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O TRONCO E O BANCO:

A musealização de um objeto de castigo no Museu Histórico Nacional

Leandro Rosetti de Almeida*

Este trabalho está norteado pela possibilidade de se trabalhar, no campo do ensino


da história, com objetos disponíveis em museus, mostras e exposições. Ampara-se na
possibilidade de se lançar luz sobre os vestígios deixados pela humanidade no curso do tempo e
do espaço, o que nos coloca em uma situação de especial lida, isto é, na tarefa de olhar para a
cultura dos povos e, particularmente, para o que se convencionou chamar de sua cultura material.

Esta investigação se iniciou a partir da visita de um grupo de estudantes de uma


escola pública estadual ao Museu Histórico Nacional, em outubro de 2015, sob a minha
supervisão. Na ocasião da visita, ao entrar em uma das salas de exposição, um dos estudantes
observou: “De um lado só tem trabalho e do outro só tem lazer!”, em referência aos objetos de
tortura de escravizados que se contrapunham, na mesma sala, aos aparatos da nobreza brasileira.
A observação que partiu do aluno despertou, a curto e a médio prazo, o questionamento sobre as
leituras possíveis a partir dos objetos que aquela sala apresenta ao visitante.

Essas possibilidades de leitura entraram em contato com as razões que me motivaram


a escrever e pesquisar sobre um desses objetos de tortura: um tronco-castigo. Destaco, dentre elas,
a possibilidade de investigar a história dos povos escravizados no Brasil a partir de um olhar mais
abrangente, plural, alinhado ao trabalho docente. Destaco também o fato de que o trabalho com
objetos precisa ir além do estatuto da curiosidade nas aulas de história; eles são instrumentos
potentes de ensino e de aprendizagem acerca da experiência do homem no tempo. Por último,
creio ser de extrema importância retornar/retribuir ao MHN o esforço que tem sido feito por esta
instituição por meio de seu setor educativo. Nesse sentido, proponho aqui a promoção do diálogo
entre a tradição do Museu Histórico Nacional e as experiências/expectativas do público visitante
– estudantes da rede estadual de ensino.

* Mestrando do Programa de Mestrado Profissional em Ensino de História (ProfHistória)


da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e bolsista da Fundação Capes
(Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
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1. O tronco-castigo do Museu Histórico Nacional

O objeto alvo da minha investigação é um tronco-castigo localizado na seção


Riqueza e Escravidão, que compõe a exposição permanente A Construção da Nação: 1822-1889
do Museu Histórico Nacional. Trata-se de um tronco de madeira, medindo 4,8 m de comprimento,
com 53 cm de altura e 6 cm de largura. O objeto está catalogado na ficha técnica sob o número
020969, classificado como um instrumento de castigo e datado do século XIX, sem precisão de
data específica de sua confecção. Sabe-se que foi restaurado, mas não constam na ficha do bem
dados mais específicos, tais como a origem (local, país), o peso e as técnicas que envolveram sua
produção, nem mesmo o processo que levou à aquisição do tronco pela instituição. Há, contudo,
o registro de que a peça passou pelo Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, Portugal, através da
exposição Brasil-Brasis: coisas notáveis e espantosas: a construção do Brasil, 1500-1825.1

IMAGEM A – Tronco e outros objetos de castigo

Acervo pessoal

O objeto foi construído com o intuito de servir de castigo para escravos. A punição
consistia em prender a cabeça do indivíduo e, ao lado dela, seus braços. Para tanto, três orifícios

1 Ver: COMISSÃO NACIONAL PARA AS COMEMORAÇÕES DOS DESCOBRIMENTOS


PORTUGUESES, 2000.

2
foram construídos na madeira (para cada indivíduo), sendo cortados ao meio de forma que,
abrindo-se a parte de cima do tronco, os escravos pusessem pescoço e pulsos sobre a parte de
baixo da madeira, apoiando-se na cavidade relativa a cada um de seus membros aprisionados. Em
seguida, a parte de cima era fechada e, como os orifícios fossem menores que o diâmetro da
cabeça e das mãos, o indivíduo, a partir de então, preso, estaria disponível para toda a sorte de
castigos e humilhações. Ao longo do comprimento do tronco é possível identificar conservadas
pelo menos quatro cavidades para os pescoços e, erodidas, mais duas, totalizando a capacidade
de prender pelo menos seis indivíduos simultaneamente.

