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FENOL
➢ Circule os átomos que constituem os grupos (a) fenol e (b) álcool no estradiol.
(c) Classifique o álcool.
Álcool
secundário
Fenol
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FENOL
Função orgânica caracterizada por uma ou mais hidroxilas
ligadas a um anel benzênico.
-Séc. XIX foi descoberto que o fenol
apresentava propriedades desinfetantes.
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-Com a descoberta de Louis Pasteur (XIX) sobre o conceito
de que doenças são causadas por microrganismos, em 1867
Joseph Lister passou a utilizar o fenol como antisséptico em
cirurgias.
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- O uso do fenol como antisséptico em cirurgias resultou na
redução de infecções pós-operatórias, transformando a
prática cirúrgica.
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-Efeito colateral: o fenol causava queimaduras severas, por
isso foi substituído por outros derivados sintéticos, como o 4-
hexilresorcinol, que é mais efetivo e causa menos dano à
pele. Assim, como o hexaclorofeno que passou a ser utilizado
para esse fim.
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-Vários derivados do fenol apresentam atividades:
Antisséptica Desinfetante Anestésica
Por isso, são encontrados em diversos produtos comerciais:
Sabões
Pastilhas Medicinais
Desodorantes
Desinfetante
bucal e caseiro
Pastilha para
garganta. 10
FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
Antisséptico: desnatura
proteínas das bactérias.
É utilizado para
a assepsia de mãos antes
de cirurgias, higiene íntima
feminina e desinfecção de
objetos.
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FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
Utilizado em desinfetante
bucal, contra dores articulares
e musculares.
Usado em perfumaria, sabor
de doces e medicamentos
(flavorizante).
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FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
Pomada para
queimadura Detonadores e
explosivos
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FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
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FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
Substâncias facilmente
oxidadas, por isso são
utilizadas como reveladores
de fotografia em preto e
branco.
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FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
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FENÓIS E SUAS APLICAÇÕES
Cravo-da-Índia
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Nomenclatura dos Fenóis
➢ Os metilfenóis são comumente chamados de cresóis:
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Nomenclatura dos Fenóis
➢ Os benzenedióis também têm nomes comuns:
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Nomenclatura dos Fenóis
➢ Os compostos que têm um grupo hidroxila ligado a um anel benzenoide
policíclico são quimicamente semelhantes aos fenóis, mas são chamados de
naftóis e fenantróis, por exemplo :
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Síntese de Fenóis
➢ A síntese laboratorial mais importante de fenóis é por hidrólise de sais de
arenediazônio.
➢ Método é altamente versátil e as condições necessárias para a etapa de
diazotização e hidrólise são suaves. Isso significa que outros grupos presentes
no anel provavelmente não serão afetados.
Reação Geral
Exemplo Específico
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Síntese de Fenóis - INDUSTRIAL
➢ A produção mundial de fenol (que na indústria às vezes é chamado de
ácido carbólico) é superior a 3 milhões de toneladas por ano. Vários
métodos têm sido usados para sintetizar fenol comercialmente.
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2. A partir do Hidroperóxido de Cumeno: processo barato, ocorre a conversão do benzeno e do
propeno em dois produtos de valor agregado (fenol e acetona).
Reação 1:
Alquilação de Friedel Crafts.
Reação 2:
Oxidação do cumeno.
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Mecanismos:
Reação 1: Alquilação de Friedel Crafts.
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Reação 2: Oxidação do cumeno (Reação radicalar).
Iniciação:
Propagação:
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Reação 3: Rearranjo hidrolítico.
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Reações de Fenóis como ácidos
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Reações de Fenóis como ácidos
➢ Os fenóis são ácidos mais forte que álcoois. O ácido acético é um ácido
mais forte do que o fenol:
Cicloexanol Fenol
pKa = 18 pKa = 9,89 Ácido acético
pKa = 4,76
➢ O anel benzênico do fenol atua como se fosse um
grupo que retira elétrons quando comparado
com o anel ciclohexano do ciclohexanol.
➢ O átomo de carbono que carrega o grupo hidroxila no fenol
é hibridizado com sp2, enquanto no ciclohexano é
hibridizado com sp3. Devido ao seu caráter maior, os átomos
de carbono hibridizados com sp2 são mais eletronegativos
do que os átomos de carbono com hibridização com sp3.
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Reações de Fenóis como ácidos
➢ Outro fator que influencia a distribuição de elétrons pode ser as
contribuições para o híbrido de ressonância geral do fenol feito pelas
estruturas 2-4.
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Reações de Fenóis como ácidos
➢ De acordo com a teoria da ressonância, tais estruturas deveriam
estabilizar o íon fenóxido mais do que as estruturas 2-4 estabilizam o
fenol. (Nenhuma estrutura de ressonância pode ser escrita para o
ciclohexanol ou seu ânion, é claro.)
