para a ordem. No entanto, Nietzsche
afirma que essa imersão em Apolo leva ao próprio esgotamento racional, levando o
sujeito à negação da vida devido às peculiares condições da vida humana

(LUKAS) Para que isso não acontecesse, os gregos resolveram este problema com
o Dionísio, um deus que representava tudo que não fosse apolíneo. O deus do
antigo culto às bacantes (Baco para os romanos), das festas ditirâmbicas, era
ilimitado; suas características apontam para a fama de deus da embriaguez, uma
força de vida.

CONCLUSÃO: (LUKAS) Vale ressaltar, que eles não são elementos contrários,
mas sim de unidade, complemento, no qual um é parte distinta do outro. Na obra O
nascimento da Tragédia, Nietzsche representa essa união, pois, assim como a
realidade, a tragédia é criada a partir da relação entre os contrários. Esses dois
conceitos, embora antagônicos, fazem parte de uma mesma realidade, e, para
Nietzsche, referem-se à completude e ao equilíbrio da própria natureza humana, e
por isso não podem ser compreendidos de maneira isolada, pois caso isso aconteça
corre-se o risco de mutilar o pensamento desse filósofo ao não compreendê-lo de
forma completa.

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