É curioso pensar que, não apenas o tronco-castigo, mas nenhum dos objetos de
punição que ilustram o regime escravista, nesta sala, possuem qualquer referência espacial ou de
propriedade. Todos, absolutamente todos, limitam-se a terem revelados o nome, o material e o
século. Poder-se-ia supor que não era objetivo da instituição, nesta sala, atribuir dados mais
específicos sobre as peças expostas. Contudo, a apreciação dos demais objetos da sala revelam
que esforços foram realizados no sentido de identificar com mais precisão elementos que
compõem o outro setor da sala, dedicado à nobreza brasileira.

2. O lugar dos objetos de castigo no museu

Na sala de exposição do museu, uma parede vermelha e seca ostenta mais de vinte
objetos metálicos de tortura. Um número razoavelmente menor que as peças do ambiente vizinho,
farto de aparatos de porcelana, mais de cinquenta peças de aparelhos de jantar diversos, cadeiras
suntuosas e estante imponente. Ao que parece, a parede de um vermelho intenso parece cumprir
a função de compensar o desequilíbrio entre a quantidade de peças de cada um dos ambientes.
Sobre o tablado, de mesma cor, duas peças maiores se apresentam. À frente, um vira-mundo com
espaço para oito pulsos e, atrás dele, o objeto desta investigação, o tronco-castigo, o único objeto
totalmente de madeira desta seção, cujas dimensões e características já foram mencionadas. Dos
objetos expostos, são identificados dois vira-mundos de ferro, do século XIX, dois libambos, três
gargalheiras de ferro, do mesmo século, marcadores de ferro e madeira, três algemas, um anjinho
e um tronco-castigo. Esta é a seção Riqueza e Escravidão do Museu Histórico Nacional.

Uma das principais heranças coloniais deixadas ao Brasil


independente foi a grande propriedade de base escravista. Essa herança
favoreceu a formação e o fortalecimento de uma elite que enriqueceu,
sobretudo com o café, e que teve forte poder local e influência junto ao poder

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imperial. (Transcrição da identificação dos objetos de castigo na exposição)

Os objetos de castigo dão sustentação à escravidão. A escravidão, às elites. E as


elites, ao império. Esta é a lógica sobre a qual se assenta o ambiente. E ela é muito importante
para que se compreenda a função do tronco-castigo na exposição. Ele, assim como seus pares,
estão associados à violência, à brutalidade e à desumanidade. Por sua vez, os objetos atribuídos à
nobreza estão ligados à herança, à ancestralidade, à ascendência, à genealogia, aos títulos
nobiliárquicos, à família (nobre), à valorização de hábitos e costumes que merecem ser
relembrados, resgatados, incentivados e promovidos hoje. Jogos de jantar de porcelana não são
ameaçadores. Ao contrário, eles ainda são uma espécie de elo entre a forma como se come hoje e
a maneira de servir a mesa ontem. As peças que compõem o ambiente da nobreza representam o
passado que pode e/ou merece ser lembrado. Por outro lado, os objetos de castigo não estão
eivados de orgulho. O sangue dos pretos, travestido de tinta na parede, choca o olhar de quem
visita o espaço. Esses objetos pertencem à ordem da crueldade, a uma espécie de barbárie
universal inerente ao ser humano, que não precisa de espaço, de propriedade e de origem.

3. Entre o descanso e o castigo: o enredo da aquisição de um tronco para castigar


escravos

Ao consultar os processos de entrada de acervo do museu, a esperança por dados


mais precisos sobre o tronco-castigo foi renovada. Os documentos de nº 14 a 17, do processo nº
15/29, registram como se deu o processo de aquisição do objeto. São eles: a) o ofício 229, de 14
de dezembro de 1927, remetido por Gustavo Barroso (então diretor do MHN) a Porfírio Costa
Ribeiro; b) a acusação de recebimento do ofício, de 12 de abril de 1928, escrita por Porfírio Costa
Ribeiro e destinada a Gustavo Barroso; c) o ofício 137, de 03 de julho de 1929, remetido por
Gustavo Barroso e destinado a Porfírio Costa Ribeiro e; d) o registro, propriamente dito, de
entrada do bem no acervo, de 19 de agosto de 1929, expedido pela Secretaria do MHN.

