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Data do envio: 30 de Outubro
NOME DO ESTUDANTE:
Esta apostila está organizada junto ao caderno de atividades com cinco atividades valendo
nota para que você verifique a aprendizagem.
Comércio Eletrônico
Professor Msc. Samuel Anselmo
NOME DO ESTUDANTE:
• Conceitos
• TI e negócios
• Definição e conceitos de Comércio Eletrônico (CE)
• Planejamento de negócios, casos e modelos de e-commerce
• Benefícios e limitações do Comércio Eletrônico
• Negócios eletrônicos e novos modelos de negócios
• Tipos de mercados eletrônicos
Resumo Abstract
Este estudo tem como objetivo geral: analisar o e- This study aims to: analyze e-commerce, indicating
commerce, indicando os desafios e facilidades neste 2 the challenges and facilities in this business model, as
modelo de negócio, assim como apresentar as well as presenting the difficulties for its management.
dificuldades para sua gestão. Seus objetivos específicos Its specific objectives are defined as: search in the
estão definidos como: buscar na literatura desafios, literature challenges, facilities and difficulties in e-
facilidades e dificuldades na gestão de e-commerce; commerce management; research in companies what
pesquisar em empresas, quais são os desafios, as are the challenges, facilities and difficulties in
facilidades e as dificuldades na gestão de e-commerce; managing e-commerce; and make recommendations
e criar recomendações às empresas sobre a utilização to companies on the most effective use of e-commerce
mais eficaz de estratégias de e-commerce. A strategies. The methodology is qualitative in nature,
metodologia é de natureza qualitativa, nível exploratory level, strategy and case study.. The data
exploratório, estratégia a de estudo de casos, as collection process takes place through semi-
empresas participantes desta pesquisa são profissionais structured interviews and the data analysis process
da área de marketing de três empresas, dos ramos de through discourse analysis. The results obtained
joias, alimentação e vestuário. O processo de coleta de concern the development of suggestions to assist in
dados dá-se através de entrevistas semiestruturadas e o the growth of each e-commerce.
processo de análise de dados por meio de análise de
discurso. Os resultados obtidos dizem respeito ao Key-words: Retail. E-commerce. Strategy.
desenvolvimento de sugestões para auxiliar no
crescimento de cada e-commerce.
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Doutora em Administração UCS-PUC/RS, Mestre em Administração: Marketing pela Universidade Federal do Rio
Grande do Sul. Graduada em Administração pela Universidade de Caxias do Sul. Professora titular da Universidade de
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Revista Eletrônica Gestão e Serviços v.11, n. 2, pp. 3261 - 3279, Julho/Dezembro 2020.
ISSN Online: 2177-7284 e-mail: regs@metodista.br
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INTRODUÇÃO
A economia mundial está em constante evolução, onde desenvolve-se novas
formas de comunicação e negócios. O avanço da tecnologia resultou em uma grande onda
de evolução em todas as áreas da sociedade humana. A área do varejo também sofreu
influência em vários campos como a forma de pagamentos, a comunicação e relação entre
vendedor e comprador, a geração de publicidade, entre outros pontos.
O tema do estudo está relacionado às estratégias de e-commerce, onde a evolução
do varejo aliado às ferramentas que a tecnologia criou, possibilitou o surgimento do
comércio online denominado de e-commerce. Nesse caso, a interação entre cliente e
vendedor ocorre por meio do site do varejista. Atualmente esta forma de comércio possui
consideráveis indicadores de crescimento e expansão. Conforme Turchi (2012), “nota-se
que a web funciona como veículo principal de acesso e venda de determinados produtos,
ou como canal complementar de redes tradicionais”.
A evolução do e-commerce amplia a sua forma de atuação assim como as
estratégias de gerenciamento, um dos pontos mais opostos ao varejo tradicional é a
publicidade que no comércio online tem um custo inferior. Conforme Teixeira (2015) “o
custo de publicidade na internet ainda é muito menor do que nos meios de comunicação
tradicionais, como a televisão, rádio e as mídias impressas. Ou seja, foram reduzidos os
custos de transação (como aqueles para divulgação, negociação e distribuição dos bens),
incluindo o nível das barreiras de entrada no mercado”. Esse fator influência na forma de
utilização de medição dos resultados da publicidade online.
A evolução da cultura tecnologia, com amplo uso dos smartfones, tem tornado
mais democrático o acesso à internet, por consequência ampliado o alcance do varejo
online. Conforme Oliveira (2018) “as empresas devem adotar estratégias para o mercado
mobile que demonstra uma tendência de forte crescimento dentro do comércio eletrônico,
criando aplicativos e utilizando ferramentas publicitárias adequadas a este mercado.”
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
O e-commerce pode ser descrito como comércio eletrônico. Este modelo de varejo
integra todo ambiente de negócios realizado via web ou aplicativo, onde a comunicação
entre varejo e o consumidor é realizada unicamente por meio do uso da tecnologia para
comunicação entre ambos, assim como troca de dados.
“O comércio eletrônico é a realização de toda a cadeia de valor dos processos de
negócios num ambiente eletrônico, por meio da aplicação de intensas tecnologias de
comunicação e de informação, atendendo os objetivos de negócios”. (ALBERTIN, 2010
p.3).
