PROJETO DE VIDA E ESTÁGIO NO LABORATÓRIO

ESCOLAR: COMO A INTEGRAÇÃO DESTES DOIS

COMPONENTES BENEFICIA OS ALUNOS
Mayara Lídia Cordeiro1 *(PG), Jadiel Felipe Martins Anacleto2 (FM), Eloiza Aparecida Silva Ávila de
Matos ³ (PQ)
1 mayaral.cordeiro@gmail.com

2 jadiel.felipe18@gmail.com

3 eloaviladematos@gmail.com

Resumo

A partir da formulação da nova Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Ensino Médio, assim
como os demais níveis escolares, ganhou uma nova configuração e proposta, visando melhorar a
qualidade do ensino no Brasil e oferecer aos alunos novas possibilidades e perspectivas. Dentro das
propostas para o novo Ensino Médio está o trabalho a partir de competências, muitas delas que se
iniciam ainda no ensino fundamental, como é o caso do projeto de vida. De acordo com a BNCC
(2018, p.472), “o projeto de vida é o que os estudantes almejam, projetam e redefinem para si ao
longo de sua trajetória, uma construção que acompanha o desenvolvimento da(s) identidade(s), em
contextos atravessados por uma cultura e por demandas sociais que se articulam…”. O
desenvolvimento desta competência permite aos estudantes definirem sua trajetória enquanto são
acompanhados e instruídos pelos professores durante as suas descobertas. Entre as escolhas e
projetos que envolvem esta competência está a definição de uma profissão a ser seguida, processo
esse que pode ser difícil para muitos jovens. Quando pensamos no projeto de vida dos alunos e em
como orientá-los nos deparamos com uma metodologia inovativa de aprendizagem e ainda dentro
desta perspectiva a personalização do aprendizado de acordo com as necessidades de cada
estudante. De acordo com Moran (2018, p.5), a personalização, objetiva ajudar os estudantes a
“desenvolver todo o seu potencial, motivá-los, engajá-los em projetos significativos, na construção de
conhecimentos mais profundos e no desenvolvimento de competências mais amplas”. Para auxiliar os
estudantes neste processo de conhecimento de si e de formulação de um projeto de vida que esteja
articulado com seus sonhos e desejos é que surge a ideia de oferecer a eles a vivência de realizar
estágios dentro do ambiente escolar. Com base nisso, o objetivo do presente trabalho é relatar a
experiência de oferecer estágio no ambiente laboratorial escolar em consonância com o projeto de
vida dos alunos. Nesta experiência foram ofertadas duas vagas de estágio laboratorial aos alunos do
Ensino Médio de uma escola particular do município de Blumenau/SC. Foram selecionados, por meio
de questionários, dois alunos do 3º ano do Ensino Médio que tinham interesse em carreiras que
envolviam áreas laboratoriais, sendo que um dos estagiários pretendia ingressar no curso superior de
farmácia e o outro em biomedicina. Durante o estágio de 4 horas semanais os alunos eram
orientados a desenvolver técnicas laboratoriais principalmente nas áreas de química e física,
aprendendo a fazer coletas de plantas, lâminas histológicas, preparo de soluções, manutenção de
equipamentos, etc. Ao serem questionados sobre a importância do estágio para sua escolha
profissional, os alunos responderam que o estágio foi importante para o aprendizado da rotina
laboratorial e para enxergar as práticas e técnicas dentro da profissão escolhida. Espera-se que o
presente relato venha instigar diversas escolas a oferecerem a seus alunos possibilidades de
conhecer novas realidades, e profissões dentro do próprio ambiente escolar, desenvolvendo seus
projetos de vida numa aprendizagem significativa e personalizada.

Palavras-Chave: Projeto de vida; Ensino Médio; Estágio escolar.

II SECEC – Simpósio Catarinense em Educação em Ciências

05 e 06 de novembro de 2021
Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, 2018.

MORAN, José. Metodologias ativas para uma aprendizagem mais profunda. In: BACICH, Lilian;
MORAN, José (org.). Metodologias Ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-
prática. Porto Alegre: Penso, 2018. 238 p.

II SECEC – Simpósio Catarinense em Educação em Ciências

05 e 06 de novembro de 2021