Ao entrar em contato com esta documentação, novos dados foram trazidos à


pesquisa. Essas novas informações enriqueceram – e complexificaram – o olhar sobre o
lugar do objeto pesquisado na exposição e na instituição em que está inserido. Em
primeiro lugar, o tronco-castigo nem sempre teve a função de castigar escravos. E aqui
não me refiro à sua função na natureza, enquanto caule, de sustentar a copa de uma árvore.
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Refiro-me, sim, ao fato de ele ter deixado de ser um tronco-castigo, em um antigo vilarejo
chamado Vila da Paupina, no Ceará, para se tornar um banco de se sentar, no sítio Curió,
na mesma região, propriedade que já houvera sido do bisavô de Gustavo Barroso, o antigo
diretor do Museu Histórico Nacional. Não se sabe se a mudança se deu exatamente na
transformação daquela vila em sítio2, ou se na mudança de propriedade deste.

Um segundo ponto a destacar é o fato de que Gustavo Barroso musealizou o


objeto por meio do resgate de sua antiga função, tronco-castigo, invisibilizando qualquer
referência que pusesse o público ao corrente do fato de que tal objeto era, naquele
contexto, um banco para se sentar. Por outro lado, a exposição onde se insere o tronco-
castigo, atualmente, não traz nenhuma referência sequer aos antigos proprietários do bem
(nem a Porfírio Costa, nem aos antepassados do diretor do museu), embora ambos
pertencessem às classes mais abastadas do Ceará3, provavelmente tão nobres quanto
aquelas que eram proprietárias das louças e porcelanas localizadas defronte os objetos de
castigo na sala de exposição.

Além disso, Gustavo Barroso não esteve inocente à transformação do tronco


em banco. Parece ter se tratado, pois, de uma opção consciente de resgatar aquele objeto
por meio de sua antiga função. Um banco talvez não tivesse tanto a dizer, na construção
de uma narrativa sobre a formação do povo brasileiro, quanto um tronco de prender
escravos. Naquele contexto, Barroso tinha uma importante atribuição, que era a de contar,
através da linguagem museológica, a história do Brasil. E a escravidão, enquanto
atividade presente e marcante na história dos negros da nação em construção, precisava
ser contada – e superada.

2 Embora os documentos de aquisição do tronco-castigo não esclareçam as origens do sítio Curió,


Gustavo Barroso assim se pronuncia, em artigo publicado na revista A Ideia, sobre as origens da
propriedade: “Mecejana foi como que um feudo dos meus antepassados. O sítio Curió, hoje pertencente ao
distinto sr. Manuelito Costa, data de 1815, quando o fundou meu bisavô paterno, João da Cunha Pereira,
Capitão-mór dos índios mansos da Paupina, até então vivendo noutro sítio, o Cocó, para os lados da lagoa
dos Talos”. Ver: BARROSO, 1956.
3 Os Cunha Pereira – família à qual pertencia o bisavô de Barroso – eram descendentes de
fidalgos portugueses estabelecidos no final do século XVII no Boqueirão-de-baixo, em Jaguaribe,
Ceará. Ver: http://www.ceara.pro.br/cearenses/listapornomedetalhe.php?pid=33352. Acesso em
10/02/2016.
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Uma quarta observação ainda é necessária. Ser ou ter sido proprietário de um
instrumento de castigo parece ser um incômodo para todas as partes envolvidas na
negociação do tronco de prender escravos. Tanto a família de Gustavo Barroso quanto a
de Porfírio Costa eram proprietárias de escravos, o que pode ter sido socialmente
constrangedor no contexto dos anos 1920, principalmente se considerarmos o estandarte
“civilizatório” que marcou o início desta década, desde as comemorações republicanas
pelo centenário da Independência às renovações modernistas no campo das artes. Falar
da escravidão era preciso; admiti-la na memória familiar talvez não o fosse. Talvez aí
resida a explicação para as lacunas sobre a propriedade dos objetos de castigo expostos
no MHN.

Em quinto lugar, a exposição do MHN parece refletir o interesse de Gustavo


Barroso em apostar na superação da escravidão e, mais que isso, em qualificar o Brasil
dentro de um contexto progressista e civilizado. É importante lembrar que a inauguração
do Museu Histórico Nacional, em 1922, se dá no contexto das comemorações pelo
centenário da Independência do Brasil4. Tão importante quanto comemorar a
independência, era comemorar os valores republicanos colocados como o resultado da
caminhada do Brasil em direção ao progresso, destino que não poderia competir com o
peso do sistema escravista.