O e-commerce faz parte do futuro do comércio. Existem inúmeras oportunidades
para negócios na internet, sendo novas criadas a cada dia. A ferramenta de compras online
além de uma pesquisa de preços, proporciona a busca de bens com mais qualidade. A
expansão deste ramo do varejo ocorre com a redução do “analfabetismo digital”, tendo
sua vantagem na nova geração que nasceu com o computador “no colo” ou “nas mãos”.
(TEIXEIRA,2015)
O Business to Consumidor, é denominação da forma de negócio do e-commerce
onde uma companhia ou organização vende seus produtos aos consumidores que
navegam na internet. Este modelo pode ser comparado às lojas que vendem diretamente
ao consumidor através de catálogos. Este segmento está em constante crescimento a partir
de 1995, no caso da Amazon.com por exemplo, onde empreendedores investiram nesta
nova forma de negócio. (TURCHI, 2012).
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fornecedor, tendo assim uma cadeia B2B, no Brasil este mercado não tem seu
desenvolvimento pleno estando em crescimento, conforme aponta Ilhe (2018).
Este ramo tem como produto algo para revenda, transformação ou consumo.
Este mercado é mais focado em uma linha menor de produtos, portanto as empresas
optam por utilizar mais de uma modalidade de comércio, optando pelo B2C, segundo
Nissan (2014).
A otimização de uma empresa pode ter o auxílio através do B2B, de acordo
com Assis (2015), pois a equipe de vendas tem impacto nos negócios modificando as
definições do que comprar, quando e qual quantidade. Este modelo de negócio
necessita da interação humana para tomada de decisões e comunicação entre partes,
diferente do B2C onde o processo em grande parte é automático por software.
pessoas. Ilhe (2018), a relação de compra e venda ocorre em alguns canais entre
consumidor e consumidor sem necessidade de empresa intermediaria, atuando
diretamente. As redes sociais têm a possibilidade de utilização deste ambiente para
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negócios entre pessoas, outros sites como mercado livre, OLX, tem esta função, onde
o usuário negocia diretamente os produtos, sem interferência.
No Brasil o modelo de negócio consumidor para consumidor, tem exemplos
nos sites de leilões virtuais com destaque para o Mercado-Livre e iBazar. Nos casos
citados não tem interferência direta nas operações de compra e venda, conforme
Guerreiro (2006).
O uso das redes sociais para marktplace, venda entre consumidores. Carreri
(2018), ao desenvolver uma ferramenta para venda entre pessoas, o Facebook, criou
uma ferramenta para milhões de usuários utilizarem esta rede social para venda de
algum item. Não possui envolvimento na compra ou venda, por isso não cobra por
intermediar a venda.
2.3.7. E-Procurement
A necessidade de compra de suprimentos por empresas desenvolveu um novo
canal. Turchi (2012), o E-procurement é uma modalidade onde as empresas buscam
apenas a compra de suprimentos por meio eletrônico, estes podem ser matéria prima
para fábricas, material para escritório, entre outros.
Essa modalidade tem a finalidade de facilitar e agilizar as compras das
empresas. Reis (2019), o E-procurement é um sistema de negociação que automatiza
através de softwares específicos a busca e compra de produtos por empresas, onde
existem fornecedores previamente cadastrados os quais recebem a ordem de compra
rapidamente quando identificada a necessidade em algum setor da empresa. Este
sistema tem uma evolução constante.
2.3.9. M-commerce
A evolução exponencial do uso de smartphones tem desenvolvido aplicativos
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2.3.10. T-commerce
Atualmente existem no mercado TV’s Smart, as quais tem possibilidade de
fazer downloads de aplicativos, similares aos de smartphones. Oliveira (2017), o TV-
Commerce (T-commerce), ocorre apenas em TV’s Smart onde durante o intervalo das
programações são exibidas propagandas e habilitado a opção de compra direta da TV,
utilizando a tecnologia embarcada.
Como esta tecnologia de TV ainda não está difundida, ainda é considerado um
nicho de mercado, mas em um futuro próximo, este deve ser um dos modelos de e-
commerce com maior número de vendas. O conceito de entretenimento com
propaganda, neste caso ganha a funcionalidade final, que é a compra do produto,
criando assim uma situação favorável para aumento das vendas. (GUIMARÃES,
2018).
3 METODOLOGIA
não importa a representatividade numérica dos fatos, mas sim a compreensão do grupo
social (VIEIRA; RIVERA, 2012), da organização, o foco da pesquisa está em analisar os
elementos aonde está inserida, ela não pressupõe um modelo; pelo contrário, os resultados
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incremento na receita.
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É o acompanhamento diário.
Quais os Aspectos mais
principais ressaltados:
desafios Criar o hábito de utilizar o aplicativo,
abandonado assim o telefone. necessário
encontrados na acompanhamento
gestão do e- para responder aos
commerce? Atender a todos com rapidez, sem demora no
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formar um plano de negócios para que o empreendedor possa entender melhor o seu
negócio, dando sequência a abertura da loja com mais confiança e assertividade.