➢ Maior estabilização do íon fenóxido (a base conjugada) do que do fenol
(o ácido) tem um efeito de fortalecimento do ácido
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Reações de Fenóis como ácidos
Classifique os seguintes compostos em ordem crescente de acidez. Justifique.
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Distinguindo e Separando Fenóis de Álcoois e
de Ácidos Carboxílicos
➢ Os fenóis se dissolvem em hidróxido de sódio, enquanto muitos álcoois
de 6 carbonos não se dissolvem, esse fato nos fornece uma maneira de
distinguir e separar fenóis de muitos álcoois.
Ácido mais forte Base mais Base mais Ácido mais fraco
pKa~ 10 forte fraca pKa = 16
(ligeiramente (solúvel)
solúvel)
Ácido mais fraco Base mais Base mais Ácido mais forte
pKa~ 18 (muito pouco fraca forte pKa = 16
solúvel) 38
➢ Muitos fenóis não são solúveis em bicarbonato de sódio (NaHCO3) aquoso,
porém os ácidos carboxílicos são solúveis. Portanto, o NaHCO3 aquoso fornece
um método para distinguir e separar muitos fenóis dos ácidos carboxílicos.
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❖ Seu instrutor de laboratório lhe dá uma mistura de 4-metilfenol, ácido benzóico e
tolueno. Suponha que você tenha ácidos, bases e solventes comuns de laboratório e
explique como você faria para separar essa mistura usando as diferenças de solubilidade
de seus componentes.
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FENÓIS – FONTE DE INSPIRAÇÃO PARA
SEMISSINTÉTICOS
• História da Aspirina®
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História da Aspirina®
• Em 1829: H. Leroux (farmacêutico) isolou a
salicina de cascas da planta chamada salgueiro.
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História da Aspirina®
• Em 1838, o químico italiano Raffaele Piria descreveu a
descoberta de uma substância nova, o ácido salicílico,
através da hidrólise da salicina, em glicose e álcool
salicílico, seguida da oxidação deste.
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História da Aspirina®
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História da Aspirina®
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História da Aspirina®
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FENÓIS – FONTE DE INSPIRAÇÃO PARA
SEMISSINTÉTICOS
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Indicado como anti-inflamatório não esteroide, para alívio de
dores e como antitérmico. Adicionalmente, em baixas doses, o
ácido acetilsalicílico é usado em adultos como inibidor da
agregação plaquetária, para reduzir o risco de infarto agudo
do miocárdio, prevenir o AVC, angina de peito e tromboses em
pessoas que apresentam alguns fatores de risco.
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Industrialmente -Síntese da Aspirina®
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➢ Em 1893, Von Mering descobriu o acetaminofeno (paracetamol),
que possuía propriedades tanto analgésicas quanto antipiréticas.
Na década de 50, o paracetamol foi introduzido no mercado.
A acetanilida foi descoberta, de forma acidental,
decorrente de um erro farmacêutico. Na Universidade de
Estrasburgo (França), dois pesquisadores (Cahn e Hepp)
tratavam de doentes com cargas parasitárias,
administrando naftaleno a eles. Contudo, após um
intervalo de tempo verificaram que, embora o fármaco não
tivesse apresentado o efeito desejado, um dos pacientes
veio a apresentar acentuada redução da temperatura
corporal, e acabaram por constatar que na verdade fizeram
a troca do naftaleno por acetanilida, que rapidamente foi
introduzida na terapêutica, com o nome de “antifebrina”.
Serendipidade:
A palavra, que significa “acaso feliz”, ajuda a moldar a ciência até hoje
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FENOL – Síntese do herbicida 2,4-D
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Reações do Grupo O-H de Fenóis
➢Síntese de Ésteres: Fenol + Anidrido (meio básico) ou Fenol + Cloreto de Acila (meio básico)
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Reações do Grupo O-H de Fenóis
➢Síntese de Williamson: eterificação – Fenol + Haleto de Alquila (meio básico)
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Reações do Grupo O-H de Fenóis
➢Síntese de Williamson: eterificação – Fenol (meio básico) + Grupo Alquila
ligado a um grupo abandonador:
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Quebra dos Alquil Aril Éteres
➢ Quando éteres alquilarílicos reagem com ácidos fortes, como HI e HBr, a reação produz
um haleto de alquila e um fenol.
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Rearranjo de Claisen
➢ O aquecimento do éter alilfenílico a 200 °C efetua uma reação intramolecular chamada de
rearranjo de Claisen. O produto do rearranjo é o-alilfenol:
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Rearranjo de Claisen
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Quinonas
➢ A oxidação da hidroquinona (1,4-benzenodiol) produz um composto conhecido como p-
benzoquinona. Essa reação é reverssível.
Hidroquinona p-Benzoquinona
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Quinonas
➢ A Ubiquinona (também chamada de Coenzima Q10, Coenzima Q e abreviada
como CoQ10, CoQ, Q10 ou Q) é uma benzoquinona presente em praticamente
todas as células do organismo que participa dos processos de produção de
ATP.
