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Nome: Nº - Ano/série: 7° ano Data:

Disciplina: Filosofia Prof.: Sidney Avaliação: PC I


Orientações
1. Resolva as questões com caneta azul ou preta;
2. Caso a questão seja de múltipla escolha, faça um pequeno “x”;
3. É obrigatória a apresentação de cálculos e a demonstração da resolução da questão.

QUESTÃO 1 (VALE 3 PONTOS)


O Renascimento
"A certa altura de uma das mais importantes peças de
Shakespeare, o personagem Lord Macbeth declara: 'Ouso tudo
que é próprio de um homem, quem ousar fazer mais do que
isso não o é' Essa postura revela com extraordinária clareza
toda a audácia da experiência renascentista. Tratava-se, com
efeito, de uma prática cujos gestos mais ousados lançaram
seus participantes para além de si mesmos, colocando-os no
limiar entre o demônio e o próprio Deus. Se o orgulho pela
descoberta de sua prodigiosa capacidade criativa e pela
revelação de virtudes, de técnica e intelecto que jamais
suspeitaram em si aproximava-os da figura do Pai Eterno, sua
vaidade afetada e a cobiça sem freios que desencadeavam
arrastava-os para as legiões do Príncipe das Trevas. E, no
entanto, a opção era clara: tudo que os renascentistas
pretendiam era assumir a condição humana até seus limites,
até as últimas consequências. Nem Deus e nem o demônio,
todo o desafio consistia em ser absolutamente, radicalmente
humano, apenas humano. Mas até que ponto os poderes
dominantes poderiam tolerar as consequências dessa liberdade? Sobretudo se ela retornava para a
sociedade em forma de dúvida, de crítica, de relativismo e, muito pior, de ironia? Alguns ficaram aquém,
outros ultrapassaram os limites do permitido, atacando os privilégios dos poderosos e pagando com o que
tinham de mais caro: sua consciência, sua liberdade, seu corpo e sua própria vida."

SEVCENKO, Nicolau. Renascimento ed. Campinas, São Paulo. Editora Unicamp: Atual, 1988 p. 3.

Lord Macbeth: personagem da obra Macbeth, é um nobre escocês que assume o reino da Escócia.
Limiar: limite.
Prodigioso: extraordinariamente grande, fantástico.

1. Por que a declaração do personagem Lord Macbeth (na segunda linha do texto) seria
representativa da experiência renascentista?

2. Considere a passagem em itálico e sublinhada no texto. É possível relacioná-la a alguma crítica


ou ideia de Montaigne estudada neste capítulo? Qual?
QUESTÃO 2
Marque a alternativa correta. O Renascimento foi:

a) Um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna marcado por mudanças que atingiram
várias áreas da sociedade europeia e expressavam a valorização da vida terrena.
b) Um período de transição entre a Idade Média e a Idade Moderna em que houve a revalorização da
doutrina cristã e a retomada das ideias de Agostinho.
c) Um movimento de retorno ao passado greco-romano, em que os autores se dedicaram a copiar as
obras da Antiguidade clássica.
d) Um período de síntese dos valores e da cultura da Grécia clássica com as culturas do Oriente.

QUESTÃO 3 - ASSINALE AS ALTERNATIVAS CORRETAS

O Renascimento é o nome que foi dado ao:

a) Período da história europeia, entre os séculos XIV e XVI, marcado por profundas mudanças
econômicas, políticas, religiosas, culturais e científicas.
b) Essas transformações não aconteceram de um momento para outro, como se fossem um passe de
mágica. Elas foram se estabelecendo gradualmente.
c) Já nos séculos XII e XIII, o desenvolvimento comercial e o crescimento das cidades eram sinais de que
o homem medieval começava a se abrir para o exterior e para a valorização das coisas terrenas.
d) Período da história africana, entre os séculos V e VI, marcados por mudanças superficiais na economia,
política, religião, cultura e ciência.

QUESTÃO 4

No século XIV, inicialmente na Península Itálica e


depois em toda a Europa Ocidental, houve um
movimento de revalorização da arte e da cultura da
Antiguidade clássica, que serviram de modelo para
os artistas renascentistas. Eles não buscavam o
retorno ao passado greco-romano, mas a
recolocação do homem no centro da vida, como
teria ocorrido na cultura clássica.

Na pintura, na escultura, na arquitetura e na


literatura, os temas religiosos da arte medieval
foram mantidos, mas o destaque passou a ser:

a) O ser humano e as coisas da natureza.


b) Deus, Jesus, os anjos e o santos católicos.
c) A religiosidade e a vida espiritual.
d) O homem e seus interesses em comum.
e) A ciência e a tecnologia.
f) As revoluções científicas e a filosofia.