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Todo e-commerce tem seu foco principal nas vendas, porém é uma ferramenta de
divulgação importante da marca, conforme Turchi (2012), o marketing adotou estratégias
digital baseada na influência, direcionando a publicidade ao público alvo. O foco dos
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entrevistados é a parte comercial, realizando vendas, mas este fator terá crescimento se
alinhado com trabalho de marketing focado no nicho de mercado desejado, assim como
a criação de uma marca forte no setor.
O portal de vendas além de ter o site interativo deve possuir um canal de
comunicação rápido com o cliente, pois conforme Eugenio (2013), ficar tempo esperando
resposta, ligar ficar tempo e não ter resposta e a ligação cair será prejudicial ao negócio.
A venda não necessita ocorrer por telefone ou chat, porém esta comunicação gera
confiança e credibilidade para o cliente que provavelmente realizará uma compra no
futuro.
Ao planejar o negócio é possível escolher modelos de plataformas para o e-
commerce mais simples ou complexas, de acordo com Alves (2018), no mercado temos
vários fornecedores e softwares dedicados, porem deve-se avaliar ao contratar para evitar
problemas futuros caso necessário trocar de plataforma. A amostragem dos entrevistados
indicou que suas plataformas são customizadas internamente, ao optarem pelo formato
da loja virtual escolheram um modelo que permitisse alterações de produtos, preços e
promoções facilmente evitando o custo de contratar equipe especializada quando desejar
realizar esta tarefa.
Atender as solicitações dos clientes com rapidez, assim como no varejo
tradicional, no mercado online faz a diferença, segundo Turchi (2012), o ambiente
eletrônico, tem vários elementos que distraem as pessoas, entretanto o empreendedor não
pode esquecer que o básico que é o atendimento ao cliente. Os entrevistados possuem a
dificuldade em ter uma resposta rápida ao cliente, pois não possuem pessoas dedicadas
exclusivamente a esta área do site, este pode ser um fator que desestimula um cliente em
potencial, pois afeta a credibilidade.
O acompanhamento do fluxo de conversão do site é importante para seu
crescimento, segundo Lucas (2018), a taxa média de conversão no Brasil é de 1,6% no
varejo virtual. Portanto, a análise de conversão e avaliação do ticket médio são
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porém não informaram se tem a métrica de fluxo de conversão o qual é importante para
prospecção de novos clientes.
O crescimento ocorre de acordo com um plano traçado, com metas estipuladas e
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prazos, este sistema é utilizado por grande parte dos empresários para tornar transparente
sua gestão perante seus colaboradores. No e-commerce ocorre da forma semelhante,
entretanto as métricas e conceitos diferentes, por exemplo, o plano de crescimento
estratégico pode focar em aumentar os fluxos de acessos, mantendo a taxa de conversão
porem aumentando o ticket médio, onde o cliente se fideliza a empresa. Para cada ramo
do varejo online deve-se avaliar uma estratégia diferente, caso necessário ter auxílio de
consultores ou empresas ligadas a área de gerenciamento. Os entrevistados informaram
em sua maioria que tem um plano de crescimento, assim otimizando suas ações para
crescer.
O marketplace conforme Castanho (2017), é uma alternativa para empresas que
possuem uma loja virtual para elevar o volume de vendas, pois grandes sites têm maior
fluxo de pessoas e nichos de mercado, assim como credibilidade. Os entrevistados, em
sua maioria, têm em comum a experiência de ter por um período realizado a parceria com
um marketplace porem não atendeu as expectativas e cancelaram a ligação. Neste tipo de
negociação o parceiro maior geralmente impõe suas regras e cobra uma taxa para revender
o produto do filiado menor, criando em alguns pontos uma situação desvantajosa ao
pequeno empresário, por este motivo algumas relações acabam.
5 RECOMENDAÇÕES ÀS EMPRESAS SOBRE A UTILIZAÇÃO MAIS EFICAZ
DE ESTRATÉGIAS DE E-COMMERCE
como são empresas pequenas não tem pessoas dedicadas em tempo integral a
comunicação com os clientes, portanto ocorre casos de demorar horas ou dias para
responder ao cliente, gerando uma possível falta de credibilidade e confiança na empresa.
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Caso não tenha recurso disponível, deve-se orientar para responder no menor tempo
possível, criando uma rotina de verificação do canal de comunicação a cada determinado
tempo.
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online, como a expectativa sobre o site, situação atual, canal de comunicação, avaliação
de vendas. Foi criado um quadro referenciando cada questão e ligando os pontos em
comum. Após, foram descritas sugestões para cada ponto, indicando melhorias ou
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tipos-de-e-commerce-e-entenda-diferenca-entre
3277
eles/?fbclid=IwAR2_fa5PK5_sV7f_AAOpo1oHHzfSSib5F
mLOP85EtneR1e0CJxLjrjQy6co, acessado em 09/04/2019.
ILHE, Galleger , 2018. Entenda a diferenças entre os modelos de negócios.
