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– ABORDAGENS PRÁTICAS
AULA 4
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dimensão do problema proposto na pesquisa, lidando-se com tal metodologia e
fontes. Conforme explica Barros (2012, p. 207):
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considerando, por exemplo, que tais análises partem de problematizações
levantadas e formuladas na sua pesquisa histórica. Além disso, os dados
levantados numa metodologia quantitativa não explicam o passado por ele
mesmo, mas oferece informações que deverão ser analisadas, organizadas e
interpretadas segundo métodos científicos.
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Pela vista da serialização, por exemplo, Edward P. Thompson (2002)
chegou ao conceito de história vista de baixo, no sentido de que
comportamentos da classe trabalhadora industrial inglesa do século XIX
poderiam ser analisados.
De maneira mais marcada que a história quantitativa, a história serial
busca evitar a análise meramente descritiva dos seus objetos históricos e dos
contextos do passado – lembrando que a redução da análise à descrição na
abordagem quantitativa, como dissemos, é um vício a ser evitado e está longe
de lhe ser uma característica intrínseca.
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marcante nos trabalhos que se debruçam sobre contextos como Antiguidade ou
Idade Média, ou mesmo em determinados contextos coloniais.
Cabe ao historiador/pesquisador ter em vista as limitações e
possibilidades das serializações e quantificações no tocante à sua pesquisa
histórica.
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para descrever muitas relações do mundo real, e entre essas relações podem
constar, por exemplo, documentos organizados segundo critérios da arquivística
e diplomática, ou alguma instituição arquivística.
Por isso, um modelo apropriado e comumente usado para tratar a
documentação histórica seria um banco de dados não relacional (NoSQL),
utilizado para armazenar e consultar dados como documentos JSON (JavaScript
object notation, ou notação de objetos JavaScript). Trata-se de um modelo
flexível, hierárquico e semiestruturado, que considera cada entidade
armazenada como um documento único, sendo essa uma de suas vantagens
mais destacadas. Dessa maneira, as instituições arquivísticas podem mobilizar
recursos para organizar seus acervos documentais, facilitando o acesso a
informações que vimos anteriormente – sobre as classificações tipológicas e
especificações dos documentos –, sua localização e informações mais gerais.
Tal modelo de banco de dados é indicado para perfis de usuários e para
sistemas de gerenciamento de conteúdo. Neles, os documentos são registrados
em sua unicidade. Com o avanço das tecnologias digitais, muitos arquivos têm
buscado digitalizar seus acervos e disponibilizá-los on-line.
Um importante exemplo de recurso de acesso a esses acervos on-line é
a Biblioteca Digital Luso-Brasileira1. Disponível desde 2015, essa iniciativa surgiu
da união entre as bibliotecas do Brasil e de Portugal, objetivando coordenar
esforços de ambos para digitalizar acervos e facilitar sua disponibilização.
Atualmente, outros vários arquivos brasileiros e portugueses participam da
iniciativa, que desde então organiza, num só local, um pesquisador de
documentos em diversos arquivos luso-brasileiros.
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conhecermos o material e acervo disponíveis no arquivo em que as
informações serão organizadas e disponibilizadas.
Finalmente, deve-se ter atenção ao equipamento necessário, que
envolve servidores, sistemas de backup e outros, além das ferramentas de
busca, que também precisam ser adequadas para que as informações do banco
de dados sejam facilmente acessadas.
De acordo com Libby, Botelho e Andrade (2012), esse projeto visou uma
análise bastante abrangente dos movimentos populacionais ao longo da história
de Minas Gerais. Buscou-se identificar, mensurar e especializar, nas Minas
Gerais do século XVIII ao XX, diversos elementos que constam na
documentação histórica, que vão dos movimentos populacionais nas regiões
mineradoras, desenvolvimentos de atividades econômicas e de um dinâmico
mercado interno na região, entre outros.
Lendo e transcrevendo fontes de arquivos diversos, o projeto montou um
consistente banco de dados, alcançando um robusto mecanismo voltado ao
conhecimento da geografia e história dos regimes demográficos mineiros no
período estudado. Os resultados do projeto podem ser acessados nos
endereços eletrônicos do Centro de Estudos Mineiros (CEM).
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3.2 Centro de Documentação Musical da UFPel
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TEMA 4 – STATISTICAL PACKAGE FOR THE SOCIAL SCIENCES (SPSS)
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4.2 Outras formas de usar o SPSS na pesquisa histórica
TEMA 5 – O SYGAP
5.1 O que é?
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traz alguns problemas. Informações como perfis demográficos, dados referentes
a casamentos e fecundidade e trajetórias de famílias têm sido recorrentemente
analisadas com o suporte do Sygap. Hoje existe uma versão atualizada do
aplicativo disponível para dispositivos móveis.
NA PRÁTICA
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apresentadas, explore as diversas informações que podem ser analisadas por
uma abordagem serial ou quantitativa.
Escolhendo algum recorte histórico (1820 a 1850, por exemplo, ou
qualquer outro intervalo escolhido), pode-se levantar o número e o volume de
viagens transatlânticas dos navios negreiros, a recorrência de determinados
nomes, as regiões que mais recebem e que mais enviam escravizados,
variações no período, entre muitas outras possibilidades.
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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