QUESTÃO 5
No campo das ciências, as transformações não foram menos intensas. O desenvolvimento científico levou
o ser humano a refletir sobre sua capacidade de conhecer a realidade, sobre sua vida (ética) e a
sociedade (as formas de organização social e política). O Renascimento foi um período de gestação de
um novo homem.
Uma das características principais do Renascimento é:

a) O desenvolvimento do humanismo, definido como um movimento literário, filosófico e artístico


que buscou ressaltar o valor, a dignidade, a razão e a liberdade dos homens.
b) O desenvolvimento da tecnologia, definindo como as relações de trabalho e produção seriam
estabelecidas entre os homens.
c) O desenvolvimento das doutrinas religiosas fomentadas a partir da Reforma Protestante e do
Luteranismo.
d) O desenvolvimento do pensamento racional cartesiano fundado a partir das ideias de René
Descartes.

QUESTÃO 6 - PARA OBSERVAR E REFLETIR

O Homem Vitruviano de Da Vinci Escultura “Davi” de Michelangelo

O homem vitruviano e Davi


Artistas: Leonardo da Vinci e Michelangelo Buonarroti.
Anos: c. 1490 e 1501-1504.

Leonardo da Vinci e Michelangelo Buonarroti foram dois


destacados artistas do Renascimento. O primeiro era pintor,
engenheiro, arquiteto e mecânico; o segundo, escultor, poeta,
arquiteto e pintor. Essas obras, cada uma a seu modo, expressam
características próprias do Renascimento.

Assinale AS ALTERNATIVAS corretas sobre estas obras:

a) O homem vitruviano, refere-se ao local geográfico recém-


descoberto com as grandes navegações, onde o homem é
representado de braços abertos, medindo aquelas terras
descobertas, os quais poderia dominar.
b) Davi, de Michelangelo, representa o Rei de Israel citado na
Bíblia, o qual era considerado o “homem segundo o coração de
Deus”. A obra destaca a perfeição de um homem que conseguiu
atingir o status máximo do respeito e amor de Deus.
c) Em O homem vitruviano, referindo-se ao tratado de arquitetura escrito por Vitruvio no século I a.C.,
Leonardo da Vinci expressa a ideia de que o homem, ser natural, é regulado por uma ordem de
proporções mensuráveis, a qual o ser humano pode conhecer por meio da linguagem matemática.
d) Em Davi, Michelangelo exalta a nobreza, a beleza e a majestade do homem, entendido como o milagre
por excelência do Universo, e faz referência explícita à arte clássica.

QUESTÃO 7
MONTAIGNE E A CONDIÇÃO HUMANA
No Renascimento, destacou-se o filosofo francês Michel de Montaigne, que criticou os humanistas por
exaltarem a razão humana. Montaigne desenvolveu sua filosofia com base no estoicismo e principalmente
no ceticismo e na filosofia socrática.

Ele considerava o ser humano muito pretensioso por acreditar que:


a) A razão e a ciência o tornavam inferior aos outros animais. Para o filósofo, a aproximação do ser
humano com a ciência e com o pensamento racional, tornaram o homem um ser ainda mais miserável.
b) A razão e a ciência o tornavam superior aos outros animais. Para o filósofo, o afastamento da
simplicidade da natureza e o não reconhecimento da própria fragilidade tornariam o homem um ser ainda
mais miserável.
c) A razão e a ciência o igualavam aos outros animais. Para o filósofo, a aproximação do ser humano com
a razão e a ciência o tornaram ainda mais semelhantes aos outros animais, os quais fazem ciência à sua
maneira.

QUESTÃO 8
MAQUIAVEL E A AUTONOMIA DA POLÍTICA
O Renascimento estabeleceu um novo olhar sobre
todas as práticas e teorias humanas, buscando
renovar o homem e a vida em sociedade. A política
não escapou disso. Um dos pensadores que
trouxeram esse novo olhar para as relações de
poder foi o italiano Nicolau Maquiavel. Suas
reflexões inauguraram a filosofia politica moderna.

Em 1513, Maquiavel escreveu a obra O príncipe,


que se transformou em um clássico da filosofia.
Nesse livro, que é uma espécie de guia para os
governantes, o filósofo diz que a própria política,
conforme as circunstâncias, determina o que pode
ou não ser feito.

Para ele, o governante virtuoso é aquele que:

a) Conhece a situação em que se encontra e sabe


agir para conquistar o governo ou manter-se no
poder. Se for necessário agir por meio da força, isso
devera ser feito. O filosofo afirmou, ainda, que o
governante, se tiver de optar, deve preferir ser
temido a ser amado pela população.

b) Tem compaixão com os seus súditos e procura


sempre dar liberdade de escolha para a população.
Busca agir democraticamente, lembrando que ele
governa para o povo e pelo povo.

c) Fomenta a economia do país governado com os ideais do Liberalismo econômico, fomentando o livre
mercado e a não intervenção do Estado na economia.

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