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Disponível em : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/diferencas-modelos-de-
negocios/, acessado em 10/04/2019
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ISSN Online: 2177-7284 e-mail: regs@metodista.br
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INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS
Curso: Técnico em Administração
Disciplina: Comércio Eletrônico
Professor: MSc. Samuel Anselmo
Acadêmico(a):______________________
Exemplo:
Exemplo:
1. Introdução
As empresas estão se adaptando às novas tecnologias e tornando-se digitalizadas, estruturadas
de novas maneiras são chamadas de organizações digitais do futuro. Segundo CHEW (2015),
eles são chamados DOOTF (organizações digitais do futuro).A transformação digital está
mudando profundamente como o valor é capturado e criado, as novas empresas com modelos
de negócios novos e inovadores nascem e as empresas existentes precisam repensar seus
modelos de negócios para se tornarem digitais (ITÄLÄ, 2015).
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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.
2. Referencial Teórico
2.1. Transformação digital
Um estudo apresentado pela Press (2016) revela que, em 2019, os gastos globais em
iniciativas de transformação digital chegarão a US$ 2,2 trilhões, quase 60% superiores aos
gastos em 2016. É bastante árduo para empresas tradicionais que já têm estrutura e forma, a
tarefa de superar os obstáculos de seu próprio estilo e estrutura organizacional, além de
encontrar os talentos certos e fortalecê-los, adaptando seu ambiente tradicional em um
ambiente que permite agilidade na criação de protótipos, tomada rápida de decisões e até
aceitação, pois essas questões determinar se podem competir com os novos mercados digitais.
Segundo Downes e Nunes (2013), como resultado dessa reestruturação, modelos de negócios
inteiros podem ser reformulados ou substituídos. Devido a esse amplo escopo e conseqüências
de longo alcance, as estratégias de transformação digital buscam coordenar esforços para
transformar produtos, processos e aspectos organizacionais devido a novas tecnologias, com
um escopo mais amplo que inclui explicitamente atividades digitais na interface ou totalmente
próximas a elas. os clientes.
O Digital Business Transformationé a aplicação de tecnologia para a construção de novos
modelos de negócios, processos, softwares e sistemas que resultam em receita mais lucrativa,
maior vantagem competitiva e maior eficiência (CISCO, 2018). As empresas conseguem isso
transformando os processos e modelos de negócios, permitindo a eficiência e a inovação da
força de trabalho e personalizando as experiências de cliente / cidadão (SCHWERTNER,
2017).
No caso dos negócios digitais, a questão de adaptar, transformar e / ou substituir o modelo de
negócio é amplamente contemplada pelos estudos sobre o tema (DÖRNER, EDELMAN,
2015, SWANTON, LEHONG, 2017, BURTON et al., 2018). SCHALLMO; WILLIAMS;
BOARDMAN (2017) apresenta na Tabela 01 outras definições de transformação digital.
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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.
Autor definição
Digitar significa a rede completa de todos os setores da economia e
da sociedade, bem como a capacidade de coletar informações e
BMWi (2015) análises relevantes e traduzir essas informações em ações. As
mudanças trazem vantagens e oportunidades, mas criam desafios
completamente novos.
A transformação digital é um "processo de reinvenção de negócios
para digitalizar operações e formular relacionamentos ampliados com
Bowersox et al.
a cadeia de suprimentos . O desafio de liderança da TD é reenergizar
(2005)
as empresas que já conseguem obter todo o potencial da tecnologia
da informação em toda a cadeia de fornecimento"
"A TD - o uso da tecnologia para melhorar radicalmente o
desempenho ou o alcance corporativo - está se tornando um tópico
importante para empresas em todo o mundo. Executivos de todos os
Westerman et
setores estão usando avanços digitais como análise, mobilidade,
al. (2011)
mídias sociais e dispositivos inteligentes incorporados". o uso de
tecnologias tradicionais, como o ERP - para mudar as relações com
os clientes, os processos internos e as propostas de valor ".
"TD é a evolução digital deliberada e contínua de uma empresa,
Mazzone (2014) modelo de negócio, processo de ideia ou metodologia, tanto
estratégica quanto taticamente. "
A TD descreve a transformação fundamental de todo o mundo dos
PwC (2013) negócios através do estabelecimento de novas tecnologias baseadas
na Internet com impacto fundamental na sociedade como um todo .
Entendemos o DT como uma rede consistente de todos os setores da
economia e o ajuste de atores às novas realidades da economia
Bouée e
digital. Decisões em sistemas em rede incluem troca e análise de
Schaible (2015)
dados, cálculo e avaliação de opções, bem como o início de ações e
a introdução de conseqüências.
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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.
Williams &Boardman (2017), com base em uma ampla pesquisa bibliográfica, propõe a
seguinte abordagem: Transformação Digital inclui a rede de atores como empresas e clientes
em todos os segmentos da cadeia de valor agregado e a aplicação de novas tecnologias,
exigindo habilidades que envolvem extração e troca de dados, bem como a análise e
conversão desses dados em ações. As informações devem ser usadas para calcular e avaliar as
opções, a fim de permitir decisões e / ou iniciar atividades, a fim de aumentar o desempenho e
o alcance de uma empresa. Transformação Digital envolve empresas, negócios, modelos,
processos, relacionamentos, produtos, etc.
Segundo Veit (2014), em um contexto em que os negócios e a sociedade passam por ampla
digitalização, a lógica oferecida pelo modelo de negócios torna-se essencial para o sucesso e
um assunto de grande interesse para a comunidade acadêmica.
Ainda sobre o conceito do modelo de negócio, Veit et al. (2014) definem como elo perdido
entre estratégia de negócios, processos e tecnologia da informação.