➢ Essas quinonas são encontradas na membrana mitocondrial interna de todas
as células vivas). Ubiquinonas também são chamadas de coenzimas Q (CoQ).
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Quinonas
➢ Na cadeia de transporte de elétrons, as ubiquinonas funcionam aceitando dois elétrons
e dois átomos de hidrogênio para se tornar uma hidroquinona. A forma de
hidroquinona carrega os dois elétrons para o próximo aceptor na cadeia:
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Quinonas
O besouro bombardeiro se defende borrifando um jato
de p-benzoquinonas quentes (100 ° C) e nocivas em um
atacante. O besouro mistura p-hidroquinonas e
peróxido de hidrogênio de um reservatório abdominal
com enzimas de outro reservatório. As enzimas
convertem o peróxido de hidrogênio em oxigênio, que
por sua vez oxida as p-hidroquinonas em p-
benzoquinonas e impulsiona explosivamente o spray
irritante no atacante. Fotos de T. Eisner e D.
Aneshansley (Cornell University) mostraram que o
incrível besouro bombardeiro pode direcionar sua
pulverização em praticamente qualquer direção, até Hidroquinona p-Benzoquinona
mesmo paralela às costas, para afastar um predador.
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Haletos de Arila: Substituição Aromática
Nucleofílica
✓ Podemos entender essa falta de reatividade com base em vários fatores. O anel de benzeno de um
haleto de arila evita o ataque do lado posterior em uma reação SN2:
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Substituição Aromática Nucleofílica: Adição-
eliminação
➢A substituição
nucleofílica aromática
pode ocorrer quando
grupos fortes de retirada
de elétrons são orto ou
para em relação ao
átomo de halogênio:
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Substituição Aromática Nucleofílica: Adição-
eliminação
➢ O mecanismo que opera nessas reações é um mecanismo de adição-eliminação
envolvendo a formação de um carbanião com elétrons deslocalizados, denominado
intermediário de Meisenheimer. O processo é denominado substituição nucleofílica
aromática (SNAr).
Carbânion
(intermediário
Meisenheimer)
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Substituição Aromática Nucleofílica: Adição-
eliminação
Especialmente estável
(cargas negativas estão
em átomos de
oxigênio).
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Substituição Aromática Nucleofílica:
Eliminação-Adição - BENZINO
➢ O bromobenzeno reage com a base muito poderosa, -:NH2, em amônia líquida:
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Substituição Aromática Nucleofílica:
Eliminação-Adição - BENZINO
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❖ A primeira evidência clara foi um experimento feito por J. D. Roberts em 1953 - que marcou o início da
química da benzino.
❖ Roberts mostrou que quando o clorobenzeno marcado com 14C (C *) é tratado com íon amida na
amônia líquida, a anilina produzida tem o rótulo igualmente dividido entre as posições 1 e 2. Este
resultado é consistente com o seguinte mecanismo de eliminação-adição, mas, é claro, não é de
todo consistente com um deslocamento direto ou com um mecanismo de adição-eliminação. (Por
quê?)
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✓ Quando o derivado orto 1 é tratado com amideto de sódio, o único produto orgânico obtido
é m- (trifluorometil) anilina:
❖ Este resultado também pode ser explicado por um mecanismo de adição de eliminação. A primeira
etapa produz a benzino 2:
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❖ Esta benzina, então, adiciona um íon amida de forma a produzir o carbânion 3 mais
estável, em vez do carbânion 4 menos estável:
Carbânion
menos estável
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BENZINO em reações de Diels Alder
✓ Quando o benzino é gerada na presença do furano de dieno, o produto é um aduto
de Diels-Alder:
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➢ Em uma aplicação fascinante da química
hospéde-hospedeiro (uma área fundada
pelo falecido D. Cram, e pela qual ele
compartilhou o Prêmio Nobel de Química
em 1987), o próprio benzino foi
aprisionada em temperatura muito baixa
dentro de um recipiente molecular
chamado hemicarcerando. Sob essas
condições, R. Warmuth e Cram
descobriram que o benzino encarcerada
estava suficientemente estabilizado para
que seus espectros de 1H e 13CNMR
fossem registrados, antes de finalmente
sofrer uma reação de Diels-Alder com a
molécula receptora.
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https://taticts.wixsite.com/bioindicadores/introduo-c1zwl 74
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Referências
• BRUICE, P. Química Orgânica, vol.2, 4 ed. São Paulo, Pearson, 2006.
• CLAYDEN, J.; REEVES, N. Organic Chemistry. Oxford University Press: United
Kingdom, 2000.
• SOLOMONS, G.; FRYHLE, C. B. Química Orgânica, v. 2, 10ª edição, (traduzida da
original - John Wiley & Sons, Inc), Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e Científicos
Editora,, 2013.
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