Último e crucial ponto a ser considerado: os documentos de admissão o objeto


ao acervo do MHN trazem evidências do desconforto causado pela presença (da
propriedade do) do tronco-castigo e, consequentemente, da escravidão. Primeiro, no
próprio fato de o tronco ter sido ressignificado, transformando-se em banco. Na primeira
correspondência do diretor do MHN (Ofício 229), Gustavo Barroso fez questão de
pontuar ao então coronel Porfírio Costa que o que se desejava era um tronco – que é
antigo, da época de seus antepassados – mas que atualmente era um banco. Trata-se de
uma relação de interesses entre pessoas que se conhecem e isso não pode passar
despercebido. O tronco já não era mais tronco, logo, em nada ameaçaria a honra, a
reputação e a dignidade dos atuais proprietários do sítio Curió. Em resposta, Porfírio

4 Ver: SOUZA; FAULHABER, s/d.


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Costa reforçou as palavras de Barroso, marcando na acusação de recebimento a
transformação do antigo em algo novo. Era o novo – o objeto trivial, desimportante,
substituível, um simples banco – que estava sendo doado. Não um tronco. A
documentação não poderia ser mais interessante a esse respeito. O ofício 137, que é
escrito por Gustavo Barroso, já de posse do banco doado ao museu, é direcionado não
mais ao coronel, mas simplesmente ao “senhor” Porfírio. “Ilustríssimo”, é fato, mas tão
somente senhor. O documento, ironicamente, já não conhece mais o banco. Ao senhor
Porfírio, ao final da negociação, o diretor do MHN agradece a gentileza da oferta de “um
tronco para prender escravos”. Gustavo Barroso já não havia mais motivos para
invisibilizar a antiga função do tronco de madeira. Foi ela, seguramente, que motivou o
diretor a escrever ao coronel. Se este faria a doação ao museu por meio de um pedido que
revelasse abertamente as marcas da escravidão na família Costa Ribeiro, não se sabe. O
que se sabe é que Gustavo Barroso preferiu não arriscar. Apelando para uma função
menos constrangedora do objeto a ser doado, ele reconheceu a importância política do
coronel Porfírio, da mesma forma como o blindou de um passado escravocrata. Se foi
intencional ou não, o fato é que os documentos que seguem após se garantir a cessão do
tronco de madeira não mais trazem qualquer tipo de preocupação nesse sentido. É tanto
que o último documento que registra a trajetória do objeto assegura: “1 tronco de madeira
para prender escravos”, oferta do senhor – e não coronel – Porfírio Costa.

4. Considerações finais

Ao aluno que indagou sobre a razão de a exposição colocar como opostas as


atividades laborais dos escravizados e as atividades de lazer da nobreza, talvez hoje se
pudesse responder que, não, a exposição não é feita apenas do binarismo trabalho versus
lazer. E talvez ele se surpreendesse ao descobrir que o pedaço de madeira que lhe chamou
atenção enquanto objeto de castigo foi também um assento, um lugar de descanso, onde
sertanejos cearenses se refugiavam após um dia de trabalho, ou onde sentavam para
conversar sobre casos de família. Talvez ele ficasse surpreso com as semelhanças
possíveis entre o banco cearense, construído a partir de um tronco-castigo, e a cadeira
nobre que adorna a composição de um ambiente típico da nobreza brasileira, como aquele

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do MHN. E, a partir das semelhanças, passasse a mirar nas suas diferenças – ter ou não
encosto, o tipo de madeira, ambiente externo ou interno – isto é, em outros tipos de
diferenças possíveis aos dois objetos – e não apenas aquelas que identificam na cadeira
um objeto de descanso e, no tronco, um objeto de castigo.

.De qualquer modo, o que se observou através da experiência da visitação ao


museu e da investigação sobre um de seus objetos foram exercícios de memória
desenvolvidos em diversas frentes: aquela mesma relativa à escravidão, propriamente
dita, sobre qual se assentou a economia do país por mais de trezentos anos; a memória
das famílias nobres e de seus descendentes, ostentada nos aparelhos de jantar de
porcelana; a memória do diretor do museu, Gustavo Barroso, tanto no que se refere à sua
carreira quanto à sua história de vida e de sua família; a memória do doador do objeto,
Porfírio Costa Ribeiro; à memória do próprio Museu Histórico Nacional, das narrativas
museológicas que (não) ameaçam a tradição que a instituição possui na preservação do
acervo e da memória oficial do país; mas também – e sobretudo – a memória do próprio
objeto, que tem em si um caminho próprio e que é ressignificado a cada transformação
que sofre, recebendo as interferências dos sujeitos a quem ele serve, mas também
interferindo nesses mesmos sujeitos, em suas trajetórias e em suas decisões.

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