Osterwalder e Pigneur (2010) descrevem o modelo de negócios como algo que esclarece a
lógica de criação, entrega e captura de valor na visão de uma organização, traduzido por nove
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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.
• Proposta de valor: agregação ou conjunto de benefícios que uma empresa oferece aos seus
clientes;
• Canais: os meios e meios pelos quais a empresa se comunica e atinge seus segmentos de
clientes para entregar uma proposta de valor;
• Relacionamento com clientes: estabelece os tipos de relações a serem realizadas com seus
Segmentos de Clientes;
• Fontes de receita: representa a remuneração gerada pelo Segmento de Clientes pela entrega
do valor;
• Atividades-chave: descreve as ações mais importantes que uma empresa deve executar para
fazer o modelo de negócios funcionar;
Em negócios digitais mais complexos e às vezes únicos, o modelo de negócios precisa ser
explícito e fornecer uma nova camada de informação e conhecimento essencial para apoiar
gerentes de negócios digitais se tornar uma necessidade (Al-Debi, El-Haddadeh, Avison,
2008).
Segundo Brousseau e Penard (2007), com a evolução dos negócios digitais, torna-se mais
fácil identificar as semelhanças entre os modelos de negócios que explodiram com o
crescimento da Internet e os que existiam anteriormente. Os novos modelos combinam formas
novas e inovadoras de organizar a relação entre demanda e demanda com uma estratégia de
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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
Santos, São Paulo, Brasil, 15 a 18 de outubro de 2019.
Parker et al. (2017) ainda definem dois tipos de modelos de negócios para empresas digitais:
pipelines e plataformas. Para os autores, os pipelines são sistemas mais tradicionais
empregados na maioria das empresas que seguem um esquema passo a passo que cria valor e
transfere esse valor para os produtores em uma extremidade e os consumidores para outra, ou
seja, uma cadeia de produto linear.
A plataforma é descrita como um negócio que permite uma interação entre fornecedores e
compradores externos, criando valor para ambos os lados. Ele fornece um ambiente que
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XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO
“Os desafios da engenharia de produção para uma gestão inovadora da Logística e Operações”
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Muitas das histórias de sucesso da Internet - E-Bay, Amazon, Google, Yahoo, Autobytel -
desenvolveram modelos de negócios baseados no conceito de plataformas, montando
componentes e agrupando-os em pacotes que atendem às necessidades específicas e
complexas dos consumidores.
3. Metodologia
Para apoiar e compreender melhor o assunto, elaborou-se uma pesquisa bibliográfica sobre os
principais temas envolvidos que são a transformação digital e os modelos de negócio, que
compõem a Fase do referencial teórico (fundação). Para esta etapa, foram consideradas bases
de conhecimento científico nacional e internacional, como Web of Science, Elsevier, IEEE,
entre outras, além de livros e outros sites informativos.
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Para Yin (2001), um estudo de caso é "uma investigação empírica que investiga um fenômeno
contemporâneo em seu contexto da vida real e quando as fronteiras entre o fenômeno e o
contexto não estão claramente definidas".
O procedimento de análise de dados será baseado na análise intra e inter casos, estabelecida
por Miles e Huberman (1994). Esta análise tem como objetivo descrever, compreender,
explicar e cruzar os conteúdos conceituais, processos e resultados de um dado fenômeno em
um contexto de casos múltiplos e, assim, desenvolver uma compreensão mais detalhada de
todos os casos da amostra (Miles &Huberman, 1994 ).
A análise intra-caso, uma descrição de cada caso isoladamente, fornecerá uma análise
aprofundada dos dados coletados em cada caso, destacando características específicas de cada
um. Segundo Eisenhardt (1989) é fundamental conhecer os padrões únicos de cada caso, antes
de buscar a generalização através dos casos, isso permitirá ao pesquisador o profundo
entendimento necessário para realizar uma análise com referenciamento cruzado dos casos.
4. Resultados e Análise
O primeiro especialista entrevistado trabalha em uma multinacional indiana que atua no Brasil
com diversas frentes, como tecnologia e design de serviços. A empresa possui um forte
aspecto tecnológico em suas operações, mas buscou adquirir outras empresas complementares
que trariam uma visão mais consultiva para entender, não apenas a questão tecnológica, mas o
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negócio como um todo, amparado por essas tecnologias, permitindo assim ciclo tudo para
transformação digital. Atende empresas que buscam uma renovação ou interrupção, em
alguns casos, empresas tradicionais que buscam se reinventar.
A entrevista foi realizada em outubro de 2018, utilizando a ferramenta Skype com gravação
de arquivos digitais e posteriormente transcrita utilizando o software Atlas.
Um dos principais pontos levantados pelo entrevistado foi a questão de entender a visão do
negócio com a centralidade do usuário, redesenhando o processo em busca de inovação.
Também considera que existe uma grande falta de alinhamento com o conceito do que é
transformação digital e muitos clientes ainda entendem que apenas o investimento em
tecnologia é suficiente para uma transformação digital do negócio. A ênfase foi colocada na
importância de revisitar processos e alinhar estratégias e tecnologias.
Além disso, tem havido casos em que os clientes investem em tecnologias de ponta e estão
realmente envolvidos no processo de transformação digital, mas o uso da tecnologia
isoladamente não transforma o negócio. É obrigatório alinhar com as outras áreas para que os
dados sejam transformados em informações que conduzam ao resultado esperado
estrategicamente.
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A entrevista foi realizada em outubro de 2018, por meio do telefone com gravação de arquivo
digital e posteriormente transcrita utilizando o software Atlas.
Quando a cultura da empresa muda, a transformação digital leva a empresa a outra realidade e
é obrigatório revisitar o modelo de negócio e atualizá-lo para essa nova realidade. Este é um
grande desafio para as empresas tradicionais porque, para uma grande empresa hoje, uma
falha pode causar milhões de perdas, mas se o modelo de negócio não se adapta à agilidade
exigida pelo mercado, competindo com as start-ups que surgem apresentando novas soluções
que, aproveitando sua agilidade, podem transformar o mercado em que entram, ou seja,
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podem testar seus modelos de negócios de forma rápida e barata, mudando e ajustando de
acordo com a resposta do mercado, as empresas tradicionais podem ser engolidas e expelidas
de seus mercados atuais.
A fim de responder sobre quais fatores as empresas devem focar na questão da transformação
digital de seus negócios, elaborou-se uma tabela de resumo a partir dos pontos essenciais que
foram apresentados nas análises intra-caso.
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Caso 1 Caso 2
Criação de
É nos processos que serão remodelados Na visão das empresas é o uso da TI
valor
Há falta de cultura, para ser inserida em Está Tempo para treinar os líderes, para
Cultura
um contexto maior. implantar a cultura digital.
Foco na mudança de clientes internos e Requer uma adaptação dos processos atuais
Processos
externos. para melhor responder ao mercado / clientes.
Assuntos
Metodologias ágeis. Processos Metodologias ágeis, Lean , Cultura.
relacionados
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Proposta de Valor
A proposta de valor oferecida pela Uber é conectar o usuário ao motorista e, assim, ter um
meio de transporte exclusivo e personalizado para se locomover. Como temos dois atores
nesse processo, usuário (cliente) e motorista (parceiro), as proposições de valor são
diferentes. Para o usuário, o Uber oferece uma forma de transporte com conforto e uma
tarifa menor que o Taxi. Para o motorista, a Uber oferece ao motorista uma gama de
usuários que contratam os serviços e pagam por eles.
Arquitetura de Valor
A tecnologia é desenvolvida e controlada pela Uber, a infraestrutura de tecnologia
necessária, como servidores, dispositivos de rede e desenvolvimento de aplicativos é de
responsabilidade da Uber. Usuários e motoristas instalam um aplicativo fornecido pelo
Uber no dispositivo móvel e através do aplicativo de acesso à plataforma Uber. O controle
sobre os clientes é feito através de login e senha do usuário e / ou motorista.
Rede de Valor
Patrocinador - A Uber
Fornecedor - empresa de TI terceirizada pela Uber
Parceiro - Motoristas
Cliente – Usuários
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Valor Financeiro
Estrutura de Custos - A estrutura de custos é a plataforma de tecnologia, funcionários de
escritório e motoristas.
Geração de receita - No Brasil, a Uber oferece cinco tipos de serviço: uberX: carros
compactos, com ar condicionado e 4 portas. O preço é competitivo e uma opção ideal para
se locomover diariamente.. uberPOOL: Disponível em São Paulo e no Rio de Janeiro, esse
serviço permite que você compartilhe a viagem com outros usuários que estão em um
caminho semelhante ao seu, colocando mais pessoas em menos carros. O preço é ainda
mais competitivo que o uberX, mas pode gerar um tempo de viagem um pouco mais
longo devido a ajustes na rota. A vantagem para os usuários é o preço mais competitivo, já
para os motoristas parceiros significa mais viagens por hora e ganhos ainda maiores..
UberSELECT: uma seleção de carros mais confortáveis e espaçosos por um preço médio,
até 20% maior que o uberX.. UberBLACK: Um serviço que permite aos usuários
encomendar carros tipo sedã, como o Toyota Corolla, o Ford Fusion, o Volkswagen Jetta e
outros, todos com assentos de couro e ar condicionado sempre ligados. UberEATS: Serviço
que permite ao usuário solicitar refeições dos restaurantes mais populares da cidade,
onde quer que estejam. Está disponível, na fase inicial, apenas em São Paulo.
5. Conclusão
No segundo estudo de caso sobre Uber podemos provar que o uso do modelo de negócio para
analisar plataformas digitais / computacionais contribui para que o serviço seja acessível e
esteja disponível para um maior número de usuários, além de permitir certos controles e
processos que não ser possível manualmente. Definir o que é cada um deles torna-se laborioso
porque envolve uma série de processos e serviços de várias áreas e alguns são inovadores e
não são claramente descritos ou conceituados.
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oferecidos, identificados nos textos a clara presença do conceito de valor oferecido, que induz
o conceito de Criação de valor.
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INSTITUTO FEDERAL DO AMAZONAS
Curso: Técnico em Administração
Disciplina: Comércio Eletrônico
Professor: MSc. Samuel Anselmo
Acadêmico(a):______________________
RESUMO
A BSTRACT
Electronic commerce has potential for levering business activities to add value to products and
services, either in business-to-business or in business-to-customer transactions. Based on the
Internet, which supports the global on-line business infrastructure, electronic commerce is growing
fast all over the world. However, this speed and reach confront many obstacles. There are
technological, cultural, organizational and structural barriers braking electronic commerce
development. These barriers to develop the on-line commerce must be considered for a better
understanding of the potential effects on business environment.
COMÉRCIO ELETRÔNICO
Barreiras Tecnológicas
Pelo lado das telecomunicações, a Internet também está causando forte impac-
to. Por causa do longo tempo médio que um usuário da Internet permanece
conectado, companhias telefônicas por todo o mundo estão alegando elevado cres-
cimento da demanda por serviços de telefonia. Se o aumento de demanda pode
trazer aumento de receita, a velocidade de crescimento dessa demanda tem difi-
cultado a operação das companhias telefônicas, que não conseguem responder
com investimentos na mesma proporção.
Além disso, o aumento de demanda está gerando discussões sobre as formas de
cobrança de tarifas telefônicas. Companhias telefônicas (Telecom, 1996) já anun-
ciam que vão operar via Web, utilizando a tecnologia de conexão que mantém as
características das ligações via Internet. Isso pode significar o fim da cobrança
das ligações interurbanas, uma vez que as conexões da Internet são geralmente
feitas via ligações locais.
Caso esse ritmo de demanda prevaleça, em pouco tempo os serviços telefônicos
em muitos países estarão muito próximos da saturação. Existirão linhas telefôni-
cas disponíveis para atender algumas das previsões mais otimistas (Negroponte,
1995)? Para tentar atender à demanda por mais e melhores conexões à Internet, as
empresas que operam sistemas de TV a cabo estão entrando na disputa com as
companhias telefônicas.
É de se esperar que o aumento da concorrência na área das telecomunicações
contribua para facilitar o acesso ao comércio eletrônico; mas a concorrência,
nesse caso, esbarra em alguns problemas legais de regulamentação. Há países nos
quais operadoras de TV a cabo sofrem restrições para atuar como provedoras
desse tipo de serviço e as telecomunicações estão sujeitas a um controle, quando
não a uma administração direta muito forte por parte dos Governos. De qualquer
forma, o mercado de provedores de acesso à Internet ainda está em estágio de
consolidação (Gupta, Stahl e Whinston, 1996).
As alternativas para aumentar a possibilidade de acesso à Internet continuam a
aparecer. Nos EUA, uma recente regulamentação da Federal Communications
Commission (FCC), órgão que regula as comunicações, está facilitando a criação
de redes sem fio de alcance limitado, independentes dos sistemas de telefonia,
para facilitar o estabelecimento de conexões mais baratas à Internet (The New
York Times, 1997).
A disponibilidade de recursos tecnológicos não pode prescindir da evolução da
facilidade de uso desses mesmos recursos. Apesar de a Web ter simplificado imen-
samente a utilização da Internet, ela ainda é essencialmente uma rede de computa-
dores. Os computadores ainda não são tão simples de se utilizar quanto uma TV
ou um telefone, por exemplo. Esse aspecto é especialmente crítico, se for conside-
Barreiras Culturais
É fato que o uso da Internet está fortemente concentrado nos EUA, embora
evoluindo rapidamente na Europa e em outros continentes. De qualquer forma,
um dos componentes do sucesso do comércio eletrônico está relacionado com
hábitos de consumo comuns entre os norte-americanos, como as compras por
meio de catálogos e via TV. É de se esperar que em países com diferentes hábitos
de consumo, a implantação de sistemas de comércio eletrônico vá ocorrer em
ritmo diferente.
76 RAC, v. 3, n. 1, Jan./Abr. 1999
Comércio Eletrônico: Fazendo Negócios por meio da Internet
Barreiras Organizacionais
Se pelo lado dos consumidores existem barreiras culturais, pelo lado das empre-
sas devem ser consideradas as barreiras organizacionais, que podem representar
obstáculos para o crescimento do comércio eletrônico (Ware et al., 1998). Em
primeiro lugar, as empresas devem estar cientes das implicações administrativas,
para que criem, giram e obtenham os benefícios da adoção de sistemas de comér-
cio eletrônico. A definição clara de uma estratégia de negócios deve existir, para
integrar a nova tecnologia à organização.
A introdução de sistemas de comércio eletrônico pode implicar a necessidade de
se redefinir alguns processos organizacionais para torná-los perfeitamente inte-
grados com os sistemas de solicitação de pedidos e serviços feitos pelos consumi-
dores. Essa integração vai exigir esforços de integração de sistemas e platafor-
mas, especialmente nos casos em que os sistemas de controle dos processos inter-
nos pré-existentes foram concebidos sobre tecnologias e filosofias de desenvolvi-
mento diferentes daquelas que predominam no ambiente da Internet e da Web.
A tecnologia por si só não é suficiente para alavancar um negócio na direção de
garantir retorno na adoção de sistemas de comércio eletrônico. É preciso que seja
criada uma vantagem competitiva sustentável, que garanta certa fidelidade do
cliente para com a empresa. A qualidade do serviço oferecido e o nível de relaci-
onamento entre as partes são críticos para o estabelecimento de tal fidelidade. Só
com a perfeita sintonia entre a solicitação dos consumidores, a administração dos
pedidos, o estoque e a administração financeira se pode garantir a qualidade de
serviço que sustente a fidelidade do consumidor.
Essa sintonia não se restringe ao ambiente interno da organização que fornece
os serviços e produtos. Ela exige também o mesmo nível de integração da organi-
zação com seus parceiros. Para ilustrar a importância da integração entre diferen-
tes companhias, basta ressaltar que as empresas distribuidoras de bens físicos são
essenciais no cenário do comércio eletrônico (Lappin, 1996). O fluxo de bens
físicos deve-se tornar tão eficiente quanto o fluxo de informação, para que os
consumidores percebam as vantagens da utilização do comércio on-line.
A exploração das vantagens dos sistemas de comércio eletrônico exigirá grande
esforço por parte das organizações que nele se envolverem. O desenvolvimento e
implementação de tais sistemas demandará investimentos em recursos humanos
com visão estratégica, conhecimento dos processos de negócio, dos sistemas her-
dados, competência tecnológica e habilidades gráficas. A capacidade de gerenciar
equipes com habilidades multifuncionais e a definição do que deve ou não ser
terceirizado serão elementos críticos.
Se, por um lado, o ambiente da Web pode permitir baixo custo de entrada para
uma empresa disposta a investir no comércio eletrônico, por outro lado manter os
sistemas funcionando vai exigir um fluxo de recursos que deve ser levado em
conta. Não é sem razão que muitos empreendedores iniciais estão sendo adquiri-
dos por grandes empresas, como forma de suprir esta necessidade de recursos.
A presença de grandes empresas e a competição pela atenção do consumidor
estão levando a uma exploração cada vez maior de tecnologia para aumentar a
sofisticação nos recursos interativos por meio de gráficos, sons etc. Este incre-
mento na qualidade dos sistemas leva ao aumento da complexidade de seu desen-
volvimento e manutenção, conseqüentemente demandando maior quantidade de
recursos financeiros e humanos, o que exige da organização um compromisso que
só se justifica se for recompensado com o aumento das receitas.
Além das dificuldades tecnológicas, culturais e organizacionais, algumas ou-
tras barreiras se colocam no caminho do desenvolvimento do comércio eletrônico.
Essas outras barreiras têm caráter estrutural, por estarem relacionadas ao desen-
volvimento de instrumentos institucionais que viabilizem ampla utilização do co-
mércio on-line.
Barreiras Estruturais
1996). O comércio via Internet pode ser frustrante, caso sistemas de regulamenta-
ção de transações não se desenvolvam no mesmo ritmo da tecnologia que as pos-
sibilita.
Se a informação é a mercadoria mais fácil de ser comercializada eletronicamen-
te, é também a que sofre mais riscos de ser apropriada e adulterada, sem qualquer
tipo de controle. Se o ambiente de livre troca de informações pode ser excitante
pelo lado de garantir, teoricamente, o democrático acesso de tudo a todos, a regra
dos negócios é a transferência do direito sobre uma determinada propriedade, com
a respectiva aquisição dos benefícios relativos a essa transferência por parte de
quem a cede.
Para resolver o problema do direito à propriedade no mundo on-line, a alterna-
tiva mais lógica seria a adoção de mecanismos já existentes de copyright, o que
garantiria a proprietários de produtos intangíveis, como idéias ou expressões, o
direito de exploração comercial de sua mercadoria. Mais que as ambigüidades e
incertezas inerentes à interpretação do que seja de fato o direito à propriedade
sobre uma informação, no caso da Internet se fala de comercialização em um
mercado global, o que significa que essas leis devem ser universalmente aceitas;
isso dificulta ainda mais a possibilidade de consenso. A falta do estabelecimento
de tais regras comuns para toda a comunidade on-line pode significar que menos
empresas se interessem por transacionar seus produtos, uma vez que não podem
ter garantidos os benefícios de seu investimento, por meio de troca que conside-
rem justa.
Acordados os direitos de transferência de propriedade, as transações de negócio
terão sucesso apenas se as trocas financeiras entre compradores e vendedores
ocorrerem de forma simples, segura, barata e universalmente aceita. Há que se
considerarem os riscos e os custos inerentes aos diversos meios de pagamento
disponíveis mediante a Internet. Sistemas de pagamento baseados em mecanismos
tradicionais têm sido adotados; novos formatos, como o dinheiro eletrônico (e-
cash), estão sendo discutidos; mas ainda é preciso encontrar um sistema que seja
amplamente aceito.
Há duas formas tradicionais de pagamento que podem ser também utilizadas para
o comércio eletrônico: as transações financeiras feitas por fora da Internet e os
pagamentos com cartão de crédito. No primeiro caso, o comprador transfere uma
quantidade de fundos de sua conta bancária para a conta do vendedor. Esta forma é
muito demorada e cara para os padrões do comércio eletrônico, principalmente se
consideradas as transações entre diferentes países. Embora possa ser viável para
relacionamentos estáveis entre comprador e vendedor, para quantidades pequenas
de pagamento ou para um comprador que faz compras eventuais de fontes diversas,
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ATIVIDADE TEXTO 3